Just Everything For Him escrita por Alyssa


Capítulo 2
And now the "he" has changed!


Notas iniciais do capítulo

Olar :3
Disse que voltava logo e voltei u_u

Hoje trago o capitulo final, então espero que gostem -w-
Como já avisei, é uma fanfic simples e fofinha ><

Boa leitura ♥



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Capítulo 2 de 2

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Capitulo 2 — And now the "he" has changed!

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Depós... Atual Conselho estudantil

— Com essa serão sete vezes já… — Contava nos dedos animado. — Eu vou… Ah! — Pulou no lugar ao ver algo se mexer atrás da mesa.

— Espera… — Erza se levantou de seu esconderijo. — Gray?

— Erza,  o que faz aqui? — O garoto ainda não havia se recuperado do susto.

— Oh, eu estava esperando alguém… — Murmurou corada.

— Alguém… — Gray pensou por alguns segundos. — Ah, entendi.

— Espera, o que ele faz aqui? — Lucy também entrou na sala. — E o Jellal?

— Bem… — Gray sorria sem graça.

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//x// Flashback //x//

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— Opa. — Gray o cumprimentou. — À caminho do depósito?

— Sim, preciso entregar isso logo. — Mostrou o diário.

— Hm… Ah sim. — Gray estava pensativo. — Ei, Jellal?

“O que isso? Hoje também vão agir estranho?” — Jellal suspirou incomodado.

— Se quiser eu entrego. — Se ofereceu Gray. — Estou levando esses papeis na secretaria mesmo.

— Não precisa se incomodar com isso. — Jellal murmurou. — É dever do representante de turma isso.

— É caminho pra mim. — Gray deu de ombros. — Não me custa nada.

“Ele não vai parar de insistir, eu o conheço.” — Suspirou novamente. — Bem, se for assim… Então tudo bem. — Entregou o diário. — Eu preciso chegar logo em casa.

— Que isso, só fica me devendo mais uma. — Gray diz já de longe. — Até amanhã.

— Então era por isso mesmo. — Jellal tinha uma veia saltando em sua testa. — Favores, é?!.

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//x// Fim do Flashback //x//

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— Idiota. — Lucy revirou os olhos. — Outro plano que se foi.

— Ei, foi mal, ok? — Gray se afastou lentamente ao ver a aura negra da amiga.

— Juvia veio ver o que acon… — Foi quando notou a pessoa errada dentro da sala. — Gray-sama… Por que? — Rios de lágrimas desciam por seus olhos.

— Ju-Juvia?! — Gray correu para o lado dela, afinal não aguentava vê-la chorar. — O que está acontecendo aqui?

— Eu vou matar esse idiota! — Lucy se aguentava para não dar uns tapas em Gray.

— Calma, Lucy. — Levy segurava a loira. — Estávamos esperando que o Jellal viesse entregar o diário.

— Ah, entendo. — Gray suspirou. — Se eu soubesse…

— Eu desisto. — Erza se deixou cair no chão. — “Por alguma razão eu me sinto tão triste por ele não ter vindo aqui…”

— Er-chan… — Levy soltou Lucy.

 Que droga. — Lucy respirou fundo.

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Erza andava em passos lentos, acompanhada de suas amigas logo atrás. Era nítido que elas estavam bastante abaladas com todos os acontecimentos. Lucy que passou o dia todo querendo bater nos garotos, agora era a mais calma, isto porque todas suas forças havia sido drenadas ao ver a amiga desse jeito. Na verdade, ela queria tentar algo a mais, mas não tinha mais como forçar Erza com essas loucuras.

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— Meninas… — Erza parou no lugar. — Eu gostaria de ir embora sozinha hoje.

— Erza… — Lucy sussurrou triste.

— Tudo bem. — Levy murmurou, tocando de leve o ombro de Lucy. — Amanhã nos vemos.

— Juvia promete que trará uma fatia enorme de bolo amanhã. — Sua voz apesar de clara, estava um pouco embargada.

— Obrigada, meninas. — Erza sorriu para elas. — Até amanhã. — Voltou a caminhar sozinha.

— Espero que ela fique bem. — Levy suspirou. — Não foi o melhor dia.

— Depois de três falhas desse jeito eu também espero. — Diz Lucy fraca. — Não planejamos nada direito.

— Vai ficar tudo bem. — Gray aparece do nada, abraçado Juvia por trás. — Desculpe por antes.

— Gray-sama… — Juvia tocou as mãos dele. — Juvia está mais preocupada com a Erza.

— Vocês poderiam ter chamado a gente para esse esquema, sabia? — Gajeel veio junto. — Também gostamos de brincar de cupido. — Parou do lado de Levy e despenteou alguns fios do cabelo dela.

— Ei! — Ela tentou segurou seu cabelo. — Achei que tivessem sacado.

— Sacado o que? — Natsu se encostou em Lucy, exausto. — Quero minha cama.

— Eu não sou sua cama pra você ficar se jogando assim. — Lucy murmurou corada

— Me dá um tempo, sim. — Suspirou. — Minha costas ainda doem.

— Foi mal. — Lucy piscou sapeca. — Era pra ser só um tombinho.

— Tombinho?! — Natsu repetiu chocado. — Você queria me matar ali.

— Parece que as aulas de jiu jitsu foram úteis. — Lucy fazia biquinho.

— Ei, não tente fazer essa cara fofa ai. — Natsu desconversou corado. — Eu vou me vingar ainda.

— Arranjem um quarto para vocês. — Gray revirou os olhos. — E meninas, não se preocupem. — Voltou a falar sério. — Já nos redimirmos por isso.

— O que vocês fizeram? — Lucy perguntou confusa, já se recuperando do momento tímido.

— Acredito que amanhã saberemos melhor. — Gajeel soltou sua melhor risadinha.

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Apesar das garotas se olharam confusas, sabiam que eles não iriam aprontar nada de mal. Deixando essa ideia de lado decidiram ir tomar sorvetes juntos no lugar preferido perto do colégio.

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~*~

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Após se despedir de suas amigas, Erza caminhava sozinha em direção à sua casa. Se alguém lhe perguntasse o que ela estava sentindo naquele momento, teria certeza de pedir um tempo para analisar melhor. A verdade é que a sua mente estava cheia de tudo um pouco. Principalmente os seus sentimentos, que estavam bagunçados. Em meio a tudo isso, Erza sentia que agora já não era mais por causa do bolo a sua tristeza. Sua dor já estava indo muito além disso, porém nem ela mesmo sabia identificar como pôde ter mudado em pouco tempo.

Passava pela rua do parque, quando pensou ouvir algo. A princípio ignorou o barulho, mas conforme ia se aproximando pôde ouvir melhor. Se apressou ao identificar como o choro de uma criança. Seguindo para dentro do parque, caminhou até o velho escorregador. Ao olhar melhor, viu a criança sentada no primeiro degrau. Ela mantinha sua cabeça abaixada, enquanto se abraçava solitária.

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— Olá? — Erza se aproximou devagar, pois não queria assustá-la. — Está tudo bem contigo? — Se abaixou, facilitando sua comunicação com ela.

— Hm? — A menina levantou a cabeça devagar, revelando algumas lágrimas em seus olhos. — Quem é você, moça?

— Oh, eu estava passando por aqui… Não sou alguém ruim! — Se apressou nas falas. — Bem, consegue ficar de pé?

— Eu consigo… — Devagar a garota se levantou.

— O que aconteceu com você? — Erza ainda tentava ajudar. — Por que está chorando aqui?

— É que eu… Eu me perdi. — Voltou a lacrimejar. — Não lembro onde fica a minha casa.

— Ah, entendo. — Erza murmurou incomodada. — “Não posso deixar uma criança sozinha.”

— Eu vim brincar com uns amiguinhos… — A menina continuava a contar a histórias em lágrimas. — Mas eles foram embora e me deixaram aqui.

— Pobrezinha. — Erza respirou fundo. — E qual a sua idade, pequena?

— Eu fiz 8 anos semana passada. — Ela murmurou, limpando as lágrimas.

“O que eu faço agora… Nunca vi essa criança por essas redondezas…” — Erza pensava com calma. — Tente se lembrar, existe algo perto da sua casa?

— Perto da minha casa… — A menina repetiu mais calma. — Eu não sei.

— Qualquer coisa. — Erza voltou a falar. — Um mercado ou talvez alguma loja de roupas…

— Ah, esse tipo de coisa. — Ela parecia pensar. — Tem um tipo de loja, mas não vende roupas lá.

— Bem, já vai ajudar. — Deu de ombros. — Como é a loja? O que vendem lá?

— É um lugar muito bonito. —  A menina parecia um pouco mais animada. — Eles vendem comida gostosa… Não, são algum tipo de doces mesmo.

— Doces? Tipo, uma confeitaria? — Erza tentava ajudar.

— Sim, esse tipo de lugar. — A menina bateu palminhas. — É esse nome estranho mesmo.

— Tem ao menos 3 confeitarias nessa direção. — Erza analisava para qual lado deveria ir primeiro. — A mais perto é a mi…

— Moça, lembrei de algo. — A menina tentava chamar a atenção da ruiva. — Dizem que ali vendem o melhor bolo de morango.

“Bolo de morango!” — Erza sentiu uma luz lhe iluminar. — Entendo.

— Moça? — A menina cutuca Erza de leve. — Está tudo bem?

— Oh sim, sei como ajudá-la, vamos! — Erza caminhava na frente puxando a menina pela mão. — Não tema, eu irei lhe salvar!

— Obrigada, moça. — Disse a menina, sorrindo sapeca.

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~*~

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Erza caminhou alguns minutos até chegar a sua confeitaria preferida. Levando a menina ainda pela mão, tentava se preparar mentalmente, caso fosse encontrar com ele, afinal ele trabalhava ali. Entretanto, mesmo que seu consciente dissesse que estava tudo bem, ela sabia que iria travar quando o visse. E foi respirando fundo que Erza passou pela porta de entrada.

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— Seja bem-vinda… — Jellal parou de falar ao dar de cara com Erza. — Você…

— B-Boa… — O cérebro de Erza voltou a travar. — Eu vim… — Tentou levantar o braço, a qual segurava a mão da menina, mas sem sucesso.

— … — Jellal também encarava Erza sem conseguir dizer qualquer palavra, mas foi descendo seu olhar até chegar na menina que estava com ela. — Wendy?

— Olá. — A menina, Wendy, sorriu sem graça.

— Vá se trocar e faça suas tarefas. — Jellal murmurou simplesmente. — Chegando tão tarde em casa.

— Espera ai… — Erza olhou de Jellal para a menina, agora Wendy. — “Como isso? Eu não estou entendo mais nada…”

— Tudo bem, eu vou indo. — Wendy abraçou Erza como pôde e caminho até Jellal.

— Deseja algo? — Jellal voltou sua atenção para a ruiva, mas a mesma parecia estar área. — E-Está tudo bem?

 Ei, Jellal. — Wendy puxa a camisa dele de leve, pedindo para o mesmo se abaixar.

 Wendy, você… — Jellal fica sem reação ao ouvir o que ela havia dito. — Quem te pediu pra fazer isso?

— Não sei de nada. — Wendy deu de ombros. — Estarei no meu quarto. — Se virou para uma Erza paralisada. — Até mais, obrigada por me trazer em casa.

 Wendy? — Jellal tentou chamá-la, mas foi ignorado. — Des-Desculpe por isso… — Gaguejou envergonhado.

— Hã?! — Erza acordou de seu transe. — Pelo que?

— Parece que minha irmã a enganou hoje. — Ele revelou, ainda corado. — Ela faz teatro… Então sabe como fazer uma boa cena de drama.

— Eu fui enganada por uma criança de 8 anos?! — Erza murmurou não acreditando.

— 8 anos? — Jellal repetiu confuso. — Na verdade ela tem 12 anos, apesar de não parecer.

— O que é pior ainda… — Erza sussurra fraca. — “Está com cara de armação.” — Dando-se por vencida, decide ir embora.

— Por favor, espere. — Jellal a chama, ao perceber que a mesma ia em direção a porta.

— Sim? — Erza se vira novamente, mas cora ao encará-lo nos olhos.

— Não aceito que saia assim… — Ele murmura um pouco corado. — Eu gostaria que aceitasse algo em troca, como agradecimento e pedido de desculpas pela minha irmã.

— Oh não, por favor, não se incomode comigo. — Erza corou ainda mais. — Eu ajudaria qualquer pessoa…

— Eu insisto. — Apesar de envergonhado, sua voz havia sido firme. — Por favor.

— Bem, então eu aceito a gentileza... — Erza voltou para perto do balcão.

— Sente-se, por favor. — Ele apontou para a cadeira. — O que deseja?

— E-Eu não sei… — Erza olhou para a vitrine disfarçadamente. — “Aquele bolo de morango está tão lindo hoje… E ainda inteiro.” — Voltou seu olhar para Jellal, que aguardava por seu pedido. — Eu gostaria que você escolhesse por mim.

— Tudo bem então. — Ele caminhou até a vitrine de bolos e escolheu um.

“Realmente, como vim parar aqui?!” — Erza suspirou. — “Apesar do meu estômago gritar por morango, eu não posso dizer nada.” — Respirou fundo.

— Aqui está! — Jellal colocou uma xícara de café com leite em frente a Erza, chamando-a atenção dela. — Eu acho que já te vi várias vezes parada na vitrine.

— A-Ah, Bem… — Erza murmurou, segurando a xícara com cuidado. — Eu gosto dos bolos daqui…

— Por isso escolhi esse bolo pra você. — Colocou o prato delicadamente em frente a ela. — Uma fatia bem generosa do bolo de morango.

— Como você sabia? — Erza diz surpresa.

— Eu já te disse. — Ele sorriu um pouco. — Várias vezes te vi ali, com um olhar encantado para esse bolo.

— E-Eu… — A ruiva ficou tão vermelha quanto os morangos. — Eu senti sua falta. — Sua vontade era de abraçar a fatia de bolo. — “Espera, o que eu estou fazendo?”

— Fico feliz que aprecie o nosso bolo, Erza. — Jellal murmurou calmo.

— Ah sim, é muito bom… — Estava pronta para dar a primeira garfada. —  Espera, como sabe o meu nome?

— Você é amiga do Natsu, não? — Ele murmurou confuso. — Do Gray e do Gajeel também.

— Isso. — Ela sorriu sem jeito. — Somos todos amigos. — Finalmente deu sua primeira garfada. — Isso é tão bom! — O sabor suave explodia em sua boca.

— Na verdade… — Jellal parou de falar ao ver aquela expressão mágica em Erza. — Espera, então era realmente você… — Por alguns segundos a mente de Jellal viajou no tempo. Quem sabe uns 8 anos atrás.

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//x// Flashback //x//

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Quando tinha uns 9 anos, Jellal foi ‘forçado’ a ajudar na confeitaria de seus avós. A princípio havia odiado a ideia, pois queria sair e brincar com seus amigos. Na verdade, sempre achou toda essa história de tradição familiar chata. Nunca havia se interessado pela confeitaria da família. Depois de tanto levar bronca de seus pais ele cedeu e decidiu passar o verão ali.  Logo nos primeiros dias se aguentava para não sair dali correndo. As pessoas vinham falar consigo, mas na verdade não queria falar com ninguém. Foi nessa mesma época que conheceu Natsu no parque do bairro.

Entretanto, o que sua memória puxava no momento era uma doce recordação para si. No último fim de semana ajudando os seus avós, ele experimentou um dos melhores sentimentos que o ser humano poderia sentir.

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— Querido, seu avô está lá atrás terminando de assar alguns doces. — Jellal havia sido pego de surpresa pela voz dela. — Eu preciso sair um pouco, então cuide da confeitaria para mim.

— Como assim? — O garoto pulou no lugar. — Mal alcanço o balcão!

— Qualquer coisa pode chamar o seu avô então, mas sei que conseguirá fazer isso bem. — Ela sorriu pousando a mão sobre a cabeça do neto. — Lembre-se, nós não só vendemos sonhos aqui, como também presenteamos.

— Aquele treco recheado? — Jellal chegou a olhar para a vitrine de doces.

— Esses também, mas eu falo daqueles que ficam presentes na alma. — Ela apontou para o peito dele. — E aqui também.

— Isso é muito confuso, vovó. — Ele suspirou.

— Um dia você entenderá esse sentimento também. — A senhora sorriu. — Eu volto logo.

— Tudo bem, eu posso cuidar disso. — Ele subiu no banquinho. — Com chuva ninguém vem mesmo.

— Oras. — Ela piscou para ele. — E sorria!

— Sim, senhora! — Jellal sorriu sem graça.

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Assim que sua avó saiu, Jellal tombou sobre o balcão. Era sua última semana ali e, claro, algo que o animava. Afinal estava louco para voltar para casa, seu lugar não era ali de jeito nenhum. Estava pronto para espiar seu avô e pedir uma lasquinha de algum doce, quando ouviu o sino da porta mexer. Olhou para o lugar, mas não viu ninguém entrar.

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— Estranho… — Estava pronto para dar a volta no balcão, quando ouviu um choro baixo. — Quem é?

— Desculpe… — Era uma menina um pouco mais baixa que ele. — Se-Será que posso ficar aqui até a chuva passar? — Os cabelos eram curtos acima do ombro e ruivos.

— Ah… Acho que não tem nenhum problema. — Jellal ficou envergonhado ao vê-la desse jeito.

— Obrigada. — Ela murmurou baixo. — Eu não vou incomodar. — Limpava suas lágrimas com as costas das mãos.

— Aqui. — Ele ofereceu um lenço. — Por que você está triste?

— O-Obrigada. — Aceitou o lenço, usando-o em seguida. — Você vai dizer que é besteira minha.

— Não vou dizer isso. — Murmurou baixo. — Não tenho porque falar algo assim para a ferida dos outros.

— Meu gato morreu… — Por fim, ela falou. — Eu sei que ele já era velho, mas ainda me dói muito pensar nisso.

— Entendo… — Jellal olhou para o chão incomodado. — Eu tenho um cachorro, então sei que ficarei triste quando ele se for.

— Sim. — A voz dela não era mais que um fio.

“— Lembre-se, nós não só vendemos sonhos aqui, como também presenteamos. — A voz calma de sua avó repetia em sua mente.”

— Sonhos… — Jellal murmurou pensativo.

— Você disse algo? — Ela perguntou confusa.

— Espere aqui, por favor. — Jellal mostrou uma mesa a ela. — Eu já volto.

— Mas…

— É um minuto. — Dizendo isso, correu para trás do balcão.

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Enquanto a menina sentava-se à mesa confusa, Jellal corria até a vitrine de bolos. Ao abrir, olhou com calma para cada um deles, mas nenhum lhe chamou a atenção. Naquele momento ele realmente procurava por algo mágico. De repente lembrou de um bolo que sua avó havia feito mais cedo, apesar de não ser um produto de venda ainda, era perfeitamente o que precisava. Fechando a vitrine, andou até a parte de trás da cozinha, abrindo a geladeira deles. Puxou o bolo com cuidado, colocando em cima da mesa, mas qual foi sua surpresa ao esbarrar sua mão num pote de brilho comestível. Apesar de ter derramado pouco, foi o suficiente para fazer aquele bolo brilhar de verdade.

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— É isso! — Jellal olhava encantado. — Pode dar certo.

A menina viu que a chuva já começava a parar. Ela poderia ir embora finalmente, mas por alguma razão achou melhor esperar pelo menino, afinal não queria fazer uma desfeita desse jeito. Quando voltou a olhar para a mesa, a qual estava sentada, viu que havia um prato com um pedaço de bolo.

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— Como isso chegou aqui? — Ela olhou para os lados confusa.

— É para você. — Jellal voltou para o balcão, subindo no banquinho novamente.

— Eu não posso aceitar isso… — Ela murmurou envergonhada. — Eu não trouxe dinheiro.

— Esse é um presente para você. — Ele disse confiante. — É um sonho para sua alma.

— Sonho? — Ela olhou com cuidado. — Achei que isso se chamasse bolo…

— É modo de dizer. — Jellal disse corado. — Eu espero que isso tranquilize seu coração e te faça lembrar os momentos bons com seu gato.

— Oh… — Ela também corou. — É a primeira vez que alguém me dá um presente assim.

— Eu espero que goste. — Jellal sorriu tímido. — Esse é um bolo de morango.

— Ele brilha… — Por alguma razão seus olhos queriam lacrimejar. — Eu vou experimentar. — Ela deu uma generosa garfada no bolo, comendo em seguida.

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Jellal ficou na ponta dos pés observando ela comer. Na primeira garfada, no primeiro sorriso dela entre as lágrimas; foi que ele entendeu o que sempre sua avó quis dizer. O sorriso dela iluminava tudo a seu redor a ponto de deixar a sua mente em branco. Aquelas bochechas coradinhas e os olhos brilhantes lhe dava a sensação de dever cumprido. Daquele momento em diante ele decidiu que gostaria de ver mais pessoas felizmente assim ao comerem os bolos feito por sua avó… Não, ele queria fazer bolos que fizessem as pessoas sorrirem com a alma.

A única pena era que aquele foi seu último fim de semana daquele verão ali. Depois disso ficou pelos menos 3 anos sem vir visitar os seus avós e por fim, nunca mais a encontrou novamente.

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//x// Fim do Flashback //x//

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— Realmente era você?! — Jellal sorriu com nostalgia. — Naquele dia…

 Hm? — Erza voltou a si, mas ainda sonhava acordada enquanto saboreava. — Disse algo?

— Sim, na verdade eu sempre quis falar com você. — Jellal não acreditava que finalmente estava conseguindo dizer isso. — Entretanto, nunca encontrei uma boa oportunidade.

“Espera, o que é esse sentimento nostálgico que estou lembrando agora?” — Erza ficou sem reação ao ouvir as palavras dele. — Bem, eu também queria muito falar com você…

— Parece que tivemos o mesmo pensamento. — Ele sorriu, embora todo corado.

“Esse sorriso… Esse bolo… O sabor dele me lembra...” — Erza corou junto. — Um cachorro… Era você que tinha um cachorro…

— Você se lembra disso? — Jellal ficou surpreso. — Ele se foi, faz uns três anos. Ele não era tão velho, mas uma doença o levou.

— Então realmente era. — Erza sentia seu coração bater mais rápido. — Eu sinto muito por ele. — Parou o garfo no meio do caminho. — Uma hora eles realmente nos deixam.

— Eu fui feliz tendo-o como meu fiel amigo. — Sorriu leve. — Agora termine seu bolo mágico, eu amo ver suas expressões enquanto come.

“E-Ele disse a-amo?” — Erza travou de vez no lugar. E não apenas no rosto, mas estava completamente vermelha ou eram seus cabelos que refletiam por todo seu corpo já?!

— Erza? — Jellal estava chocado. — Erza, está tudo bem?

— …

— Fale comigo, por favor!

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Erza sempre retornava naquela confeitaria com a sua mãe, mas nunca o encontrava por lá. Após algumas tentativas fracassadas, ela parou de ir junto. Sua memória aos poucos foram embaralhando, mas por alguma razão aquele sabor doce do bolo sempre continuou presente. Apesar de tantos desencontros, eles haviam enfim se reencontrado.

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~*~

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No outro dia

Na hora do intervalo estavam Erza e Jellal juntos. Após uma sessão de interrogatórios por parte de suas amigas, Erza conseguiu de fato ficar a sós com ele. Por fim, ela descobriu que essa armação havia sido feito por seus amigos junto da irmã de Jellal, Wendy. Entretanto, ficou ainda mais feliz ao descobrir que havia sido o primeiro amor dele. Por fim, Lucy e seus amigos eram bons cupidos mesmo.

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— Por que trouxe isso? — Erza perguntou ao ver uma fatia de bolo.

— É o seu preferido, certo? — Ele mostrou aquele que parecia ser o mesmo bolo de anos, cheio de brilho. — Esse é especial.

— P-Por que? — Erza sabia que já não se tratava apenas de ser o seu preferido.

— Naquele dia eu lhe apresentei um bolo que minha avó fez para nosso café da tarde. — Ele pegou o garfo. — Foi graças a isso que ele se tornou o carro chefe da nossa confeitaria.

— Graças a isso? — Erza estava confusa. — Como assim?

— Foi graças a uma menina encantadora que experimentou um sonho e brilhou junto dele. — Jellal explicou. — Após aquele dia, minha vó começou a vendê-lo também, por minha causa.

— Por você… — Erza sentia que sabia onde ele queria chegar.

— Sim, afinal ela queria descobrir quem havia sido a menina que

despertou o amor por confeitaria em mim. — Sorriu por fim.

— E-Eu não fiz tudo isso assim… — Corou.

— Minha vó lhe considera um anjo desde aquela época. — Revelou envergonhado. — Eu vou lhe apresentá-la ainda hoje.

— Nesse caso será uma honra conhecê-la. — Erza sorriu. — Então eu vou comer.

— Nada disso, eu vou dar a você. — Ele mostrou o garfo já com o bolo.

— E-Eu posso comer sozinha. — Gaguejou. — Não sou mais criança.

— Dessa vez não. — Ele voltou a sorrir. — É isso ou eu como essa fatia sozinho.

— Não, por favor. — Erza choramingou. — Eu deixo você me dar então…

— Perfeito. — Ele direciona a garfada para a boca dela. — Está bom pra você?

— Está maravilhoso. — Os olhos de Erza brilhavam novamente. — Tão suave!

— Aqui vai mais um pouco. — Se preparou novamente.

— Eu vou me cobrar. — Erza murmura corada. — Só me aguarde.

— E como fará isso? — Perguntando, oferecendo outra garfada.

— Be-Bem… — Erza começou. — Se você fechar os olhos, eu dou essa surpresa.

— Surpresa?! — Jellal repetiu confuso, mas o faz. — Tudo bem então, eu… — Logo que fechou seus olhos, sentiu algo macio e doce tocar seus lábios. — Er-Erza…"Um beijo assim do nada?!"

 É isso… — Erza murmurou envergonhada. — Eu posso comer sozinha. — Pegou o bolo das mãos dele.

 Entendo… — Jellal murmurou corado antes de desmaiar.

— Jellal? — Erza o cutucou. — Jellal!?

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De longe, mais especificamente do terraço do colégio, Lucy e o restante de seus amigos observavam tudo. Após serem expulsos por Erza, desde que ela queria ficar sozinha com ele. Só restou a eles desejarem boa sorte, porém isso não queria dizer que não pudessem espiá-los à vontade.

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— Juvia achou fofo a expressão deles agora. — A azulada suspirava com a cena.

— Realmente é uma graça olhar isso. — Gray concordou. — Mas ainda assim, você é a mais fofa pra mim.

— Gray-sama. — Juvia o abraçou.

— Aposto que quando tentarem dar as mãos algum desmaia também. — Gajeel ria.

— Que maldade. — Levy dava uns tapinhas nele. — Bem, você ficou todo corado a primeira vez que demos as mãos.

— Ei! — Gajeel a abraçou. — Vamos mudar de assunto aqui.

— Bem, eles tem um longo caminho a percorrer agora. — Lucy comentou. — Mas são muitos fofos.

— Lembrei de algo. — Natsu começou a rir escandalosamente.

— Lá vem coisa. — Gray suspirou.

— Compartilhe com nós. — Gajeel o encorajou.

— Eu só fiquei pensando que seria engraçado quando eles fossem tentar fazer am…

— Calado! — Lucy pulou em cima do namorado, o calando. — Esse tipo de coisa é bem íntima. — A loira estava totalmente vermelha.

— Oh, imagino que seja. — Gray piscou para o casal.

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E ali estavam o grupinho de amigos. Uma Lucy toda vermelha, um Natsu confuso, mas por alguma razão corado. E Gray, Juvia, Gajeel e Levy sorrindo maliciosamente para os dois. Eles não espalham a vida íntima de ninguém, mas também não perdoam.

No meio disso tudo, ainda era possível ouvir uma Erza desesperada tentando reanimar, agora o seu atual namorado, Jellal.

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Fim!


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Notas finais do capítulo

Nah, cabou x:

Confesso que amei escrever essa coisinha linda pra eles ♥
Minha estreia na categoria está completa. Realmente planejo trazer fanfics especiais para os outros casais também -w-
Entretanto, não sei dizer sobre o que e quando xD Mas já tenho uma base de ideia pra cada um ♥

Espero que tenham gostado da two. Obrigada por lerem, comentar e favoritar ♥

Até a próxima -w-



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