Filofobia escrita por UfuRagu


Capítulo 3
Capítulo 3




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"Andrea, tenho que falar com você, podemos caminhar pela escola um momentinho, enquanto conversamos?" Perguntou Audrey no começo do intervalo 

"OH MEU DEUS, talvez quer me dizer que está apaixonada por mim?" Pensou.

"Ehm, quero dizer sozinhas!" 

"Claro, percebi... Com certeza Audrey!" Respondeu Andrea repetindo mentalmente de ficar tranquila, calma e de respirar sem nervosismo.

"Eu me apaixonei por uma pessoa, mas tenho medo que para ela não seja o mesmo!" 

"As suas expressões estão assim límpidas, que quase ela não precisa de palavras. Os seus olhos, do corte alongado, falam ao seu lugar" pensou De Giorgis encantada pela cara da sua amiga.

"E quem é?" Perguntou impaciente, depois um momento de silêncio.

"Bem..." responde Audrey, colocando seus braços nos flancos da outra garota. Andrea tive a certeza que a amiga queria matá-la, matá-la de sentimentos.

Ela desejava fazer o primeiro passo, ser doce, expansiva, mas obviamente não podia mudar radicalmente de um dia para outro. O importante era que ela conseguisse falar do que sentia pela rapariga, o essencial era não afastar estos sentimentos. Andrea não podia ainda passar perto disso e fazer como nada fosse. Tive que enfrentar suas sensações sem covardia!

"Acho que...a pessoa que eu gost..."

"AUDREY" Assim grita uma voz juvenil.

"Juro, Flavio De Sanctis, apesar do facto que acho você uma pessoa simpática, agora mesmo eu poderia matar-te!"

Pensou, afastando-se imediatamente de Audrey. O professor as encarou por uns tempos, quase tivesse apercebido tudo e mostrou uma expressão cúmplice, mas também divertida. 

"Cuidada com estas pessoas Audrey, eles podem trazer-te na estrada ruim! Embora Andrea é a aluna mais normal naquela classe. Sim sim, ela se salva!" Assim brincou o professor, que apercebeu logo de ter interrompido algo entre as duas. 

"A mais normal? Essa foi boa! Então você não me conhece nem um bocadinho!

Bom, nem eu nunca teria pensado que apesar dos 36/38 anos, você é mais parecido com um meu contemporâneo, que com um velho chato.

Inicialmente parecia ser um homem sério, depois, logo que havia um pouco de cumplicidade com a classe, decidiu desenfiar a sua máscara e agiu pelo que era realmente: um simpático, louco com a mania de imitar os seus alunos, falando o nosso jargão." Pensou a menina, encarando insistentemente o homem, que inesperadamente, estava fazendo o mesmo com ela.

Flavio, nunca teria dito que Andrea era doida, como também ela nunca podia imaginar completamente, que entre os malucos, o professor trouxe a bandeira*"

Os dois estavam parados há demasiado tempo, mas aparentemente ninguém decidiu de abaixar os olhos.

"O que é isto? Ele tem um rosto determinado!" Achava ela, examinando bem a cara.

"Eis, que examina o seu vizinho, como se ela tivesse que imprimir na mente cada pequenino pormenor das outras pessoas, sobretudo dos olhos.

Ela está me desfiando? Talvez não percebe que apena eu estava brincando?

Falei algo errado? Ou está brava comigo porque interrompi algo com Audrey?" Assim surgiram as elucubrações mentais na cabeça do De Sanctis.

Naquele momento Flavio viu que ela tive a cara um pouco inexpressiva sim, mas pelo contrário do que a aluna seguramente achava, os seus grandes olhos um pouco avelã, um pouco verde, diziam tudo o que havia a dizer. 

"Não, seguramente haverá outras coisas...CLARO! Andrea não apreciou o facto que eu a chamei de - tímida- ! Talvez é uma generalização sobre ela que realmente não lhe gosta, que não descreve de modo nenhum o seu modo de ser e a sua essência!" O homem iluminou-se e despediu-se

"CIAO!" Quase gritou o professor, o qual foi-se embora.

"Até logo!" Respondeu Andrea. Claro que o homem era realmente um tipo estranho!

"A pessoa que eu gosto...é você!" Sussurrou Audrey, aproveitando que finalmente estavam sozinhas.

Andrea sentia-se explodir, se só o seu corpo não se parasse, a garota mais alta iria abraçar sua -amiga-

"E...eu sabia...sabe?" De Giorgis começou a balbuciar. Não estava bem isso! Tive só que falar que a coisa é recíproca.

"Acabei de estragar a nossa amizade?" Perguntou Audrey, a menina mais baixa.

"N..não Audrey!Também...provavelmente...para mim...ou seja..." Andrea tive que dizer tudo claramente, ser franca e direta e não só gaguejar!

"Também eu!!" Continuou De Giorgis, pensando que Audrey finalmente, tivesse percebido.

"Também você o que?" Perguntou a mais baixa.

"Obviamente, se você tivesse me chateado, eu já teria dado uma tapa no rosto!" Respondeu rabugenta.

"Mas...que raio de declaração é esta? Boba feia!" Pensou Andrea, querendo matar-se pela atitude desastrada.

"Quero dizer...você não me pesa" tentou Andrea novamente. Para ela era realmente difícil falar -eu gosto de você!-

Mas Audrey estava a olhar para ela divertida e esperançosa.

Talvez ela não necessitava que Andrea o falasse diretamente. Ela a conhecia bem, sabia o que De Giorgis queria transmitir-lhe. Audrey abraçou a garotinha alta alta e desastrada.

"É o tempo bom que eu tenha um ataque do coração" pensou Andrea, envolta no abraço. Ela acreditava que isso foi o dia mais maravilhoso em toda sua vida.

Era realmente assim? Temos que confiar nas mudanças repentinas e radicais?

 

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*Gosto muito dessa gíria, mesmo se pra vocês não se usa esta frase.

"Entre os estúpidos/malucos, você traz a bandeira" 

quer dizer: Você é o primeiro dos estúpidos/malucos!


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