Algum tempo depois...

“Nunca se esqueça
Nem um segundo
Que eu tenho o amor
Maior do mundo
Como é grande
O meu amor
Por você...”

(Roberto Carlos – Como é Grande o Meu Amor)

Edward POV.

Senti uma mãozinha puxar meu dedo freneticamente, mas eu estava ferrado no sono e não estava querendo acordar, era domingo, fala sério. Mas a mãozinha começou a puxar os pelinhos do meu braço e começou a doer, não muito, parecia um mosquitinho chato. Eu comecei a acordar, a contragosto claro; abri os olhos e dei de cara com uma garotinha de três anos vestida de pijama cor de rosa dos Backyardigans.

Eu sorri ao ver a minha pequena com cara de anjinho. Deborah tinha completado três anos em março, e todos diziam que ela era a minha versão feminina. A única coisa que ela tinha da Bella eram os olhos, os belos olhos castanhos da cor de chocolate eram a cópia dos da mãe, mas o resto... Cabelo, nariz, sorriso, gestos, personalidade, manhas, manias, tudo... Eram meus. Bella se irritava com isso na maioria das vezes, e eu ria.

- Bom dia princesinha. – eu disse e a peguei no colo.

- Bom dia papai. – ela disse se aninhando em meu peito.

- Por que acordou tão cedo? Você não é disso... – falei e bocejei.

- Sonho ruim. – mexeu em seus cachinhos e fez bico – Mamãe ainda tá dormindo? – perguntou.

- Sim. – falei e olhei pra Bella.

Ela estava ferrada no sono, ultimamente ela estava assim. E se eu bem a conheço, Bella estava grávida, aposto. Porque durante a gestação da Deborah, ela dormia muito e seu sono era pesado, ela não acordava por nada no mundo, e normalmente, o sono de Bella era totalmente leve.

Não questionei, porque não queria pressioná-la, deixaria que ela mesma me contasse. Hoje eu estava tranqüilo, hoje é o meu aniversário de vinte e sete anos.

- O que acha de dormir mais um pouquinho, Deh? – indaguei-a e ela bocejava, aninhando-se mais ainda em meu colo.

- Aham. – murmurou e fechou seus olhinhos.

Eu somente sorri e acariciei seus cabelos da mesma cor estranha de bronze que o meu e voltei a cair no sono.

Bella POV.

Acordei me sentindo enjoada pela milionésima vez, aquela gestação estava sendo diferente da outra. Levantei-me depressa e corri pro banheiro, vomitei, escovei os dentes, lavei o rosto e saí. Quando parei para observar que Edward ainda estava na cama, vi que ele não estava sozinho, tinha um serzinho ao seu lado, agarrando-o como se ele fosse o seu bichinho de pelúcia.

A Deborah estava dormindo tão tranquilamente e Edward também. Sorri ao vê-los assim. Os dois eram unha e carne desde que a Deborah nasceu, eu não sentia ciúmes, eu acho lindo a cumplicidade e o amor que os dois têm um pelo outro, fico pensando se quando esse bebê nascer a Deh vai ter muitos ciúmes, espero que não. Edward não sabe, pretendo contar a ele assim que o mesmo acordar.

Peguei a Deborah no colo e a mesma se aninhara em meu colo, levei-a para seu quarto, coloquei-a de volta na cama e a cobri. Eram nove e pouca da manhã, acordaria Edward e mais tarde a acordaria. Voltei ao quarto e comecei a acordar o meu marido. Beijei seus lábios perfeitos levemente e o mesmo resmungou, eu ri.

Beijei sua testa, suas bochechas, seus lábios novamente e dessa vez fui correspondida.

- Bom dia aniversariante. – disse entre seus lábios.

- Bom dia. – ele respondeu e me beijou com vontade, derrubando-me na cama e ficando por cima de mim.

- Espera, tenho que te dar seu presente. – falei e consegui me desvencilhar dele.

Levantei-me da cama depressa e peguei duas caixas, uma caixa azul-bebê e uma preta, a azul-bebê era o presente principal, a notícia da segunda gravidez, a outra era um relógio.

- Eu tenho dois presentes, mas vou dar o principal primeiro. – falei e entreguei a azul a ele.

Edward pegou e abriu, continha um par de sapatinhos brancos e o papel do exame laboratorial de sangue. Ele sorriu largamente, deixou as coisas na cama e me abraçou forte.

- Eu já desconfiava, amor. – ele disse em meu ouvido e eu sorri – Obrigado, é o melhor presente de todos... Ser pai novamente e mais um filho seu. – e me beijou apaixonadamente.

Depois o soltei e entreguei a outra caixa, ele adorou o relógio da Dolce & Gabbana. Ficamos namorando um pouco mais na cama e depois descemos para tomar café, o aniversário de Edward ia ser comemorado na casa dos pais dele. Terminamos de comer e fomos acordar a nossa pequena, eu fui dar o café da manhã dela enquanto Edward ia se arrumar. Depois que a Deh comeu, fui banhá-la, após o banho pedi que Edward a arrumasse, enquanto eu tomasse o meu banho.

Edward e Deborah já estavam prontos e devidamente arrumados quando eu desci já pronta também.

- Você está linda mamãe. – Deborah disse a me ver.

- Está mesmo. – Edward me olhava, babando.

Fomos para a mansão Cullen. Ao chegarmos lá, fomos recebidos com beijos e abraços. Alice estava com um barrigão de sete meses, o pequeno Ethan e a pequena Olivia já estava dando trabalho, além de que nasceriam a qualquer momento, Jasper era só felicidade.

Algumas outras pessoas também estavam presentes, como a irmã do Jasper e o marido, e o filho deles, que era da mesma idade da Deborah, o Peter, eles não se davam muito bem, mas eram apenas crianças.

Edward estava pra lá e pra cá com a Deborah no colo, a baixinha não desgrudava do pai nem por um segundo, era um chiclete completo. Eu estava sentada com Alice e Esme em uma das mesas e observava os dois, Edward conversava com um de seus amigos.

- Você baba muito nos dois, não é Bella? – Alice me tirou de meus devaneios.

- Demais. – sorri.

- Mas é sempre assim... – Esme disse – Eu sempre gostei de observar o modo como Carlisle tratava você e Edward quando eram pequenos, Alice. – disse falando com a filha – Até hoje faço isso. – riu e nós a acompanhamos – É perfeitamente natural, querida. – olhou pra mim – O amor que sentimos por eles é tão grande que não dá pra explicar, toma conta de uma forma que nem percebemos. – disse sorrindo e eu assenti.

Era daquela forma mesmo que ela estava falando.

- Não importa o quanto eles cresçam, − disse sorrindo para Alice – seus filhos sempre serão seus bebês, suas crias, sempre seus.

- Tenho uma notícia pra dar, não sei se Edward já falou. – comecei e as duas me olharam, confusas – Você terá mais um neto ou neta, Esme.

- Sério? – ela sorriu largamente e Alice quase saiu pulando, só não fez isso por causa dos gêmeos.

- Sim, estou de cinco semanas se a minha conta estiver certa. – sorri e as duas me abraçaram.

O almoço correu tranquilamente bem, já era de noite quando eu, Edward e uma Deborah cansada chegávamos a nossa casa. Edward deu banho na Deh e a colocou pra dormir, eu tomei um banho relaxante e pus uma camisola nova que comprei especialmente pra hoje. Edward voltou ao quarto e sorriu quando me viu somente a sua espera, sorri maliciosa e o puxei pela camisa, já a tirando.

Sempre seria assim, amamo-nos de forma intensa e apaixonada, sempre seria incrível, o desejo sempre seria insaciado. Já estávamos nus e abraçados sob nossa cama, Edward deu um beijo no topo de minha cabeça e eu suspirei.

- Amo você. – disse e o encarei.

- Assim como eu amo você. – sorriu.

- Será que a Deborah vai aceitar um irmão ou uma irmã? – indaguei, preocupada.

- É claro que sim, amor... Ela sabe que nós a amamos e sempre a amaremos. – ele disse.

- Eu sei, mas você e ela são um grude... E quando ela ver que terá que te dividir? – perguntei.

- Ela vai aprender, prometo. – ele sorriu e me beijou – Nós vamos explicar a ela, vai ser difícil é claro, mas ela é esperta. – me beijou novamente.

- Espero que você esteja certo. – suspirei.

- Não se preocupe Bella. – Edward disse, sério – Nós não iremos fazer diferença, nós iremos amá-los com a mesma intensidade e os criaremos do mesmo modo. E eles se amarão como eu e a Alice nos amamos loucamente. – ele riu e eu também.

- Acredito em você. – sorri e o beijei.

E era totalmente verdade. Tudo ia dar certo, não havia motivos para preocupações. Eu amaria meus dois filhos sem medidas, com a mesma intensidade, e ambos seriam felizes como Edward e Alice são, era essa a minha meta de vida: ser feliz com o meu marido e criar meus filhos bem, levá-los para o caminho certo da vida.

-x-

 n/a: Nossa... Nunca escrevi uma fic tão rápido em toda a minha vida. Foi um mês e alguns dias de duração.

A BTM tem um significado bem grande pra mim... Primeiro porque foi à continuação de uma one-shot que escrevi, a que mais significou em toda o meu momento de escritora, pois foi algo que realmente aconteceu comigo, eu era a Bella da história. Bem, tudo que aconteceu na BTM lógico que é fictício e também quer dizer que é o que eu queria que acontecesse comigo. Foi apenas um final alternativo a one-shot, uma fic como outra qualquer.

Essa fanfic de dez capítulos eu gostaria de dedicar exclusivamente a Deh S Cullen, minha amiga linda que amo tanto. Justamente para homenageá-la que pus o nome da filhinha do Edward e da Bells com o nome dela. Obrigada Dehzita! *sopra beijinho*

Obrigada a cada uma de vocês que acompanhou desde o começo, quem apenas leu, quem deixou só um review, ou quem chegou atrasado, não me importa, agradeço a cada uma.

Vocês podem me encontrar:

- twitter;

- skoob;

- tumblr;

- e na comunidade das minhas fics.

Obrigada mais uma vez,

Um super beijo no coração de cada uma.

Tamy Black.