Feito no campo - VyV escrita por Débora Silva


Capítulo 39
Capitulo 39


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura meus amores ♥



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— Obrigada por me ouvir!

Ela o acariciou no rosto retribuindo o carinho.

— Estou aqui para te ajudar e ouvir sempre que me necessitar.

Ele piscou e entrou em casa para chamar as meninas e pegar a bolsa dela, Victória respirou fundo e o que tinha dito a ele realmente sentia e não era nada bom, Inês estava ferida e podia ser capaz de tudo para ferir também. Emiliano voltou junto às meninas e eles foram para o carro, conversaram o caminho todo fazendo Victória rir e ela quase fez xixi na roupa e eles pararam de graça, era um momento leve e Maria mandou mensagem para Alejandro avisando onde estavam e como ele estava com Victoriano, ambos poderiam chegar.

Pediram dos sabores prediletos e o de Victória era o maior com alguns sabores que ela viu e salivou, sentaram na pequena mesa e ela fechou os olhos provando a maravilha que era o sorvete daquele lugar os fazendo rir.

— Acho que vou pedir pro papai levar vários desses sorvetes pra você comer e assim não brigar tanto com ele! - brincou a fazendo rir.

— Seria um ótimo jeito de me calar! - entrou na brincadeira.

— Eu duvido muito que ela pare de falar com a boca cheia quando estiver certa e Victoriano chegar um pouco mais tarde do trabalho! - Fernanda continuou o assunto. - Vai ser uma colherada do sorvete e três berros na orelha dele.

Eles gargalharam e ela negou com a cabeça.

— Parem de dizer bobagens ou eu vou acabar fazendo xixi na roupa.

— Mãe, mais vai dizer que não é assim? - Maria completou.

— Eu sou um amor de pessoa tá! - deu língua pra eles.

Eles concordaram e iniciaram outro assunto porque adoravam as teorias dela para tudo. Alejandro logo se juntou a eles dois e foi impossível ela não buscar por seu amor também querendo compartir aquele momento com ele e estranhamente sentiu um frio na espinha.

— Cadê seu pai?

— Papai foi resolver outro problema perto da fazenda da minha mãe e se der tempo nos encontra aqui! - beijou o rosto dela.

— Por que o deixou sozinho? - largou o sorvete sentindo enjoo e um aperto no coração.

— Victória, não é nada sério e você vai ver que rapidinho ele vai estar aqui com a gente. - sorriu para que ela ficasse calma.

— Seu pai está em perigo, eu sinto! - levou a mão ao peito.

— Mamãe, ele conhece melhor essas terras do que nos todos juntos! - Fernanda segurou a mão dela tentando passar confiança.

— Eu vou ligar pra ele voltar! - não permitiu que eles falassem nada e saiu com o celular na mão.

(...)

LONGE DALI...

Inês olhava para o nada mais em sua cabeça imaginava tanto que seus olhos se encheram de lágrimas por ter perdido o controle de sua vida, odiava depender dos outros, mas fazia tudo ao contrário pra estar dependente de alguém. Era contraditório seus pensamentos com o modo que agia ultimamente, respirou fundo e sentiu que estava sendo observada e virou o rosto.

— A solidão é o pior castigo não? - continuo onde estava.

— Se veio até aqui pra tripudiar da minha condição... - voltou a olhar pra frente. - É melhor que volte por onde entrou!

Ele riu e se aproximou dela pegando o banco para sentar.

— É assim que pretende terminar seus dias?

— Arthur, eu não estou com tempo pra te ouvir, como pode ver eu estou muito ocupada! - não o olhava.

— Eu percebo o quanto está ocupada! - tirou o celular do bolso o destravando. - Motorista que dirigia caminhão confessa que dormiu ao volante ocasionando um grave assistente deixando várias vítimas em estado grave! - leu a matéria e ela o encarou.

— O que está fazendo? - estava com ódio somente por se lembrar desse dia.

— Estou querendo que entenda que não foi Victória que dormiu ao volante daquele caminhão e bateu no seu carro! - guardou o celular. - Você está recebendo a indenização do acidente assim como todas as pessoas que estavam naquele dia e não vi mais ninguém culpar Victória Sandoval pelo ocorrido além de você!

— Não seja estúpido! - ralhou.

— Tem certeza que o estúpido sou eu? - a olhava nos olhos. - Olha pro que sua vida virou e me diga se está valendo a pena odiar tanto essa mulher enquanto ela está lá feliz com sua família e um bebê preste a nascer!

— Cala a boca! - os olhos se encheram de lágrimas.

— Não posso me calar e deixar a mulher que amo se afundar dessa maneira! - segurou a mão dela. - Inês, eu sei que é gostoso quando estamos no controle e temos alguém no nosso pé que não vê nada além da gente. Eu nunca me importei de Victoriano vir atrás de você porque eu tinha plena certeza que você me amava e nunca voltaria para ele e que tê-lo aos seus pés era um modo de alimentar seu ego, mas quando isso deixou de ser bom e você simplesmente jogou para o alto o que tínhamos para tentar reconquistá-lo eu entendi que sua vaidade e ego eram maiores e por isso eu saí de cena.

— Eu o amo! - deixou as lágrimas molharem seu rosto e ele negou com a cabeça.

— Você não o ama e sabe por quê? - fez uma pequena pausa. - Porque se o amasse nunca teria desistido de seu casamento de anos para estar comigo, você teria se entregado a ele todas as vezes que ele insistiu para que vocês voltassem, mas você não o fez e foi fiel a mim! - falava com calma. - Foi bom enquanto ele estava aos seus pés, mas quando ele foi ser feliz sem você como você já tinha feito sem ele, te doeu e doeu muito e por isso você acha que o ama...

Ela só fez chorar por entender perfeitamente as palavras dele, mas não iria confirmar que ele estava certo.

— Eu te quero feliz e se for comigo é melhor ainda e por isso eu estou aqui!

— O que ainda quer de mim? Eu não presto pra mais nada e você está aí inteiro pra arrumar uma mulher boa e ser feliz.

— A mulher que me faz feliz está aqui na minha frente e é com ela que eu quero terminar os meus dias! - sorriu.

— Como pode me querer depois de tudo que se passou?

— O amor não se explica e eu sei que você me ama também. - se aproximou dela tocando seu rosto. - Eu quero que vá embora comigo pra França e eu já pesquisei todos os hospitais possíveis para sua reabilitação.

— Você só pode estar maluco!

— Só se for de amor por você! - sorriu e se aproximou para beijá-la. - Lá você terá uma recuperação mais rápida e longe do que te perturba poderá refletir se o que realmente sente por Victoriano é amor ou posse!

— E você me amando como está dizendo vai aceitar que eu esteja a seu lado amando outro? - fungou.

— Você já percebeu que o que está fazendo aqui é errado ou não estaria sozinha, eu vi Emiliano sorrindo na sorveteria com Victória e suas filhas, e também sei que anda fazendo a vida deles um verdadeiro inferno. Você acha isso certo?

Não queria semear mais o rancor dela contra Victória, mas ela precisava entender que a vida estava andando para frente e ela ficando pra trás.

— Você tem razão! - suspirou. - Eu vou com você, mas antes tenho que resolver algumas coisas por aqui e o primeiro é com Victória!


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