Feito no campo - VyV escrita por Débora Silva


Capítulo 25
Capitulo 25


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores ♥



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— Por que fez aquilo? - perguntou e ela se soltou dele.

— Volte pra sua "Inês" porque eu me chamo Victória Sandoval! - o empurrou entrando no carro.

— Eu não vou permitir que vá embora sem me explicar o porquê de ter agredido Inês!

Ela o olhou sem entender, mas sabia que algo a outra tinha feito e dito a ele e naquele momento, ela não estava com animo algum pra se defender ou entender o que se passava.

— Pense o que quiser porque depois de te ouvir na casa dela, eu não tenho obrigação nenhuma com você! - puxou a porta e bateu pedindo que o motorista saísse logo dali. 

Victoriano chutou o ar e bufou com aquela situação, olhou para o filho que pouco entendia também. Ele não sabia o que pensar e nem como resolver aquela situação, mas Inês estava machucada e tinha sido por Victória, passou as mãos no cabelo e no rosto para tentar se acalmar, mas o carro dela sumindo na estrada o deixava desesperado.

— Eu só queria entender... - Emiliano por fim falou.

— Eu também, meu filho, eu também! - se aproximou dele.

— Pai, o que tem minha mãe no meio disso? - estava se preocupando. - Eu não queria causar nada ao contar do beijo, saiu sem querer, mas me parece que armei o maior circo com isso né? - coçou a cabeça.

— Você só adiantou a guerra! - o abraçou. - Essas mulheres ainda me matam do coração.

Emiliano riu por um momento e se afastou do pai.

— Pai, mamãe quer te reconquistar de qualquer jeito e eu não quero ficar no meio disso! - contou e Victoriano ouvia atentamente. - Victória também não merece ficar no meio dessa confusão toda.

— Eu amo Victória, meu filho, eu não quero mais nada com sua mãe e parece que ela não quer entender isso! - suspirou. - As duas parecem que brigaram e sua mãe está machucada e por isso Victória foi embora assim!

— Me desculpe, mas Vick não tem cara de que agride ninguém, mesmo a pessoa merecendo!

Ele ficou pensativo por um momento e voltou a olhar a estrada por onde ela tinha ido e depois olhou o filho, será que estava errado? Será que não passava de uma armação para que ele ficasse mal com ela? Um monte de pergunta se fez em sua mente e ele nem soube como responder e apenas entrou em casa para pensar no que fazer e foi seguido por Emiliano.

(...)

Victória foi o caminho todo segurando as lágrimas e sem dar um "piu" se quer, estava tão magoada com o que tinha ouvido de Victoriano que nem sabia como seria dali em diante, aliava a barriga. Fernanda observou tudo em silêncio e tentava falar com a irmã, mas Maria não atendia e muito menos respondia suas mensagens e isso era muito estranho.

Quase duas horas de completo silêncio até que o carro parou frente à mansão e as duas desceram rapidamente entrando em casa, Fernanda correu na frente e foi direto para o banheiro, estava apertada e a mãe não tinha deixado parar na estrada para que fosse ao banheiro. Victória subiu as escadas e foi direto ao quarto da filha para ver se ela estava em casa e quando abriu a porta o que viu a deixou de olhos arregalados.

— Que pouca vergonha é essa? - deu um berro.

Maria e Alejandro que estavam aos beijos debaixo do lençol foram ao chão com o susto que levaram.

— Mamãe... - ela estava escondida atrás da cama para não ser vista.

— Victória, eu posso explicar! - Alejandro de imediato falou.

— Eu acho muito bom ter uma ótima explicação para essa pouca vergonha! - virou e saiu batendo a porta.

Maria e Alejandro começaram a se vestir e as roupas naquele momento pareciam menores, estavam ofegantes e o medo tomava conta de ambos já que não era para ela estar ali e se estava era porque algo de grave havia acontecido. Victória tocou seu ventre e sentiu um desconforto grande, respirou fundo e voltou para o andar debaixo, foi a cozinha e pegou uma água para tomar, coisas vieram em sua mente e ela teve certeza naquele momento que a mudança de humor de sua menina era culpa de Alejandro.

Foi pra sala e sentou a espera deles, Alejandro mandou uma mensagem para o pai e contou o que tinha se passado e Victoriano quando viu não pensou duas vezes e de casa saiu para "socorrer" seu filho. Eles desceram de mãos dadas e pararam frente a Victória que dedicou seu olhar a eles dois, Maria se tremeu por completo com aquele olhar e soltando a mão de Alejandro disse:

— Mamãe, a gente pode explicar!

— Foi o que disse no quarto e eu estou esperando! - foi rude.

— Eu a amo! - Alejandro falou e as duas o olhou. - Não vou esconder mais o que sinto e espero que a senhora não fique contra nosso relacionamento.

— Desde quando? - olhou agora para a filha.

— Há alguns meses!

— E pelo jeito sou a última, a saber! - constatou e Maria ajoelhou na frente dela.

— Não é assim, mãe. - não queria que ela pensasse daquele modo mesmo sabendo que tinha sido daquele jeito.

— E é como? Mentiu pra mim, mente há meses e eu não sou a última, a saber? - elevou uma sobrancelha. - Onde eu errei com você para que mentisse pra mim? - encheu os olhos de lágrimas. - Quando falhei com você pra que me escondesse as coisas?

— Mãe, não chora! - tocou seu rosto sentindo remorso. - Me perdoa, mas eu não estava preparada pra te contar! - encheu os olhos de lágrimas.

— Eu sou mesmo uma mãe ruim... - deixou que as lágrimas rolassem por seu rosto e ficou de pé, mas com esse movimento sentiu a dor ficar ainda mais intensa no pé da sua barriga. - Aaaaaahhhh... - gemeu.

Alejandro a segurou no mesmo assim como Maria e ela gemeu mais uma vez, ele não pensou mais e com a ajuda de Maria a levaram para o carro. Fernanda veio correndo e foi direto a mãe, tinha se distraído com algumas mensagens de sua amiga e por isso nada tinha ouvido e eles foram para o hospital. Victória foi atendida por Salazar de imediato e depois de constatar que era apenas por nervoso, ele a medicou e os avisou que ela iria para casa em alguns minutos e advertiu que não queria ela passando nervoso daquele modo e eles concordaram que ela não passaria.

Quarenta minutos e eles foram para casa com ela, ela não falou mais nada com nenhum deles e quando chegaram eles a acomodaram no quarto e a deixaram sozinha como ela havia pedido. Victória pegou uma foto das três e deixou que as lágrimas rolassem por seu rosto, estavam crescendo e por mais que fizesse de um tudo para que elas confiassem nela, não era assim que seria sempre.

Deitou melhor na cama e ficou observando o sorriso das três na foto, tinha sido um lindo dia e ela se recordou com detalhes, fungou e ficou ali com suas memórias até que pegou no sono pela medicação. Maria ficou um bom tempo na porta do quarto sem ter coragem de voltar a entrar, Alejandro ficou um tempo ali com ela e logo desceu para esperar na sala junto a Fernanda que nada entendeu e contou a ele o que tinha se passado na fazenda e o questionou de sua "chegada" ali.

Ele disse que logo a responderia e não demorou nada para que Victoriano chegasse ali, Alejandro contou então o que tinha se passado e ele quis ir ver seu amor, mas Maria veio e disse para que ele não incomodasse Victória e assim ele achou melhor depois do que tinha se passado. Eles foram para o escritório e ali conversaram melhor por um bom tempo até que a noite chegou.

(...)

Victória despertou faminta e depois de alguns minutos por fim se levantou, fez uma pequena higiene e saiu do quarto, desceu e sentiu o cheiro maravilhoso de comida fazendo com que sua boca salivasse.

— Meu amor que fome em! - ela falou com um leve sorriso e uma mão na barriga. - Vamos comer muito! - sorriu mais só de imaginar.

Quando adentrou as portas da cozinha parou de imediato ao vê-los ali sorrindo como se nada tivesse acontecido. Os olhos de Victória recorreram os cincos e até Emiliano já estava ali naquela cena de "família". O sorriso que tinha no rosto sumiu e ela tentou voltar sem chamar atenção, mas já era tarde demais.

— Mãe, que bom que acordou! - Fernanda falou com um sorriso.

Ela se virou e todos a olhavam.

— E aposto que está cheia de fome! - Victoriano contatou.

— Vocês estão aqui como se fosse uma cena de família feliz que não tem problemas, mentiras e enganos! - falou o que estava engasgado em sua garganta. - Eu não vou participar dessa mentira e te quero fora da minha casa, Victoriano! - e virando ela caminhou pra sair dali...


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