High School Darlisa escrita por kicaBh


Capítulo 8
Cap. 8 - Um baile e mil sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Bom final de domingo.



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Elisabeta estava diferente. Não só pelo que aconteceu na casa de Ema, mas ela se sentia diferente, como se dentro de si uma luzinha houvesse sido acendida. Uma luzinha que dizia que ela era uma garota que tinha desejos. Foi algo novo para ela e refletiu na maneira dela se comportar, se vestir e no que prestar atenção. Ela estava mais feminina, não que estivesse se tornando uma miniatura de Ema, mas ela agora se permitia alguns decotes, saias mais curtas, mesmo não abrindo mão dos tênis vermelhos. De repente ela passou a perceber os garotos de sua sala, percebia os homens que eles viriam a ser, quem era mais bonito ou mais sexy, na opinião dela. Era um olhar diferente. E agora ela olhava para Darcy como se ele fosse um parque de diversões de imensas possibilidades. E pelos olhares que ela recebia de volta ela sabia que o mesmo se passava com ele, Darcy a olhava como se ela fosse a melhor sobremesa de todo o mundo.

Felisberto percebeu a mudança da filha e tentou  ter uma conversa franca sobre Darcy. E diante da reticência de Elisabeta em dar detalhes do quanto gostava do garoto Felisberto intimou que Darcy almoçasse na casa dos Benedito. Primeiro Elisa foi contra, disse que não o pai não precisava se preocupar, mas diante do fato de que seu pai poderia colocar o pai de Darcy na jogada, se fosse preciso, ela cedeu e Darcy foi oficialmente apresentado aos Benedito com direito a um churrasco brasileiro.

Darcy e Charlote desfrutaram daquele momento e acharam maravilhoso aquela família grande e barulhenta que ainda tinha como agregados os amigos de Elisabeta. Para os Williamson que sempre estavam solitários entre si mesmos viver aquela experiência foi algo esclarecedor sobre os modos dos brasileiros. A família de Elisabeta era inclusiva, expansiva e afetuosa. Até Januário esteve naquele churrasco, já que ele e Ludmila ensaiavam algum tipo de relacionamento que Elisabeta não sabia bem como iria funcionar. Mas Darcy dizia que mesmo que o jovem de origem pobre e negro se sentisse intimidado, ele tinha talento o suficiente para superar qualquer obstáculo. E o mais importante, era alguém honesto e de bom caráter, coisas que valiam muito mais que dinheiro.

Darcy entendeu que Mariana era muito parecida com Elisabeta, no jeito, e Cecília era tão sonhadora quanto Jane. E elas amaram a graciosidade de Charlote, o que quase enciumou Lídia. Tudo isso deixou Felisberto mais relaxado e ele gostou de Darcy, ele parecia um homem ao invés de um garoto de 17 anos, 18 em breve. O tamanho e a postura dele em nada lembravam estes meninos esbaforidos, como Ernesto por exemplo.

Ele percebeu a um certo tempo que a filha estava apaixonada , mas os vendo juntos percebeu que eles  estavam em sintonia. Olhavam um para o outro com admiração, conversavam e se encostavam sempre. Até mesmo quando Ofélia questionou se Darcy iria embora e nunca mais procuraria a filha ele não correu da resposta. Disse que ele e Elisa ainda não tinham decidido como seria depois, mais que ele sentiria muita falta dela, como nunca havia sentido de ninguém desde que sua mãe partira. E que ele esperava sinceramente rever Elisabeta em Cambridge, que seu pai não permitia que ele ficasse no Brasil pois ia inseri-lo nos negócios.

E se há algo que Dona Ofélia gostava mais do que ser cupido era saber que o escolhido para as moças eram alguém estabilizado financeiramente. Ela nunca sonhara tão alto para as filhas, ainda mais para Elisabeta que sempre disse que marido não era prioridade, mas vendo um lorde , investidor, ali em sua casa com olhos de bobo apaixonado para sua filha ela pensava nos ótimos pretendentes que teriam  suas filhas mais influenciáveis.

Assim o resto do semestre correu. Darcy ia a casa de Elisabeta as vezes, conversava com ela e com as irmãs, levava Charlote para brincar com Lídia, ou tomar sorvete no Seu Manoel. As vezes estudavam inglês e literatura, ela o ajudava nas redações e as provas finais revelaram que isso havia sido benéfico para ambos.

Mas depois da festa de Ema ficou difícil para Darcy e Elisabeta se controlarem e não perdiam as oportunidades de estarem sozinhos para que os carinhos fossem mais fundos e  mais livres. No ultimo mês de aula não houve cinemas, shoppings e pós aulas ou encontros que os satisfizesse.A ideia de irem se afastando nunca foi executada e a cada oportunidade de um filme na casa de Darcy, ou uma saída mais longa, eles se descobriam ainda mais. Foi um tempo em que Ludmila, Ema e Ernesto e Januário sumiram do radar deles.

*

Finalmente consegui um tempo para falar com você, Elisabeta. Ludmila havia puxado a amiga dos braços de Darcy e sorria. Bem, agora que você decidiu ir ao baile com Darcy , e eu vou para Paris em janeiro, precisamos resolver o réveillon. Minha família tem uma casa no litoral em Ubatuba e todo ano fazemos uma festa. E eu gostaria muito que vocês fossem. Ludmila soava como Ema, dando todos os detalhes, falando inclusive que tinha chamado Ema e Ernesto, mas para levar Januário ela tinha pensado uma ideia maravilhosa que dependia de Darcy. Para os pais de Ludmila , tanto Ernesto quanto Januário iriam como amigos, quase criados, do Lorde Williamson Jr.

Quando Elisabeta contou Darcy ouviu maravilhado, praia com Elisabeta, início do ano novo. Difícil era convencer seu pai, mas ele realmente imploraria se fosse necessário. Ele não se importou com a ideia completamente imperial de Ludmila de fazer dos garotos servos dele, achou que os pais dela deviam ser bastante quatrocentões, então cairiam na ideia. Ele não ligava, para estar com Elisabeta mais um dia que fosse valia tudo. E quando ele soltou o convite para seu pai tinha um olhar tão desolado, como um cachorro faminto, que o Lorde falou que o buscaria no dia 1º, no final da tarde, pois o voo deles eram dia 2 na madrugada. Nem um segundo de atraso seria tolerado. 

Darcy agradeceu sinceramente ao pai, rezando para que os pais de Elisabeta permitissem sua ida e eles pudessem realmente aproveitar o começo do próximo ano, o ano que os levaria para longe um do outro por um bom tempo.

***

DIA DO BAILE

 

Quando criança Darcy perdeu os avós paternos. Eles moravam com sua família em Pemberley porque seu pai era filho único e a casa era imensa. Darcy , um garoto, vivia atrás dos velhinhos que contavam historias interessantes, cuidavam dele , brincavam e cozinhavam varias gostosuras. Ensinavam a ele os modos da realeza britânica, dizendo que os brasileiros não possuíam bons modos, exceto sua mãe porque havia se casado e aprendido com seu pai. Do que Darcy se lembrava primeiro se foi seu avô e então sua avozinha se afundou em tristeza e o deixou de lado. Foi a primeira vez que Darcy sentiu o que era perder alguém. Ele não sabia explicar o aperto no peito que sentia, a ausência dos avós que o mimavam e o educavam. Mas sua mãe explicou que era a vida, que as  pessoas se separavam em algum ponto e que o importante era não esquecê. Honrar suas memórias.

Algum tempo se passou e Darcy tinha 10 anos quando sua mãe engravidou de novo, o que foi uma surpresa dada a idade do seu pai e a própria condição de Francisca, ela era uma paciente cardíaca – uma deformidade no coração que veio de nascença. O próprio nascimento de Darcy já havia sido um milagre, mas Charlote nasceu numa primavera estranhamente fria para a Inglaterra deixando todos felizes. E Darcy entendeu um pouco sobre chegadas e partidas. A chegada de sua irmã encheu a mansão de Pemberley de alegria e boas energias, todos brindavam ao novo bebê, porém sua mãe nunca se recuperou totalmente. Durante os primeiros anos de vida de Charlote ela sofreu várias internações e nunca parecia melhorar, ao contrario, ficava cada vez mais sofrido para Francisca andar com os filhos pelos jardins de Pemberley, ou mesmo ir a Londres. E no mais duro golpe da vida para sua família, Francisca, uma mulher tão festiva, amorosa e alegre sofreu um ataque do coração. A condessa Williamson passou alguns dias no hospital, tendo Archiebald ao seu lado.

Darcy ainda podia sentir o cheiro do hospital no dia em que foi visitar sua mãe, já era um rapazinho, como ela gostava de dizer. Mas não conseguiu conter as lágrimas ao vê-la esquálida sobre a cama, respirando com certa dificuldade. Foi nesse dia que ela o fez prometer nunca abandonar o pai, que o lorde não era jovem e justamente agora os muitos anos de diferença entre eles seriam notados. Charlote era uma criança e precisava ser amada e ele em breve teria que ser o homem daquela família. Ela não gostaria de dar essa responsabilidade ao filho e pediu perdão a ele por delegar tamanho legado, mas não havia escolha. E numa noite fria, sem preparo ou aviso, ela simplesmente foi embora,  deixando Darcy com uma sensação de vazio incalculável. Seu pai com um luto que parecia não ter fim e Charlote sem entender muita coisa. Foi a travessia mais difícil de sua vida, um período de tristezas e sombras. Seu pai se distanciou deles enquanto Charlote o seguia como um rastro.

Após um período de choque seu pai os colocou numa maratona mundo afora, encerrando negócios, mudando investimentos, numa clara tentativa de mudar o foco. Darcy e Charlote iam a tiracolo sendo tirados e colocados de escolas e babas diversas, foi bom para aprenderem algumas línguas, mas péssimo para firmarem vínculos.

Archiebald manteve somente os negócios na França e Inglaterra e deixou para encerrar as sociedades brasileiras por último. Darcy lembrava-se pouco do país de sua mãe, mas quando ela era viva eles passavam as férias em São Paulo, geralmente com a tia Margareth e Briana. Elas já eram pessoas difíceis naqueles tempos, mas a mãe de Darcy dizia que parentes a gente não despreza.

E no ultimo ano aqui estava ele. E Darcy nem queria vir, preferia ter ficado na Inglaterra e só veio porque sua irmã queria conhecer o país da mãe. E ele havia prometido não abandoná-los – o que tinha custado alguns amigos no colégio e um ou outro interesse amoroso – mas ele faria o que prometera a mãe. Era também por essa promessa que ele voltaria a Inglaterra daqui a quase duas semanas, pois se seguisse somente sua  vontade  faria o vestibular da Unicamp e ficaria na cidade. Pediria Elisabeta em namoro, fariam amor e viveriam juntos o mais breve possível.

Incrível como ele tão jovem pensava em passar o resto da vida com uma garota que conhecera a menos de um ano. Que tipo de feitiço Elisabeta possuía sobre ele ? Será que ele amaria alguém assim novamente ? Jesus, ele a amava? Era isso que ele sentia por ela ? A única coisa que ele sabia era que não queria deixa-la. E seria a segunda perda mais difícil da vida para ele. Sua mãe uma vez dissera que deixar alguém vivo não doía, pois sempre havia esperança de reencontro, mas ele discordava nesse momento. A  vida não parecia justa para ele, de que adianta ter tanto dinheiro se na hora que mais importava ele não valia grande coisa ? .

Ele afastou os pensamentos de revolta e voltou aos sonhos de uma vida com Elisabeta, eles juntos num apartamento com varanda e imensas janelas de vidro. E enquanto ria destes sonhos se olhou no espelho vestindo o fraque do início do século para o baile de formatura da escola. Que coisa ridícula ele achava, mas sua permanência no país por mais este mês dependeu deste maldito baile. E ele nem gostava de festas, e seu pai, que também não gostava, insistiu em ir. Darcy ajeitou a gravata borboleta branca, o colete estava impecavelmente no lugar e o paletó bem maior na parte traseira se ajustava perfeitamente. Ele estava bonito, sinceramente falando. Como um príncipe das histórias Disney. Ele acharia muita graça disso porque a garota que ele iria buscar, sua princesa, não era nada convencional como uma Cinderela ou Bela Adormecida. Ela era rebelde, vibrante e Deus o ajudasse, ela não estaria vestida em trajes masculinos como ele, embora a ideia soasse bastante divertida.

Uma batida na porta o alertou do horário, eles eram britânicos, ele se lembrou. Mas seu pai avisava que não se sentia muito bem e por isso não iria mais a festa. Pedia sinceras desculpas ao filho. Darcy perguntou se era algo para se preocupar mas ele disse que era só cansaço, que chegando na Inglaterra faria um check-up. Darcy então relaxou, de certa forma agradecendo pela ausência do seu pai, assim ele poderia fugir com Elisabeta daquela festa tão logo ela quisesse.

Na casa das Benedito Elisabeta refletia sobre sua vida. E sobre a imprevisibilidade das coisas. Ela que tinha absoluta certeza de que seria uma mulher moderna, cujo objetivo de vida era ser bem sucedida, realizada, não pensava em grandes amores. Talvez num futuro distante, um grande amor tão arrebatador que faria ela fixar moradia em algum país ao invés da vida nômade que ela viveria naqueles tempos. Mas agora estava ela se olhando no espelho num bonito vestido vermelho para ir a um baile de formatura de colégio com um garoto que ela achava que era o homem de sua vida. Ela se perguntava como conciliar estes sonhos de independência com um amor tranquilo, com direito a casa, cachorro e filhos. Quando Ema falava de construir uma família ela achava que a amiga era fora de época, mas agora, mesmo que ela não pensasse em casar tão cedo, ela desejaria muito ter Darcy com ela para sempre.

Falando em Ema a amiga estava no seu encalço. Ela não iria ao Baile, somente Ludmila conseguiu um convite com um amigo de Darcy, mas Ema não ligava, apenas queria dar os últimos retoques no vestido da amiga, já que maquiagem Elisabeta havia sido categórica, somente um batom leve nos lábios e um sombra discreta sobre os olhos. Ema arranjou a costureira, pesquisou e desenhou o modelo que Elisa usaria e somente deixou a amiga decidir o tom de vermelho da roupa, mais nada.

Elisa se sentia um tanto quanto ridícula, embora linda. O vestido era vermelho vivo com bordados nas pontas, uma grande saia, acinturado. Um decote discreto que Ema garantiu ser a última moda do século anterior para moças que noivavam.

 Elisa insistiu em cabelos livres mas Ema providenciou um arranjo de flor no tom do vestido e prendeu os cabelos de um lado. Ela estava bonita, reconhecia, mérito de Ema. Se ficasse por conta própria era possível que Elisabeta comprasse um smoking para ficar mais fácil se arrumar.

se fossem americanos seriam o Rei e a Rainha do baile, tenho certeza. Ema falou quando viu Darcy chegando para buscar Elisa. Ele estava impecavelmente vestido, ela admirou pensando em Ernesto. Seu coração estava balançando pelo descendente de italiano, ele tinha muitas qualidades mas este porte e este bom gosto não faziam parte dele. Talvez com jeitinho ela pudesse dar uns toques.

Darcy já tem um título, Ema. Ele é um conde. Elisabeta riu dos devaneios da amiga, mas reconheceu que ele parecia um príncipe naqueles trajes. E ela quase desejou que fosse verdade, que eles estivessem mesmo no começo do século e que aquele baile fosse o anuncio de noivado deles. Mesmo avessos a festas ela diria a ele, diante de todos, que sempre havia sido amor, desde o primeiro olhar. E ouviria dele que o amor deles resistiu a tudo, até a eles mesmos. Estariam na idade certa para se casarem e em breve teriam filhos, vários, mais dos que os cinco que sua mãe corajosa tivera.

Venha minha Condessa. Elisabeta Benedito Williamson, condessa de Pemberley. E aí ? Soa bem ? Darcy brincou com ela enquanto seguiam para a festa. Elisa não conseguiu responder a provocação, as borboletas do seu estomago não deixaram.

*

Uma hora depois de chegarem Darcy tinha certeza de que estava na festa mais tediosa de sua vida. Não gostava de comemorações,  mas esta sem bebida, musica estranha e professores que o cumprimentavam como se ele fosse o rei da Inglaterra o deixavam entediado.

Elisabeta também não estava melhor, teve que ver Darcy dançar com algumas colegas de turma, até  com as mães das colegas de turma enquanto ficava numa mesa ouvindo conversas sobre uma aristocracia paulista que ela já achava completamente fora de moda. Só não foi pior porque Ludmila a divertia com histórias malucas e em como elas precisavam dar um jeito de sumir desta festa.

Finalmente anunciaram a valsa dos estudantes e mesmo tendo vários olhares sobre eles Darcy e Elisabeta viveram o momento. Rodopiaram pelo salão como verdadeiros nobres ingleses, mesmo Elisabeta não entendendo de onde vinha aquele certo talento para a dança dele.

Eu dançaria com você para sempre, Elisabeta. Darcy disse não permitindo que ela saísse da pista quando mais uma valsa era iniciada. E essa próxima dança é pela sua formatura porque eu não sei se poderei estar presente.  E mais uma vez eles dançaram pelo salão como se estivessem sozinhos no mundo.

Terminada as formalidades e com horas de enfado Darcy chamou Elisabeta para darem uma volta no jardim. O salão do baile era lindo, mas tudo que ele queria era ir embora logo, o que a garota ao seu lado não se oporia ele tinha certeza pela cara de tédio dela.

para onde vamos, Darcy  ? Estamos vestidos para uma festa da republica nova. Ela ria enquanto eles corriam pelas ruas de campinas com aqueles trajes inapropriados para a época, fugindo do salão e de toda aquela pompa. Antes de pensar em algo Darcy a beijou encostada no muro da rua e subiu as mãos pelas coxas dela, através do vestido. Num momento de lucidez ela lembrou de algo . Espere, eu lembrei de um lugar. Elisabeta fez sinal para um taxi e pediu para leva-los ao mirante. Era um restaurante no alto do morro mais alto em Campinas, onde poderiam ver a cidade e conversar um pouco. Donato ficou de buscar Darcy mais tarde, no final do baile, mas ele ligaria para a casa do motorista ao chegar no local, tinha um orelhão lá, Elisabeta já tinha tudo em mente.

Campinas surgia iluminada abaixo deles que estavam sentados, as costas de Elisabeta no peito de Darcy. Com sua cara de mais velho Darcy conseguiu comprar uns keep collers para eles enquanto observam a cidade e aproveitavam o momento a sós para namorarem. O mirante estava cheio, era quase natal , mas nem Elisa nem Darcy queriam entrar, bastava a companhia um do outro.  Eles estavam sentados na lateral do estabelecimento onde outros casais também trocavam carícias.

Está chegando a hora, não é ? Elisa começou. Eu sei que não falamos disso e sempre prometemos deixar a vida seguir, mas Darcy, só temos mais uns dias juntos. Eu não gostaria de me despedir de você, ela se aconchegou ainda mais nele.

muito menos eu, Elisa. Hoje antes de ir a sua casa eu pensava justamente nisso. Já tive despedidas demais na minha vida e a sua me dói de uma forma diferente. Eu gostaria de manter contato com você, mesmo você dizendo que nos faria mal. Eu poderia te ligar, ou escrever.

talvez em ocasiões especiais, mas não posso ter um relacionamento por carta ou telefone com você, Darcy.

temos um relacionamento, Elisabeta Benedito ? E ele nunca tinha visto ela corar antes, o rosto dela tinha a cor do vestido.

não, não temos, não um relacionamento sério. Você é meu amigo.

pois eu te considero minha namorada. A muito tempo . E Darcy a beijou  sem se importar no que estavam fazendo, deixando a língua dele invadir a boca de Elisabeta sem pedir licença, demandando retribuição. O que fazia Elisa desejar que ele não tivesse que ir embora, que ele pudesse ficar e viver tudo o que sentiam.

E você vai terminar comigo em uma semana. Ela terminou o beijo o abraçando. Lembrando a si mesma que ela não iria chorar.

mas primeiro teremos um réveillon na praia. Meu pai acabou cedendo, fez Donato se comprometer a me buscar , embarcamos na madrugada do dia 2. E eu ainda tenho que agradecer, porque vou estar com você no primeiro segundo do novo ano e nós vamos fazer cada segundo valer a pena.  E Elisabeta não segurou as lagrimas e o beijou com os olhos marejados e gosto de soro caseiro.

 


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