Overwatch - Heartless escrita por Kanin3


Capítulo 3
"Velhos Rostos, Novas Notícias..." - McCree




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/774534/chapter/3

 

24 de Dezembro 

Base em Watchpoint

 

McCree

 

*

 

 

McCree abriu os olhos quando ouviu um barulho à sua direita. 

Leva alguns segundos para descobrir que veio do celular na mesa de cabeceira. Ele estava exausto e sua cama estava especialmente confortável no momento. Ele o ignora e tenta voltar a dormir, mas lembra que raramente recebe mensagens, a menos que seja importante. Gemendo, ele pega o telefone e dá uma rápida olhada sem destravá-lo.

 Winston. 

Claro que era. O gorilão era sempre pontual e organizado com coisas basicas, mesmo com mensagens e avisos. Se bem que Jesse não havia recebido mensagens de Winston fazia tempos.

 "Winston: Desculpe por mandar uma mensagem para vocês tão cedo. Encontro às 09:00. Não demorará muito." 

McCree deixa o telefone de volta na mesa de cabeceira com um estrondo que quase o faz estremecer. Ele fecha os olhos novamente, esfregando o nariz. Sua cabeça está prestes a explodir e uma reunião é a última coisa que ele precisa no momento. Ainda mais uma em uma noite adiantada. Resignado, ele desliza para fora da cama.

Se ele vai ser chamado, ele também podia fumar para relaxar um pouco. Apanhou seu isqueiro e pega uma cigarrilha do estojo, depois calçou as botas e o chapéu antes de sair do quarto. Descendo o corredor, ele para no corrimão com vista para o mar. O sol ainda estava se pondo, o céu uma mistura de vermelhos e laranja. Era   noite fria - o ar frio deve ajudar a acordá-lo um pouco. Admirando a vista, ele pega seu isqueiro e nota que a caixa estava quase vazia de charutos. 

— Droga...

Ele volta sua atenção para o horizonte enquanto exala o último da caixa, um bando de gaivotas sobrevoando perto do farol. Uma pequena brisa pega seu pescoço quando ele vira a cabeça para seguir os pássaros e ele estremece ligeiramente. 

Os últimos dias foram mais quentes que o normal e um pouco de ar fresco pode ser apenas o que ele precisava. Isso e o chamado do macacão de óculos. Já haviam se passafo três semanas desde o recall e ele ainda estava com problemas para dormir. Engraçado como ele era mais seguro ali, em sua paz, do que nos últimos cinco anos. De alguma forma ele não conseguia dormir uma noite inteira desde que chegara. Seus aposentos continuam trazendo de volta memórias da Blackwatch e ele constantemente precisa se convencer de que isso era uma boa ideia - que voltar era a coisa certa a fazer. 

Jesse ainda não sabia por que ele e Genji foram chamados de volta, considerando que eles nunca fizeram parte da Overwatch, de fato.  Mas ele estaria mentindo se dissesse que não ficou feliz quando recebeu a ligação. McCree sorriu ao recordar sua conversa com Winston quando ele respondeu. 

O mundo precisa de heróis novamente, disse Winston. 

Seu entusiasmo era algo que McCree sempre achara cativante e não conseguia dizer não, apesar de suas reservas. Ele chegou em Gibraltar no dia seguinte e, para sua surpresa, foi o primeiro a pisar ali. Lena chegou no dia seguinte, seguida por Reinhardt, Torbjörn e Angela na semana seguinte. Genji tinha aparecido oito dias antes, apenas para sair no dia seguinte, dizendo que voltaria. O samurai estava ocupado com coisas com um tal de Zennyatta, pelo pouco que dissera. No entanto, antes de partir, pedira à Jesse que entregasse uma certa carta à Dra. Angela Ziegler. Jesse imaginava o que era, mas segurou o comichão para abri-la ele mesmo.

Ver todos de novo era uma sensação bem-vinda, um pouco esmagadora. Cinco anos em fuga fazia mesmo coisas para um homem, aparentemente. Não ter que vigiar suas costas vinte e quatro horas por dia devia ser uma coisa boa. E ainda assim, parecia tão estranho que a base o fazia sentir como se estivesse sufocado a maior parte do tempo, mesmo longe do perigo que vivia na Blackwatch.

Enquanto ele se dirigia à sala de reuniões, McCree procurava a Pacificadora, apenas para perceber que não a tinha no coldre. Ocorrera-lhe que era a primeira vez que ele deixa seus aposentos sem ele. Talvez seja a fadiga, ou talvez a paranóia esteja começando a diminuir - provavelmente a primeira. Ele considera brevemente voltar para obtê-lo, mas decide que não pode ser incomodado e continua andando. Alguns minutos depois, ele está sentado na sala de reuniões entre Lena e Angela. Reinhardt e Torbjörn estão envolvidos em uma discussão acalorada desde que entraram e McCree estava cansado demais para sair dali, então é pouco mais que um ruído de fundo enquanto esperam Winston aparecer. 

Reinhardt não mudou nada. O velho cruzado ainda é tão alto e entusiasmado quanto McCree se lembra e sua risada ainda é contagiante. Mesmo Torbjörn não podia ficar de cara séria, apesar de discutir constantemente com ele, mas considerando que os dois são amigos há quase tanto tempo quanto McCree estava vivo, não é exatamente surpreendente. Torbjörn também não mudou, mas McCree não tem certeza se isso é bom - o engenheiro sempre teve um talento para falar com as pessoas do jeito errado. Nada mal para o contrabando, o velho disse quando examinou a prótese de Jesse mais cedo. E então ele se ofereceu para melhorar a tecnologia de seu braço. Conhecendo o velho bem, Jesse preferiu não aceitar a oferta.

Balançando a cabeça, McCree se vira para Lena, que está absorta na conversa dos dois homens, rindo como uma alucinada. Ele nunca teve a chance de realmente conhecê-la tão bem quanto conhecia os outros, dado que ela havia se juntado um pouco antes que tudo desse errado - antes da Overwatch ruir - mas se tivesse de conviver com  a menina, McCree estava convencido de que era impossível não gostar dela. Todo o seu ser exala bondade e positividade e McCree não podia deixar de sorrir para sua expressão. 

Uma risada suave à sua direita chamou  sua atenção e ele se vira para ver Angela lendo algo em seu telefone. 

— O que é tão engraçado, doutora?

Ela riu baixinho. - Ah, nada, só uma teoria que alguém postou sobre a causa de... - ela se interrompeu. - Ah, você não entenderia, mas não faz sentido algum... Tudo bem.

McCree sorri e dá um tapinha no ombro dela.

 - Você saberia, você é a melhor , não? -  diz ele, antes de se recostar na cadeira e cruzar os braços atrás da cabeça.

 Angela lhe dá um olhar divertido. - Um grande elogio vindo de você, Jesse.

— Sim, bem. É verdade. Eu sou mesmo bom, obrigado...  - ele olha para o teto por um momento. - É melhor que isso seja importante. Tive que arrastar minha bunda para fora da cama. 

Angela guarda o celular, olhando Jesse.

— Cansado? 

McCree acena com a cabeça. - Podia adormecer bem aqui. - ele baixa o chapéu levemente sobre os olhos, genuinamente tentado a fazer exatamente isso. 

Angela franziu a testa. - Você não esteve dormindo, Sr. McCree? 

— Eu vou ficar bem, doutora. Apenas um pouco sobrecarregado, é tudo. 

— Ainda depois de tanto tempo? Se não o conhecesse, Jesse, diria que está ocultando algo. Não devia deixar suas preocupações anuviarem sua cabeça. 

McCree encolhe os ombros. Angela não perguntou mais nada. Ela sabia que era inútil. Além de falar sobre seu hábito de fumar, ela desistiu de argumentar com ele há muito tempo. 

— Vocês já ouviram falar sobre os novos recrutas? Ou melhor... - ela se inclina para frente, e surgiu em um traço azul de energia ao lado de Jesse, sentada. - Dos que sugeri à Winston que contatássemos?

 Reinhardt e Torbjörn pararam de falar e voltassem sua atenção para ela.

— Você quer dizer... Oh... Aquela jovem, Hana Song ? E Lúcio, o cantor? - Angela se interessou.

 Lena acenou com a cabeça. - Sim. Acho que Winston disse que eles são bem promissores, e eu concordo. Andei olhando alguns dados sobre eles. Acho que eles seriam uma ótima adição ao grupo! - deslizou pelo tempo até o lado de Angela. - Enfim, eu queria saber o que achavam! 

— Estarão se juntando a nós na semana que vem? É disso que se trata? - pergunta McCree, aborrecido por não estar de alguma forma por dentro das noticias. - Se eles não estão se juntando até depois de hoje, então por que estamos tendo uma reunião às... - ele olhou o relogio. - 09:00 da manhã, porra!?

— Eu vejo que você ainda se queixa de tudo! - Torbjörn responde com um olhar aguçado.

 Reinhardt caiu na gargalhada e lançou um tapa nas costas de Torbjörn. 

— Agora veja quem está falando!

Quando eles começavam outra discussão barulhenta, a porta se abrir de repente. Era Winston, seguido por Genji. A sala entrou em silêncio. 

— Acho que todo mundo está tão surpreso quanto eu... Não esperava que ele voltasse tão cedo. Ora, se não é meu ninja ciborgue favorito! - comenta McCree, quebrando o silêncio.

 Genji riu também, em deliciada risada abafada pela máscara.

 - É  bom ver você também, McCree. - ele dera uma leve reverência e sentou-se em frente à  Angela.

McCree quase não o reconheceu quando ele apareceu naquela nova armadura de corpo inteiro oito dias atrás, mas ele colocou dois e dois juntos quase imediatamente. Quem mais poderia ser, afinal?

— Tudo bem, pessoal... - Winston disse do seu lugar no final da mesa. - Peço desculpas pela reunião tão cedo, mas, uh ... nós temos um certa situação que requer nossa imediata atenção. 

— Eu lhe disse para não dizer isso assim... - Genji interrompe, aborrecimento evidente em sua voz. 

Winston pareceu subitamente envergonhado. - Desculpe, Genji, mas isso é meio sério. 

— Já superamos isso. Nada vai acontecer... - Genji declara, irritação em sua voz.

— Bem, é que ainda prefiro prevenir do que remediar.

— O que está acontecendo? - McCree pergunta antes que Genji possa responder. 

Ele não estava com disposição para aquilo. Winston se vira para ele, antes de olhar de novo para Genji, que balança a cabeça. 

O gorila  suspira, laçando os dedos.

— Genji esteve no Japão nos últimos dias e... Bem, ele pode ter pedido a seu irmão para se juntar a nós... - disse Winston, sem jeito.

— O que? - a britanica se assusta. Lena olha Genji, franzindo o rosto. - Você...está falando sério? Mas... achava que fosse ele quem te deixou assim, querido...

Tudo o que McCree pode fazer era olhar para Genji, e ele suspeitava que esse era o verdadeiro motivo pelo qual o ninja subira a viseira novamente. Era mais fácil se ninguém conseguia ver sua expressão. Os dois tiveram várias conversas sobre o irmão de Genji nos dias dale serviço à Blackwatch e nada do que Genji tinha a dizer era muito positivo, por razões óbvias. McCree de repente se lembraera do nome.

 Hanzo

Genji dissera apenas uma ou duas vezes - geralmente referindo-se a ele apenas como "meu irmão" ou "meu irmão mais velho" - mas McCree fazia questão de lembrar do nome, para o caso de se cruzarem e ter de sacar seu revólver. 

— É melhor que seja algum tipo de pegadinha de Primeiro  de Abril. - disse McCree, tamborilando na mesa. 

— Eu temo que não, Jesse... - respondeu Winston. - Eu chamei esta reunião porque Genji me explicou a situação quando ele chegou e eu queria ter certeza de que todos ficassem alertas.

 Genji bufou. - Lá vai você de novo, insinuando que meu irmão vai aparecer no meio da noite e assassinar todo mundo.

— E você pode culpá-lo? - McCree perguntou, brusco. - Sabe, da última vez que verifiquei, se alguém tentaa te matar, você não vai convidá-lo para a sua porra de casa. 

Genji o encara, abrindo a viseira. Seus olhos eram furiosos, tensos. - E ele é meu irmão.

 - Pior ainda.

— Eu sei o que eu disse a você, McCree, mas isso foi há muito tempo. Não tenho mais esse rancor. 

McCree franziu a testa. Ele havia notado na semana anterior que Genji parecia diferente, mas é ainda mais óbvio agora. A amargura em sua voz desapareceu, substituída por outra coisa - algo calmo, quase pacífico. Paz essa que estava enterrada sob sentimentos claramente trazidos pela discussão, mas ainda assim estava lá. McCree ficaria feliz por ele se não fosse pelo fato de ele ter ido e convidado seu irmão assassino para o Watchpoint. 

— Bem, se Genji tem certeza... - diz Angela, ponderando. - Acho que devemos confiar em seu julgamento.

McCree se vira para ela. - Você está brincando comigo!? Lembre-se do que aconteceu da última vez? - ele podia sentir a raiva borbulhando dentro dele enquanto fala, imagens das lesões de Genji e recuperação difícil surgindo em sua mente. - Você o trouxe de volta para a Suíça em pedaços e levou meses para ele parar de pedir para você deixá-lo morrer! - socou a mesa metálica.  - E agora quer trazer aquele merda pra cá? Pro nosso teto?  O que então? Quem ele vai ferrar depois? Eu aposto em tirar os óculos do Winston ou foder com o dispositivo temporal da Lena! 

— Jesse! - esbravejou Angela. 

— Não, isso é merda de merda. Eu não vou sentar aqui e deixar esse idiota aparecer e foder nossos esquemas.

— Chega! - Genji interrompe bruscamente. A sala fica em silêncio pela segunda vez. - Deixem-me explicar.

McCree suspirou, mas não discutiu mais. Tão diferente quanto Genji pareceu, ele ainda era o mesmo homem que ele conheceu todos esses anos atrás - ele ainda era seu amigo. Ele provavelmente deveria lhe dar mais crédito. Após uma breve pausa, ele observa McCree com uma intensidade que ele não vê há anos - desde a última vez que eles conversaram sobre Hanzo. 

— Meu irmão ... não é um homem mau. - olhou-os a mesa. 

McCree queria se opor, apontar como essa afirmação era burra de errada, mas ele mantém a boca fechada. 

— Depois que deixei a Blackwatch... - continua Genji. - Eu voltei ao Japão para desmantelar o império da minha família. Eu estava com raiva. Eu queria vingança. Então eu aprendi que meu irmão havia deixado o clã. Eu tentei localizá-lo, mas ele estava sempre um passo à frente de mim. - disse, com certo rancor na voz. - Depois de vários meses, cheguei a um ponto de ruptura. Eu não tinha nada para viver. Mas então eu conheci este monge omnic... chamado Zenyatta. Demorou muito tempo, mas ele me ajudou a encontrar a paz com quem eu sou.

Apenas seus olhos eram visíveis, mas McCree pensou ver uma sugestão de sorriso quando Genji o disse.

 - Acabei retornando ao Japão e descobri que Hanzo visitava nossa casa todos os anos naquele dia. Para pagar seus respeitos. - houve um súbito borrão enquanto McCree tenta reformar a imagem de Hanzo que sua mente criou na primeira vez que ouviu sobre o que ele fez.

 O olhar no rosto do homem não é mais perverso, mas não é de forma alguma gentil. Não importa o que Genji diga, o Hanzo que ele vê não é um homem em quem ele possa confiar. Mas o olhar que Genji lhe lança dá-lhe uma certa segurança. 

Talvez ele poderia dar crédito a Genji. Pelos velhos tempos.

— Sinto muito - Jesse suspira, olhando para a mesa, antes de olhar de volta para Genji. - Se for importante para você, vou tentar me esforçar para não colocar uma bala na cabeça dele no minuto em que ele aparecer.

 Genji ri disso. - Obrigado, McCree. Muito obrigado.

McCree não estava surpreso. Além de talvez Angela, ninguém conhecia Genji tão bem. Eles provavelmente não queriam se envolver, especialmente após o desabafo de Genji.

— Então, uh ... - Winston diz hesitante. - Eu acho que isso resolve nossa situação por agora.

 Ele olha ao redor da mesa, certificando-se de que ninguém tinha nada a acrescentar, então balança a cabeça. 

— Tudo bem. Resolvido. - ele suspirou, aliviado.

 McCree não podia deixar de se divertir com o embaraço de Winston. Eles tiveram várias reuniões nas últimas três semanas - principalmente sobre melhorias nas instalações - mas não parecia estar ficando mais fácil para ele. Ele era um cientista, não um líder, mas McCree apreciava seu compromisso. Levantando-se do seu lugar, McCree inclina o chapéu para ninguém em particular e sai pela porta para o corredor. Se ele estava cansado antes, agora estava esgotado, mas algo lhe diz que não conseguirá voltar a dormir tão cedo. Muitas coisas passavam pela sua cabeça - perguntas para as quais ele não tinha respostas.  Ele só precisava afogar tudo aquilo e desmaiar em sono. Ele podia se preocupar com essas coisas outro dia, quando a cabeça dele não estivesse ameaçando explodir. 

Quando seus pensamentos não estivessem tão focados no homem sem rosto em suas memórias que quase matou seu melhor amigo.

 

II

 

Base da Overwatch 

 

Mais tarde...

16:55

 

*

 

A sala de pesquisa não tinha Winston ali no momento, remexendo um de seus aparatos de pesquisa que Tracer gostava de chamar de "trequinhos." Ao contrario, estava calma e silenciosa, apenas o som do ar-condicionado zunindo de fundo. Isso e o pacotinho de salgados sendo remexido por Tracer, a qual olhava alguns vídeos na internet, vidrada.

De um lado, em uma mesa, a moça de cabelos loiros olhava uma ficha. Deixou de lado, e de seu jaleco, tirou uma caneta. Estava ali há horas, analisando com Lena se era ideal contata-los. Com reforma do grupo, seria interessante que mais membros entrassem. Mas com a idade daqueles ali, não era responsável simplesmente chama-los por puras questões de 

— Voce acha o quê? Estão te agradando, Angie? - Lena perguntou, sentada sobre uma mesa. Moveu o dedo ao holograma e outra sequência de videos surgiu na tela flutuando no ar. - Eu pessoalmente tô adorando! Essa menina é muito boa!

A doutora truncou os lábios, mordendo a caneta. 

— Eles têm potencial, admito. Lucio parece ser bem capaz e maduro. O problema são suas ligações mais... problemáticas envolvendo Vyshkar. - Angela considerou, dando de ombros. - Mas tirando isso, ele tem bastante potencial. E claro, tem esse rapaz na França, pego pela policia há alguns dias nas ruas de Paris. Disseram que ele... - ela tentou não  sorrir - "Desviava balas  pelas paredes." "Richocheteava-as", disseram eles. Mas vendo videos de gravações recentes - ela encarou seu monitor, pensativa. - Acho que é mais talento com armas do que tecnologia bélica. E quanto a seu achado?

Lena virou a tela holográfica à  Angela. Uma gravação de batalha contra omnics podia ser vista.  Uma menina falava em coreano, de dentro de um pode de algum tipo de mecha tecnológico. Explosões e misseis era vistos ao fundo, bombardeando o céu de uma cidade. Mostrava-a destruindo e tombando alguns omnics fora de controle.

— Ela vive fazendo isso! É demais! - Lena comeu outro salgadinho. - Acho que alguém com os talentos dela seria perfeito para Overwatch, não acha? 

— Admito que sim. - Angela sorriu. - Pois bem. Resumindo, então, nossos achados. - ela pegou a ficha na sua mesa. - Lucio Correia dos Santos, brasileiro. Hana "D.va" Song, estrela coreana POP e da internet. E, por ultimo, o jovem morador de rua e ladrão, Philip La Voléur. - ela hesitou, e virou-se a Lena. - Quem você quer contatar primeiro?

— Eu falo com a Srta. Song. - Lena respondeu, limpando as mãos na calça de couro. - Eu sempre quis conhecer uma estrela POP, sabia?

— Parece uma grande realização. - Angela sorriu, erguendo o cenho.

— E se é! Já viu os filmes dela? São muito bons. Principalmente "Heroes Of My Storm"! A garota é um estouro.

Angela se recostou na cadeira, tirando os óculos do rosto. 

— Ótimo. Tratarei de contatar o senhor Voléur. Deixarei Lucio Correia para McCree. 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Overwatch - Heartless" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.