Overwatch - Heartless escrita por Kanin3


Capítulo 1
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*

 

México 

25 de Dezembro

Sombra

 

*

 

O homem deixou a moto de lado, retirando as chaves. Acendeu um charuto, protegendo o fogo com as mãos enluvadas e andou até o local. 

McCree parou bem na frente de um bar antiquado, levantando o chapéu apenas o suficiente para alcançar a placa vermelha de neon, "The Biting Spider". 

O nome foi uma escolha bastante estranha, mas era o suficiente para chamar a atenção. Mesmo que esse bar não fosse tão bom quanto o de Castillo, ainda fazia o trabalho, fazendo com que ele visitasse ocasionalmente. Não só tinha uma jukebox fantástica, mas também um grande e antigo barback com carpintaria de madeira detalhada. As grandes e pesadas mesas de madeira estavam rodeadas de bancos e cadeiras confortáveis, dando ao local uma atmosfera calorosa e amigável. O homem casualmente abriu a porta, convidando-se a entrar e inclinando o chapéu para agradecer aos rostos familiares. 

Seus olhos castanhos claros deslizaram ao redor, não conseguindo identificar a mulher que ele estava procurando. Ele caminhou até o bar da casa, sentando-se. O velho barman aproximou-se dele com um sorriso amistoso, as mãos ocupadas secando uma das canecas de cerveja. 

— O de sempre? - perguntou com um sorrison, seus dentes da frente faltando.  - McCree, moleque. Como está, seu desgraçado?

— Melhor que você, seu bêbado cinquentão. - McCree permitiu que uma pequena risada escapasse de seus lábios  - É, o de sempre. - ele confirmou.

 Seus dedos enluvados bateram levemente no balcão, tamborilando enquanto esperava. Aquela menina sempre demorava. Era como se não tivesse compromissos além de si mesma, ele riu baixinho. 

No entanto, ele não precisou esperar muito por sua convidada misteriosoa. Delicados dedos percorream suas costas, dando uma massagem tentadora que indicava sua presença. 

— Olá McCree ... - sussurrou a garota, seu sotaque mexicano intenso.

Suas mãos se moveram de suas costas e envolveram seu pescoço para agarrar a sua frente. As luvas de néon púrpura pousaram na mesa, e ela sussurrou baixinho.  

— Você ligou? - sua voz enviou um arrepio por sua espinha, tendo um efeito eletrizante nele.

Ela gostava de provocar. Sabia que não no sentido romântico.  Ela só adorava curtir uma com todos que surpreendia. E sumindo e aparecendo onde queria, para alguém como ela, tudo só era mais divertido.

 - Ei, Sombra ... Bom te ver.

 Ele sussurrou de volta quando seus dedos finalmente encontraram algo para segurar. Ele gentilmente colocou a mão sobre as suas, guiando-a para a cadeira a seu lado, cavalheiro.

 - Eu sabia que você apareceria. Agradecido, madame. - ele tocou o chapeu respeitoso. - Por que você não toma um assento ? As bebidas de hoje estão por minha conta.  - retirou seu chapéu  colocou sobre a mesa. - Eu preciso falar com você. 

Desta vez, sua voz carregava um tom de seriedade. 

Sombra deu um pequeno sorriso e sentou-se ao assento ao lado dele. Ela sinalizou o barman com  o rosto. - Eu vou querer o que ele pediu. Rápido, por favor.

 o barman a zombou de seu tom rude, embora ele logo se apressou ao perceber o olhar cruel de Sombra.

Um sorriso brincalhão dançou em seus lábios.

 - Então... - ela apoiou rosto em uma das mãos. - O que é que você precisa, cowboy? Você está procurando outra rodada de diversão? Quer que a Sombra aqui roube algo para voce? Aquele negócio no Texas foi bem divertido. O dinheiro não rendeu, mas ainda tenho as fotos do nosso trabalho - riu baixinho.

McCree deu um trago, e permaneceu em silêncio, observando-a com olhos profundos e encapuzados. - Não necessariamente - ele admitiu. - Porém, eu poderia fazer uma exceção. Apenas para você. 

— É mesmo? Imagino, McCree. - ela riu junto dele.

— No entanto, embora admire seu gosto pelo perigo, é outra coisa que preciso agora. 

Depois que as bebidas foram servidas, o caubói concentrou sua atenção na xícara. Ele tomou um gole rápido de seu uísque, saboreando seu sabor forte. 

— Eu preciso que você faça alguma coisa por mim. - ele tirou uma pequena fotografia do bolso. Ele colocou de cabeça para baixo na mesa. Um suspiro escapou de seus lábios. - Eu sei que você tem a resposta. Só preciso que você me diga sua localização atual, só isso. 

Ele disse antes que Sombra tivesse a chance de ver a foto de Reaper. Sombra deu uma piscada lenta antes de deslizar a foto para ela, sem soltar os olhos de McCree.

  Era uma foto retirada em uma ângulo lateral que não capturou seu rosto inteiro. No entanto, a máscara denunciou sua identidade. Sombra zombou, truncando os lábios.

— Ah, esse velho de novo, né? Se eu não te conhecesse, fofo, diria que você tem uma queda por ele ou algo assim... - ela brincou.

Seu tom indicava seu conhecimento de sua briga de volta nos dias da Blackwatch. McCree suspirou. Não havia como esconder nada dela.

 Com a foto colocada entre os dedos, ela examinou-a, sorridente. Ela subiu olhos misteriosos a ele.

— Eu tenho a resposta ... embora por um preço... - girou em sua cadeira enquanto analisava mais. - Por que você está preocupado em saber onde ele está? Você tem algo especial para contar a ele? 

— Pode-se dizer isso... - ele respondeu com uma risada baixa, maliciosamente batendo na mesa. Ele não tinha nenhuma intenção de fornecer uma explicação adequada. - Sabe, eu não te incomodaria se não fosse importante para mim, mocinha.

— Então, diga-me... - ela se virou para encará-lo melhor, apoiando na mesa. - O que exatamente você quer?

 Sombra era sempre assim, McCree sabia. Uma negociação nunca era só uma negociação. Sempre havia algo mais que ela queria extrair. E de repente, a conversa estava se transformando em uma estranha invasão a seus planos. 

Depois de uma breve pausa, um sorriso apareceu em seu rosto. - Será que vai ser um daqueles tratos que pagam o que você quer?

 Ele perguntou, provocando-a de volta. Sombra arrastou os olhos em seu sorriso. Sua mente já estava pronta no minuto em que McCree falou. 

— Que tal isso, cowboy? - ele podia sentir seu sorriso o examinando. - Você me diz por que você está tão curioso,  e talvez eu possa te dar as coordenadas exatas. - suas íris violetas se agitaram. - e claro, compensarei com um pouco pela nossa conversa problema. O que você diz? 

McCree deu outro gole da bebida.

 - Sabe como é... - ele meneou - O Natal está se aproximando. Aquele velho deve estar se sentindo muito solitário. Pensei que pudesse visitá-lo - brincou ele antes de engolir o resto da bebida. Isso foi o mais perto que ele lhe daria da verdade. Um sorriso cauteloso descansou em seu rosto. - Você sabe, pelos bons e velhos tempos - ele deu uma piscadela. 

Seu tom de voz a dizia que desta vez ele não estava jogando com os termos dela. 

— OK... Bem, certifique-se de conseguir um cartão para ele. Tenho certeza que ele vai gostar... - ela brincou de volta. - Mas, por mais que essa sua gentilezazinha de cowboy, me encante, fofo, eu preciso de algo em troca. Eu não trabalho de graça. Voce sabe... - Sombra deixou claro, a seriedade cortando as características de seu rosto. 

Ela se inclinou para mais perto, mas a vibração que a rodeava mais cedo se tornou sinistra em um segundo. 

— O que tem a me dar em troca?

— Ei, ilumine esse seu rosto lindinho - McCree sugeriu, com o charuto na boca. - Bem, desde que você aceite um tipo diferente de pagamento, não terei receios em fazer nosso negócio. 

Uma mão tirou o charuto, segurando-o com força entre os dedos dele. O outro cortou o ar com uma faca. Tendo a velocidade de um pistoleiro, ele rapidamente pegou a foto, roubando-a das mãos de Sombra.

Enquanto ele fazia isso, ele também fechou a distância entre eles, inclinando perto dela.

— Eu posso ter algo interessante para você. - ele sorriu - Vejamos, você está interessada em saber mais sobre a Iris, certo? Posso te ajudar com isso. Se quiser.

Se Sombra ficou surpresa com isso, ela certamente não demonstrou. Seu rosto estava frio e rígido, como se estivesse congelado naquele estado atual. Ninguém adivinhava o que passava pela cabeça dela. Era um mistério emaranhado que se transformava em nós. 

E ela certamente ajudava em manter tal imagem.

— A íris, hein? - ela sussurrou para ele, abrindo certo sorriso. Agora era um sinal de interesse. - O que é que você sabe?

McCree apagou o cigarro, enfiando no cinzeiro na mesa.

 - Parece que é o tema da fé Shambali, acreditando neste... tal símbolo de um olho misterioso. Costumava ser pregado por Mondatta até ... bem, você sabe. De qualquer forma - ele fez uma breve pausa, seus olhos checaram os arredores para se certificar de que ninguém os estava escutando. - Eu vou manter isso breve. Já ouviu falar de um monge omnic conhecido por Zenyatta?  Eu realmente não entendo tudo isso de omnic e coisas de inteligência artificial e essa droga toda... mas esse é o cara que você precisa saber. Eu posso te dizer onde ele está.

— Uhum... - ela assentia, interessada.

 Ele realmente não precisava perguntar se ela conhecia Zenyatta ou não. Sombra de alguma forma sabia tudo com suas habilidades de hackers. Um movimento de sua mão  e dados escorriam pela ponta de seus dedos. Ela sabia tudo sobre McCree e todas essas pessoas que ele mencionou.

 De certa forma, ficou mais fácil trabalhar com ela, mas também foi motivo de frustração quando segredos foram mantidos escondidos em sua mente e ele tinha de separar o que revelar ou não da hacker - isso se lhe fosse vantajoso.

 Mas aquilo não era algo que ela conhecia completamente. Ele podia dizer pelo subito tremilique de suas sobrancelhas. 

— Eu entendo.. - Sombra falou, como se ela estivesse analisando a verdade por trás de suas palavras. 

Graças a Deus, os vaqueiros não mentiram; eles apenas aumentavam a verdade.

 - Mas me diga uma coisa, McCree...

— Pode perguntar.

Ela sorriu cinica. - E como eu sei que você vai me dar o caminho certo? Como eu sei que isso não é um plano para me enviar para o seu grupo? Eu tenho informações vitais que são desejadas. Eu preciso ter cuidado. E você sabe como é cruel esse mundo que vivemos... 

 McCree sabia que ela seria capaz de sair de qualquer situação com um estalo de dedos. Esta era apenas sua maneira doentia de conseguir aquele empurrão extra que ela precisava antes que ela desistisse de mais informações. 

A música tocou mais alto no jukebox atrás de McCree, fazendo-o erguer os ombros. 

— Mas ora, não sabia que eu me passava por mentiroso. - McCree brincou. - Que tal isso? Aquele monge omnic hospedará um grupo de estudo religioso no Templo Shambali amanhã. O mais provável é que seja transmitido ao vivo. - ele explicou, parecendo muito confiante em suas palavras. - Você pode confirmar isso. Eu recomendo olhar a fundo nisso... Acredite, será  de seurinteresse.

Na superfície, o que parecia ser uma sugestão genuína e simples era, na verdade, uma mensagem de aviso. McCree não precisava ser aberto sobre isso. Ele não precisou mencionar como convenientemente a Overwatch estava planejando ter sua "Operação Talon" no mesmo dia. Tudo o que ele precisava fazer era cuidadosamente escolher suas palavras. Ele sabia que Sombra perceberia o verdadeiro significado de sua declaração. E isso ela fez. 

Ela deu um sorriso e girou uma mecha de seus cabelos. Pelo rosto dela, Sombra gostara do que havia ouvido. 

— Eu não diria que você é dos sujeitos mais confiáveis, cowboy... Mas... - Sombra desviou os olhos dele em um segundo e depois os trouxe de volta para ele, tendo um novo brilho. - Isso parece interessante. Muito mais interessante do que o plano que Talon fez. - ela entregou a mesma quantidade de ambiguidade que ele lhe dera. - Eu não sei que tipo de festa é no meio do nada,  mas eu acho que eles acharam que as Montanhas de Saint Elias valem a pena. Muito chato se você me perguntar, mas bem ... - ela riu baixinho. -Quando foi que aquele velho se mostrou interessante alguma vez, não é?

Ela referia-se à Gabriel. Com isso, McCree riu de suas palavras.

— Pode-se dizer isso... -  ele murmurou, apreciando seu bom senso de humor. - Eu parei de questioná-lo  há muito tempo. - as palavras o lembraram de suas interações com Gabriel.

Agora, conhecido como Reaper.

Mesmo na época, ele nunca gostou de seus métodos na Blackwatch. Nem ele, nem Jack. 

O caubói ficou feliz com a virada dos acontecimentos. A negociação foi um sucesso. Assim como ele imaginou, ele conseguiu aprender sobre a localização do esconderijo de Talon. Ele fez uma anotação mental para pedir desculpas a Genji por revelar informações sobre Zenyatta. Mas seria necessário no momento.

Então,  voltou sua atenção para Sombra. - Que pena, eu não posso sair com você por mais tempo. - ele murmurou, insinuando sua partida. - Se apenas meu grupo não precisasse da minha ajuda... Teria preferido passar algum tempo com você em vez disso. Você está livre na próxima semana? Sabe, poderíamos compensar a reunião de hoje. Soube de um grupinho merreca de bandidinhos de estrada não muito longe daqui. - deu uma tragada no charuto. - Quem sabe podemos dar uma visita e conseguir umas coisas pra você? Sabe, esse lance tecnológico e tudo mais.

 -  Awww... e só quando eu estava pensando que você era tão chato quanto os outros seus amiguinhos... - disse Sombra com um beicinho exagerado.

Ela até completou o olhar, afastando-se dele de maneira provocante. Se alguém não a conhecesse, eles pensariam que ela estava realmente chateada por ele ter que deixá-la.

Ela agiu como se estivesse pensando profundamente. - Hmmm, semana que vem? Oh, eu vou ter que olhar para a minha agenda. Tanto talento, tão pouco tempo... - brincou ela de volta. - Mas acho que tenho espaço na minha agenda para você, Joel.

McCree revirou os olhos. 

— Você ainda insiste nisso? Eu mencionei para você antes, meu nome não é Joel. - ele comentou, e fez sinal para o barman ocupado. - Coloque na minha conta. Ele pediu em voz alta. E meu nome não é Joel, menina.

McCree rapidamente se levantou da cadeira, pondo seu chapéu sobre seus cabelos castanhos. Antes de sair do bar, deu uma última olhada em Sombra. 

Ela olhava-o com aqueles olhos purpuras, divertidos.

— Olha, já que você está muito ocupada, você pode escolher o tempo livre na próxima. - ele brincou, agindo como se tivesse todo o tempo livre no mundo. - Quando você decidir, apenas me avise. Você sabe como me alcançar. 

Alguem poderia chama-lo de apaixonado, charmoso ou até eletrizante mesmo. Para Sombra, no entanto, era um dos melhores negociantes e parceiros de loucuras. Mesmo que pertencesse àqueles chatos da Overwatch. 

Ela se aproximou dele, balançando o rosto de lado a outro. 

— Vejamos... Ah sim! Quinta-feira. 21 horas. Sabe onde me achar. - ela sussurrou antes de se afastar. Antes que McCree pudesse reagir, um dedo enluvado roxo tocou a ponta de seu nariz, acompanhado de um "Boop!" 

E então, um código rosa a cercou e a levou embora até que cada última partícula se dissipasse. Um segundo ela estava lá, no segundo seguinte ela foi embora, assim mesmo. O movimento de assinatura de Sombra não era mais surpresa para McCree. Ele baixou o chapéu para obscurecer sua reação das testemunhas, permitindo que uma sombra projetasse seus olhos e os tornasse quase invisíveis. 

Embora fosse difícil ler o que estava acontecendo em sua mente, seu sorriso agradável era uma indicação.

Aquela menina era um poço de mistérios. E era um milagre que ela estava, até onde ele entendia, aliada a ele. Mesmo que ocasionalmente.

 Ele fez o seu caminho em direção à saída, ajeitando seu manto vermelho. 

— EI! É melhor você pagar sua conta inteira na próxima vez, McCree! - o barman gritou atrás de suas costas, fazendo-o parar brevemente. - Você não pode simplesmente acumular sua dívida, seu desgraçado!

McCree riu, encolhendo os ombros. 

— Vou tentar manter isso em mente. Tome cuidado, velho.

 McCree jogou o charuto fora antes de desaparecer na escuridão da noite.

 

II

 

Widowmaker

 

 

Ela não sentia frio. 

Mesmo com a neve caindo sobre seus ombros, seus cabelos negros lisos. A moça, isolada no cemitério  vazio, apertou o sobretudo com força, baixando as rosas sobre o túmulo. 

Talvez deixara de sentir algo fazia tempo. Agora, não sentia mais nada.  Nem seu coração a bater, tampouco emoção em nada que não envolvesse matança. A arma, um rifle de precisão era sua unica forma de escape, a adrenalina que alimentava seu coração e que a trazia a vida. Sem ela, Amelie não sentia nada a não ser vazio. 

Baixou lentamente, suspirando. Sua respiração permaneceu a mesma após ver o nome na lápide. Um nome que conhecia, mas parecia ter sido apagado de sua mente de forma dolorosa.

"Gérard Lacróix."

Ela deixou as rosas ali, e ergueu-se lentamente. 

— Não sei o que faço aqui. Não devia ter vindo. - ela declarou a si mesma, dando meia volta. Se afastou, deixando pegadas na neve fina  - Mérde... 

Provavelmente Reaper ligaria a qualquer momento. E falaria daquela forma, rude e pretensioso como sempre. Arrogante como sempre. Amélie odiava pessoas arrogantes. Mas trabalhava para a Talon. E enquanto isso, teria de suportar as ordens do maldito. Ao menos, até que Doomfist retornasse.  Enquanto isso, era Reaper quem atazanava sua vida.

Ela e claro, aquela peste apelidada de Sombra.

Era Natal. Enquanto todos trocavam presentes, risadas e cartões, ela trocaria balas e disparos. Era sua vida. Sua habilidade. Ela nascera para aquilo. A Overwatch estava acabada. E Talon forte como nunca. Não havia outra coisa que Amélie  deveria se concentrar. 

Não era?


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