10 Anos de Espera escrita por Camila J Pereira


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Oi!!!
Como estão?
Eu viajei bastante neste capítulo, mas espero que gostem. rs



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— Jas, espere! – A mãe gritou correndo em cima de seus saltos para o encontrar na sala próximo a porta com a desenvoltura adquirida nos últimos anos.  – Seu lanche. – Entregou a lancheira do Sonic para ele. Novamente lhe deu um beijo esmagador no rosto o que o fez fazer uma careta.

— Mãe... – Uma buzina soou alta do lado de fora da casa.

— Hora de ir. Preste atenção nas aulas e esteja no horário esperando para pegar a van de volta.

— Está bem, mãe.

— Até mais tarde.

Amber saiu e ficou esperando que o filho entrasse na van. O barulho do motor mudou quando o motorista acelerou para sai e só depois que não conseguia mais ver a van, voltou a entrar. Verificou no espelho do banheiro se os seus cabelos castanhos claros estavam bem arrumados com o coque. Também olhou novamente para a sua maquiagem e suspirou não gostando muito do efeito que aquelas marcas baratas causavam. Passou a mão por seu terninho e saia pretos já um pouco surrados e foi até o quarto onde o marido dormia pesadamente depois de trabalhar a noite toda.

Silenciosamente caminhou até a cama e abaixando-se beijou o rosto adormecido. Riley ressonou e virou-se falando algo ininteligível para a esposa. Sorrindo carinhosa, deixou o marido descansar e buscando a sua bolsa, correu para o ponto de ônibus.

Foi um dos dias em que só parou tempo suficiente para engolir o almoço. O seu chefe estava com um novo projeto e ela como a sua secretária ficou sobrecarregada, entre marcações de agendas, envio de e-mails e idas e vindas de um escritório a outro.

Era quase oito da noite quando entrou no ônibus para casa, seu filho já havia ligado perguntando se ainda demoraria. Aquilo foi a duas horas quando disse que já estava chegando. Cochilou pesadamente com o balanço do carro e assustou-se ao sentir a insistente vibração que vinha da sua bolsa.

— Sim? – Respondeu sonolenta.

— Ah querida, te acordei? – Era a voz doce da sua irmã mais velha, Esme.

— Sim e agradeço por isso. Está quase no meu ponto de descida.

— Está na rua ainda? Dormindo?

— Sim. Foi bem puxado hoje, estou indo para casa agora.

— Está tão tarde para voltar. – Disse preocupada.

— Estou acostumada. Mas porque ligou?

— Estou com saudades.

— Eu também, irmã. – Sentiu o coração aquecer com as palavras.

— Por isso estou indo até aí vê-la no próximo fim de semana. Tudo bem?

— Oh, meu Deus! Claro que está tudo bem! – Disse totalmente desperta pela boa notícia. – Ficarei esperando ansiosamente.

— Estou muito ansiosa para vê-los. – Esme riu do outro lado da linha. – Jas deve estar um rapazinho.

— Sim, está.

— Ed e Rosie devem adorar brincar com ele.

— Os meninos também estão vindo? – Teve que controlar a entonação por causa dos outros passageiros.

— E o Carlisle. A família inteira.

— Eu vou adorar e ele também. – Garantiu.

— Então fica combinado.

— Sim, irmã.

Riley estava de saída com a sua guitarra nas costas, quase se bateram na porta. Amber olhou confusa para ele, não sabia que teria um compromisso aquela noite.

— Vai tocar hoje?

— Sim, ligaram querendo que tocássemos está noite. – Coçou a nuca sabendo que estava em falta com a sua esposa. – Não posso deixar passar. Precisamos do dinheiro.

— Eu sei. Você comeu antes?

— Sim. Jas também. Está assistindo agora. – Riley beijou a esposa nos lábios. – Volto logo.

Amber sempre ficava preocupada quando o seu marido saia tão tarde para tocar. E sempre agradecia quando o via deitado ao seu lado na cama ao amanhecer. Riley era músico, guitarrista e cantor de uma banda, mas mesmo que eles tivessem tido um reconhecimento a alguns anos, agora não estavam indo tão bem.

Seu marido estava sempre em um dilema, muitas vezes falava de sair da banda e começar a procurar um emprego comum, no entanto, a música era o que ele amava e Amber não tinha tanta certeza de que ele pudesse viver de outra forma.

Jasper estava assistindo o programa de variedades daquele dia. Beijou o topo da cabeça do filho que estava deitado no sofá. Os olhos estavam pesados, sonolento, esperava pela mãe. O sentimento que sempre lhe visitava o coração, retornou naquele instante. Sentia muito pelo filho estar por muito tempo sozinho na maioria dos dias.

Desde que retornou ao mercado de trabalho depois da gravidez, pulou de ganho em ganho em trabalhos de meio turno ou diários sem nenhuma promessa de contratação definitiva, mas aceitava a todos. Seu marido não ganhava muito bem sendo músico, não como quando estavam ainda na faculdade.

— Fez o dever de casa?

— Sim. – Jasper piscou e por pouco as suas pestanas não ergueram novamente.

— Vamos para cama.

— Tá bom. – Mas ele não se mexeu. Amber pegou a sua mão e o içou para cima.

Cambaleando, acompanhou a mãe até o seu quarto e deitou-se já de olhos fechados. Amber lhe deu um beijo no rosto e o deixou adormecido na cama. 

Nos dias seguinte a sua mãe lhe deixou algumas tarefas domésticas para ele e para o pai. Queria que a casa estivesse organizada para receber a família da irmã. Quando eles chegaram foi uma alegria já que fazia um bom tempo desde a última vez que se viram. As irmãs não paravam de se abraçar.

Jasper recordava-se de ficar contente em ter os primos com eles naquele final de semana. Eram da mesma idade dele e a conexão tinha sido imediata. Lembra-se de ter pensado em tê-los por perto sempre. Ficou ainda mais feliz porque a sua mãe estava tão sorridente ao ver a sua tia Esme e do seu pai ter permanecido quase o tempo todo, exceto na última madrugada quando foi tocar em algum bar.

Ter a Rosie grudada nele daquela forma, o fez recordar-se da mãe e da tia naquele reencontro. A sua prima, quase irmã quase não o deixava respirar. Continuava um pouco exagerada, mas sorria sob os carinhos. Bella estranhou o sorriso no rosto do rapaz que parecia sempre estar compenetrado. Em algum momento no passado ele sorriu tão docemente?

— Ele está sorrindo? – Perguntou baixinho para Edward que achou a pergunta engraçada.

— Sim.

— Ele está mesmo sorrindo? – Ainda sem acreditar.

— Ele faz isso as vezes, sabe? – Brincou Edward.

— Que bom que está aqui. Eu estava esperando pelo Ed, mas não imaginava que viria com ele. – Rosie o deixou apenas para abraçar forte o outro irmão.

— Como você está? – Emmett perguntou.

— Tudo bem. – Trocaram tapinhas nas costas amigavelmente.

— E você? – Surpreendendo a Bella, Rosie também a abraçou. – Vai ficar tudo bem.

— Obrigada, Rosie.

Ao sair do abraço reconfortante, sentiu o olhar de Jasper sobre si novamente. Por vezes durante a ida para lá, ele a olhava daquela maneira parecendo ler cada camada dela. Era um pouco assustador.

Foi Rosie que buscou algo para eles beberem enquanto expunham os últimos acontecimentos. Bella percebeu que Edward tentava resumir tudo e deixar as coisas mais leves do que realmente foram e entendeu que fazia aquilo por causa do Jasper que até o momento estava calado apenas ouvindo.

— Então foi a Bella quem ligou. Quantas vezes mais salvará o nosso pescoço? – Emmett disse agradecido.

— Como encontrou o número dele? – Edward perguntou entrelaçando seus dedos longos nos dela.

— Eu peguei do seu celular quando estava no banheiro. – Admitiu ficando vermelha. – Eu sinto muito.  

— Não tem problema. Não fique chateado, irmão. Consegue entender porque não falei sobre isso antes?

— Já fazia ideia desde o momento em que vi a proposta para uma filial do LY aqui. O que mais você faria senão se vingar? E entendi porque não me queria envolvido. A verdade é que estava prestes a investigar o que estava acontecendo. Quis te dar o espaço necessário, mas já estava preocupado. – Bella de alguma forma o achou muito atraente naquele momento.

— Pare de ser tão legal, a minha namorada está babando você.

 - Não. – Negou o mais rápido e com a maior convicção que conseguiu. – Como conseguiu tirá-lo de lá tão rápido? – Mudou de assunto, não queria ser desmascarada.

— Você só tem que pressionar a pessoa certa. – Aquilo era muito vago.

— Isso será tudo o que vamos saber? – Rosie perguntou e ele apenas confirmou com um simples movimento de cabeça.

— Irmão, estou assumindo agora. – Jasper mantinha a expressão séria, embora parecesse tranquila e segura.

— Jas, eu não posso deixar que faça isso.

— Confie em mim. Descanse um pouco agora e confie que eu farei tudo da maneira certa.

Bella viu o quanto aquele pedido estava sendo custoso para o namorado que engoliu em seco e ele mesmo se tornou extremamente sério. Os olhos verdes de Edward ficaram mais escuros e sombrios, os lábios eram linhas rosadas. Os dois ali emanavam um magnetismo forte, era como se suas personalidades tomassem conta do ar, do ambiente.

— Não confia em mim?

— É claro, sei que fará de tudo para me ajudar. E é esse tudo...

— Eu disse que farei da maneira certa. – Rebateu tranquilamente.

—Jas...

— Ed. – Jasper pegou no próprio paletó como se quisesse verificar que estava ainda perfeitamente arrumado. – As coisas não estão indo bem ao que me parece. E estou sabendo apenas do supérfluo.

Edward recostou-se e pareceu cansado. Foi a vez de Bella acariciar sua mão para lhe dar apoio. Odiava que ele estivesse naquele estado de espírito.

— Deixe-me pensar. – Jasper assentiu e levantou-se.

— Preciso de um banho e desse sofá para passar a noite. – Apontou para onde estava sentado com a Rosie e o Emm.

Rosie fez de tudo para que Jasper ficasse o mais confortável possível e assim como Bella e Edward recolheu-se em seu quarto. Todos estavam extremamente exaustos depois das últimas horas. Bella vestia uma blusa de Edward, deitados de frente um para o outro. Mesmo cansados, continuavam se olhando.

— Como você está de verdade? – Edward perguntou.

— Eu não sei. – Ao dar uma breve vislumbrada em seu íntimo percebeu que tudo se misturava em um redemoinho.

— Dá para entender, são muitas coisas acontecendo.

— Como você está? – Também quis saber.

— Cansado e com raiva basicamente.

— Desculpe ter ligado para o Jasper sem te falar antes. Eu senti que você pudesse estar encrencado.

— Eu entendi isso, meu amor.

— O que você teme que aconteça com o Jasper? – Edward pensou um pouco como poderia explicar.

 - Jasper parece não se importar muito com a maioria das coisas que acontecem, mas ele se importa e quando se trata de defender a família ele é intenso demais. Como...

— A 10 anos, ele enfrentou o Alec e depois incitou o Alistair. – Entendeu a situação.

— O Alistair não entendia o que estava acontecendo. De repente o Jasper começou a falar tudo aquilo. Foi o que aconteceu. Antes disso, também teve alguns momentos.  Com o pai dele, antes de acontecer com a gente. Não quero que ele se prejudique. Nem com a história passada nem com o que está acontecendo agora. – Bella beijou o seu rosto. – Feche os olhos e durma um pouco talvez a sua dor de cabeça passe.

— Como sabe que estou com dor?

— Eu apenas percebo. Se não melhorar teremos que dar atenção a isso.

— Ah por favor, cale-se. – Disse sorrindo.

— O que? – Edward fingiu estar chateado com a resposta dela.

— Eu só preciso estar assim. – O abraçou e permaneceu aconchegada nos braços dele.

Era o que queria sentir depois de ter passado terríveis momentos com o Alec. Não queria esconder nada do namorado, mas temia como reagiria ao contar do seu malfadado encontro de mais cedo. Ainda teria que resolver a questão das ameaças.

— O que quer que aconteça prometa que sempre estaremos assim, juntos. – Bella permaneceu em silêncio, ele a afastou para observar o seu rosto. – Não pode prometer isso?

— Tudo pode acontecer, prometer isso seria...

— O que está escondendo? – Foi no ponto certo.

— Escondendo?

— O que você disse que tinha acontecido mesmo? – Edward tocou no ponto avermelhado em seu pescoço. Tinha perguntado quando Bella se trocava em seu quarto. Estremeceu sob o toque suspeito.

— Alergia. – Era como estivesse ouvindo-o: “Mentirosa!”

— Não faz muito tempo, prometemos não repetir os mesmos erros. – Aquelas palavras foram mil vezes pior do que ouvir sair dos seus lábios a acusação de estar mentindo. – Eu estou tentando entender, porque o que tem me mostrado ultimamente é que está mudada e que me ama. Está mentindo para me proteger?

— Eu sinto muito. – Bella estava chorando, estava soluçando.

— Tudo bem, só me conta a verdade. – Mas ela não disse nada, não depois de tanta compreensão e amor, de sentir os dedos dele enxugando suas lágrimas. – Por favor, Bella...

— O Alec apareceu no hospital.

— Ele te machucou de novo? Isso no pescoço, não é alergia.

— Eu conto se prometer de novo que não sair por aí tentando ser o justiceiro.

— Você já respondeu. – Ele disse atormentado. Virou-se para o teto e passou as mãos pelos cabelos. Levantou-se de um salto, Bella correu para abraça-lo, tentava assim prendê-lo para que não fizesse nenhuma loucura. – O que ele disse? – Edward não a afastou, mas também não a tocou.

— Por favor, vamos conversar sentados e calmos.

— O que ele disse, Bella?

— Eu não sei, todas as loucuras que ele vem dizendo. – Foi aí que ele a afastou sem dó e virou para ela sem paciência.

— Pare de mentir.

— Como quer que eu continue falando a verdade se age assim?

— Como seria a reação ideal neste caso, Bella? – Disse em uma mistura de cinismo e mágoa. Bella sacodiu a cabeça e deu de ombros, também estava exausta. Saiu do quarto sem dizer nada. –Bella! – Chamou-a. Parou no momento em que ela virou para ele novamente. – Ele te machucou de novo e o que mais?

— Ameaçou todos vocês, foi isso. – Disse em um rompante desesperado. - Aconteceu quando estava indo pegar um lanche para nós, Alec me abordou no caminho e me levou para um quarto que estava livre. – Bella ouviu um som como se fosse um grunhido saindo da garganta de Edward. – Mesmo tentando sair da situação, não consegui. Ele estava delirante, disse que nunca machucaria a minha família, mas vocês sim, todos vocês e a Alie. Ele está mantendo os olhos em todos, sabia onde a Rosie estava e isso me assustou. O que ele quer é que eu vá com ele para fora da cidade. É a condição dele para que vocês fiquem bem.

— Ele fez algo mais? Ele tentou, tentou te tocar? – Edward notou que ela vacilava, estava pensando o que diria, mas aí já estava a sua resposta.

— Eu só queria dormir com o meu namorado. Estou cansada também. – Disse tentando sem sucesso não chorar.

— Vamos fazer isso, dormiremos juntos depois de irmos à delegacia e denunciá-lo por tudo o que fez a você hoje. Ou isso, ou eu volto até a casa dele e lhe dou outra surra. Uma que ele nunca poderá se recuperar.

— Nenhuma das duas opções servirá. – Os dois viram que Jasper estava sentado no sofá, os lençóis cobriam-lhe da cintura para baixo e permitiam a visão de seu tórax completamente exposto. Era uma bela visão de um corpo bem trabalhado.  – Bella teria que passar por exame de corpo de delito e mesmo assim não seria garantido que ele passasse uma noite na cadeia dependendo da sua defesa. E outra surra, te deixaria com a ficha ainda mais suja. Não complique ainda mais o meu trabalho, irmão.

— O que sugere? Que eu engula essa raiva e apenas durma? É a segunda vez que ele a machuca.

— Sim, se não conseguir dormir feche os olhos por algumas horas. Preciso que esteja bem, preciso que estejam bem. – Jasper olhou para Bella com certa aprovação desta vez.

Bella respirou fundo, segurou a mão do namorado e o levou de volta para o quarto. Com dificuldade, o fez deitar-se e logo ocupou o lugar ao seu lado abraçando-o em seguida.

— Não seja boba de pensar por um segundo em aceitar esse absurdo. Prometa para mim que ficaremos juntos.

— Eu prometo.

Edward agarrou-se a ela ainda mais forte, estava aliviado por enfim ela ter prometido, mas sentia como se algo pudesse ainda acontecer. Com essa sensação rondando o seu espirito, não pôde se deixar relaxar. Horas passaram sem que fechasse sequer os olhos.

Manteve-se desperto atento a todos os movimentos de Bella. Ela ressonou algumas vezes, aprecia um pouco mais tranquila adormecida. Não queria perde-la de vista, não queria que ela se fosse.

Com surpresa abriu os olhos, dando-se conta de que em algum momento na madrugada foi vencido pelo cansaço e adormeceu. Tateou buscando o calor do corpo da namorada, mas nada encontrou. Olhou para o lado e o lugar dela estava vazio. Edward correu para fora do quarto e encontrou a irmã no corredor.

— Cadê a Bella?

— Saiu com o Jas.

— Não, isso não aconteceu. – Recusou-se a acreditar.

— Acalme-se, eles só estão conversando.

— O fato deles estarem conversando sozinhos nesta situação nunca me acalmará. – Xingou ao final.

— Respire fundo.

— Rosie! Bella é tão teimosa e Jas vai usar isso.

— Eu sei. – Fez uma careta de culpada.

— Você a deixou ir mesmo sabendo disso?

— O único que pode fazer algo agora é o Jas.

— Não, Rosie. Se eu não posso socar aquele desgraçado, não vamos mais fazer nada. Assim que o pai da Bella sair do hospital, vou pegá-la e vamos todos embora daqui.

— Pegá-la? – Repetiu reprovando a palavra usada.

— Onde eles estão? – Disse chateado.

— No apartamento dela.

Cego de preocupação, se vestiu e correu para o prédio a frente. Quase não suportou a espera do elevador e o mesmo se deu dentro dele ao subir percorrendo os andares. Bateu a porta duas vezes seguidas. Bella abriu e com olhos bem abertos e sobrancelhas arqueadas para cima sorriu um pouco.

— Você também tem aquele poder dos irmãos? – Perguntou virando a cabeça para dentro em direção a Jasper.

— Não, isso é entre os gêmeos. Mas conheço bem ele.

Ele entrou fechando a porta. Bella se afastou porque ele parecia bastante agitado. De um lado para o outro, Edward olhava em volta, passando o seu olhar para o irmão e para ela. Estava soltando o ar constantemente pela boca. De repente, parou e a beijou, agarrando-a com força.

— Edward, espere. – Bella tentou contê-lo, mas foi novamente atingida por um beijo ainda mais intenso.

Deixando-a sem ar, tanto pelos beijos cheios de paixão como também pela atitude dele fazer aquilo ali com o irmão, Bella piscou algumas vezes.

— Eu a amo. – Edward disse para Jasper que continuava sentado de pernas cruzadas. Sua única resposta foi o fechar e abrir dos dedos das mãos. – Eu a amo.

— Mesmo assim temos que pegá-lo e ela é a melhor isca.

— Como é que é?! – Alterou-se.

— Sejamos sinceros, temos aqui a oportunidade perfeita para pegá-lo de uma vez. Vamos deixar que ele pense que está dando certo e o prendemos. – Disse com simplicidade. – Bella nunca precisará ir com ele. – Garantiu.


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