Com Amor, Samantha Puckett escrita por JJAlbuquerque


Capítulo 9
Oito - Professor Benson e a Formatura Romântica




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― Obrigado pelo café da manhã delicioso, sra. Benson!

Sam agradeceu logo após Freddie se levantar e ir em direção a porta de entrada da casa, já eram quase oito da manhã. Para acompanha-lo, ela tomou tentou correr o mais rápido possível, mas logo percebeu que havia esquecido um livro para a aula de literatura e voltou correndo para o quarto. Ainda demorou cinco minutos para que finalmente o encontrasse embaixo de um dos diversos ursinhos espalhados pelo quarto. Desceu as escadas um tanto triste, pois tinha certeza de que Freddie havia ido embora.

― Eu estou saindo agora, até mais tarde!

― Boa aula, Sam!

― Não deixe de comer as frutas que coloquei pro seu almoço!

― Pode deixar!

Sam colocou o sapato e abriu a porta de entrada. Para sua surpresa, Freddie estava ali.... Esperando por ela?

― Achei que já tivesse ido.

Ela se colocou ao lado dele, que a encarou logo em seguida.

― Você comeu seu pão tão rápido que acendeu uma chama de pena de você ― ele sorriu debochado e continuou encarando-a por algum tempo, até que ela se sentisse desconfortável o suficiente para indagar o porque dele estar a encarando tão profundamente. De forma lenta, ele levantou as mãos e levou ao rosto dela, retirando um pequeno pedaço de pão na bochecha da garota. ― Pão. Tinha um pedaço de pão na sua bochecha.

Sam ficou paralisada com o toque da pele dele. Era a primeira vez que ele a tocava de maneira gentil e cuidadosa, e aquilo causou em Sam um gostoso fervor na região das bochechas.

― Vamos, ainda temos que pegar o metro.

Como se fossem amigos íntimos há eras, ambos caminharam juntos e conversaram durante todo o caminho, Freddie ainda tirou sarro da cara dela algumas vezes, mas sempre sorrindo animadamente, nunca de forma sarcástica. Quando desceram do metrô, Sam gradativamente ficou calada e andava cada vez mais devagar, e quando se aproximaram da escola, ela parou de andar e o deixou seguir em frente sozinho, mas Freddie parou no meio do caminho.

― O que está fazendo?

― Deixando você ir na frente sozinho, você disse que eu não deveria andar próximo a você na escola.

― Apenas continue andando, todos já fizeram todo o tipo de fofoca. Vamos.

E assim, eles entraram juntos na escola, e era óbvio que todos os encararam. Aquilo ainda causavam reações negativas nos pensamentos de Freddie, mas... Algo nele havia mudado. Sentia como se pudesse voltar aos tempos antigos, onde tinha sua melhor amiga o tempo todo com ele, porque desde que Sam partiu, anos atrás. Sim, fora devido ao que aconteceu na infância que o moldou completamente, um ser fechado, arrogante e calculista. Infelizmente, não era como se ele quisesse ter se transformado no que era, mas acabou virando isso inconscientemente, se trancando completamente para qualquer pessoa. Sam era a única pessoa com quem ele era alguma coisa.

― Até mais, Freddie ― Sam disse quando o mesmo se dirigiu ao quarto andar, onde a sua sala ficava.

― Até logo.

Sam estava radiante, apesar do jantar do ultimo fim de semana ter sido embaraçoso, aquela manhã havia sido a melhor manhã desde que se mudou para a casa da família Benson. Se criar expectativas desse algum dinheiro, ela seria a mulher mais rica do mundo inteiro, como não deixar o coração falhar quando o amor da sua vida é sempre tão sorridente e aberto como ele fora naquela manhã?

X.X.X.X.X.X

― Eu vi que você e o Freddie não estão mais brigando como antes... Por acaso já conversou com ele sobre aquela coisa? Você sabe, nossos exames finais estão chegando e... Queremos muito passar de ano.

Tori ainda não havia deixado Sam em paz. Desde que descobriram que era Freddie quem ajudava Sam nas lições e a ajudava a estudar para a prova, Sam teve um aumento de desempenho gigantesco quando comparada a qualquer outro aluno dentro da escola. Então, vendo como sua amiga estava progredindo, fez Sam prometer que pediria a Freddie que os ensinasse antes das provas, que estava se aproximando. Entretanto, a turma inteira iria afundar junto caso não tirassem notas excelentes no testes que estavam por vir... Mas Sam não havia pedido a Freddie, porque sabia que ele se recusaria. Desejava profundamente que Tori a deixasse em paz com relação a esse assunto, mas todos esperavam ansiosos pela resposta.

Naquela tarde, Freddie havia voltado sozinho para casa; estranhou quando Sam o procurou no almoço para avisá-lo que ele poderia ir sozinho para casa naquela tarde, mas nada desconfiou. Quando cegou em casa e se deparou com inúmeros pares de sapato na entrada da casa, um medo desconhecido percorreu sua nunca, desejando que aquilo não tivesse nada a ver com ele. Mas seu medo se concretizou quando chegou a sala de estar e viu dezessete cabeças desconhecidas espremidas na sala de estar, que parecia ter diminuído de tamanho. Respirou fundo para que não perdesse o controle, mas no fim, acabou gritando.

― Puckett!

Sam estava encolhida em uma poltrona, onde Freddie se portava logo atrás. Com cautela e segurando um livro contra o rosto, ela levantou e virou-se lentamente, olhando fixamente para Freddie.

― Oi Freddie! Você teve uma boa viagem de volta para casa? ― Ela sorria, tentando amenizar a situação.

― Puckett, sem gracinhas!

Ela encolheu os ombros com o segundo grito de Freddie, e se aproximou lentamente dele.

― Você não pode nos ajudar? Eles precisam tirar notas altas nos testes ou não poderão se formar...

― Isso não tem nada a ver comigo ― parecia a resposta final de Freddie.

― Por favor, certo? Eles são todos idiotas, não poderão se formar sem a sua ajuda.

― Não.

X.X.X.X.X.X

Não existia espaço o suficiente dentro da casa para comportar todos os novos alunos de Freddie para uma aula digna, então ele reuniu todos na área da piscina, onde todos pareciam ansiosos para aprender alguma coisa. Sua mãe conseguiu até mesmo um quadro onde ele poderia ministrar uma aula melhor. Então, desde aquele dia, por longas duas semanas, ele ensinou toda a turma F, que aprendia estupidamente rápido. Ele não entendia como ele havia conseguido aquela proeza, mas todos tiveram ótimas notas no rápido teste que ministrou no ultimo dia das suas aulas particulares. Estava surpreso consigo mesmo.

Na noite antes das provas finais, Sam queria fazer algo com agradecimento. Freddie estava lendo um livro na sacada do segundo andar, já estava lá há algum tempo. Os pais de Freddie haviam saído com Ted para um evento na escola dele, o pai de Sam se encontrava no restaurante. Sam buscou por macarrão e fez um ovo estrelado, achou algumas cenouras e conseguiu encontrar alguns pequenos corações e fazer uma pequena decoração. Ficou contente com o resultado final, macarrão era algo que ela sabia fazer com certeza.

― Freddie!

Ela o pegou de surpresa, ele fechou o livro e afastou para que ela pudesse se sentar ao seu lado. Sam o entregou a bandeja com uma tigela de macarrão e um copo de suco de melancia. Ele observou o macarrão com tamanho medo, sabia quão bem na cozinha ela era.

― Fez isso sozinha?

― Fazer macarrão é muito fácil, não é como se eu não pudesse fazer alguma coisa na cozinha. Você sabe que eu faço um delicioso café. Vai, experimenta. É um agradecimento por ter ensinado todo mundo, eles ficaram muito felizes.

― Eu deveria ganhar um banquete inteiro ― ele sorriu e deu a primeira garfada. Estava realmente gostoso, o que o surpreendeu. ― Você não vai comer?

― Não temos mais macarrão ― ela sorriu, enquanto pegava o livro que ele estava lendo segundos antes.

― Então coma um pouco ― Freddie levou um pouco de macarrão para Sam, o que a deixou um tanto envergonhada, mas sua felicidade era incomparável naquele momento.

― A Forma das Coisas. Você está lendo esse tipo de livro? ― Freddie apenas soltou um som confirmando. ― A forma das coisas... Freddie, porque chama ovo frito de ovo estrelado? Ovo frito não parece uma estrela. Estrelas do mar parecem com estrelas.

― Estrelas do mar parecem com a forma da luz emitida pelos astros. É só uma forma assumida pelo ser humano para entender as coisas de certa forma. Mas esse livro não fala sobre isso ― Freddie respondia entre uma garfada e outra.

― É igual ao coração. Nossos corações tem uma forma, mas desenhamos de outra forma ― Samantha estava começando a divagar novamente. ― Qual a forma do amor?

― Eu não tenho ideia.

Samantha sorriu para Freddie. Ela sabia exatamente qual a forma do amor. Ele estava bem a sua frente, aproveitando a comida que ela mesma havia feito com sucesso.

― Do que está rindo?

― Freddie.

― Sim?

― Você é a minha forma do amor.

Freddie acabou se engasgando um pouco, deixando o macarrão de lado e dando um gigantesco gole no suco. Envergonhado, ele levantou e deixou a sacada, indo em direção ao seu quarto e fechando a porta. Sam acabou sorrindo com a ação repentina dele, alguma coisa dizia a ele que ele não havia ficado zangado. Ela pegou a tigela que ele havia abandonado e acabou por comer o resto do macarrão.

Em seu quarto, Freddie olhava pela janela, tentando entender como Sam poderia apenas falar sobre amor de forma tão natural. Ficou imaginando com teria sido sua vida caso não tivesse ido embora e Sam não tivesse se esquecido dele. Ele seria uma pessoa diferente agora? Ou eles estariam em algum tipo de relacionamento, de casamento marcado?

Independente do que poderia ter acontecido, naquele momento exato, ele sentia seu coração falhar.

X.X.X.X.X

O resultado do exame saiu na semana seguinte. Toda a turma F havia se encontrado na porta da escola para que pudessem ver juntos o resultado, mas eles queriam que Freddie estivesse junto. Assim que Freddie e Sam chegaram a escola, seus amigos os levaram ao quadro de avisos, do outro lado da escola.

Parecia que todos da escola estavam ali, porque todo mundo sabia que Freddie estava ensinando os alunos da turma F e queriam ver se ele era realmente um gênio como dizia. O próprio Freddie sentia um estranho nervosismo em decorrência disso, algo dentro dele queria abandonar aquele sentimento e correr pra sala de aula, mas a outra parte queria ver se seus alunos haviam se saído bem.

― Meu Deus! Isso é incrível, conseguimos!

A grande maioria dos alunos da turma F estavam no quadro dos cem melhores. Os outros, embora não estivessem, tiveram ótimas notas. Entretanto, um deles ainda estava com uma nota baixa: Robbie havia sido o único a se recusar a ir as aulas, dizendo que precisava apenas estudar sozinho que as coisas dariam certo.

 O alvoroço dos alunos era intenso. Todos estavam realmente agradecidos por Freddie ter cedido suas duas ultimas semanas para ajudar a todos, e até mesmo criou um hábito de conversar com vários deles em seus horários livres. Todos eles eram muito diferentes dos seus colegas da Turma A, que estavam sempre enfiados dentro dos livros e geralmente competiam entre si para ver quem tinha a nota mais alta da sala. Os alunos da turma F trabalhavam sempre juntos: se tivessem que vencer, venceriam juntos, se fosse o caso de falhar, falhariam juntos. Lembrou-se de algo que Sam havia contado uma vez sobre toda a classe se reunir para estudarem para um teste e todos estudaram errado, logo todos falharam por igual. Fora da classe, eram divertidos e procuravam aproveitar seu tempo livre de forma descontraída e relaxada. Nas ultimas duas semanas, até mesmo se divertiu com eles durante o intervalo e nas aulas de educação física, jogando bola e até mesmo cartas.

―  Atenção, turma F! ―  Jade gritou no meio do pátio e os alunos da turma F se organizaram em um círculo, colocando Freddie no meio. ―  Como ensaiamos. Um, dois, três!

De forma um tanto desorganizadas, eles colocaram os braços nos ombros dos colegas ao lado e começaram a abaixar e levantar, gritando juntos:

―  Muito obrigado, Freddie Benson, por ser o nosso professor. Hey!

Até mesmo Samantha se encontrava no meio da bagunça. Freddie não pode deixar de sorrir ao ver todo aquele esforço vindo deles terem se tornado uma grande vitória em conjunto. Talvez eles não fossem realmente estúpidos assim.

―  Nossos pais estão indo ao restaurante, você vira também? ― Perguntou Sam, assim que o círculo desfez.

Os amigos de Sam iriam se reunir no restaurante naquela tarde, acompanhado dos pais de Freddie, que de quando em quando passavam algum período lá, fazendo companhia ao pai de Sam.

 ―  Você não quer descansar de mim?

―  Se você não vai, é só dizer ― ela fez uma careta. ―  Nos vemos no almoço.  

X.X.X.X.X

Era incrível como o tempo parecia voar desde que os Puckett se mudaram para a casa dos Benson. A ultima semana de aula estava dando as caras e os alunos estavam a mil, os alunos da Turma F estiveram concentrados em todos os últimos exames e Freddie, de livre e espontânea vontade, concordou em ensiná-los duas vezes por semana, para que eles pudessem se manter sempre com o cérebro exercitado e não relaxassem só porque conseguiram boas notas em um exame. Acabou sendo alguém que se afastou dos colegas de classe – não que ele realmente fosse próximo de algum deles – e passou a andar com os alunos da turma F. Não era muito de conversar, mas estava sempre atento as conversas e respondia às perguntas aleatórias que eram lançadas a ele. Nunca em um milhão de anos se veria andando com eles.

No ultimo dia de aula, foram liberados ao meio dia. Como de costume, os alunos escreviam mensagens nas camisas de seus amigos para ficarem como lembrança. Freddie fez seu último discurso como aluno da St. Joseph, seus pais estavam presentes, sua mãe tirou um milhão de fotos e a cerimonia terminou com muito chororo da turma F.

Freddie nunca havia rejeitado tantas garotas como naquela tarde. Uma fila se formava e todas queriam tirar fotos com ele, mas ele rejeitou a todas. Haviam muitas garotas com cartas, chocolate e flores esperando uma oportunidade de abordá-lo.

Sam queria muito tirar uma foto com ele, mas haviam muitas garotas sendo rejeitadas naquela tarde, ela não queria se tornar mais uma na fila das rejeitadas, seria completamente vergonhoso.

― Mas é claro que ele não vai rejeitar você, é a melhor amiga dele. Apenas vá lá e segure o braço dele, mostra pras garotas quem você é! ― A sra. Benson dizia com convicção e suas amigas davam o completo apoio.

― Vocês têm razão.

Convicta do que queria e da sua posição como melhor amiga se Freddie, ela seguiu com passos pesados e um sorriso vitorioso no rosto, passou pela multidão e chegou até Freddie, que a encarou, pensando o que viria a seguir.

―  O que você tem em mente?

― Vamos, você vai tirar uma foto comigo ― ela segurou no braço dele e o levou arrastado para a senhora Benson, que já estava com a câmera a postos. Freddie sorriu, imaginando o que poderia estar passando na cabeça das outras garotas naquele momento, ao vê-la completamente segura de si entrelaçada no braço de Freddie Benson. De uns tempos, ele havia começado a ter esse tipo de pensamento, imaginando o quão a relação deles tinha avançado bastante. Seu sorriso havia aumentado gradativamente e agora um gigantesco sorriso com dentes era visto em seu rosto, a mãe estava realmente feliz de vê-lo tão solto e alegre. Samantha tinha um poder absurdo em cima dele, sabia controla-lo como ninguém.

― Sorria! ― Sam gritou, fazendo uma pose, e Freddie aumentou ainda mais o sorriso encostando a cabeça na de Sam, que sorria de olhos fechados. A senhora Benson havia conseguido registrar mais de dez fotos, o que era um milagre já que geralmente Freddie dispensava qualquer coisa do tipo.

― Vamos esperar vocês em casa, comemorar nossa formatura em família. Não demorem muito ― disse a sra. Benson, arrumando a gravata do filho. Ele sorriu em resposta e saiu para procurar Sam.

Em segredo, ela havia indagado a ele mais cedo se poderiam voltar juntos para casa naquele dia, pois seria sua ultima chance de voltar com ele pra casa.

Sam estava na sua sala de aula, observando pela janela o campo de futebol, onde costumava olhar Freddie nas suas aulas de educação física. Era incrível como as coisas haviam mudado completamente desde o inicio do ano letivo. Sua camisa social estava completamente riscada por diversas mensagens escritas por todos os seus colegas de classe.

― O que faz aqui?

― Queria apenas dar uma ultima olhada pela janela.

― Acho que eu sentirei alguma falta desse lugar. De certa forma ― ele se encostou na janela, ao lado de Sam.

― O tempo passou muito rápido.

A expressão de Sam era séria e um tanto triste.

― Agora você provavelmente estudará em alguma universidade difícil e bem longe. Eu queria muito poder estudar na mesma universidade que você. Eu consegui entrar na faculdade da nossa escola, mas poderia estudar e tentar entrar na faculdade que você escolher, o que acha?

Sam esperava que ele sorrisse, mas ele não fez nada. Apenas a escutou com uma expressão serena e calma, ele sabia do que ele era capaz. Se ela resolvesse seguir Freddie, ela iria conseguir.

― Mas eu não sou inteligente, você sabe. Você provavelmente vai para longe e vai me esquecer ― dizia a garota, triste.

― Você foi a única que me esqueceu ― provocou Freddie. ― Vamos pra casa, se você vier logo, te compro um sorvete.

Ele foi andando na frente, enquanto ela dava uma ultima olhada na janela. Devagar e divagando sobre os outros, acabou esbarrando em Freddie que estava parado na porta, acabou colocando as mãos na cintura dele, procurando apoio. Ele, de forma natural, acabou colocando segurando as mãos dela, fazendo com que ela o abraçasse. Sam sentia seu coração quase saltando da sua boa, era impossível controlar um sorriso, acabou relaxando a cabeça na costa dele, e ambos ficaram assim por alguns segundos, antes de Freddie finalmente se virar, sem soltar as mãos dela. Ele chegou cada vez mais perto e disse:

― Cá entre nós, eu ainda posso te dar aulas particulares.

― Você vai continuar me ensinando?

― Sim... Afinal sem mim, você não vai conseguir entender, certo? Vamos agora?

X.X.X.X.X

― Você gosta desse sabor?

― É o meu favorito.

Ambos estavam em um parque perto de casa. Freddie ainda observava a camisa riscada de Sam e finalmente perguntou.

― O que tanto há escrito aí?

― São mensagens. Se eu sentir alguma saudade, basta eu ler. Todos escreveram alguma coisa, porque não há nada na sua?

Freddie apenas deu de ombros e Sam sorriu. Ela retirou de dentro da bolsa uma canetinha colorida e escreveu uma rápida mensagem na camisa de Freddie, que não a impediu.

― Incrível com sua letra é feia.

Freddie soltou apenas mais uma de suas frases usuais, mas a reação de Sam fora completamente inesperada. Ela fechou a cara e virou-se, começou a chorar e a reclamar de si mesma.

― Eu sou realmente estúpida, nada do que eu faço presta! Eu não consigo nem mesmo fazer uma letra legível.

― Puckett... Espere...

― Eu tento, mas nada sai realmente bom!

― Certo, me desculpe... ― Ele tocava em seu ombro, tentando fazê-la parar de chorar.

― Eu sou uma pessoa estúpida!

― Samantha, me desculpe!

De repente ela parou com a atuação e se virou. Era a primeira vez que ele a chamava de Samantha. Era sempre Puckett isso, Puckett aquilo... Mas nunca Samantha. Estava realmente comovida, até mesmo se esqueceu da sua atuação.

― Você me chamou de Samantha!

― Você estava fingindo?

― É a primeira vez que você me chama de Samantha ― ela sorria completamente alegre, aquilo sim era um avanço de verdade! ― Ei, há quanto tempo você me tem tão próxima assim? Já faz algum tempo, já deveria ter parado com o Puckett há muito...

De repente, Sam se viu realizando seu sonho. Freddie se aproximou repentinamente e a beijou.


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