Incursões escrita por Narrador sem nome


Capítulo 7
Parte 7 – reticências.


Notas iniciais do capítulo

O conflito no castelo do reino das sombras se intensifica enquanto um aliado desaparecido se aproxima da verdade da capital de Trachmas.



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Em minha viagem entre os inúmeros reinos eu conheci culturas variadas e povos receptivos, todos tinham uma lenda em comum sobre aquele que domaria as feras e traria o fim dos tempos, o reino sombrio estava atrás disso também mas sem sucesso, o que levou a resposta do porque eles pesquisarem um método de trazer alguém de um outro mundo.

No começo eu achei que seria ignorância de minha parte e após eu analisar a fundo eu notei que os sete reinos tinham algo em comum, todos estavam em busca de um material energético renovável no qual se encontrava nas terras perdidas do reino sombrio, era por isso que eles isolaram eles e cercaram suas fronteiras, eles literalmente queriam matar o povo deste reino de fome, mas algo ocorreu que impedisse a invasão deles.

Eu também notei que as criaturas das trevas que se levantaram para proteger o reino nada mais é que a angustia e o ódio dos aldeões que morreram ou por doenças ou por fome, logo mesmo que conseguimos expurgar todo esse mal, devemos dar um jeito sobre o reino de Trachmas, atual responsável no qual omitiu uma ordem entre os outros seis reinos para colocar o plano deles em ação.

Eu atualmente estou partindo para o reino sombrio, uma invasão furtiva, espero encontrar o jovem garoto que foi chamado para essas terras e tenha sucesso em enviá-lo de volta para casa.

Deseje-me sorte.

Assinado por Bruhen.

X

Os três se prepararam para invadir a floresta desconhecida, após atravessa-la, finalmente estariam dentro das fronteiras do reino sombrio, para isso Maya teve que criar um selo mágico entre os outros dois, isso permitiria que eles passassem desapercebido no campo inimigo, mas não sabia se seria efetivo contra as sentinelas do castelo.

Eles partiram para a floresta, ignorando qualquer tipo de conflito desnecessário, ignorando possíveis aumento de experiência, tudo para salvar Douglas, ou condená-lo a uma morte horrível caso ele se rebelasse do outro lado da fronteira.

Mayhem enquanto caminhava entre as terras inimigas ele se culpava por não ter sido mais efetivo em sua escolta, afinal de contas ele se preocupou mais em proteger o vilarejo do que se manter em guarda diante dele, Maya notando a aflição de seu irmão, pôs a mão em seu ombro e sorriu gentilmente, Mayhem determinado com a delicadeza dela assentiu fortemente.

Baal se mantinha frio e cauteloso, ele sabia que Douglas poderia cumprir a profecia que traria ruínas em seu reino a qualquer momento, então ele não se segurou e partiu quilômetros de distancias a frente de seus amigos, Mayhem pensou em chamar atenção dele, mas temeu que isso chamasse a atenção das criaturas que estavam em sua volta.

No caminho até o fim da floresta, completamente descontente, Baal puxou seu arco e disparou em uma criatura, arruinando a camuflagem, por um instante novas criaturas saíram da terra sinalizado pelo ataque violento do arqueiro, Mayhem e Maya se juntou a ele para iniciar um contra-ataque massivo até eliminar todas as criaturas sombrias da volta deles.

— Você é idiota Baal? quer nos condenar? – Reclamou Mayhem

Baal deu vários socos na árvore mais próxima até sangue escorrer no pulso.

— Mas que merda, não era para ser assim.

— Acalme-se Baal, não vamos resolver nada de cabeça quente.

— Eu falhei e eu sei que se algo de ruim acontecer eu sempre irei me culpar.

— Ninguém tem culpa de nada, tá legal, mas que droga vocês dois, porque do nada ficaram tão pessimistas? – Indagou Maya.

— Eu não sei, se Bruhen estivesse aqui...

— Mas ele não está. – Interrompeu Maya. – Supere isso, nós somos aventureiros de grande destaque do reino, juntos podemos fazer qualquer coisa, mas eu preciso que os dois esfriem a cabeça.

Baal respirou fundo, esfregou os olhos, Maya foi ao encontro dele, pegou a mão antropomórfica, mas ele tirou de reflexo.

— Deixa-me ver.

— Não é nada.

— Para de frescura, se infeccionar você pode até perder a mão.

Maya se agachou, depositou a bolsa no chão e tirou ataduras e alguns remédios feitos de folhas, Mayhem permanecia olhando o território até finalmente encontrar um caminho até a capital.

— Até que estamos pertos.

— Acho que a raiva de vocês dois o cegou, agora não posso garantir que o selo que implantei em vocês vai funcionar.

— Tudo bem. – Mayhem se apoiou na árvore seguinte e olhou para o horizonte onde um castelo minúsculo se apresentava pra ele. – Vamos ser rápidos e eficientes, como Bruhen nos ensinou.

X

De volta ao calabouço Douglas despertou desorientado, ele então deu um soco frustrado na cama por estar tão perto de voltar para casa, do outro lado da grade, Roger estava do outro lado de braços cruzados e com um olhar desapontado.

— Que coisa, justo quando lhe dei um voto de confiança. – Ele abriu a grade.

— Isso é estranho! – Douglas olhou para as mãos que emitia uma energia estranha.

— Esse castelo todo foi desenvolvido para melhorar as criaturas dentro dela, acredito que ti afete já que “invocamos” você para este mundo, pena que as coordenadas foram postas erradas no fim das contas.

— Então quer dizer que ganho “experiência” só de me manter aos arredores deste castelo.

— Exatamente.

— Bom saber. – Douglas tateou o bolso e tirou o Smartphone o que surpreendeu Roger.

— Mas o que? Deste quando? – Ele tateou o próprio bolso, mas logo se lembrou do instante que Douglas o empurrou para o lado para ir até a porta.

Douglas calmamente selecionou a invocação de uma criatura, um cão agora de três cabeças, onde uma delas tinha um chifre na testa surgiu na sua frente, tinha um nível 65.

— Bem que a sensação que eu tive era familiar neste lugar.

Um circulo de magia surgiu na frente do cão e as três cabeças rugiram simultaneamente, um raio elétrico, outro de vento e outro de chamas foi invocado e atingiram Roger com tudo.

— Foi a mesma sensação quando enfrentei as hordas da vila Aurora.

Roger caiu no chão morto após levar uma rajada de magia de cerberus que tinha uma expressão mais demoníaca, Douglas então se levantou da cama, pegou as chaves do bolso dele e seguiu pelo corredor.

“Agora preciso encontrar aquela sala novamente” – Pensou Douglas.

X

No salão real o rei sombrio, um ser com sobretudo e uma máscara de um leão, sentiu uma forte dor no peito, ele então caiu de joelhos no chão, seus subordinados foram ao encontro dele para ajudá-lo.

— Roger está morto! – Bravejou o rei. – Encontrem o responsável e o elimine, antes que eu pereça.

X

Um grande alvoroço chamou atenção de Ayam, ela foi até o portão principal do castelo e notou as sentinelas no chão nocauteados, ela olhou perplexa para os lados em busca dos responsáveis.

Alguns subordinados foram ao encontro dela afirmando que Roger havia sido morto e que eles estavam em busca dos responsáveis, logo ela ligou que talvez o responsável por isso seja os invasores. Ela rapidamente ordenou que as hordas se espalhassem no castelo em busca de qualquer invasor.

Os três ao entrar no castelo decidiram se separar, Baal foi até o salão real confrontar o rei, mesmo sabendo que talvez não tivesse uma chance, Mayhem foi ao calabouço e Maya foi ao encontro de outros comandantes da horda.

X

Mayhem finalmente encontrou o calabouço e ao adentrar ele viu o corpo de Roger estirado no chão, de repente um grupo inimigo o cercou e ele não teve escolha a não ser empunhar a espada, ele enfrentou os cinco ao mesmo tempo, levou golpes nas costas e no abdômen, mas foi feliz em atingir ataques efetivos na cabeça e nas pernas impossibilitando que a criatura continuasse o embate, após perceber que Douglas não se encontrava aos arredores ele decidiu deixar o lugar antes que viessem reforços.

Maya foi ludibriada por um corredor extenso que o levava para um cenário hipnotizante, mais ela caminhava, mais o chão se enrolava entre si impossibilitando dela prosseguir em diante, no tapete carmesim no fundo do corredor surgiu debaixo dela uma mulher, o tapete logo se enrolou em seu corpo se tornando em um vestido avermelhado.

— Nunca imaginei que você viria ao meu encontro de propósito. – Disse Ayam.

— Se eu não parar você, não terei como enviar meu amigo para a casa dele.

— É, você tem razão.

Laços vermelhos em forma de estaca saíram do chão e dos braços de Ayam, mas quando atingiu Maya, um campo de força incomum repeliu todos eles, ela então mostrou em sua mão um colar em forma de um selo antigo.

— Eu me preparei todos esses anos para impedi-la.

— Até parece que vou voltar para esse colar.

Ela novamente voltou a atacar com laços que se emaranhavam conforme se chocava no campo de força de Maya, inibindo completamente a visão dela, de repente no meio dos fios vermelhos a silhueta de uma mulher surgiu na sua frente, um chute certeiro em seu estomago jogou para o começo do corredor.

— Magia talvez não funcione nesse campo magico, mas ataque físico sim.

Maya se levantou com dificuldade e mostrou que não havia um colar em sua mão, Ayam olhou para sua perna onde havia aquele selo amarrado nela, ela então emaranhou toda a perna com os fios e a cortou, um grito de pura dor foi ecoado em todo aquele salão.

A feiticeira encarava os fios cobertos na perna direita de Ayam embebecida de sangue.

— Você enlouqueceu?

— Minha liberdade vale muito mais q uma perna.

Ayam voltou a atacar com os laços, mais feroz que antes, alimentado pela dor e raiva de um passado rancoroso. Por um instante de distração, Maya foi atingido por um laço na barriga que a estocou em cheio, ela rapidamente cortou o laço e começou a cauterizar o ferimento, sua inimiga estava pálida de tanto perder sangue, os olhos dela reviraram e ela desmaiou.

Maya se manteve quieta por um momento para certificar que ela não levantasse, com dificuldade ela caminhou ate o fim no corredor, sem a interferência das magias de Ayam ela finalmente conseguiu chegar no seu destino.

X

Baal finalmente chegou na porta do salão real completamente exausto após eliminar as criaturas que os protegiam, quando ele estava prestes a abrir a porta, a chegada de Mayhem o interrompeu.

— E o garoto?

— Procurei por todo calabouço e nada.

— Talvez esteja aqui.

Maya então chegou logo em seguida, mancando e com a mão no ferimento da barriga.

— Você está bem?

— Ayam me feriu quase fatalmente, vamos acabar logo para que eu seja tratada.

— E ela?

— Não aceitou em voltar ao colar e se mutilou, eu parei o tempo de vida dela, mas não sei se vou conseguir salvá-la.

— Nós damos um jeito.

Os três assentiram entre eles e abriram o portão real, no fundo da sala um rei completamente de joelhos ao sentir a perda de dois dos seus comandantes mais leais.

— Vejo que o grupo de Trachmas alcançou seu destino.

Ele se ergueu e mostrou sua imponência, uma criatura de aproximadamente 3 metros com vetores saindo atrás deles e um olhar neutro.

Os três em conjunto iniciaram os ataques, Maya cuidava principalmente de magia de suportes e de vez em quando uma magia potente capaz de destruir concreto, Baal esquivava dos vetores e disparava flechas de diversos tipos com o intuito de atingir a mascara enquanto Mayhem cortava todos os vetores possíveis até não sobrar nenhum.

Entretanto dos cotos dos vetores cortados nasciam, dois, três, como uma hidra que se recusava em perder todas as cabeças, Mayhem percebeu que para ser efetivo ele teria que cortar o mais rápido possível.

O rei repelia todas as flechas de Baal com os vetores enquanto atacava ferozmente Mayhem, ele aproveitou a oportunidade de um passo falso para atingir um vetor no espadachim que o jogou contra uma coluna tirando-o em combate.

Maya deixou de ser suporte e iniciou um ataque massivo, mas por conta de um grande esforço, o ferimento cauterizado se abriu, ela se pôs de joelhos após sentir muita dor.

Baal não conseguia desviar de todos os vetores até ser atingido de um.

— Patético, é isso que os aventureiros de Bruhen são?

No fundo da porta Douglas finalmente atravessou, acompanhado com seu cão de três cabeças, com o smartphone ele ordenou para que a criatura atirasse, e assim um disparo de energia foi em direção do rei que não teve escolha a não ser acolher todos os vetores em conjunto para defender aquele ataque.

Mayhem se levantou ao notar uma chance única, limpou o sangue escorrendo nos olhos e com um ataque rápido fez um corte em V contra todos os vetores em conjunto, despedaçando ao mesmo tempo, Baal reuniu as ultimas forças para se levantar e disparou uma flecha na máscara do rei sombrio e Maya ignorando a dor insuportável do ferimento se levantou e disparou sua mais poderosa magia na rachadura feita pela flecha.

O rei sombrio com um grito estridente começou a se despedaçar até finalmente sumir para sempre.

Mayhem caiu no chão inconsciente, Baal logo em seguida, e Maya se sentou para tratar o ferimento aberto antes que ela desmaiasse por falta de sangue, e Douglas que havia utilizado um conjurador de alto nível caiu logo em seguida.

— Seus idiotas, vamos desmaiar no campo inimigo? É pedir pra morrer. – Disse Maya com cara de dor.

— Fácil dizer, meu corpo não quer mexer um centímetro. – Disse Mayhem de rosto no chão.

— Se realmente morrermos por conta de estarmos no território inimigo, essa ultima aventura fez jus a nossa mitologia. – Disse Baal olhando para o teto.

Na entrada onde restava os destroços de uma batalha, um cavaleiro de armadura negra surgiu entre eles, Maya imaginou que poderia ser o comandante restante, quando ele retirou o elmo.

— Parece que eu cheguei atrasado. – Disse Bruhen confuso.

Maya encarou perplexa para Bruhen e antes dela cumprimentá-lo finalmente se deixou levar junto com seus amigos, já que agora ela sentia-se segura.


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