Princesa Industrial - Nova versão escrita por AmanteSolitária


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Here we go...



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Você já percebeu como certas escolhas podem fazer com que sua vida mude de repente? Eu não!

 

Minha vida foi completamente planejada a partir do momento que me tornei um pequeno embrião dentro de uma sala gelada de fecundação in vitro. Provavelmente até antes disso.

 

De acordo com os planos dos meus pais, o próximo passo é me formar no colegial com honras e entrar na faculdade de administração para seguir com os negócios da família. Mas o pior não é fazer uma faculdade na qual eu não me identifico nada... É ter que me casar com alguém que não conheço.

 

Meu pai é dono de um grande império construído por meu avô há muitos anos. Como forma de ampliar ainda mais este império, fui prometida para o filho do dono de um outro, quando eu ainda era um feto. Na época, o garoto tinha 1 ano e meio, ou seja, não podia nem falar, quem dirá nos salvar dessa.

 

Antes que você pergunte, eu também não sei porque um contrato, que não seja o de união de matrimônio, não pode resolver essa situação toda.

 

Por que começar me introduzindo logo com este assunto? Porque hoje é o dia em que verei meu noivo pela primeira vez.

 

Tudo que sei sobre ele é que ele é um garoto rico, mimado, dois anos mais velho do que eu e que gostava muito de seu pônei aos oito anos de idade. Atém disso, tenho a teoria de que ele deve ser bem feio, uma vez que ele ainda não apareceu com alguma noiva substituta que pudesse me livrar dessa furada.

 

É neste momento que você tenta entender toda a situação que me encontro e não consegue entender. Entretanto, deixe-me te ajudar traduzindo a maior pergunta do dia: “Se suas famílias são amigas há tantos anos, como nunca se conheceram?”. E eu te respondo: Com quatro anos de idade, ele e a família se mudaram para Londres, onde ficaram por 7 anos. Quando os pais dele decidiram voltar, ele foi deixado em um internato para que pudesse terminar os estudos em um colégio europeu. Depois disso, ele foi para Harvard, que é de onde está voltando neste momento para que possamos concretizar nosso noivado. Hoje.

 

Ouço uma batida na porta da minha suite:

 

— Pois não.

 

—Milena, seus amigos chegaram. – Me avisou uma das empregadas da casa.

 

—Obrigada, Joana. Pode deixa-los subir. – Fecho o caderno e levanto da cama.

 

Rodrigo, Victor e Ana entram no meu quarto. Pulo no colo de Vitor e lhe dou um selinho assim que Ana fecha a porta. Afinal, apesar de ter 17 anos nas costas, ainda não consigo escapar dos meus seguranças quando coloco o pé para fora da minha casa.

 

— A minha última chance de fazer isso. – Digo a Victor.

 

— Não posso acreditar que você está aceitando isto. Você nem se formou! Poxa, mor.

 

— Primeira coisa: Não me dê apelidos, eu odeio isso. Segunda coisa: É um noivado. Ainda não vou me casar. Terceira coisa: Não existe “aceito” na minha vida, você já deveria saber disso. - Respondo nervosa. O dia já não estava bom, Victor ainda tem que tornar mais difícil.

 

— Você é fria. – Diz Ana tentando ajudar.

 

— Fria não, conformada. – Ficamos algumas horas conversando até minha mãe mandar todos embora para que eu pudesse me arrumar. Quando estavam saindo, paro Victor e o beijo.

 

Minha mãe me olha com cara feia e começa mais uma vez o sermão de sempre:

 

— Se eu pai descobre, Mirela, você vai deixar de ter uma vida. Por isso, enquanto tem uma, faça o que ele manda e seja cautelosa... - Dou as costas sem ouvir o resto e entro na banheira.

 

— Como se eu tivesse uma vida hoje. - Murmuro enquanto tento colocar meus pensamentos de lado para conseguir agir conforme todos esperam.

 

Depois do longo banho, prendo metade do cabelo e coloco um vestido branco com flores, um laço no cabelo e um salto preto. Faço uma maquiagem básica e entro no carro morrendo de medo do que me espera.

 

O trajeto não demora muito e permaneço o tempo todo com os fones de ouvido no máximo para bloquear meus próprios pensamentos. Quando chegamos ao restaurante, guardo o celular e me olho no espelho uma ultima vez.

 

Era mais uma vez aquela persona que eu tentava evitar. A princesinha que cumpre todos os afazeres que lhe são solicitados. Ignoro este pensamento e entro no restaurante de cabeça erguida.

 

Olho para a mesa que gerente nos aponta, mas só vejo o Sr. e a Sr. Carston. Eu ja os conhecia de jantares de negócios anteriores do meu pai e eventos beneficentes. Eles eram simpáticos, mas só sabiam falar de três assuntos: As empresas, o cachorro e o filho. Infelizmente, o tópico que mais me interessava era o que eles menos mencionavam. O cachorro era o mais mencionado, caso estejam curiosos.

 

Os cumprimento e meu pai não demora para perguntar a única coisa que estava na minha cabeça naquele momento:

 

— Onde esta Luan?

 

— O voo atrasou, mas falamos com ele há 40 minutos e ele já estava saindo do aeroporto. Ele deve chegar a qualquer momento.

 

Como se fosse um tipo de mágica, a porta se abre e vejo um jovem levemente familiar caminhando na direção da nossa mesa. Meus olhos param, o que provavelmente seria mais tempo do que o socialmente aceitável, em seus olhos verdes e seu terno caindo perfeitamente no corpo levemente definido.

 

— Você deve ser Mirela.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram, contribuam com a felicidade da autora e coloquem um comentário.

Obrigada :)



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