Red Angel - Lágrimas de um Anjo escrita por Malina Endou


Capítulo 3
Capítulo 3- Poder


Notas iniciais do capítulo

Yo!

Siiiiim, a fic continuar! XD Eu quero muito terminar esta fic, por isso não, não vai ser abandonada, está... Muito parada, apenas isso. Espero que compreendam.

Além de que estamos a chegar a uma parte que para mim é das mais tristes... Aliás, este temporada vai ser dos mais tristes ;-; Preparem-se.

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/774315/chapter/3

Malina

Já estávamos todos no ónibus da equipa e o treinador arrancou o mais depressa que pode. A cidade estava mergulhada na escuridão, parecia um dia de chuva normal, mas normal era coisa que não era. Parecia que a ameaça dos extraterrestres queria sempre lembrar-nos da sua presença, que aquilo realmente era realmente e não algum tipo de alucinação coletiva.

—Como é possível o presidente do concelho escolar saber onde estão os extraterrestres? – a Aki tinha razão. Como era o possível o pai da Natsumi saber uma coisa daquelas? Onde estaria ele?

—Na verdade não sei. – Notava-se a preocupação na sua voz – Aquilo que sei é que enquanto jogávamos a final, estavam a passar-se coisas estranhas noutros lugares.

Olhei para o Mamoru. O seu rosto estava sombrio e com uma expressão pesada. Vi-a como estava zangado com tudo o que se estava a passar. Ele não era o único, entendia-o bem. Sentia uma grande mágoa e raiva dentro de mim depois do que fizeram à Raimon e agora às outras escolas. Parecia um sonho, mas o pior é que era mais pura das realidades.

Não demoramos muito a chegar ao Instituto Kasamino. Corremos pela escola a dentro, procurando pelo campo de futebol, que, felizmente, não ficava longe. Quando lá chegamos, vimos o extraterrestre preparar a bola para destruir o prédio escolar, tal como fizera com o nosso.

—Para! – mal o Mamoru gritou, ele deteve-se e o brilho da bola negra desapareceu.

Corremos para diante deles, sérios quando a desafia-los.

—Estás a querer dizer-me que nos queres defrontar no lugar deles?

—Sim. É isso mesmo.

—Somos nós que devemos defender o nosso instituto, mas na verdade já tínhamos desistido queríamos fugir. – Tinha ouvido que o Instituto Kasamino tinha uma equipa de futebol há muito pouco tempo. Formaram-no após a ver o quanto progredimos no torneio, servindo-lhes como um exemplo. Entendi o medo deles.

—Decidiram desistir para proteger a vossa escola. Não me parece que isso tenha alguma coisa de errado. – O Kazemaru tinha razão. Eles só queriam que eles parassem.

—Então? Começamos ou não, et’s?

—Está bem. – Voltou-se para a outra equipa – Traz-nos lá uma bola. – Que arrogante. Um dos rapazes da Kasamino ficou um pouco confuso com o pedido – Vamos! – mas o grito dele, o jogador saiu a correr.

—Não vamos jogar com a vossa?

—Não. Vamos tentar descer um pouco ao vosso nível? – idiota! O que queria aquilo dizer?

—O quê?!

—Acalma-te, Endou.

—Treinador…

—Não vás na conversa deles.

—Devemos lembrar-nos que não temos aqui nem o Goenji, nem o Ichinose. Eu e o Someoka seremos os únicos atacantes. – Encarei o próprio – Consegues?

—Sempre qualquer problema. – Disse aquilo com o maior ar de certeza.

—Claro. Os reforços encarregam-se do resto. – Claro que podíamos contar o Kidou e com a restante equipa.

—Malta, conto com vocês.

—Deixa connosco, Mamoru.

Assim como nos trouxeram a bola, fomos todos para o meio do campo. Os capitães ficaram frente a frente enquanto nós, membros das equipas, ficamos atrás, aguardando.

—Quero saber o vosso nome. Nós somos a equipa de futebol do Instituto Raimon e eu sou o capitão Endou Mamoru.

—Se temos que usar nomes como é vosso costume, digamos que nos podes chamar de Aliea Academy.

—Aliea Academy? – encarei o Kidou. Também ele achou aquele nome bem estranho.

—A nossa equipa é a Gemini Storm. E eu chamou-me Reize. Bem, vamos começar ou quê?

—E o juiz?

—Isso posso ser eu, se quiserem. – O jogador da Kasamino que foi buscar a bola oferecer-se logo.

—Boa. Muito obrigado. – Ele também parecia feliz em ajudar.

Fomos todos para as nossas posições. Era estranho não ver o Goenji a meu lado e ter o Handa tão avançado no campo, mas era a única forma de conseguirmos ter um bom ataque para os derrotar e eu esperava que funcionasse. Eles pareciam confiantes, o que os tornava ainda mais assustadores. Além disso, era o segundo jogo que tínhamos no mesmo dia. Não sabia se estávamos suficientemente recuperados para voltarmos a jogar, principalmente no que dizia respeito ao Mamoru. Ele tinha acabado de ficar inconsciente na Raimon depois do que aconteceu. E eu… Eu ainda estava doente. Não me sentia a cem por cento, ainda mais depois do jogo que me desgastou imenso. Sabia que já não tinha febre, mas sentia a doença por todo o meu corpo devido à fraqueza que ainda era presente. Pedia por tudo para o meu corpo se aguentar. Nós precisávamos de vencer.

Assim que o juiz apitou, passei a bola para o Someoka. Ele começou a avançar e eu fiz o mesmo juntamente com os outros rapazes. Ele passou a bola para o Kidou que se adiantou num instante. Os nossos adversários não se mexiam. Estavam completamente parados. Ainda assim, tentei ignorar tal facto e corri para a frente deles e esperei o nosso estratega passar a bola, para de seguida fazer a God Shoot. Não era uma técnica tão forte como a Wings of Light, mas sabia que no meu estado não a conseguiria realizar. Só que o Reize parou o meu remate apenas com a perna… Detendo a bola com o joelho, preparando-a em seguida para fazer um remate.

Tive apenas tempo de sentir um vento extremamente forte passar por mim. Ouvi o Mamoru tentar fazer a tua técnica, mas quando olhei, já a bola estava dentro da baliza e o Reize atrás de nós.

Ele foi tão rápido. Aquilo era… Impossível.

—Mamoru, estás bem? – ele assentiu e estendi-lhe a bola para o ajudar a levantar.

—Então é esta a velocidade dos extraterrestres.

—São quase impossíveis de ver.

—Não faz mal. Não importa a velocidade deles, vamos acabar por nos habituar. O jogo só acabar de começar. – Gostava da confiança dele, mas não estava a ver o que conseguiríamos fazer, não depois do que aconteceu. Já o Reize sorria.

—Creio que os terrestres têm um ditado para este caso, “cão que ladra, não morde”. – Ele estava a pedi-las.

Retomamos o jogo com a posse de bola depois deles terem marcado. Eu estava com a bola, avançando pelo campo adversário, até a passar para o Someoka. Talvez mantendo a bola sempre em movimento impedisse que eles a tirassem. Como tal, ele passou para o Kazemaru, que mal se deparou com um adversário, realizou o seu Hurricane Dash, mas o outro pareceu nem se importar com isso, deixando o nosso companheiro avançar. Ainda que o mesmo não aconteceu com um outro, o qual retirou a bola ao Kazemaru e com a velocidade dele, acabou por criar bastante vento que empurrou o nosso defesa para o chão. O Kidou e o Max tentaram tirar-lhe a bola, mas acabaram do mesmo jeito. Esse adversário passou a bola para o meio do Shourinji e do Kabeyama, pensei que seria uma boa oportunidade para ficarmos com a bola e comecei a avançar, mas um outro adversário não demorou muito a ir buscá-la.

O jogo continuou assim. Eles tiravam-nos a bola e sempre que tentávamos avançar, eramos completamente parados, sem hipótese de dar mais um passo. Também em senti a velocidade deles, o vento que nos empurrava para o chão cada vez que os tentávamos enfrentar corpo a corpo. E então, o placar só aumentar… De um golo passaram a quatro. Depois oito. Dez… Onze… Doze. Quanto mais tentávamos, mas a diferença entre nós aumentava.

—Não entendo. Que forma de jogar é esta? – o Someoka tinha razão. Para além da velocidade, do vento, eles eram agressivos e pareciam flutuar de cada vez que corriam e passavam por nós.

—Não sei, mas nós temos de conseguir vencê-los.

Concordava com o Kidou, mas sentia que o meu corpo não aguentava muito mais. As minhas pernas cederam e tinha de colocar um joelho no chão para não me desequilibrar. Atrás de mim, ouvi o Shido queixar-se da perna. O jogo anterior estava a começar a afetar-nos. Ainda assim levantei-me. Não me podia deixar vencer. Não era hora para isso.

Nesse instante, ouvi passos de corrido até ao campo. Quando olhei para de onde vinha o som, não pude deixar de sorrir. Finalmente.

—Consegues levantar-te, Shido?

—Ainda bem que vieste. Obrigado, Goenji. – O Megane aproximou-se deles e ajudou o Shido a sair do campo.

O Goenji apenas tirou o casaco e correu para o meu do campo, para a sua posição, onde eu o aguardava desde o início do jogo.

—Estás atrasado.

—Alguém me pediu para comprar uma flor. – E avançou para a sua posição.

—Agora a culpa é minha? – sabia que não era tempo para brincadeiras, mas aquela foi melhor lufada de ar fresco que podia receber. Não fez a febre passar, mas era o que precisava naquele momento. E eu, juntei-me a ele sem mais demoras.

—Vamos lutar, Malina.

—Sim. Começa o contra ataque!

Assim que o juiz apitou, avançamos a toda a velocidade, sem esperar um só segundo. Não tínhamos sequer esse tempo.

—Vamos lá, rapazes! Inazuma Break!

Mal o Endou estava junto a nós, a bola foi o ar com toda a força, ganhando o seu brilho e os seus relâmpagos. Os quatro saltamos, prontos a realizar a técnica e ele saiu com todo o seu poder, direta à baliza adversária.

Foi logo parada.

A Inazuma Break foi detida como se não valesse nada. Sem técnica, sem qualquer esforço. E o goleiro ainda sorria.

—Esse remate não é nada.

Depois daquilo, tinha dificuldades em acreditar que conseguiríamos sequer dar a volta ao marcador.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?!
Kissus!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Red Angel - Lágrimas de um Anjo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.