Feito no campo - VyV escrita por Débora Silva


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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Inês tinha os olhos em fogo, pensou rapidamente e começou a se bater, se arranhar e alguns objetos foram ao chão e ela chorou, chorou forte pegando o telefone e discando para a única pessoa que importava para ela naquele momento: Victoriano.

— Ai, Victoriano, por favor, me ajude! - soluçou na linha.

— O que aconteceu? - perguntou preocupado pelo choro dela.

— Sua mulher veio até aqui e me bateu, me pegou desprevenida e eu não tive nem a chance de me defender! - chorou mais e Victoriano se assustou, não era possível que Victória tinha feito aquilo. - Eu preciso de você, Victoriano!

Ele passou a mão no cabelo e disse que já estava a caminho e ela sorriu ao desligar o telefone... Victoriano dirigiu até a casa de Inês com toda velocidade possível, não podia acreditar que Victória tinha se prestado aquele papel ridículo de ter ido até a casa de Inês e agredi-la como se fosse uma adolescente e pior ainda, estava grávida e podia muito bem se machucar se Inês conseguisse se defender. Em sua cabeça tinha tantos pensamentos e todos eles eram contra o que Victória tinha feito, freou o carro e desceu rapidamente entrando na casa, Inês estava ainda no chão e chorava "pelo ocorrido", ele foi até ela e abaixou. 

— Meu deus, Inês...

Ela o olhou e de imediato o agarrou deixando que suas lágrimas rolassem por seu rosto com mais força, ele a tirou do chão e a sentou no sofá, olhou ao redor e respirou pesado: Victória tinha feito mesmo um grande estrago ali. Pensou ele enquanto a tinha agarrada nele.

— Fique calma, você precisa de um medico? 

Ela se afastou por um momento e mostrou os braços arranhados para ele.

— Ela é uma selvagem! - soluçou. - Nunca pensei que uma mulher da classe dela pudesse me fazer isso!

— Eu não posso acreditar que ela tenha feito isso! - suspirou. 

— É só você olhar ao redor e em mim! - falou com desespero. - Ela chegou aqui que nem uma doida gritando e dizendo que eu deveria ficar longe de você e que se voltasse a me aproximar, eu não viveria para contar o restante dessa historia. 

Qualquer um que visse aquele cenário iria acreditar em Inês, ela falava com tanta firmeza que até ela mesma já estava acreditando em sua mentira. Victoriano se levantou e passou as mãos no cabelo e ela ficou a observar todos os passos dele, já tinha ganhado aquele jogo de Victória porque o conhecia e sabia que ele não gostava daquele modo de resolver as coisas. 

— Por que contou a ela o que quase aconteceu? - ficou de pé e gemeu de dor.

Victoriano a olhou e foi novamente até ela e a fez sentar.

— Não fui eu quem contou e sim nosso filho, Emiliano! - falou com pesar. - Me perdoe por isso, eu vou conversar com ela!

— Ela vai negar... - deixou mais lágrimas rolarem por seu rosto. - Vai dizer que não fez, mas está claro pra você que ela é uma selvagem! - passou as mãos nos braços fazendo cara de dor. 

Victoriano iria respondê-la, mas seu celular tocou e ele pegou de seu bolso vendo o nome de Victória na tela e de imediato seus olhos foram aos de Inês.

— É ela? Atende! - suspirou. 

Victoriano pensou em recusar, mas poderia ser importante e ele pensou logo no bebê e a atendeu. 

— Amor...

Nem conseguiu concluir a ligação porque um grito soou na linha. 

— O que esse homem está fazendo aqui, Inês? 

Aquela perguntou fez com que Victória sentisse seu mundo girar, ele estava na casa de Inês? Como ele poderia estar na casa daquela mulher depois  de ela ter pedido para que ele ficasse longe. Seus olhos se encheram de lágrimas e ela disse:

— Como pode fazer isso comigo? Eu não posso acreditar que você esteja na casa dessa mulher! 

— Victória... 

Ela nem permitiu que ele falasse nada para ela, era mais que claro o que ele estava escolhendo e ela desligou, ele ficou de pé e encarou Arthur que bufava pela presença dele ali. 

— Não faça um escândalo! - Inês o advertiu e ele foi até os dois. 

— Não fazer um escândalo? Como quer que eu não faça um escândalo vendo a minha mulher com o homem que ela resolveu voltar a amar? - estava vermelho ao pronunciar aquelas palavras. - Eu disse que estava cansado disso Inês! 

— Eu não estou aqui atrás de confusão, somente vim resolver um problema! - ele falou com calma. 

— Veio apagar o fogo dela? - a olhou e percebeu por fim o quanto ela estava machucada e se aproximou mais. - O que aconteceu com você? - estava com raiva mais não deixou de se preocupar. 

— A mulher dele me bateu!  

A preocupação de Arthur deu lugar a raiva novamente e o fez se afastar e olhar para Victoriano. 

— Acho que está na hora de você levar a sua mulher embora para sua casa novamente, Victoriano! - foi bem rude.

— Eu não vou levar ninguém! - respondeu no mesmo tom. - Eu já tenho uma mulher me esperando e é com ela que devo me preocupar no momento. - olhou Inês. - Me perdoe pelo que aconteceu e prometo a você que não vai se repetir!

— Eu preciso de você! - ela voltou a chorar sem se importar com o marido ali os observando. 

— Victória também! - passou as mãos no cabelo sabendo que as coisas que já estavam ruins iriam piorar. - Vá ao hospital e depois me mande a conta! - e sem mais saiu voando dali. 

Arthur olhou para Inês e a decepção estava plantada em seu olhar, ela suspirou e sentou sentindo de fato o corpo doer. 

— Eu quero o divorcio! 

— Esse casamento já acabou mesmo! - falou ela dado de ombros.

Eram facas entrando em seu coração e sem dizer mais nenhuma palavra ele subiu para o quarto para fazer suas malas. Ele não merecia aquela humilhação e mesmo sabendo que aquilo poderia acontecer mais cedo ou mais tarde, ele não queria aceitar. Arthur a amava, mas o que começa errado tende a fracassar no final.

(...)

FAZENDA SANTOS...

Victória depois do telefonema agradeceu por um carro parar no meio da estrada, pediu que a levassem para a fazenda e segurando o choro, ela agradeceu assim que chegou. O carro tinha furado o pneu e ela quase bateu numa arvore se não tivesse agido rápido em controlar o carro, tinha sido um susto e ela somente se preocupou com seu bebê que se agitou em seu ventre, mas ela respirou fundo e a primeira coisa que fez foi ligar para seu amor, mas ele estava ocupado de mais na casa de sua ex-mulher. 

Ela entrou em casa já chamando por Fernanda e pediu que ela arrumasse todas suas coisas para que fossem embora e ela fez o mesmo com as suas queria chorar, mas não o fez e minutos depois de terminar de arrumar suas coisas ela desceu encontrando a filha. 

— Mãe, por que vamos embora assim? 

— Surgiu um problema na empresa e somente eu consigo resolver! - mentiu. 

— Precisamos avisar o Victoriano que estamos indo! - investigou. 

— Ele está ocupado de mais e depois eu ligo para ele!

— Vocês brigaram? - ia questionando enquanto andava atrás dela para irem ao carro. 

— Fernanda, não dificulta as coisas! - deu a mala para o motorista que a esperava de prontidão por ela já o ter avisado. - Entra no carro. 

Ela nada mais falou e entrou no carro enquanto o motorista guardava suas coisas, Emiliano ao vê-las perto do carro veio de imediato. 

— O que aconteceu? 

— Precisamos ir! - o beijou no rosto. - De um beijo em seu irmão por mim.

— Está indo embora pelo que disse? - se preocupou.

— Não meu querido! - sorriu de leve. - Eu preciso mesmo ir.

O carro de Victoriano freou com tudo levantando pó e ele desceu batendo porta tinha visto o carro que ela tinha saído parado no meio da estrada e se preocupou.

— Inês! - foi a pior besteira que pronunciou naquele momento, estava com as duas na cabeça e por desgraça trocou o nome fazendo com que Victória o olhasse com os olhos cheios de lágrimas. - Victória, Victória, meu amor! - se corrigiu de imediato.

Victória soltou a mão que estava no braço de Emiliano e caminhou para o carro, Victoriano de imediato a segurou pelo braço e eles se olharam. 

— Por que fez aquilo? - perguntou e ela se soltou dele.

— Volte pra sua "Inês" porque eu me chamo Victória Sandoval! - o empurrou entrando no carro. 

— Eu não vou permitir que vá embora sem me explicar o porquê de ter agredido Inês!

Ela o olhou sem entender, mas sabia que algo a outra tinha feito e dito a ele e naquele momento, ela não estava com animo algum pra se defender ou entender o que se passava. 

— Pense o que quiser porque depois de te ouvir na casa dela, eu não tenho obrigação nenhuma com você! - puxou a porta e bateu pedindo que o motorista saísse logo dali. 


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