Morfeu escrita por Caramelo


Capítulo 2
Pecados Sob O Luar


Notas iniciais do capítulo

"Frutos caem, o amor morre e o tempo passa;
Tu és alimentada com fôlego eterno,
E ainda viva após infinita mudança,
E renovada após beijos da morte;
De batimentos reacendeu e recuperou-se,
De prazeres inférteis e impuros,
Coisas monstruosas e infrutíferas, uma lívida
E venenosa rainha"

Algernon Charles Swinburne, "Dolores"



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/774161/chapter/2

Ano 1840, Londres

A névoa tênue das ruas inglesas da capital encobria o céu escuro que parecia engolir as casas ao redor. Poucos passos ainda ressoavam pelos becos noturnos e sombrios da cidade. Bêbados voltando de bares, prostitutas rindo de qualquer coisa, ladrões espreitando... Todos esses sons invadiam os ouvidos da mulher de lábios azuis que parecia desfilar pela calçada. Seus saltos pareciam não entoar qualquer som ao tocar o piso de pedras irregular.

Seus cabelos, tão brancos quanto sua pele, estavam apagados em meio a neblina cinzenta e quase que misturavam-se ao ambiente deprimente. Seu vestido, composto por várias camadas de seda pregueada, no mesmo tom opaco, a ofuscava...

Nahemah certamente sabia como passar despercebida, se assim o quisesse, diferente de alguns de seus irmãos que preferiam exibir sua formosura aos mortais. Ainda sim, sua descrição não era obstante naquele momento, pois o homem bêbado que a seguia insistentemente compensava todo o barulho que Nahemah evitava.

— Onde estamos indo? - perguntou ele entre alguns soluços à mulher formosa à sua frente.

Seu bafo fedia a uísque barato e vinho tinto. A barba negra e comprida, estava manchada com restos de comida que a mulher não saberia identificar. As roupas, um terno cinza com uma calça de suspensórios, estavam desabotoadas e amarrotadas deixando sua barriga proeminente quase amostra. Embora estivesse com nojo de tal ser repugnante, Nahemah lutava para não sair correndo e abandonar o homem.

— Devemos ir para um lugar mais silencioso para termos privacidade... - Ela sussurrou para ele em um tom insinuante conforme aproximavam-se de um beco vazio.

O sombra ergueu-se sobre ambos, como se os convidasse para dentro daquele vão frio. Nahemah aproximou-se do homem pegando suas mãos e guiando-o beco adentro. Ele por sua vez, soltou-se de seu aperto e resolveu toma-la em suas próprias mãos. Nahemah não lutou contra, deixou que ele percorre seus dedos pelo seu corpo. O homem a empurrou delicadamente contra uma parede de pedras frias. Ele parecia estar em transe... Um tão intenso que jamais perceberia o erro que estava cometendo.

A névoa começava a se dissipar conforme os minutos passavam, revelando a lua azulada que brilhava em meio aquele breu. A luz passou a iluminar os cantos, pouco a pouco, revelando os desejos impuros que perpetuavam pelas ruas inglesas àquela noite. Corpos dançando nus surgiam um atrás do outro, como se esperassem que a escuridão pudesse apagar os pecados que cometiam sem cessar.

As ruas londrinas, pareciam bordéis ao cair da noite. Embora a Rainha Vitória pregasse o conservadorismo, eram comuns noites como aquelas, Nahemah sabia disso mais que ninguém. O pecado da luxuria era quase irresistível em meio aquele antro puritano.

O homem que ainda a acariciava, levou seus lábios em direção ao decote da mulher. Ela ouve seus gemidos e suspiros enquanto toca seu corpo, embora ela não sinta nada. Suas mãos dirigem-se para as saias do vestido e ele começa a levanta-las voluptuosamente, procurando pelas coxas de Nahemah. Com a proximidade exacerbada de seus corpos, até mesmo o volume na pélvis dele pode ser sentido por ela.

— Eu vou fazê-la minha por toda noite... - ele sussurrava em seus ouvidos conforme dirigia seus dedos para debaixo das saias dela.

Assim que as mãos dele encontraram o que procuravam. Nahemah emitiu um falso gemido de prazer ao senti-lo entrando delicadamente dentro de si. Isto o fez dirigir seu olhar para o dela. Os olhos castanhos dele, pareciam rasos e quase sem vida na visão dela. Apenas desejo havia ali e nada além disso. A mulher estava pronta para finalizar aquilo suavemente e sem sujar muito as mãos, como gostava de fazer... Porém passos pesados a impediram de continuar naquele momento.

Nahemah dirigiu seu olhar para a única saída do beco, onde a sombra de um homem alto e corpulento emergia. O som das botas de cano alto ecoaram dentro do vão entre dois prédios velhos em que eles estavam e, imediatamente, roubou a atenção do homem tirando-o do transe.

— Não esperava encontra-la aqui... Pelo menos, não desta forma - diz a figura misteriosa enquanto escora-se contra a parede oposta de onde eles estão.

O homem barbudo que a pouco agarrava a mulher vira-se para encarar quem quer que tenha dito isso de forma que solta Nahemah brutalmente, jogando-a para o lado. A mulher cai contra o piso e deixa um suspiro de indignação escapar enquanto lança um olhar aborrecido na direção da figura que os interrompeu.

— Seus critérios parecem ter caído bastante desde a última vez em que nos encontramos - continua o homem misterioso enquanto parece analisar o mortal que o encara estupefato.

O homem roliço tenta dizer qualquer coisa, porém suas palavras parecem ficar presas na garganta. Nahemah consegue ver o seu corpo tremendo... Ele parece estar em pânico. Após um suspiro irritadiço, Nahemah levanta-se do piso lentamente, aproximando-se do homem petrificado de medo.

— Anguis Verberaque... - Ela sussurra as palavras em latim tão baixo que são quase inaudíveis.

Imediatamente, suas joias de prata, apenas um colar com algumas pedras e um bracelete velho, parecem brilhar tanto quanto as estrelas que iluminam o céu conforme ela se movimenta... Dançando envolta de seu corpo como pequenas serpentes. O metal segue todo o contorno de seu busto até alcançar a ponta de seus dedos. Aquela sensação sim a dava prazer...

A forma de um chicote prateado surgiu em suas mãos, um tão fino quanto uma pétala de rosa, porém tão forte quanto o aço. Ela o agitou para trás de forma que refletia e iluminava tudo ao seu redor com um tom azulado e sombrio. Tudo que a mulher viu antes de lança-lo em direção à sua presa, foi o sorriso macabro da figura misteriosa.

A corda de prata se envolveu no pescoço do homem barbudo e assustado à sua frente e, com o mais simples puxão, Nahemah o fez cair de costas sobre o piso. O cheiro de sangue fresco inundou o estreito beco e alguns resquícios do líquido jorraram em direção à ambas as paredes, pincelando de forma sombria a paisagem. Nahemah dirigiu os olhos para o corpo no chão e viu a marca tênue deixada pela corda do chicote por onde uma poça de sangue escorria sem cessar.

Mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, o som estridente de palmas sendo batidas invadiu seus ouvidos e roubou toda sua atenção. Das sombras emergia a forma demoníaca e familiar que Nahemah já vira milhões de vezes durante toda sua vida. Os lábios carnudos, o cenho sempre franzido, a pele em tom caramelo... "Bichano!" Ela sussurrou a ofensa em sua própria mente, pois não ousaria dizê-lo em vos alta. 

— Que bela execução - a voz grossa do outro homem eclodiu pelo beco.

— Teria sido melhor se não tivesse me interrompido... - Nahemah tenta não demonstrar sua raiva.

— De forma alguma - protesta ele em um tom que era difícil dizer se estava sendo sarcástico ou não -, súcubos sempre tiram toda diversão da caça.

— Acontece que a sedução é nossa única arma de caça — ela da ênfase à palavra quase cuspindo a mesma.

— Aquilo em suas mãos diz o contrário... - comenta o homem indicando o chicote reluzente que a mulher segura.

— É apenas um encantamento simples... - resmunga Nahemah sacudindo as mãos de forma que o chicote começa a desintegrar-se em seus dedos - Além disso, não é crime usar algumas artimanhas

— Suponho que para a primogênita de Lilith não seja mesmo - diz ele deixando bastante claro seu desdém.

Nahemah apenas lança seu olhar irritadiço na direção dele. Aqueles olhos, verde oliva, que a faziam lembrar os de um gato selvagem, pareciam não demonstrar qualquer emoção além de desprezo. Ele a odiava, Nahemah sabia disso, porém aquele sentimento era reciproco. Embora ele estivesse acima dela na hierarquia do inferno, Nahemah sempre tivera muito mais liberdades que ele. Como primogênita de Lilith, a esposa mais querida de Lúcifer, ninguém ousava contraria-la. Ninguém exceto ele, claro.

A forma humana de Asmodeus media entorno de quase dois metros de altura, enquanto sua forma original podia chegar quase ao dobro disso. As unhas afiadas, o dorso, até mesmo o formato de seu rosto lembravam um gato. Era quase impossível não associa-lo ao animal. Era assustador em qualquer forma que tomasse e, ao mesmo tempo, conseguia ser sexy e galante.

— Por que veio até Londres? - pergunta ela por fim.

— Sempre tão direta... - comenta ele balançando a cabeça negativamente. 

— Isso tem haver com o Receptáculo de Morfeu? - questiona a mulher cruzando os braços sob o peito e ignorando completamente o comentário. - Ouvi alguns boatos de demônios menores sobre a localização dele em algum lugar da Inglaterra.

— Também ouvi - Asmodeus desvia a pergunta. - É por isso que você está aqui? Aquele mortal tinha alguma ligação com ele? - ele indica o cadáver estirado no chão.

— Quem sabe... - ela dá de ombros. - Agora não passa de mais um monte de carne apodrecendo. A propósito, o que fez com ele? Parecia estar em pânico quando olhou para você...

— Tenho certeza de que você gostaria de saber... - Asmodeus resmunga, porém não responde mais do que isso.

Nahemah deixa um suspiro exausto escapar.

— Tudo bem, não precisa responder. Agora, se não tem mais nada que tratar comigo, sugiro que desapareça o mais brevemente possível, porque se está aqui atrás do Receptáculo eu juro que vou...

— Fazer o quê? Contar à Lúcifer sua indignação? - Nahemah dá um passo apressado para trás quando o homem se aproxima de forma bruta. Ele bate no ombro esquerdo da mulher e a segura contra a parede oposta. - Acha mesmo que me importo com as birras de uma pirralha como você? Saiba que não me tornei um dos Sete atoa. Sou muito mais poderoso que você e posso facilmente acabar com uma súcubos qualquer, tenha isso em mente quando tentar me desafiar novamente.

 - Foi para isso que veio até Londres? Ameaçar-me? - Ela encara desdenhosa o olhar intenso do gatuno. - Não sabia que me considerava tão perigosa a esse ponto...

Asmodeus deixa que um curto sorriso forme-se no canto de seus lábios, enquanto solta a mulher e se recompõe.

— Não importa o que faça, nunca fica intimidada... - ele comenta analisando-a com seus olhos verdes vibrantes. - Agora entendo o porquê de terem escolhido você para tal.

— Do que está falando? - Nahemah tenta manter-se calma e evita demonstrar a dor lasciva que o aperto de Asmodeus deixou em seu ombro.

— A localização do Receptáculo não era o único boato que estava correndo pelo submundo, sei que está bastante ciente disso, caso o contrário não estaria caçando em um lugar tão deplorável...

Nahemah hesita. Ela sabe exatamente do que Asmodeus está falando... Os desaparecimentos. Há alguns meses dezenas de demônios menores estão simplesmente desaparecendo, ninguém sabe para onde estão sendo levados ou quem os está raptando... Nahemah até mesmo cogitava pensar se não estavam sendo mortos, porém sempre descartava está hipótese. Apenas uma coisa podia matar demônios e ela estava muito bem protegida para que qualquer um tivesse acesso a ela. Ainda sim...

— O que tudo isso tem haver comigo? - pergunta ela parecendo insegura. - Como disse: sou apenas uma súcubos qualquer.

— Também o questionei sobre isso, a princípio - ele concorda. - Coloca-la no grupo de rastreadores seria arriscado demais... Mas não há o que fazer quando ele toma uma decisão...

— De quem está falando? - ela questiona impacientemente.

— Lúcifer.

O corpo de Nahemah congela no mesmo instante.

— Esta dizendo... Que ele me quer no grupo de rastreadores? Mas e quanto aos outros? Certamente há alguém mais...

— Não há mais ninguém - ele afirma seguramente. Nahemah sente algo sombrio em seu tom de voz.

— E quanto aos outros Sete? - questiona a garota. - Azazel não estava rastreando um grupo de mestiços aqui na Inglaterra?

— Eu e ele fomos enviados para cá para investigar os boatos. Mas não há noticias dele há quase três dias - informa Asmodeus. - Aquele pirralho não é do tipo de desaparecer... É o cão mais fiel de Lúcifer. Quanto aos outros Sete, estão em missões especiais.

— Então eu sou o que restou... - conclui Nahemah um pouco desapontada.

— Está dizendo que recusa?

— Não foi isso que eu quis dizer - Nahemah protesta. - Mas e quanto ao Receptáculo?

— Terá que abandonar sua busca por ora, há questões mais importantes no submundo que precisam ser resolvidas.

Nahemah hesita outra vez. Aquela certamente era sua chance de mostrar a ele do que era capaz, de mostrar a todos... Se Azazel estivesse mesmo desaparecido, ou melhor, morto, Nahemah certamente seria a escolha mais obvia para substitui-lo. A presença de Asmodeus ali provava isso.

— Posso ao menos terminar com isso antes de irmos? - ela indica o corpo ensanguentado estirado no piso de pedras.

Asmodeus deixa um curto sorriso formar-se no canto dos lábios, parecendo satisfeito com a resposta.

— Como queria... - responde por fim.

☽☼☾

Nahemah limpa o sangue de seus lábios assim que elimina os últimos resquícios do cadáver. Agora todo que resta naquele beco são as manchas de sangue e uma pilha fumegante de roupas e partes de corpo humano dilaceradas. A luz azul das chamas não se projeta para lugar algum, mantendo a mesma escuridão noturna, como se nem existisse.

Asmodeus observa a cena divertido. Sempre gostou da brutalidade de Nahemah e, principalmente, de seu dom para com encantamentos. Eram poucas as súcubos que conseguiam tal coisa, ele sabia disso, mas ainda sim recusava-se em reconhecer a garota como deveria. A predileção de Lúcifer por ela o incomodava demasiado. Era muito mais divertido provoca-la e vê-la reagir contra ele do que simplesmente apoia-la como todos faziam.

— Então por onde começamos? - pergunta Nahemah, ainda sem tirar os olhos das chamas.

— Dover - responde ele -, talvez haja alguma pista sobre o paradeiro de Azazel lá...

— Iremos rastrear Azazel? Pensei que iriamos atrás dos mestiços.

— Acredite, onde quer que aquele pirralho esteja, os mestiços também estarão.

— Acho que está superestimando aqueles ratos... - comenta a garota. - Acha mesmo que eles tem algo haver com o sumiço de Azazel?

— Ao contrário de Lúcifer, o orgulho não é meu pecado... Subestimar os outros é sempre um grande erro. Além disso, os mestiços são nossa única pista.

Dito isto, Asmodeus dá as costas para o beco sujo. Não podiam perder muito mais tempo que isso. Ele não escuta os passos de Nahemah atrás de si, porém sabe que ela o segue. Em algumas horas iria amanhecer e eles não poderiam agir tão livremente em plena luz do dia... Não que ele tivesse medo de se revelar aos mortais, na verdade, adorava a reação deles sempre que olhavam em seus olhos...

Aquele verde oliva escondia centenas de pesadelos terríveis e horrores indescritíveis que eram revelados apenas quando encarados. Poderia revelar os piores medos da raça humana apenas com um olhar, mostrar verdades horríveis ou mentiras que os levariam à loucura ou demência. E adorava fazê-lo, porém as ordens eram bastante claras... Precisavam agir com descrição, sem atrair qualquer atenção alheia para si. Eram tempos sombrios, não só para sua raça, mas também para todo o equilíbrio que perpetuava desde a queda dos anjos.

Os desaparecimentos e até mesmo o surgimento repentino do maldito receptáculo... Tudo poderia estar conectado de alguma forma, pelo menos era isso que Asmodeus acreditava. Esses grupos de busca, eram uma perda de tempo. Algo realmente ruim estava acontecendo, deveriam estar preparando um exército ou uma frente defensiva. Qualquer coisa!

Ele não diria isso a Nahemah, é claro, não confiava nela o suficiente para tal. Não tinha certeza nem se confiava no próprio Lúcifer... Sabia, porém, que não era o único dos Sete que pensava dessa forma. Belphegor estava de acordo com ele, mas que poder teriam os dois sozinhos? Não, ainda precisava de muito mais que isso se quisesse assumir o controle. Por hora, deveria apenas ficar em silêncio e servir obedientemente. Encontrando Azazel, poderia encontrar alguma resposta... Ao menos, era o que esperava.

— Invocatio ianuam — ele sussurrou as palavras de invocação.

Sua voz distorcia-se, como que multiplicando-se por todos os lados. Asmodeus podia ouvir suas próprias palavras sendo repetidas nas sombras. Uma luz tênue, tão dourada quanto os raios do sol, surgiu a sua frente. A luz expandiu-se e transformou-se em um circulo de ouro. Uma imagem embaçada começou a surgir em seu interior... Asmodeus concentrou seus pensamentos em uma rua qualquer de Dover da qual lembrava-se vagamente. A imagem tornou-se mais nítida, até parecer um retrato muito bem pintado.

Asmodeus viu sua própria imagem surgindo do outro lado do anel dourado e Nahemah logo atrás dele. Quando deu por si, estava do outro lado do círculo. Em pé sob o piso de pedras brutas da cidade inglesa. A luz desapareceu em seguida, como se nunca tivesse existido, deixando os dois demônios sob o amanhecer alaranjado de Dover.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi, tudo bem?

Eu sei que demorei muito para postar, mas espero que me perdoem. Quase não tenho tido muito tempo para escrever com todos os projetos da faculdade, mas enfim, consegui terminar mais esse capitulo.
Espero muito que estejam gostando e, por favor, não me abandonem >.<
Posso até demorar um pouquinho para postar, mas garanto que vem muito mais por ai ♥

Não esqueçam de clicar em acompanhar história para receber as notificações e deixem um comentário se quiserem dizendo o que estão gostando ou não. Isso me ajuda muito.

Um beijo para todos vocês e tchauzinho. Nos vemos no próximo capitulo ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Morfeu" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.