Imortal 3 - Renascer escrita por CM Winchester


Capítulo 3
Capitulo 2 (ALGUMAS VERDADES)




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Meu celular vibrou em uma mensagem no meio da noite. Vasculhei embaixo do travesseiro ate encontra-lo.
Quer algumas respostas? Venha a floresta atras da casa. L.V.
L.V. Lucille Volturi.
O que eu faço? Sim, eu queria muito respostas.
Levantei rapidamente e vesti uma calça saruel preta, calcei uma pantufa de coelho rosa e coloquei um casaco branco grosso, abri a janela e observei a floresta. Olhei para baixo. Era uma boa altura para se quebrar o pescoço.
Mas valia a tentativa.
Me pendurei na janela e saltei pousando em pé. Eu ja tinha treinando saltar de algumas alturas boas. Corri para a floresta e parei ao chegar na escuridão. As nuvens no ceu tapavam as estrelas e parte da lua deixando tudo muito escuro.
Acendi uma lanterna e logo vi a figura de Lucille. Era realmente estranho ficar cara a cara com uma pessoa identica a você.
— Alice não sabe desse nosso encontro, consigo controlar suas visões sobre a minha vida. É facil. - Ela sorriu. - Admito que cogitei que teria medo de vir... Sozinha. - Cruzei os braços. - Você é mais corajosa do que imaginei. E mais burra tambem. Poderia ter sido outra vampira.
— Eu não temo a morte, Lucille. - Ela sorriu. - Eu sei que Aro acredita que eu ja seja uma imortal.
— Não completamente. - Ele começou a andar em circulos. - Você ainda tem alguns meses ate parar de envelhecer. - Ela parou e eu me virei a observando. - Quem diria. Tão humana. Tão fraca. - Ela se aproximou ficando a alguns centimentros de mim. - Elizabeth Vandervoort. Esse é o seu verdadeiro sobrenome.
— Quem são os meus pais?
— É uma boa pergunta. - Ela comentou recuando. - Alguns acreditam que você é uma descendente de mim, mas nunca saberemos ja que eu fui transformada com 17 anos. Eu ja era tão poderosa quanto você quando era huamana. Mas isso as vezes acontece. Raramente. So que não nada da familia Vandervoort na minha familia. Nada. Então é so uma coincidencia que você seja parecida comigo. O que sabemos mesmo é que você é filha de algum Deus.
— Algum Deus?
— Deuses. Você deve imaginar que eles existem não é?
— Nunca acreditei nisso. - Ela riu.
— Mesmo agora?
— Ok. É mais facil de acreditar agora. Mas e qual Deus eu seria filha mesmo?
— É outra boa pergunta.
— Você so esta me deixando com perguntas e não com respostas. - Resmunguei e ela revirou os olhos.
— Eu ja te dei uma grande ajuda.
— Um sobrenome? Quantos Vandervoort devem existir no mundo?
— Faça pesquisas criança. - Ela se afastou sorrindo. - É isso que você gosta nela, Willian? A inocencia? - Ela virou para a floresta. - É claro que a seguiria ate aqui.
— O que você realmente quer, Lucille?
Will saiu da floresta ficando meio visivel.
— Você é claro.
Will se aproximou parando ao meu lado mostrando os dentes.
— Deixe-a em paz.
— Eu so vim falar com ela. Não a machucaria.
— Por que Aro não quer que a machuque. Do contrario. - Lucille sorriu.
Era um sorriso macabro. De dar medo.
— Eu não poderia machuca-la por que isso machucaria você. - Ela me encarou. - Ela é tão... Humana. Tão... Quebravel. Isso que chama a sua atenção? Sua vontade de proteger as pessoas...
— Ela não precisa da minha proteção. - Will respondeu. - O que gosto nela é isso sua coragem. - Lucille riu.
— Coragem? No caso dela isso é burrice. E você sabe disso. Isso vai mata-la.
— Eu estou aqui. - Ergui a mão. - Bem aqui. - Eles me encararam.
Lucille sorriu.
— Não vamos discutir isso aqui. - Will falou.
— Que tal no seu quarto? - Ela sorriu mais. - Ou na cabana? Você ainda vai lá não vai? Ainda mantem aquilo organizado?
— Não para você. - Will retrucou. - Vamos conversar na mansão na presença da minha familia. - Ela revirou os olhos depois sumiu na escuridão.
— Onde ela foi? - Perguntei.
— Para a mansão. - Will respondeu. - Vou te levar para casa.
— Eu posso ir sozinha. - Respondi e ele revirou os olhos.
— Seja boazinha, Lizzie. Você saiu no meio da noite para encontrar com uma vampira sadica. Ela poderia mata-la! Se eu nao tivesse... - Ele se calou e eu cruzei os braços.
— Você estava no meu quarto?
— Isso não é crime.
— É crime sim! - Lembrei. - Will... Nós conversamos.
— Não sobre isso. Eu não estou fazendo nada de mais.
— Prometemos seguir em frente.
— Se é para cumprir promessas. Me prometa que não vai encontrar mais com Lucille. Não sem antes ligar para alguem. Se não quer ligar para mim, ligue para Carlisle.
— O que ela quis dizer com cabana? Que cabana?
— Eu... Tenho uma cabana.
— E por que eu não sabia disso?
— Achei que não gostaria de conhece-la por que... Bom... Você deve saber. Eu vivia com Lucille lá. Você ja ficava encomodada com as fotos do quarto...
— Você as tirou do quarto. Levou para a cabana?
— Não. Eu as guardei. A cabana esta limpa. Eu pretendia mostrar a você depois da reforma... Se quiser... Um dia... - Ele se calou. - Esquece isso. Vou leva-la para casa.
No segundo seguinte eu ja estava pendurada em suas costas, apertei as pernas em volta da sua cintura. Will escalou a casa depois me soltou lá. Ele me observou antes de suspirar e sumir pela janela.
Eu não consegui dormir. Parte por que estava pensando no que Lucille falou e parte por que estava curiosa para saber se ele tinha aceitado ela em sua cama.
A duvida me corroeu por toda a noite. E meu coração doeu so em pensar que ele poderia estar com ela em seus braços. Que ela estaria gemendo o nome dele e ele gemendo o nome dela.
Mas eu tinha feito isso. Tinha cavado isso. Entregado ele de bandeja para ela tudo por causa de um orgulho idiota. Ele poderia estar puxando o meu cabelo agora, apetando a minha bunda. Não a dela.
Como não voltaria a dormir mesmo fui correr. Isso faria eu esquecer o que tinha acontecido. Na verdade foi bem ao contrario. Quanto mais eu corria, mais eu pensava. E mais eu queria correr.
Voltei para casa perto da hora de ir para escola e tive que me arrumar rapido. Tomei um banho e vesti uma blusa de alcinha azul, camisa branca com flores pequenas azuis, calça jeans e bota flat cano curto.
Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e desci as escadas correndo. A minha sorte é que eu não estava com fome por que se eu fosse comer me atrasaria para a escola.
Cheguei na sala de aula junto com a professora. E meu coração saltou no peito quando não vi  Will na sua classe.
Meu estado nervoso estava quase psicotico durante o dia. Will havia faltado a aula e minha mente me torturou com varias imagens de Will e Lucille. Me torturou tanto que eu não consegui me concentrar nas aulas da escola. Não consegui me concentrar no ballet. Não consegui me concentrar em nada.
É claro que Derek notou meu estado de total indiferença a ele.
Ele estava me esperando em frente a minha casa.
— Oi. - Ele murmurou quando me aproximei dele e mal correspondi o seu beijo.
— Oi. - Respondi.
— Tudo bem? Você esta tão estranha. Passou o dia estranha. Eu fiz alguma coisa?
O que eu estava fazendo? Estava destruindo o que tinha construido com Derek. Tudo por causa de um ciume idiota. Will era livre para viver a vida dele.
E eu tinha que viver a minha vida.
Avancei para Derek e o beijei o encostando no carro, ele correspondeu ao beijo me apertando contra ele. Suas mãos apertaram minha cintura com força.
Abri a porta do carro e o empurrei para dentro, entrei sentando em seu colo e fechei a porta. Voltei a beijar Derek. Agarrei sua camiseta tentando puxa-la para cima, mas Derek segurou as minhas mãos.
— Você não quer? - Perguntei e ele riu.
— Eu quero. E quero muito. Mas não quero que nossa primeira vez seja dentro de um carro.
Eu poderia contar a verdade para ele. Contar que inumeras vezes ja fiz isso dentro do carro e de varios lugares no publico. Mas ele não precisava saber do meu passado sordido.
— Ok. - Falei.
— Não vai ficar brava vai?
— É claro que não. So meio infatisfeita. - Ele beijou meus labios.
— Acredite eu tambem. E aposto que irei me arrepender disso no segundo que você sair do carro. - Eu ri antes de beijar seus labios e me afastar saindo do carro.
— Boa noite. - Murmurei antes de fechar a porta e correr para casa.
Bella tinha feito strogonoff da vovó Swan e eu me servi duas vezes comendo igual a um animal. Edward estava ali, mas como antigamente ele não comeu nada.
— Isso estava ótimo, Bells. - Charlie falou.
— Eu estou feliz que você gostou. Como foi o trabalho?
— Meio lento. Bem mortalmente lento na verdade. Mark e eu jogamos carta em boa parte da tarde. - Ele sorriu. - Eu venci dezenove mãos para sete. E depois eu fiquei no telefone com Billy durante algum tempo.
— Como ele está?
— Bem, bem. As juntas dele estão o incomodando um pouco.
— Oh. Isso é uma pena.
— É. Ele nos convidou para uma visita esse final de semana. Ele estava pensando em chamar os Clearwaters e os Uleys também. Uma espécie de festinha...
— Huh. - Levei os pratos para lavar. - Deixa que eu lavo. Você precisa tomar um banho e descansar.
— Ok. Obrigada.
Charlie e eu seguimos para a porta.
— Charlie? - Edward chamou.
— Sim?
— Bella te contou que os meus pais deram passagens de avião pra ela em seu último aniversário pra que ela pudesse visitar Renée?
Bella deixou o prato que estava lavando escorregar e cair no chão. Ele não quebrou, mas sujou a cozinha e nós quatro com agua ensaboada.
— Bella? - Charlie perguntou.
— É eles me deram. - Bella respondeu enquanto juntava o prato.
— Não ela nunca mencionou isso.
— Hmm. - Edward murmurou.
— Há uma razão pra você ter tocado no assunto? - Edward ergueu os ombros.
— Elas estão quase expirando. Eu acho que isso pode machucar os sentimentos de Esme se Bella não usar o presente dela. Não que ela fosse dizer alguma coisa.
— Provavelmente é uma boa ideia você ir visitar a sua mãe, Bella. Ela ia adorar. No entanto eu estou surpreso que você não tenha falado nada sobre isso.
— Eu esqueci.
— Você esqueceu que alguém te deu passagens da avião?
— Mmm. - Bella murmurou se virando para a pia.
— Eu percebi que você disse que elas estavam prestes e expirar, Edward. Quantas passagens os seus pais deram pra ela?
— Só uma pra ela, uma para Lizzie... E uma pra mim.
Bella derrubou o prato na pia e Charlie bufou.
Eu tinha certeza que tinha uma passagem sobrando para Will. Mas é claro que ele não iria falar.
— Isso está fora de questão! - Charlie resmungou.
— Porque? Você disse que era uma boa ideia ela ver a mãe.
— Você não vai a lugar algum com ele, mocinha! - Charlie gritou apontando um dedo para Bella.
— Eu não sou uma criança, pai. E eu não estou mais de castigo lembra?
— Oh sim está sim. Começando agora.
— Por quê?!
— Porque eu disse que sim.
— Eu preciso te lembrar de que sou legalmente adulta, Charlie?
— Essa é a minha casa você segue as minhas regras!
— Se é isso que você quer. Você quer que eu me mude essa noite? Ou eu posso ter alguns dias para fazer as malas?
Coloquei a mão na testa vendo o rosto de Charlie ficar vermelho.
Serio que teriamos outra briga?
— Pai, você esta pegando pesado. - Murmurei.
— Eu vou ficar de castigo sem reclamar quando eu tiver feito alguma coisa pai, mas eu não vou pagar pelos seus preconceitos. Agora eu sei que você sabe que eu tenho todos os direitos de ver a mamãe nos fins de semana. Você não pode me dizer honestamente que estaria contra o plano se eu estivesse indo com Alice ou Ângela.
— Garotas.
— Você se incomodaria se eu levasse Jacob?
— Sim. Isso me incomodaria.
— Você é um péssimo mentiroso, pai.
— Bella.
— Não é como se eu estivesse fugindo pra Las Vegas pra ser uma garota de show ou algo assim. Eu vou ver a mamãe. Ela tem tanta autoridade paterna sobre mim quanto você. Você está implicando alguma coisa sobre a capacidade de mamãe de cuidar de mim? É melhor você esperar que eu não mencione isso pra ela.
— É melhor você não mencionar. Eu não estou feliz com isso, Bella.
— Não ha nenhum motivo pra você ficar chateado. - Charlie revirou os olhos. - Então o meu dever de casa está feito, o seu jantar está pronto, os pratos estão lavados e eu não estou de castigo. Eu vou sair. Eu vou estar de volta antes das dez e meia.
— Onde você vai? - Charlie estava com o rosto vermelho.
— Eu não tenho certeza. No entanto eu me manterei num raio de dez milhas. Tudo bem?
Charlie rosnou e saiu da cozinha.
— Eliabeth? - Edward chamou e eu me virei para ele. - Você tem uma passagem para ir tambem.
— Sim, mas eu tenho o baile.
— Não quer ver a sua mãe antes da formatura?
— Posso ve-la depois. Não tenho pressa. Eu tenho competição de surf algumas semanas depois da formatura certamente ela ira junto.
Ele ficou me encarando e eu ergui uma sobrancelha. Desisti de tentar decifra-lo e subi as escadas para tomar um banho.
Assim que me joguei na cama Charlie bateu na porta. Pensei na hipotese de fingir que estava dormindo, mas desisti.
Eu sabia qual era o assunto que ele queria falar comigo. E eu não estava nenhum pouco a fim de escutar.
— Entra. - Falei puxando o cobertor para cima de mim.
— So queria conversar um pouco.
— Ok. - Falei tentando parecer tranquila.
Charlie sentou na beirada da cama enquanto me observava.
— Você e Derek parecem estar se acertando. - Assenti. - Eu sei que você ainda não quer traze-lo aqui em casa, mas... - Ele olhou para suas mãos seu rosto começando a ficar vermelho. - Eu so não quero que você sabe... Esqueça de tomar alguns cuidados...
— Pai por favor não termine. - Pedi e ele me encarou. - Não vamos ter essa conversa "ok"? Mamãe ja conversou sobre isso comigo ha uns 10 anos...
— 10 anos atras você não tinha namorado...
— Eu tomo pilula ok? Tomo pilula desde os meus 15 anos, preciso controlar a menstruação. Não se preocupe. E Derek e eu... Não fizemos... Sexo.
— Ok. Fico mais tranquilo.
— Que bom. - Falei e ele levantou.
Sua cabeça começou a trabalhar sobre toda a nossa conversa e ele entendeu que eu não era mais virgem. Seus pensamentos foram para Will. Seu rosto ficou vermelho de novo.
— Pai? - Ele me encarou. - Eu não perdi a minha virgindade em Forks. Eu realmente não queria falar isso e você não quer ouvir, mas é melhor eu esclarecer antes que você pense que Will tirou minha virgindade depois me deixou. Não é verdade. Ele me respeitou. Foi um grande cavalheiro. Eu não sou virgem desde os meus 16 anos.
— Ah... Ok. Chega. Você tem razão não preciso ouvir isso. - Ele levantou rapidamente e se apressou para a porta. - Boa noite. - Ele fechou a porta antes mesmo que eu pudesse abrir a boca.
Apesar de ser um momento vergonhoso tive que rir.


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