Capitulo I - A negação, a chave para a sobrevivência.

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Os ruídos dos insetos de perdiam no exterior da floresta. A neve úmida cobria toda a extensão do terreno de Hogwarts, causando sons profundos quando o vento tocava-lhe suavemente moventos os floquinhos branco que caiam do céu.

Fazia frio.

No banco de pedra ao lado da árvore do jardim, Bellatrix segurava o livro em suas mãos enquanto o lia atentamente. A brisa gelada tocou-lhe o rosto, más ela não pareceu se importar. Respirou fundo, sentindo o aroma da relva penetrar seus sentidos. Os sons dos animaizinhos que ali habitavam tanziam remoto ao grande jardim, e mesmo distante, era audíveis. O miado de um gato emitiu-se entre suas vestes, fazendo Bellatrix frazir as sombrancelhas ao notar gato gordo pelugem preta sair de dentro de sua capa e sentar-se em seu colo. Estava tão concentrada que esquecerá de Mordred, que dormia tranquilamente ao seu lado.

Mordred a olhou com seus grandes olhos de ambar brilhando, Bellatrix sorriu o acariciando suavemente. Voltou sua atenção para o livro onde dizia-se com as seguintes palavas:

Maldição Cruciatus:

A maldição que tortura a vítima, causando-lhe profunda e aguda dor por todo corpo.

Bellatrix lembrava-se bem dessa maldição, sua mãe a lançou contra um trouxa que a trombará na rua. Foi aquele exato momento que Bellatrix perceberá a ignorância de sua mãe.

Desde que se entenderá por gente ela foi ensinada que existia familias diferentes da sua, os não puros, os trouxas, os sangues ruins.
Más nem todos da família pensava do mesmo jeito e para o desespero de sua tia Walburga, era um de seus filhos, Sirius Black, a ovelha branca.

Sirius acreditava que todas as familias mereciam a mesma igualdade e apesar da pouca idade que tinha na época entendia que os Black's estavam errado sobre isso, más nem todos pensava como ele.

As coisas com Sirius nunca foram fáceis e conseguiu piorar quando ele foi para escolhido pelo chapéu seletor para a casa de Grodric Gryffindor. Welburga quase teve um troço ao receber a noticia, e Sirius pagou muito caro por isso. Ela perdeu as contas das vezes em que ela o castigará sem motivos algum ou até mesmo o trancará dentro do sótão por motivos fúteis.

Diferente de Sirius, Regulus foi o motivo de orgulho de sua Mãe após seguir a tradição da familia. Wellbuga não fazia questão de esconder o olhar de satisfação ao olhar para o filho mais novo na frente de Sirius, fazendo ve-ló que não merecia a mesma atenção. No natal Regulus encotrava-se perto da lareira rasgando embrulho do seu mais novo presente com voracidade e pressa. Logo se podia ver uma vassoura de ultimo modelo, a mais veloz, e um sorriso superior crescendo em seus lábios, direcionado ao irmão mais velho. Ganhara o mimo somente por ter entrado na casa da Sonserina como um bom membro da família Black – o que Sirius estava longe de ser, segundo o irmão mais novo.

Ela lembrou-se que sua tia o obrigou a praticar a maldição cruciatus em um trouxa, Sirius negou-se e disse que prefiria a morte a machucar um inocente, ato que causou a maior briga na casa dos Black - depois de Andrômeda, que deixou o Largo Grimaiuld para casar-se com um trouxa - causando mais um rosto na árvore genológica queimado.

Um ano antes de tudo acontecer ela já sábia, poderia sentir a presença dos dois se esvaindo pouco a pouco do Largo grimauld.

Bellatrix foi tirada de seus pensamentos com um miado alto de Mordred ao seu lado, o gato parecia inquieto olhando para a árvore a uns metros de si. Ela revirou os olhos sabendo quem estava ali.
Bella recolheu seus livros e segurou Mordred contra a capa pronta para deixar o jardim.

Suspirou profundamente, ao ouvir pegadas abafadas por conta de neve atrás de si.

— Bellatrix. - Chamou a voz suavemente, a olhando interessado. Ela revirou os olhos grandes para ele sorriu seca.

— Lestrange. - murmurou o cortando, não afim de iniciar uma conversa.

A sua frente com o seu olhar de ignorância e superioridade encontrava-se Rabastan Lestrange, irmão de Rodolphus Lestrange, a quem lhe cortejava a dois meses. Bellatrix não poderá se sentir mais incomoda com a presença do Lestrange mais novo, era como se ele estivesse a espionando e escrevendo tudo para o irmão no fim do dia, e, Bellatrix não estava errada de sobre isso.

— Oque deseja Lestrange? - ela perguntou sem paciência.

Mordred o observava com seu olhar penetrante sem piscar. O Lestrange abriu a boca, más ao olhar para o gato novamente ele falhou, e, Bellatrix tentou conter o sorriso presunçoso.

— Queria apenas entregar-lhe isso.

O garoto estendeu a mão, onde encontrava-se um envelope vermelho com um grande corvo. Ela soube imediatamente que se tratava de uma carta Lestrange.

Bellatrix pegou o envelope o guardando no bolso da capa, não dando muito interesse ao que ali se tinha escrito. Rabastan a olhou curioso e frustado, esperava que Bellatrix abrisse o envelope e o lesse, tipico de um Lestrange. Ela suspirou revirando os olhos pronta para deixa-lo sozinho.

— Bellatrix, não vai ler? - ele perguntou cauteloso.

— Creio que isso não seje da sua conta Lestrange! - ela sorriu irônica o deixando plantado para trás.

Assim que se viu longe o suficiente do Lestrange mais novo ela parou no meio do corredor vazio. Agradecendo por todos alunos estarem em aulas. Ela abriu o envelope e viu a caligrafia impecável de rodophlus.

Querida Bellatrix.

Escrevo-lhe para notificar de que estou ciente do baile que acontecerá em breve. Gostaria de ter a honra de acompanha-lá. Já enviei uma coruja a sua mãe a avisando-a.

Nós vermos em breve.

Antesiosamente, R.L.

Rodolphus já avisara sua mãe, tirando de si todas as possibilidades de lhe dizer não.

Ela então sentiu a raiva corroer suas entranhas, não conseguia acreditar onde estava com a cabeça quando deixou-se levar pela sua mãe quando Rodolphus lhe mandará uma carta pedindo permissão para corteja-lá e, por conta de sua boa imagem e a fortuna Lestrange a mãe conseguira lhe persuadir.
Bellatrix era a imagem dos Blacks, a imagem que sua mãe pintará para a última filha, e por isso queria para si um futuro digno de um Black.

Bellatrix mal conseguia ficar no mesmo local em que Rodolphus sozinha, imagine casar-se com ele. Ela sentia repugnância de seu jeito engomado e cheio de si, por mais que sua mãe lhe dissesse que ele era bonito e atraente isso não era o suficiente para prender sua atenção. Ela não o suportava.

[...]

Bellatrix adentrou em seu dormitório sentindo o comodo mais gelado que nunca, Mordred pulou em sua cama, pronto para uma soneca.
A garota sentou-se ao lado do gato, inspirando ao ver a coruja marrom entrar pela janela como um sobro, jogando mais um dos envelopes que estavam empilhados sobre a comoda do quarto. Ela nem precisava levantar-se para saber de que se tratava de sua irmã traidora de sangue. Andrômeda.

Desde que sairá da casa dos Black, Andrômeda andará escrevendo a Bellatrix que, a ignorava sem hesitar. Ela não estava interessada na sua vida medíocre na velha fazenda de Ted Tonks ou em sua filha recém nascida, Nymphadora.
Sua mente estava ocupada demais pensando no seu ultimo encontro com o lord das trevas.

Nunca sentirá tão perto do poder, ela estava ao lado de seu mestre, á sua direita, olhando-o com fascinação e adoração. Ela nunca virá alguém tão majestoso. Seu corpo parecia estar iluminado por uma chama grande e brilhante negra, como se a escuridão dele irradiasse para fora.

Foi a primeira vez que o virá, más, foi o suficiente para deixa-lá encatada.

— No que tanto pensa, Bellatrix? - ela ouviu a voz suave ecooar por todo o quarto.

Virou-se dando de cara com Margery Nott, uma garota magrela e astuta e curiosa de grandes olhos castanhos. A garota sorria docilmente, o sorriso que lembrava o de Narcisa.

— Não seja intrometida Nott!

— Hum, pensei que tínhamos passado da fase de sobrenomes Bellatrix. - ela enrrugou o nariz em uma careta.

Bellatrix revirou os olhos encarando o teto braco, que lembrava a neve fofa e molhada do lado de fora do castelo. Fechou os olhos, absorvento o silêncio eminente no quarto, era como se a Nott fosse absorvida e ela também.

Novamente Bellatrix estava mergulhando em sua imensa escuridão de pensamentos, respirou fundo, estava adentrando o fundo de suas lembranças.

"Bellatrix, eles se foram."

Abriu os olhos rapidamente, a voz de sua irmã poderia ser ouvida como eco em sua cabeça.

Olhou para o lado, Margery a olhava atentamente. Um silêncio oco ocumpou-se de si, culpava-os por tudo que lhe acontecia.
Andrômeda por fugir para casar-se com um trouxa, fazendo assim ela casar-se em seu lugar. E Sirius, bem...

— Sua irmã tem uma filha com o sangue ruim? - ela ouviu a voz esganiçada pelo quarto - Nymphadora?! pelo amor de Salazar!

Bellatrix levantou-se em supetão arrancando a carta de suas mãos. A garota olhou-a confusa.

— Não se meta em assuntos que não são de sua conta!

A Black rebateu, tirando com brutalidade da carta de suas mãos.

Margery apenas sorriu, não ligando para tom de Bellatrix pelo contrário, já se acustumara com seu jeito.

— Você ficou sabendo de seu primo Bellatrix?

Ela cerrou os olhos, "Por favor, não seja sobre Sirius."

— Fiquei sabendo que ele voltou com sua namorada Sangue-ruim...

Ela não quis admitir, más aquilo atingiu seu peito como uma faca. Sentiu o gosto amargo na boca e a velha sensação na boca do estômago incomodar-lhe.

— Não me importo com oque Sirius faz de sua vida. - ela murmurou balançando os ombros.

Margery sentou-se novamente na cama, focando seu olhar em Bella que se perdia em meio do horizonte gelado sobre a janela.

— Já tem par para o baile?

— Sim.

— Hm. - murmurou a castanha, não acreditando muito. Pois Bellatrix afastava qualquer ser humano que resolvesse chegar perto.

Bellatrix estreitou os olhos, a olhando em desafio.

— Oque?

— Não acredito muito, afinal, os garotos não conseguem aproximar-se de você.

— Rodolphus enviou-me uma coruja, notificando-me que viria ao baile como meu acompanhante. - ela suspirou não muito feliz.

Margery quase engasgou-se com a própria saliva.

— O Lestrange? - ela perguntou, e contra gosto Bellatrix assentiu - Más ele já se formou!

— Sim, más creio que deu um jeito. - ela surpirou com um sorriso maquiado de deboche - ele sempre dá.

— Oh, imagina a cara de todos ao ver você chegando ao grande salão com ninguém menos que o Lestrange? - perguntou a Nott com excitação na voz.

— Não me importo.

Bellatrix disse, fezendo pouco caso e finalmente finalizando o assunto. Ela não entenderá porquê ir ao baile, poderia estar cuidando de assuntos mais importantes, como o de Lord Voldemort.

Suspirou pesadamente, voltando sua atenção para a jenela onde lá fora os flocos gelados fundia-se com a grama verdinha.
Ignorando Sirius e sua namorada, ignorando Rodolphus e suas chantagens, ignorando Andrômeda e suas cartas.
Ignorou até como sua vida estava virando um circo.

 "Eu não me importo." A frase ecoou novamente em sua cabeça, fazendo-a perceber que estava mentindo para si mesma novamente.