Starling City 2013 escrita por AmandaTavaress


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal! O vestido da Felicity descrito nesse capítulo é o que ela usou no 1x04 de Flash



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— Uau, Felicity! Meu irmão já te viu assim? – Thea perguntou admirando o look de balada da Felicity. Ela usava um vestido preto curto cheio de recortes, cabelos soltos, maquiagem mais forte, com um batom vermelho em destaque.
— Thea! – Felicity dispensou a pergunta abraçando a adolescente. – Isso aqui tá bombando! Tá tudo perfeito, parabéns pela reinauguração! – Thea corou brevemente, mas antes que pudesse responder, foi pega de surpresa pelo Roy que lhe deu um beijo rápido de passagem, e disse um breve “oi” pra Felicity enquanto se afastava das duas e continuava seu trabalho.
— Tadinho... Continua tão feinho, né? – Felicity disse, e as duas se entreolharam com pesar por uns dois segundos até que não aguentaram e caíram na risada. Felicity havia conhecido o Roy em uma das noites de Game of Thrones na Mansão Merlyn, e Felicity adorava fazer graça com a beleza do menino. Ele era marrento e emburrado, mas se tinha alguém que conseguia arrancar sorrisos de homens marrentos e emburrados era a Felicity.
— Olha o Tommy! – Thea apontou na direção em que ele estava. Havia um círculo de mulheres à sua volta, e ele sorria bem humorado, mas parecia ligeiramente incomodado, querendo chegar a algum lugar sem sucesso. – Acho que você deveria ir lá salvá-lo. – Thea disse com um sorriso pra Felicity.
— Eu? – Felicity perguntou hesitante. – Pra alimentar ainda mais #Tomicity? Sabe quantos celulares com Twitter deve ter ali?
— Tem razão. – Thea disse séria. – Até porque, #Olicity soa muito melhor! – O sorriso maroto da Thea era uma graça, e só por isso Felicity não se irritou com a provocação leve. Só por isso. – Vamos nós duas!
Thea puxou Felicity pelo braço e elas foram passando até que com certa facilidade pela multidão. Era incrível como ser um Queen era ser praticamente da realeza. As pessoas saiam da frente pra Thea passar!
— Thea! Felicity! – Tommy exclamou com um tom de alívio na voz. As mulheres em volta dele se afastaram chateadas. – Uau, Felicity! – Tommy pegou na mão da Felicity, ergueu e fez ela dar uma voltinha em torno de si mesma pra que ele avaliasse o look inteiro. – Jesus, você tá querendo matar alguém com esse vestido? – Tommy riu de leve, e como Felicity havia previsto, já havia celulares batendo fotos dos dois.
— Tommy, para com isso! – Felicity disse mais baixo. Não muito mais baixo, porque a música estava alta, mas o suficiente pra ele entender que ela estava envergonhada.
— E agora a #Tomicity vai bombar, Tommy! – Thea disse com uma sobrancelha erguida.
— Eu vou bombar na Internet numa foto em que eu estou sóbrio, lindo e do lado das duas mulheres mais gatas na reinauguração da Verdant? Pode mandar ver! – Tommy passou um braço no ombro de cada uma das duas e fez pose para cada uma das máquinas fotográficas/celular que viu. – Propaganda de graça, Thea! E modéstia à parte, uma ótima propaganda, porque quem resiste a esse rostinho lindo aqui?
— O pior é que ele tá falando dele mesmo... – Felicity disse com um sorriso, e momentaneamente cega pelos flashes. – E ele tem razão.
— Aaaahhhh! Eu te amo também, Smoaky. – Tommy disse com um sorriso que com certeza derretia calcinhas e lascou um beijão na bochecha dela. Os flashes enlouqueceram.
— Interrompo? – Oliver perguntou de forma seca assim que se aproximou do trio.
— De forma alguma, maninho! – Thea disse saindo do abraço do Tommy para assumir a mesma pose com o Oliver. A menina abriu mais uma vez um sorriso maroto e perguntou ao irmão: – A Felicity não está linda?
Felicity sentiu o olhar do Oliver no seu, e em nenhum momento ele desceu o olhar pro seu vestido. Só desviou alguns segundos para sua boca, e depois voltou para os olhos. Aquilo tudo havia durado uns dois segundos, três no máximo... Mas Felicity havia prendido a respiração e pareceu tanto tempo, que ela chegou a ficar ofegante retornando o olhar do Oliver e aguardando uma resposta à pergunta da Thea.
— Linda... – Oliver disse baixinho e ligeiramente sem graça. Tommy abriu um sorriso de orelha a orelha e apertou ainda mais o abraço em volta da Felicity quando ela fez menção de se afastar dele.
— Oliver, você sabia que tem uma batalha de ships na Internet entre nós e a Felicity? – Tommy perguntou ao amigo.
— Batalha naval? – Oliver perguntou confuso e Thea riu com gosto do lado dele.
— Não, maninho! O povo do Twitter tá torcendo pro relacionamento de vocês. Metade torce pelo Tommy e pela Felicity, e a outra metade torce pra que você fique com ela. Lembra que eu te falei da #Tomicity e #Olicity?
— Você falou “hashtag qualquer coisa”, e me perdeu completamente naquela conversa. – Oliver disse com um sorriso adorável, que Felicity não conseguiu evitar espelhar.
— Pois então... – Thea continuou. – Vocês tem torcida!
— O que é uma ironia gigante, – Tommy disse. – já que a gente já dividiu inúmeras mulheres e a única que tá gerando uma guerra na Internet é a que nunca teve nada com nenhum de nós dois. – Esse último comentário Tommy fez mais sério e olhando diretamente nos olhos do Oliver. Felicity sentia que havia alguma outra mensagem ali naquele tom de alerta dele, mas ela que não meteria o bedelho no passado sórdido daqueles dois. E como se o clima não pudesse ficar mais pesado, a atenção de todos foi chamada pelo cumprimento de Laurel Lance, que se aproximou do grupo.
— Oi, Thea. Olá a todos... – Laurel estava extremamente sem graça, mas foi bastante educada. – Eu queria te cumprimentar e parabenizar pela reinauguração. – Thea saiu debaixo do abraço do irmão e foi abraçar a Laurel.
Felicity notou que Oliver e Tommy estavam mais uma vez se olhando, provavelmente ainda mantendo uma conversa silenciosa, até que Tommy assentiu com a cabeça. Laurel e Thea se separaram com sorrisos e Thea agradecendo a Laurel por ter vindo.
— Laurel, você conhece a Felicity? – Tommy apresentou a amiga, e Felicity disse:
— O Oliver apresentou a gente uma vez. – Laurel parecia confusa, como se não lembrasse, mas cumprimentou a mão da Felicity mesmo assim.
— Felicity, você vai experimentar a bebida que eu criei ali no bar comigo, e depois a gente vai dar o que falar pra essa gente do Twitter. Vem! – Tommy nem deu muita chance pra Felicity se despedir dos outros, e já foi guiando a loirinha até o bar. – Desculpa, Smoaky, mas o clima tava pesado ali.
— Sem problemas, Tommy, eu entendo.
Tommy fez o pedido das bebidas enquanto Felicity observava Thea se afastar do irmão e da Laurel. Felicity não conseguia ouvir obviamente o que estava sendo dito entre Oliver e Laurel, mas a conversa parecia pesada demais para o ambiente em que estavam.
— Tim-tim! – Tommy bateu o copinho dele no da Felicity e virou num gole só o líquido azulado. Felicity fez o mesmo e quase teve um treco de tão forte que era aquilo.
— Meu Deus, Tommy! Da próxima vez me avisa que já viro com a glicose pingando na veia!
Tommy riu com gosto e puxou Felicity para a pista de dança com ele. Felicity adorava uma balada de vez em quando, e ela não havia se produzido toda pra ficar só de papo! Os dois dançaram e se divertiram muito por um bom tempo. Volta e meia Tommy aparecia com mais dois copinhos, e Felicity bebia feliz. Ela já não sabia quantas músicas os dois dançaram juntos, nem quantas doses ela havia bebido, mas Felicity estava já bem alegrinha e bastante suada. Seu pé também já estava pedindo arrego, e ela achou melhor terminar a noite ali. Antes mesmo que ela pudesse falar pro Tommy que queria ir embora, Oliver apareceu do seu lado e perguntou:
— Pronta pra ir? – Felicity olhou pra ele com um sorriso enorme. Como ele era lindo! E lia pensamentos! – Não leio pensamentos, Felicity só te conheço bem o suficiente pra reconhecer que você está cansada. – Felicity não disse nada. Aliás, ela não queria nem pensar em mais nada com medo de falar em voz alta o que não devia.
— E de onde você veio? – Felicity perguntou confusa.
— O Oliver ficou ali de guarda que nem um às de paus a noite toda. – Tommy disse com um sorriso. – Acho que ele não confia na minha capacidade de cuidar de você. Não tirou o olho a noite toda!
— Você podia ter vindo dançar com a gente! – Felicity sorriu para o Oliver.
— Eu não danço! – Felicity fez um biquinho e se virou pro Tommy.
— Ele tem razão, eu tô exausta! Já vou embora.
— Eu te levo. – Oliver disse antes que o Tommy pudesse responder.
— Não precisa, Oliver, eu vim de carro!
— E você já bebeu 4 doses com tequila. Eu te levo. – Tommy ergueu uma única sobrancelha pro amigo e comentou:
— Não tirou o olho mesmo, hein? – Oliver tirou os olhos do amigo e os voltou pra Felicity, que assentia confusa com a cabeça.
Depois de algumas despedidas, os dois foram pro esconderijo debaixo da Verdant: Felicity precisava pegar sua bolsa, que ela havia deixado lá, e Oliver pegou um capacete reserva e deu na mão da Felicity. Ela olhou do capacete pra ele e perguntou:
— Você quer que eu suba na sua moto com esse vestido? – Felicity olhou pras suas pernas e de volta pra ele. – Você já reparou que ele é bem curto?
— Felicity, com certeza não me passou despercebido ... – Oliver suspirou profundamente. – Vem, tá tarde, ninguém vai notar, e é só você segurar firme em mim.
— Uhum... – Felicity nem se arriscou a falar uma palavra completa porque coisa boa não sairia dali.
Oliver subiu na moto primeiro, e Felicity, logo depois de prender o capacete subiu atrás dele. Felicity não imaginava, mas andar na garupa da moto de Oliver Queen era uma das experiências mais eróticas de toda a sua vida. Ela fez questão de segurar firme mesmo, e aquela vibração toda com seu corpo colado no dele mais quatro doses de tequila... Felicity estava realmente num estado... alterado! Ela ficou bem decepcionada quando o motor desligou e ela viu sua casa. Se sentindo ligeiramente ousada, ela disse não em tom de sugestão, mas como uma ordem mesmo enquanto descia da moto.
— Estaciona direito e entra comigo. – Oliver olhou pra ela ligeiramente espantado e ligeiramente em apreço, como se ele tivesse gostado da assertividade dela. De qualquer forma, ele fez o que ela mandou, e os dois entraram.
Felicity tirou os sapatos assim que passou pela porta, e foi um prazer tão grande sentir os pés livres que gemeu em voz alta, e Oliver ficou extremamente sem jeito. Felicity achou graça mas não disse nada. Oliver limpou a garganta em desconforto, e Felicity ofereceu que ele sentasse.
— Você... – Oliver começou meio incerto. – quer conversar sobre alguma coisa?
Felicity sentou-se de frente pra ele.
— Eu não recebi mais mensagens do William. O de 2040, claro. – Oliver balançou a cabeça de cima pra baixo algumas vezes, mas não disse nada. – Só que eu quero saber por que a gente nunca conversou sobre o que leu lá naquele celular. E acho que depois de 4 doses de tequila, eu tenho coragem o suficiente pra finalmente exigir de você uma conversa.
— E você quer ter essa conversa agora? – Oliver perguntou desconfortável. – A essa hora?
— Nenhuma hora vai ser boa pelo jeito, Oliver. – Ele assentiu com a cabeça e respirou fundo.
— É... Acho que não... – Oliver parecia sofrer de ter que falar sobre esse assunto com ela. Vendo-o dessa forma, era difícil de acreditar que um dia eles seriam casados e teriam uma família.
— É por causa da Laurel? Você tá triste que não foi com ela que você casou? Ou não vai casar no caso? – Oliver franziu a sobrancelha e olhou confuso pra ela.
— Quê?
— O William disse que a gente casa e tem uma filha. Isso te incomodou? – Felicity respirou fundo e se preparou para a resposta. Seja qual fosse.
— Não exatamente... – Oliver respondeu simplesmente.
— O que exatamente te incomodou então? – Felicity continuou impaciente. – Porque se foi o fato de se casar comigo, saiba que o simples fato de a gente saber disso, já pode ter alterado o rumo todo do nosso futuro. Talvez a gente nem case mais! Talvez a nossa filha nunca venha a existir. Talvez--
— Felicity! – Oliver disse um pouco mais alto para interromper a tagarelice dela. – Não tem a ver com você. Não como você está pensando... – Felicity respirou fundo e esperou que ele continuasse. – O William disse... – Oliver se interrompeu com um suspiro. – Meu próprio filho disse que você é boa demais pra mim, e como eu posso discordar dele? Eu fiz coisas terríveis, Felicity! Não só desde que eu voltei pra Starling. Antes de vestir o Capuz aqui, eu tava correndo pelo mundo com ele, atirando flechas em pessoas sem dó. Já faz muito mais de um ano que o meu normal é esse, e pelo jeito, até 2040 eu não vou me livrar disso!
— Oliver... – Felicity passou a mão no braço dele num gesto de alento.
— Eu sempre achei que voltaria pra cá, corrigiria os erros do meu pai sozinho, mas nunca imaginei além disso. Eu nunca pensei o que faria depois que riscasse todos os nomes daquele caderno. Até que você me mostrou que eu poderia fazer mais. Que eu poderia ir além do caderno, e quando eu vi o que era a missão do meu pai, eu realmente acreditei que eu poderia ser mais, e finalmente me permiti pensar num futuro.
— E você pode, Oliver! – Felicity disse com um sorriso. – Eu acredito em você! Eu sei que você é acima de tudo uma boa pessoa.
— Eu não me sinto uma boa pessoa, Felicity! Especialmente não pra você! – Oliver disse com muita sinceridade na voz, e aquilo partiu o coração dela.
— Oliver, eu sou capaz de tomar minhas próprias decisões e escolher o que é melhor pra mim. – Oliver tentou argumentar, mas Felicity continuou antes que ele pudesse interromper. – No entanto, eu também entendo que você realmente acredita nisso que está dizendo. Então eu quero propor o seguinte. – Oliver olhou curioso pra ela. – Vamos esquecer o que sabemos sobre nós dois e trabalhar com o presente. Se algum dia você decidir que quer ficar comigo, a gente tenta. Mas não vamos deixar uma possibilidade de futuro ditar o nosso presente. A decisão tem que ser nossa. Sem pressão. Combinado? – Felicity estendeu a mão para o Oliver, que a cumprimentou e lhe lançou um sorriso aliviado.
— Combinado. – Oliver se levantou para ir embora, mas antes de sair, virou-se para Felicity e disse: – Se eu merecesse escolher alguém, não consigo pensar em ninguém melhor que você.
Felicity quase se derreteu numa poça ali mesmo na sua sala enquanto Oliver saía de sua casa e ia embora. Podia até demorar, mas seria melhor assim. No tempo deles.

 


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Notas finais do capítulo

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