A.K.A. Spider-Gwen: Criminal escrita por ladyenoire


Capítulo 3
PARTE II: Desconfiada


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Esse cara já foi visto antes. A boa notícia é que agora sabemos quem ele é. – Peter finalmente terminou de digitar e virou a tela do computador na minha direção.

Camaleão? – cheguei mais perto. Peter tinha acessado o banco de dados que a S.H.I.E.L.D fornecia para nós. – “Sua identidade verdadeira é desconhecida pois ele é o mestre dos disfarces”. Isso explica muita coisa! – analisei a foto dele que estava ao lado das informações, o cara realmente tinha o rosto branco. Muito bizarro!

— Aquele cinto provavelmente fazia com que ele se transformasse em você.

— Mas a pior parte é que ele pode ser qualquer pessoa agora. Seria praticamente impossível o encontrar se ele decidir se esconder.

— Não se o cinto dele ainda estiver danificado. Um homem com o rosto branco não passa despercebido.

— Isso significa que eu preciso agir rápido. – encarei Peter com um semblante sério. – Mas porque ele escolheu justamente se transformar em mim? – ele colocou a mão no queixo e olhou para cima, pensativo.

— Talvez ele esteja trabalhando para alguém ou foi aleatório mesmo.

— Ou ele seja um fã. – brinquei e nós rimos. – Depois do trabalho, vou fazer uma ronda na cidade.

— Eu vou com você.

— Melhor não. Se você for visto comigo, podem começar a te perseguirem também.

— Tem certeza?

— Tenho sim. – ele me encarou com descrença – Qualquer coisa eu te ligo, prometo.

— Tá bom então.

Me despedi do Peter e da tia May e fui andando pra casa.

Assim que cheguei, dei de cara com meu pai sentado no sofá assistindo televisão e decidi me juntar a ele.

— Oi.

— Oi princesinha, como foi o seu dia? – ri do apelido que ele insistia em usar, mesmo que eu já estivesse um pouco crescida para ele.

— Não muito bem. Mas eu e Peter já temos uma pista de quem pode ser o cara que estava sujando o meu nome.

— Cara?

— É, o nome dele é Camaleão. Ninguém sabe sua verdadeira identidade porque é impossível.

— Como assim?

— Ele tem um rosto esquisito branco. E quando eu digo branco, eu quero dizer, literalmente.

— Mas se é um cara, como pode estar tão parecido com você? – meu pai me encarou com uma expressão confusa.

— Ao que parece, ele tem um cinto que meio que faz um holograma e ele vira a pessoa. Imita até a voz. É muito bizarro! – me dava calafrios só de lembrar. – Mas acho que ele está danificado. Acertei um chute no cinto na nossa última briga.

— Ai ai, Gwen! – ele se escorou no sofá e me lançou um olhar preocupado – Você sabe que não sou muito fã de você sair por aí fazendo essas coisas perigosas!

— Também não sou muito fã do senhor fazer isso. Mas o senhor faz mesmo assim. – levantei, dei um beijo na bochecha dele e subi as escadas em direção ao meu quarto.

— É diferente! – ouvi ele gritar. E antes que eu fechasse a porta do quarto, não pude evitar de responder:

— Não é não!

***

Estava terminando de montar uma estrutura que o Dr. Connors havia pedido, quando escuto ele me chamar.

— Gwen, será que você poderia me ajudar em uma coisa? – era estranho ouvir ele me chamando de Gwen e não Srta. Stacy, mas relevei.

— Só vou terminar aqui e já vou.

— Termine depois, preciso da sua ajuda agora. – novamente estranhei o fato de ele me pedir ajuda enquanto eu estava no meio de um tarefa dada por ele mais cedo.

— Ah, ok. – ele parou em frente à mesa do seu computador e coçou a cabeça.

— Pode me ajudar a acessar o meu banco de dados das minhas pesquisas? Eu acabei esquecendo a senha. – Dr. Connors soltou uma risadinha.

Curt Connors não era de esquecer as coisas. Muito menos as coisas que tinham a ver com suas pesquisas.

— Eu não sei a sua senha. Mas eu sei que todos os bancos de dados têm três perguntas chave caso você esqueça. – menti e sentei na frente do computador, ficando de frente para ele. Por sorte ele não iria ver o que acontece na tela. – Achei. A primeira pergunta é “Quantos anos tinha quando montou seu primeiro gerador de energia?” – inventei a pergunta baseada em alguns histórias de infância que Dr. Connors me contava de vez em quando.

— Quer saber, eu acho que eu coloquei a senha em algum lugar. Vou dar mais uma procurada. Obrigado, Gwen.

— Sem problemas. – me afastei totalmente desconfiada.

Continuei executando a tarefa até que meu sentido aranha vibra. Olho para trás discretamente e Dr. Connors estranhamente piscou, como se fosse... Como se fosse um holograma!

Senti o olhar do impostor sobre mim. Ele deu um sorrisinho discreto para o seu colega, levantou e saiu.

Rapidamente passei uma mensagem para Peter. Sem dúvidas aquele era o Camaleão.

Saí andando descontraidamente, mas na verdade estava seguindo o impostor. Ele foi para a parte do laboratório, como se realmente fosse fazer algo do trabalho – mas obviamente eu já sabia a verdade.

Enquanto ele atravessava o corredor, acabei esbarrando em um dos quadros e fazendo um barulho baixo, mas que pode ser ouvido por ele, já que não havia ninguém ali, exceto nós dois.

Me escondi e ouvi Dr. Connors/Camaleão se aproximando. O próximo corredor ficava longe o suficiente para que eu fosse vista se tentasse chegar até ele. Então, totalmente desesperada, escalei a parede e fiquei pendurada no teto de cabeça para baixo.

O impostor parou bem embaixo de mim e eu fiz o possível para controlar a minha respiração. Ele olhou para os lados e depois de checar que estava tudo limpo – e graças a Deus não olhar pra cima –, o vilão adentrou o local.

Desci do teto e entrei no mesmo laboratório que ele devagar, mas não tinha nenhum sinal dele.

— Para uma estagiária, a senhorita é muito esperta. – ouvi uma voz atrás de mim e no que me virei, dei de cara com Camaleão. – O que é péssimo para os meus planos! – ele me deu um golpe, me jogando por cima de alguns equipamentos. – Sinto muito, o plano era pegar as pesquisas e ir embora, mas infelizmente vou ter que matar você. – fiquei de pé, no entanto ele me acertou novamente e eu bati as costas em uma das mesas, ficando ali.

Eu podia levantar e lutar, mas eu não queria que ele suspeitasse da minha identidade secreta.

— Não vai sair dessa! – falei com dificuldade.

— Ah, vou sim! – Camaleão veio em minha direção, mas antes que me acertasse, algo quebra a janela, acionando os alarmes da Oscorp, e cai por cima dele. Era Peter.

— Corre garota! – os dois começaram a lutar e eu levantei e corri.

Meu sentido aranha vibrou e quando eu vi, Camaleão tinha jogado o Homem-Aranha longe e arremessado uma cadeira na minha direção. Só deu tempo de eu colocar as mãos na frente do rosto, pois a cadeira me empurrou para trás e eu caí para fora da janela quebrada por Peter.

Por um minuto eu senti o pavor tomar conta do meu corpo em queda livre. Era a segunda vez que isso acontecia.

Mas dessa vez eu não ia correr o risco de revelar a minha identidade secreta. Então, decidi que não importava o que acontecesse, eu não iria usar as minhas teias.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥ xx



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