Baby Cullen escrita por Dark Angel


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Tirei a premissa para essa fic de milhares de outras q já li com a categoria "de-aged", que basicamente consiste em um personagem voltando a ser criança.

Eu não pretendo fazer uma história longa, mas estava com vontade e saudades de escrever para esse universo de Crepúsculo com o qual sempre tive uma relação de amor e ódio ( bem mais amor do que ódio....)

Espero que gostem!



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Fecho o zíper da minha última mala e observo o quarto quase vazio durante alguns minutos, sento na ponta da minha cama e perco mais algum tempo criando coragem para descer as escadas com tudo aquilo. Saio arrastando as bolsas pesadas até o pequeno hall de entrada da casa, olho mais uma vez para o relógio de parede acima da porta da cozinha, agora, são pouco mais do que cinco da tarde. Meu pai saiu para trabalhar pela manhã e se despediu de mim fazendo mil e uma recomendações para a viagem que eu faria logo mais com o meu noivo.

Edward havia concordado com a minha transformação ocorrendo pouco tempo depois do casamento, mas antes disso ele queria que eu pudesse ter mais algumas “experiências humanas”, por isso concordei em viajar para onde quer que fosse que ele quisesse me levar como barganha pela minha humanidade. Eu estava muito firme,entretanto, conhecendo-o como eu conhecia sabia muito bem que a intenção de toda essa viagem era ele prolongar ainda mais o meu tempo como mortal, assim como muito provavelmente tentar me dissuadir de tal escolha.

Ele pode tentar,mas não vai obter sucesso...

Sento no sofá e ligo a televisão enquanto faço hora até Alice vir me buscar, os outros estão caçando desde o dia anterior e ela ficou responsável por me levar até a casa deles, Edward vai chegar pela manhã e então partiremos juntos até Port Angeles.

 

Quando anoitece e a minha cunhada ainda não apareceu para me buscar, tento ligar para ela, mas meu celular descarrega e não faço a mínima ideia de onde deixei o carregador.

Já está quase na hora de Charlie chegar da delegacia e nem sinal dela. Um breve pensamento me faz arrepiar dos pés à cabeça, e se eles tiverem partido novamente?

Apesar do acordo selado, Edward poderia muito bem querer voltar atrás quanto a minha alma.

Enquanto penso sobre isso, uma onda de ansiedade chega e já não consigo mais ficar sentada. E se toda essa viagem fosse apenas uma desculpa para ele ter que ir caçar por mais tempo? E se a caçada em si não passasse de uma desculpa para poder ir embora sem ter que se despedirem de mim?

Decidida a tirar a prova, pego as chaves da minha picape e saio de casa, as luzes estão apagadas e tenho que voltar rapidamente ao perceber que ainda deixei a TV ligada. Vou para o lado de fora e estou prestes a trancar a porta da frente quando luzes de farol atingem o meu rosto e percebo que não estou mais sozinha.

Alice estaciona e desce apressada, passa tão rápido por mim que se eu não tivesse sentido o leve movimento do vento em meus cabelos poderia muito bem jurar que ela havia somente desaparecido perante os meus olhos, a vampira de menos de um metro e meio e com o físico de uma fada delicada, sai carregando toda a minha bagagem de maneira tranquila até o porta-malas do seu Porsche amarelo.

A sigo, ainda um pouco agitada, não trocamos nem sequer um olhar enquanto ponho o cinto de segurança e ela arranca em alta velocidade pelas ruas pouco iluminadas de Forks.

Estranho quando ela não coloca uma de suas músicas ultra-animadas para tocar durante o percurso até a mansão. Embora o seu rosto seja uma máscara de mármore neutra e plácida, sei que tem alguma coisa errada apenas pelo modo como ela sequer olha para a estrada enquanto dirige.

— O que houve, Alice?- desvia o rosto em minha direção durante poucos segundos. Ela movimenta as sobrancelhas para cima e percebo que não está exatamente preocupada, mas sim pensativa. Quase fico aliviada.

— Sei que aconteceu alguma coisa, mas você não está querendo me contar.- ela soltou um suspiro, embora eu soubesse que não era cansaço.Muito menos lhe fazia diferença prender ou não a respiração.

— Não é que eu não queira lhe contar, Bella. É complicado de se explicar, acho melhor mostrar a você antes de dizer qualquer coisa.- olho para a frente e percebo que estamos no caminho repleto de árvores que leva diretamente até o terreno dos Cullen.

—Aconteceu alguma coisa com o Edward, não foi?- ela não me responde, em menos de um minutos estamos parando em frente à enorme casa branca e eu praticamente salto do carro.

Sinto o peito acelerado e uma dor no estômago enquanto subo os degraus até a porta, esta abre antes que eu possa tocar na maçaneta, Jasper me dá passagem e eu entro apressada, vou em direção ao andar de cima, um vozerio incomum chama a minha atenção na sala de estar, bem como um barulho estrangulado e fino que não poderia vir de nenhum dos seres que habitavam aquela casa, viro o curto corredor e consigo avista-los. Rose e Emmett estão de costas para mim, ela ligeiramente curvada para a frente, consigo discernir Esme sentada à sua frente, algo se movimenta em seus braços.

Plenamente cientes da minha presença, os dois se afastam do sofá para me encarar, eu no entanto estou encarando a vampira sentada com a tal criatura, pequena e de rosto completamente avermelhado.

— Isso é um bebê?!- mas o que está acontecendo aqui? Eu devo ter ficado completamente louca, porque não faz o menor sentido esse bebê estar ali. Ao ouvir a minha voz, a criança que antes soluçava em desespero para e me olha de maneira atenta.

— Não, Bellinha, é uma bola de basquete com braços acoplados.- Emmett responde com um riso debochado e leva um esporro da esposa.

—Era disso que eu estava falando, Bella.- Alice aparece do nada ao meu lado, seguida por Jasper.

—Como assim?- olho dela para o bebê sentado no colo da minha sogra, ele tem o corpinho ainda gorducho, não deve ter mais do que catorze meses de idade. Solta um gritinho infantil em minha direção enquanto as suas mãos se esticam para a frente, abrindo e fechando, a boca aberta e os olhos arregalados como se quisesse desesperadamente dizer alguma coisa.

—Você queria saber o que tinha acontecido ao Edward...bom, aí está ele...- a voz dela é firme, mas ainda assim eu tenho a impressão de ter ouvido errado. Ele recomeça a chorar, dessa vez realmente alto, enquanto eu tento raciocinar sobre o que acaba de me ser dito.

Esme levanta com ele e o balança gentilmente em seus braços cantarolando alguma coisa, o que antes eu pensava ser uma manta amarela o cobrindo acaba por ser na verdade uma camisa de tamanho adulto.

Os cabelos um pouco bagunçados e de tom acobreado não deixam dúvidas, os olhinhos verdes e cheios de lágrimas me fitam em desalento enquanto Esme tenta acalma-lo. No entanto, ele continua puxando o corpinho em minha direção e ela vem andando até mim enquanto tento me recuperar do choque inicial.

Reclinando-se veementemente para mim, quando finalmente é posto em meus braços ele agarra minha blusa com força com ambas as mãos e enterra a cabeça no meu pescoço enquanto eu apoio as suas costas. Pares de olhos amarelados me fitam atentos enquanto eu tento assimilar o fato do meu futuro marido ser agora um bebê de fraldas.


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Notas finais do capítulo

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