Sammael, o semideus. escrita por The Unlucky Phatom


Capítulo 1
Prólogo - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Sim, meus amores, mais uma história minha sobre reencarnação e personagens entrando em mundo que até então eles achavam que eram fictícios.



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O carro não estava desacelerando e seu corpo não mais a ouvindo. Ela estava atravessando a rua quando o carro acelerou pela estrada. E é claro que seu corpo não lhe escutava, de todos os momentos. Ela não podia se mover, então ela foi inevitavelmente atingida pelo carro e para comentário futuro: Aquela merda doía. Ela não achava que alguma vez sentiu algo tão horrível, você sabia que a dor nem era a pior parte.

Ela morreu.

Seu corpo foi desligado, seu coração não bombeava mais a vitalidade através de seu sistema circulatório e, por mais triste que fosse, ela finalmente faleceu.

Um segundo tudo doía e antes que ela percebesse, não conseguia sentir nada. Como absolutamente nada, ela não conseguia sentir seus braços ou suas pernas. Ela não conseguia ver nada, tudo ao seu redor estava escuro e ela não conseguia ouvir nada. Então ela fez a coisa mais lógica, entrou em pânico. O pânico dominara completamente os sentidos limitados que lhe restavam.

Antes que ela pudesse se afundar mais ainda no pânico, ela sentiu algo, foi um pouco de dor, mas ainda algo. Ela considerou brevemente o fato de que ela não poderia ter sido assim por mais de 10 minutos, mas ela ainda entrou em pânico como um louco. Imagine se ela estivesse lá por mais tempo.

A sensação não era exatamente ruim, apenas extremamente desconfortável. Alguma vez você já experimentou calças que são pequenas demais para você, mas as usava o dia inteiro de qualquer maneira? Isso foi o que sentiu, mas em todo o seu corpo. No segundo parou, sentiu o frio. Por que esse lugar era tão frio? Ela não gosto do frio, nunca tinha e nunca iria. Ela podia ouvir o choro abafado, parecia jovem. Possivelmente uma criança, mas logo o choro se cessou.

Ela tentou mais uma vez abrir seus olhos e dessa vez ela tinha conseguido, porém tudo a sua volta estava embaçado e confuso, sons abafados que pareciam conversa e onde deveriam ser suas nádegas ardiam como se acabasse de levar um tapa.

Ela tentou piscar mais algumas vezes lentamente na tentativa de limpar sua visão, mas foi uma tentativa falha, tudo ainda estava embaçado ainda. Com suas tentativas ela começou a se sentir cada vez mais cansada até que não conseguia mais abrir seus olhos e deixou um longo bocejo escapar não demorando muito para cair em sono profundo.

Para recapitulação rápida, ela tinha morrido, renascido e logo em seguida tinha adormecido. Não parecia muito, mas isso poderia abalar a mente de qualquer um. Felizmente ela tinha a cérebro de um bebê e não tinha a capacidade de pensar muito sobre isso. Alguém no andar de cima estava fazendo um trabalho muito ruim ou com muita preguiça, ele tinha conseguido passar para reencarnação com suas memórias de sua vida anterior!

Das próximas vezes que acordou ela não se recordou muito, seu novo cérebro era novo demais para se focar em suas memórias por muito tempo e ela vivia com muito sono. Mas um fato ela conseguiu coletar dessas vezes que estava acordada, ela não era mais um ela, era um ele. Além de finalmente descobrir seu novo nome, ou algo assim, a mulher que agora seria sua mãe o chamava de Sam.

Demorou algum tempo para aceitar que tinha renascido e que agora era um garoto, o que você poderia esperar? Ela tinha passado décadas sendo uma garota e aceitar o novo gênero de seu corpo demoraria um pouco.

***

Com a idade de três anos que tudo voltou para o então ele. Tendo mais facilidade em focar seus pensamentos ele finalmente tirou um tempo para pensar nisso.

Ele tinha sido uma garota de 19 anos que não a muito tempo tinha iniciado seus anos na faculdade de Línguas Estrangeiras. Morreu sendo atropelada por mais algum bêbado aleatório que não faltava em nenhum lugar, ele se teve a sorte de ser acertado. Uma morte acidental. Ele só podia esperar que sua antiga mãe estivesse bem e que sua irmã mais nova a apoiasse naquele momento não deixando que ela fizesse algo tolo. Ela sabia que seu pai suportaria, ele tinha que, ele tinha filhas mais novas para cuidar e não podia se deixar perder em tristeza. Ele só podia orar por eles agora.

Voltando ao presente, não o julgue, não era que ele não se importava mais com sua vida passada, simplesmente ele não queria começar a chorar. Ele tinha corpo e controle emocional de uma criança de 3 anos de idade.

Porém agora ele havia descoberto seu nome real. Antes de suas memórias voltarem, Sam era como qualquer outro garoto de 3 anos ou pior, uma criança ligada no 220 V. Ele sem querer quebrou um vaso depois que esbarrou na mesa redonda no canto da sala após tropeçar em meio a sua correria, sua mãe gritou seu nome completo em sua total irritação. Sammael Scott!

Sua nova mãe, Samantha, era uma mexicana cativante de pele pálida por algum motivo, lindos e cacheados cabelos de cor mogno escuro, belos olhos castanhos e carnudos lábios vermelhos. Ela é linda. Ele tinha quase certeza que se ela quisesse ela poderia com facilidade poderia ser um modelo muito famosa.

Seu pai por outro lado… Ele quase nunca o via, mas pelo que ele entendeu ele era muito ocupado, ele não sabia muito bem o nome dele na verdade, sua mãe sempre o chamava de querido, amor e entre apelidos amorosos. Mas pelo que ele se lembrava seu pai era muito alto e de pele morena beijada pelo sol, longos cabelos trançando em um grande e pesada trança, Sam sempre o via de terno. Sammael não podia negar que tinha pais bonitos.

Já ele nunca teve oportunidade de se olhar no espelho, mas pelo que ele podia ver ele tinha puxado a cor de pele de sua mãe sendo pálido e pelo resultado dele uma vez ao brincar muito tempo no quintal, ele descobriu que ficava vermelho com facilidade ao ficar muito tempo no sol.

Eles moravam em algum país que falava espanhol pelo que ele identificou e ele achava que ficaria muito estranho para uma criança perguntar em que lugar eles moravam, ele descobriria isso mais tarde.

Sua casa tinha um forte cheiro de ervas e incenso, sua mãe era louca por esse tipo de coisa e nas poucas vezes que viu seu pai ele não se lembrava de ver ele alguma vez reclamando do cheiro. Pelo menos era um cheiro bom.

***

Aos 5 anos de idade ele finalmente conseguiu se ver. Sam arrastou uma cadeira para o banheiro e subiu nela finalmente se vendo no espelho. Ele já tinha tentado isso antes porém ele não tinha altura suficiente para se ver no espelho.

Sammael era uma criança fofa com suas bochechas gordinhas e sua pele macia. Seus cabelos eram pretos como de seu pai assim como seus olhos, mas ele podia jurar que eles eram um pouco cinzas escuros.

Ele achava que irai ficar muito bonito quando crescesse e que muitas garotas viriam atrás dele por isso, pena. Ele tinha uma alma de uma garota, ele se via atraio por homens, obrigado. Não que isso fosse obrigatório é claro, só que sua preferência sempre caiu para homens, mas o amor é livre para todos no final.

***

Aos 10 anos de idade enquanto ele brincava no parque ele jurava que viu entre as árvores um grande cão negro nevoado, seus olhos brilhavam como se queimassem. O animal não se aproximou e ele agradeceu por isso. Não o culpe por correr para sua mãe. Ele contou o que viu para sua mãe, ela disse que foi sua imaginação. Naquele ano ele começou a ter aulas de esgrima e algumas aulas de defesa pessoal, sugestão que seu pai com a testa franzida concordou sem hesitar quando mencionado a ele em um jantar.

Ele também descobriu nesse ano que ele tinha leve TDAH, não era algo que perturbaria em seu dia a dia, porém o deixou meio paranoico?

***

Aos 14 anos sua família teve que se mudar de cidade, não haviam mais escolas que aceitassem Sammael em suas vagas, ele já tinha sido expulso de todas elas. Não foi culpa dele ele tinha que insistir. Alguns professores, alunos e até animais enormes o atacaram na escola e ele só se defendeu, mas no final a culpa sempre cairia sobre seus ombros, ele agradeceu, seus pais pareciam acreditar nele.

Naquele mesmo ano suas costas começaram a coçar com uma certa frequência, ele tinha dores ocasionais no topo de suas costas.

Sua história estava começando a ficar familiar demais para seu gosto, estava no canto de sua memória porém ele não conseguia puxar o que era.


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