Atlântida escrita por Petty Yume Chan


Capítulo 3
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!
Esperaram muito?? Nha, foi só um dia, vai valer a pena ;)
Boa leitura !!



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— Capitã, chegamos.

Foi uma semana de viagem onde à tensão no ar era quase palpável. Todos já haviam tido experiências o bastante para saber que uma capitã trancada em sua cabine era sinônimo de perigo. O som da madeira rangendo era a única coisa que ainda se podia ouvir em meio aquele clima mórbido.

A porta da cabine se abriu pela primeira vez depois dos acontecimentos catastróficos. Todos concordariam que o ar ficou ainda mais pesado quando a figura da capitã se fez presente no convés. Ninguém ousou se mexer, sequer respiravam a medida que os olhos seguiam os movimentos da mulher e os ouvidos aguardavam suas ultimas ordens.

— Agradeço a todos que vieram comigo até aqui. — A voz começou de forma imponente, mas ainda suave. Foi possível ver quando um alivio geral correu pelos presentes, todos estavam cientes de que a fúria presente naqueles olhos mogno não era direcionada a eles. — Não tenho uma data especifica para quando irei partir novamente então, aqueles que ainda desejam seguir viagem comigo, estejam atentos.

Se permitindo olhar nos olhos de seus homens pela primeira vez em dias, a mulher não ficou realmente surpresa ao ver a determinação queimar no olhar de muitos, alguns até mesmo mostravam compartilhar da mesma fúria que ela. Deixou um sorriso orgulhoso escapar, definitivamente havia construído um enorme laço de confiança nos últimos anos.

— Dispensados!

Assim se iniciou uma enorme comoção de pessoas conversando e pulando do navio para a terra firme, não demorou muito para que um enorme silencio se instalasse no Corsário de Eros, deixando apenas a capitã e seus dois imediatos a bordo.

— Vocês deveriam ir também, meninos.

— Só garantindo que nossa capitã não vai pular em uma briga de forma imprudente.

Estranho seria se ela não deixasse escapar um sorriso diante de tal afirmação. Castiel e Lysandre eram, provavelmente, um dos únicos que se dariam ao trabalho de se preocupar com ela daquela forma, também eram um dos únicos a qual ela permitiria fazer. Sua casca grossa de orgulho repelia qualquer outro que tentasse, mas os dois já tinham experiência em quebrar essa casca.

— Acredito que eu e Lysandre estamos seguindo para o mesmo lugar. Então ao menos você deveria ir Castiel.

Olhos cinzentos se trancaram com o olhar bicolor do parceiro, que apenas deu um aceno em concordância. O longo período de convivência já tornava o uso de palavras entre os dois algo trivial.

— Esta bem então. Se minha presença não é mais necessária, eu estou me retirando. — O rapaz deu um ultimo tapinha no ombro do parceiro, fazendo com que os dois trocassem olhares cúmplices. — Mantenha ela na linha.

E assim ele pulou do navio, deixando os outros dois para trás apenas com a visão da cabeleira vermelha correndo pelas ruas do local, antes de desaparecer em algum beco próximo.

— Bem, acredito que devemos ir também.

Enchendo os pulmões de ar mais uma vez, na tentativa de acalmar seus nervos, a moça apenas acenou com a cabeça e seguiu o companheiro para fora da embarcação.

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Quando se pensava em piratas, pensava-se na Angra do Jack Ketch. A ilha não era realmente grande e o constante aglomerado de pessoas que se viam pelas ruas da cidade não favorecia tal imagem. Mas ninguém realmente reclamava da superpopulação do local, afinal de contas, era graças a isso que ali era o lugar ideal para encontrar qualquer coisa que se estava procurando, fossem armas, itens raros, pedras preciosas ou, o mais valioso de todos, informação.

Por ser uma das principais financiadoras do que era conhecido como “oferta e demanda”, era comum que recebesse visitas de todos os cantos dos sete mares, o que trazia consigo informações valiosas que eram comumente aceitas como moeda de troca. E, em um lugar pequeno como tal, as informações corriam mais rápido do que se podia imaginar, logo era fácil encontrar alguém que tinha um amigo de um primo de um tio distante a qual sabia algo a respeito do que você procurava.

Claro que, uma vez que as informações corriam como as águas dos rios, elas também eram facilmente deturpadas. Sendo assim, conseguir informações não era tão simples quanto chegar e perguntar para qualquer um, primeiro que elas vinham com um alto preço, segundo que era necessário ter certeza da segurança de suas fontes. Trazendo assim uma constante busca pela pessoa de confiança que lhe traria as informações certas.

A Taverna do Centauro Prateado era o local para se encontrar essas pessoas.

Não era difícil de encontrar tal local, bastava apenas seguir a enorme movimentação de piratas bêbados banhados a musica e xingamentos. Quando os dois se aproximaram da porta já se iniciaram os acenos e cumprimentos de reconhecimento que eles se contentavam em corresponder com um simples menear de cabeça.

Quando a porta se abriu, revelando o interior da taverna, a visão não era realmente diferente de tudo o que já haviam visto até ali. As mesas de madeira rústica eram, em sua totalidade, ocupadas por homens e mulheres que bebiam e conversavam – ou mais propriamente dizendo, gritavam – entre si. Ao fundo do local o pequeno palco levava os músicos que tentavam se fazer ouvidos em meio à comoção de ânimos exaltados pelas bebidas e apostas.

— Mirela! Lys-fofo!

Antes que pudessem se mover, ambos foram envolvidos pelo que poderia se chamar uma tempestade de cabelos prateados que pulou em seus braços sem qualquer cerimônia, puxando-os para um abraço apertado.

— Rosa, já disse para parar de me chamar assim.

Embora mantivesse a expressão estoica, a pele alva do rapaz começava a apresentar leves tons rosados, todavia a platinada não parecia se importar com as reclamações do mesmo, apertando os amigos ainda mais forte e, por consequência, recebendo da morena alguns tapinhas nas costas, em uma tentativa desajeitada de retribuir o abraço.

— Eu estou tão feliz em ver vocês.

Era impossível não se contagiar com o entusiasmo da garota, sua eterna energia positiva trazia uma boa sensação para o corpo e aquele sentimento de conforto. Mesmo com todo tipo de situação estranha que ela podia acabar por lhe colocar, ainda assim era difícil de simplesmente se soltar dela.

— O Leigh esta lá em cima. Você deveria ir vê-lo, tenho certeza que ele vai ficar feliz em te ver.

O homem hesitou por um momento buscando os olhos de sua capitã, diferente de Castiel ele sabia que não tinha motivo para se preocupar, ela era uma adulta e sabia se cuidar, mas o ruivo estava contando com Lysandre para evitar qualquer tipo de problema e esse, por sua vez, sabia como o homem podia ficar insuportável quando as coisas não seguiam do jeito que ele esperava.

— Eu tenho as coisas sob controle a partir daqui. Você deveria ir, Lysandre.

 Não foi necessário dizer pela segunda vez. Com um aceno de despedida elas viram a figura esbelta do rapaz desaparecer para uma das escadas. Ele claramente tentava conter seu entusiasmo, mas para aqueles próximos a ele era fácil de perceber as suas emoções nos mínimos movimentos. Mas como poderiam culpa-lo? Por mais que estar a bordo fazia com que toda a tripulação se tornasse parte da família, os laços de sangue – quando bem cultivados – ainda tinham prioridade. E Leigh era o ultimo resquício de uma família que Lysandre tinha.

 — E você vem comigo. — Antes que pudesse protestar, Mirela se viu sendo arrastada pela amiga em direção ao balcão do local. — Posso te servir alguma coisa?

— O de sempre.

— É pra já.

Mirela acomodou-se em um dos bancos enquanto observava o jeito como Rosalya se movia agilmente por entre as garrafas e copos, a mulher já havia feito aquilo vezes o bastante para sequer pensar nos movimentos, fluíam naturalmente pelo seu corpo e sempre resultavam em um serviço impecável.

— Sabe, sempre que você volta aqui você esta mais bonita, eu quase sinto inveja. Qual o segredo do seu bronzeado perfeito? Tudo que o sol faz comigo é me deixar vermelha igual a um camarão.

— Talvez seja o sal do mar. Você deveria tentar dar um mergulho de vez em quando.

— Urg, não. O sal vai estragar meu cabelo.

A morena deixou uma risada escapar. Era bom ter uma presença feminina depois de tanto tempo presa entre homens exalando testosterona e peitorais suados. Mesmo que, vez ou outra as mulheres se faziam presentes nas viagens, não era tão fácil arranjar tempo para simplesmente jogar conversa fora, principalmente quando se estava no comando.

— Se não são as minhas duas garotas favoritas! Não esperava te ver por aqui tão cedo, Mirela.

— Eu tive alguns contratempos.

A cabeleira azul do convidado recém-chegado se espalhou pelo balcão onde o mesmo deitou a cabeça, os olhos púrpura tinham um brilho animado que se contrastava as olheiras profundas e o semblante cansado.

— E, pelo visto, não fui a única há ter um dia cheio.

Um sorriso cansado foi toda a resposta que ela obteve do rapaz que agora tentava manter a cabeça erguida sobre uma das mãos, enquanto a outra alcançava o copo a qual Rosalya já havia se adiantado em preparar.

— Eu estive seguindo algumas linhas de informação faz um tempo, e acho que finalmente posso dizer que consegui o que queria. Falando nisso, eu posso ter algo que te interessa Mirela, e para sua sorte hoje eu estou com um desconto de amigo.

— Seja sincero, Alexy. Você só está tentando extorquir ela.

— Como ousa! — O rapaz levou a mão ao peito encenando, de forma dramática, o quanto estava ofendido. — Eu tenho a melhor das intenções e, depois de tudo, um homem precisa trabalhar.

Com o autovalor que as informações vinham ganhando nos últimos tempos, não era raro encontrar pessoas que fizeram disso o seu estilo de vida. Alexy era uma dessas pessoas. Não só isso, como ele era um dos melhores no ramo, os ouvidos sempre atentos podiam capturar fragmentos de diversas conversas ao mesmo tempo e, se ele acabasse por ouvir algo que lhe parecesse de valor, iria até o fim para conseguir a informação completa. E ele conseguiria, de um jeito ou de outro. Basicamente, ele era o homem com quem você iria querer conversar caso estivesse buscando algo em especifico, isso é claro, se pudesse pagar.

— Eu bem que gostaria Alexy. Mas no momento eu estou no meio de um assunto inacabado, entretanto, acho que você pode me ajudar. Diga, por onde anda o traste do seu irmão?

— Armin? Ele ancorou aqui faz alguns dias, não tive qualquer outra noticia desde então, provavelmente ainda deve estar perdido pelas ruas da cidade. Por quê? Vocês estão tendo uma briga de casal de novo?

Alexy não saberia dizer qual foi o melhor pagamento que recebera. Se o fato de Mirela engasgar com a própria bebida diante de tal comentário ou se foi a careta de desgosto que ela lançou para ele logo em seguida, em uma clara tentativa de esconder o próprio constrangimento. Ele sabia que a amiga era orgulhosa demais, a ponto de não admitir os próprios sentimentos até para si mesma, ela preferia viver uma mentira eterna se isso significasse fugir de uma realidade incomoda. Por conta disso, ele adorava provocar.

— Eu teria de estar sob o efeito de todo o rum do mundo para seque cogitar estar em um relacionamento com aquele bastardo.

— Você provavelmente entraria em um coma alcoólico antes disso. — apontou a platinada.

— E ainda seria melhor do que vê-lo em qualquer outra posição que não fosse na ponta da minha espada. Sem ofensas, Alexy.

— Tudo bem. Eu estou mais do que ciente da fama que o meu irmão tem.

— Falando no diabo.

Todo o mundo exterior parou de alcançar os sentidos de Mirela quando ela seguiu a linha de visão da platinada e viu a figura, infelizmente familiar, passar pela porta. A cabeleira negra caia de forma bagunçada até a altura dos ombros, emoldurando o rosto fino e destacando os grandes olhos azuis, claro que tais aspectos comumente acabavam em segundo plano uma vez que a o profundo decote em “V” da camisa branca deixava a mostra a maior parte do corpo do rapaz, despertando a cobiça no olhar da maioria dos presentes.

Por conta disso, existia aquele pequeno espinho que feria o orgulho de Mirela e a obrigava a admitir que, por um momento, seus olhos também mostraram interesse na aparência do rapaz. Obviamente isso foi antes dela descobrir o tipo de personalidade cretina que ele poderia ter, e de todos os transtornos que ele já havia dado para ela.

Tomada pela fúria que queimava em suas veias, ela não pestanejou antes de se colocar em marcha em direção ao garoto. As pequenas cimitarras gêmeas atadas em cada coxa do homem podiam ter um ar intimidador para alguns, mas a mulher já havia as enfrentado vezes os bastante para não hesitar em puxar a própria espada da cintura e partir em direção de seu oponente.

— Você! Desgraçado!

Os acontecimentos seguiram em uma velocidade quase surreal para serem acompanhados por olhos humanos. O sabre da mulher cortou o ar em direção ao rapaz, sendo parado a poucos centímetros da clavícula do mesmo graças aos reflexos rápidos que o permitiram desembainhar uma de suas espadas antes do golpe.

— Sempre com as melhores recepções. Também estou feliz em te ver, Mirela.

— Não se faça de idiota! Você me paga!

O sabre voltou a ser balançado pelo ar de forma precisa, o som do metal colidindo sendo a única musica presente que agora preenchia o local. Todos no lugar já estavam cientes da nova comoção que se desenvolvia ali, mas ninguém estava verdadeiramente surpreso, aquele era um espetáculo a qual já estavam acostumados, poderiam até dizer que era um espetáculo ansiosamente esperado. Em meio à multidão já se ouvia os gritos de apostas no possível vencedor.

— Adoraria ajuda-la. Mas temo não saber do que você esta falando.

— Permita-me então refrescar a sua memória. Ilha da Pedra do Pássaro.

Seria quase possível dizer que ambos estavam sincronizados em uma bela dança, isso se ignorassem o fato de estarem constantemente se ameaçando com laminas afiadas. Seguiram por toda a extensão do bar, acabando por subir em cima das mesas, criando então um palco improvisado para o seu pequeno show, coisa que acabou por aumentar os gritos de animação da plateia, juntamente as suplicas de Rosalya para que tentassem não destruir o bar dela.

Claro que tudo isso foi completamente ignorado pelos protagonistas de tal ato, que estavam apenas se concentrando nos movimentos um do outro. As faíscas voavam pelo ar, resultante do constante atrito entre o metal das espadas, ou talvez fossem originarias do fogo que ainda ardia nos olhos de Mirela, a essa altura não parecia ser algo totalmente inviável.

— Ah! Isso. Então você encontrou o presente que eu te deixei?

— Então você admite?!

A fúria da mulher se tornou ainda maior – se é que isso era possível – levando-a quase a um estado de combustão. Os ataques que se tornavam mais ágeis e constantes obrigaram o homem a recuar alguns passos, o que resultou em uma serie de passos falsos que o levou ao desequilíbrio. Caindo de uma das mesas a única coisa que o segurou foi a coluna de madeira onde suas costas bateram, mas não havia tempo para respirar uma vez que houve apenas um milésimo de segundo para desviar o sabre que veio feroz em sua direção, e acabou fincado na madeira atrás de si, próximo o bastante de seu pescoço para que ele sentisse a frieza da lamina.

 — Nem mesmo se eu entregasse a sua cabeça para a marinha a recompensa seria o bastante para cobrir o prejuízo que você me deu.

— Ótimo! Mais um motivo para não entregar.

Já era muito tarde para qualquer reação quando Mirela viu sua cintura ser envolvida por braços fortes e seu corpo suspenso no ar. O choque fez com que ela soltasse a empunhadura de sua espada, e a nova posição sobre o ombro do rapaz não lhe permitia alcançar a arma presa à perna, sua ultima opção sendo desferir golpes contra as costas do homem, o que não se mostrava muito efetivo.

 — Me solta! Maldito! Saco de vermes!

— Eu te solto se você aceitar me escutar.

— Nunca!

— Esta bem. Não me importo de te carregar assim pelo resto do dia.

Claro que a teimosia da garota não permitiria que ela apenas ficasse quieta e aceitasse a situação. Continuou sacudindo os braços e pernas até que o corpo fosse capaz de escorregar do aperto, as mãos tocaram o chão permitindo-a realizar uma cambalhota e alcançar seu sabre mais uma vez, voltando a ameaçar o rapaz que, por sua vez, ergueu as mãos em rendição.

— Certo, já chega. Escuta, você esta brava porque aparentemente eu lhe dei um enorme prejuízo. E se eu disser que sei de algo que vai, não só cobrir isso, como dobrar os seus lucros.

Os olhos se estreitaram em desconfiança. Era verdade que, independentemente do que ela fizesse com ele, ainda teria um enorme prejuízo para lidar. Talvez ela pudesse tirar algum proveito da situação, ainda mais quando o próprio estava se oferecendo.

— Pois bem. Diga, e talvez eu considere sua oferta.

— Eu prefiro que conversemos em um lugar mais privado. De preferência sem uma lamina próxima ao meu pescoço.

Foi preciso respirar fundo para conseguir manter a sua boa vontade. Ela sabia que o mais sensato seria conversar sobre tal assunto longe de ouvidos curiosos, mas a visão daqueles olhos azuis e o sorriso debochado faziam com que ela perdesse o controle das próprias emoções, se os dois ficassem sozinhos por muito tempo ela não saberia dizer se poderia se controlar de destruir qualquer coisa que surgisse pela frente. Depois de alguns segundos de relutância, ela conseguiu, enfim, devolver o sabre para a sua bainha.

—Pois bem, mostre o caminho.

O sorriso do rapaz se alargou, o que já era o bastante para a garota começar a se arrepender. Mas agora já era tarde demais para voltar atrás, ele já estava seguindo em direção à porta e ela precisava mantê-lo a vista.


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Notas finais do capítulo

Eu particularmente gosto desse capítulo por diversos motivos. Espero que vocês também tenham gostado ^^
Obrigada pelo seu comentário.
Até amanhã !!
Kissus da yume. ♡



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