Um Pequeno Problema escrita por benihime


Capítulo 4
Festa


Notas iniciais do capítulo

Vamos fechar com chave de ouro essa short story e ver nossos amigos serem felizes.



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Natori estava na cidade em busca do youkai que tinha amaldiçoado Natsume. Eram raras as ocasiões em que alguém conseguia deixar o exorcista furioso e descontrolado – e aquele youkai havia conseguido! Natori já não gostava quando Matoba ou outros exorcistas envolviam Natsume em trabalhos, quando ele saia para ajuda-lo ou quando prestava assistência aos youkais que o procuravam.

Mas um youkai ameaça-lo, amaldiçoa-lo e caça-lo em sua própria vizinhança já era exagero! Natori não deixaria nem um pouco barato para aquele youkai. E não deixou!

Quando Urihime e Sasago o cercaram em uma floresta nas redondezas da cidade e Natori o atacou sem aviso prévio, o youkai sabia que estava com problemas! Os ataques sem trégua e potentes com o nervoso do exorcista foram mais que o suficiente para deter o youkai.

Vendo aquele youkai tão retorcido e se lembrando que Natsume não gostaria que Natori o exorcizasse, ele decidiu apenas sela-lo. Tudo apenas em respeito ao menino, porque se não fosse por isso não sobraria nada para contar a história.

Enquanto se livravam do youkai, Hiiragi e Madara cuidavam de Takashi.

Houve um momento em que o menino estava conversando com os youkais e subitamente começou a ficar sonolento e caiu de volta na cama sem forças. Imediatamente os dois se preocuparam com ele.

— Natsume! O que foi? – Hiiragi achava que ele pudesse estar tendo complicações com a maldição.

— Sono.... – era tudo que o menino conseguia dizer enquanto se ajeitava para descansar.

— O youkai deve ter sido derrotado e a maldição quebrada. – Madara logo entendeu do que se tratava.

— E isso fez ele se cansar... Que susto. – Hiiragi suspirava aliviada. A youkai sabia absolutamente nada sobre crianças humanas, já que sua experiência se limitava ao encontro com Natori quando ele era jovem.

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Mais tarde, Shuuichi finalmente chegava em seu apartamento e encontrou Hiiragi admirando o quarto com curiosidade – a youkai mantinha sua mascara parcialmente levantada dando ao exorcista um vislumbre de seu delicado rosto, que se destacava com seus olhos acinzentados.

— Hiiragi, o que foi? – Natori rapidamente viu a youkai cobrir o rosto novamente e fazer um sinal de silencio.

Sem entender, Natori foi olhar na mesma direção que ela e se deparou com uma incomum cena. Madara estava em sua forma youkai e enrolava Natsume com sua cauda enquanto o menino dormia repousado em seus pelos. Aquilo era surpreendente, mas não o principal motivo da surpresa de Hiiragi.

— Ele pegou o Natsume para se deitar naquela posição. – quando ela começou, Natori se surpreendeu ainda mais – O Natsume parecia estar com dor enquanto a maldição se esvaia, então o Madara o pegou e acomodou em seus pelos. Quando ele fez isso, o Natsume parou de sentir dor e simplesmente dormiu tranquilo. – ela terminou e viu que, agora, Natori estava tão surpreso e admirado quanto ela.

Mesmo assim, Hiiragi sentia que uma emoção desconhecida lhe preencheu. A delicadeza com que ela viu Madara retirar Natsume da cama, todo o cuidado que ele teve em aconchegar o menino, a paz que ele sentiu ao se aconchegar no youkai e o sorriso discreto de Madara acomodado com Natsume. Um misto desconhecido de emoções que a fez deixar uma lágrima escapar!

Uma que Natori notou e foi capaz de compreender como ela se sentiu naquele momento – talvez essa fosse a sensação que Natsume também tinha quando tentava compreender os youkais com que lidava. Ali ambos permaneceram assistindo a cena que tanto significava.

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No dia seguinte, Natsume acordava e tentava organizar seus pensamentos. Onde estava? O que havia acontecido com ele? Tentando ao máximo, ele finalmente se lembrou que foi amaldiçoado por um youkai... mas além disso nada mais lembrava.

Indo se levantar, ele sentiu que estava em uma coisa muito macia e confortável; olhando o que poderia ser, ele viu Madara.

— Sensei! – ele estava surpreso e viu o youkai acordar.

— Finalmente, Natsume. – o youkai o encarava – Já lhe disse para ter cuidado com os youkais que encontra!

— Eu tentei evitar! E eu nem me lembro ao certo o que aconteceu ou sei onde nós estamos! – era claro que Natsume tentava juntar as peças daquele enigma.

— Você está no meu apartamento Natsume. – o menino se virou na direção da voz que entrou na conversa para avistar Natori.

— Natori-san?! – agora sim ele não entendia mais nada – Mas o que aconteceu?

Vendo a confusão de Takashi, Natori decidiu leva-lo para tomarem café da manhã e fazer as explicações necessárias no processo. Ele lhe contou tudo. Falou sobre o ataque que sofreu, como o encontrou no parque, a conversa que teve com Touko e Shigeru e de que forma ele o havia ajudado.

Natsume finalmente compreendeu o que aconteceu e suspirou aliviado.

— Muito obrigado, Natori-san! – ele sorria gentil e viu Nyanko-sensei bufar ao seu lado – E a você também Sensei! – ele pegou o gato mal-humorado do chão e o abraçou com carinho.

— Ah! Pare! Está me dando calafrios! – ele se sacudia e protestava enquanto recebia o carinho de Natsume – É melhor comprar meus manjus na Nanatsujia quando voltarmos! – ele virou o rosto bufando para disfarçar seu embaraço.

Natori via com entusiasmo a cena e começou a rir, atraindo as atenções para si.

— Vocês dois realmente se dão muito bem! – ele não conseguia conter a animação.

Natsume ficou feliz com o que ouviu e Nyanko-sensei ficou envergonhado. Sem ter para onde fugir, o gato saltou do colo do menino e foi até o armário de Natori pegar uma garrafa de saque e depois para o sofá beber.

— Natori-san me espere só um minuto. – Natsume se lembrou repentinamente do motivo principal de ter vindo visitar o amigo exorcista.

Ele se levantou, pegou sua bolsa no outro quarto e voltou para sala. Na mesa entre os sofás, ele retirou o Livro dos Amigos da bolsa e conferiu se todos os nomes estavam bem e, depois, puxou um embrulho preto e amarelo com uma fita laranja de dentro.

— Eu tinha vindo porque era seu aniversário e eu queria fazer uma surpresa. Até tinha bolo comigo, mas perdi quando o youkai me atacou. Ainda bem que seu presente sobreviveu. – Natsume estendeu o embrulho para Natori.

— Obrigado, Natsume. Não precisava. – Natori pegou o embrulho animado – Posso abrir? – ele questionou e recebeu uma confirmação.

Abrindo seu presente, ele encontrou um novo par de óculos. O par era fino e pequeno como ele costumava usar, porém as hastes eram marrons! Takashi achou melhor assim para combinar com a preferência usual de roupas do exorcista.

— Obrigado! Vai ficar ótimo. – Natori já tirava seus óculos e colocava os novos – E ficou mesmo! – ele e Natsume começaram a rir e as shikis apareceram para presenciar o que ocorria (estava muito animado apenas para o despertar de Natsume).

— Tem alguma padaria aqui perto? – Natsume perguntou e Natori confirmou sua questão – Vamos lá buscar duas fatias de bolo e comemorar! – a ideia era bem legal, mesmo que Natori não estivesse acostumado a comemorar a ocasião.

— Vamos lá! – ele decidiu entrar no espirito e se divertir com seu amigo.

Os dois voltaram da padaria com três fatias de bolo – uma era para Nyanko-sensei – velas e confetes para se divertir. Um aniversário que Natori jamais esqueceria!

Natsume mostrou as shikis como atirar os confetes, Nyanko-sensei já estava bêbado fazendo brincadeiras e sons estranhos, Natori brindava a festa com Natsume e a diversão se seguiu até de noite sem parar.

Uma celebração alegre e entre amigos pela qual valeu esperar. Natsume voltou para casa no dia seguinte sem sequer suspeitar que ensinou para Natori algo que ele jamais compreendeu: o que ele via de diferente e de bom em alguns youkais que conhecia.


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Notas finais do capítulo

Aqui terminamos mais uma história de emoções e grandes momentos - sejam eles felizes, tristes ou cômicos.
Espero que todos tenham gostado e possa ve-los em futuras histórias!



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