No capítulo anterior:

Apertei-a mais contra meu corpo e deixei que o sono me dominasse. Alguma coisa me dizia que ela estaria mesmo aqui quando eu acordasse.

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“Eu quero você por perto

Onde possas permanecer para sempre

Você pode ter certeza

Assim será muito melhor”

(No One – Alicia Keys)

Bella POV.

Eu sou louca, estou sabendo. Mas quem em sã consciência consegue resistir a ele?

Acabei por dormir nos braços de Edward, acordei porque senti fome e já passava das duas da tarde quando olhei pelo relógio que estava em cima do criado-mudo. Observei Edward, o mesmo dormia tranqüilo. Dei um leve beijo em seus lábios e o mesmo nem se mexeu, estava cogitando a idéia de acordá-lo, mas um serzinho estava gritando de fome. É, esse bebê estava começando a dar trabalho.

Sinto muito Edward, pensei, seu filho está com fome. Sorri divertida e me levantei. Cacei minha calcinha pelo quarto e a vesti, peguei uma camisa de Edward que estava por ali também e a vesti. Saí do quarto e desci as escadas, ia preparar um almoço para nós dois.

Cheguei à cozinha totalmente projetada por mim, apesar de não viver ali, eu sabia muito bem onde tudo ficava, afinal de contas, fui eu que elaborei aquele espaço. Abri a geladeira para ver o que tinha de opções saudáveis, e vi que dava pra fazer uma macarronada. Peguei meus ingredientes e comecei a trabalhar.

Edward POV.

Faithfully – Glee Cast

(n/a: escutando, please!)

Eu acho que tive o sono mais calmo e revigorante depois que voltei do hospital. Mas assim que acordei a decepção me invadiu, não encontrei Bella ao meu lado na cama, o desespero tomou conta de mim.

Ela foi embora.

Ela foi embora.

Ela me deixou de novo.

De novo.

Mais uma vez.

Levantei da cama e coloquei uma cueca, quando estava andando pelo quarto pisei em algo, era um sutiã roxo. Eu nunca trouxe nenhuma mulher pra cá, a não ser Bella. Então esse sutiã só poderia ser dela, sorri. Saí do quarto e desci as escadas, onde é que ela estaria?

Não precisei chamá-la, pois um cheiro maravilhoso vinha da cozinha caminhei apressado até lá e silenciosamente eu entrei, e tive a visão mais perfeita do mundo. Bella de calcinha e com apenas uma camisa azul-marinho minha, seus cabelos estavam presos num coque malfeito e ela estava concentrada mexendo algo numa panela que estava sob o fogão.

Não foi preciso todo o meu desespero por pensar que ela não estaria aqui. Bella tinha cumprido sua promessa, ela está aqui. E agora eu não a deixarei ir, eu a farei ver que seu lugar é ao meu lado não importa o que aconteceu em nosso passado, nós nos amamos e sempre será assim.

Pigarreei para chamar a atenção dela e deu certo. Bella se virou e me viu, mordeu os lábios e sorriu, tirou uma mecha de sua bochecha, colocando-a para trás da orelha. Eu sorri e me aproximei dela, ficamos frente a frente e nos encaramos. O verde no castanho e castanho no verde.

- Você ficou. – eu quebrei o silêncio.

- Eu prometi que ia ficar. – ela disse sorrindo.

- Eu queria conversar com você. – falei sério.

- Eu também. – ela disse no mesmo tom.

Eu assenti e ia conduzindo-a para a sala, mas ela disse que só depois que almoçássemos. Eu dei de ombros e a assisti terminar de cozinhar, Bella se virava bem numa cozinha. Ela terminou e pôs a mesa. Tinha que admitir, ela cozinha muito bem, a macarronada estava muito gostosa. Comemos tranquilamente conversando sobre coisas banais e depois do almoço, ainda sentados, eu puxei o assunto.

- Bella... Eu não quero mais discutir. – falei calmo – Sei que você acha que não damos certo, mas toda a vez que nos encontramos é difícil tentar conter a atração. – ela me encarava – É difícil te ver e não querer estar perto, a prova disso foi o que aconteceu mais cedo. – respirei fundo – Eu te amo, Bella. Eu te quero sempre ao meu lado, te quero sempre comigo e nunca mais me afastar... Consegue entender isso?

Ela me encarava intensamente.

- Consigo sim. – respondeu e eu arregalei os olhos, totalmente surpreso – Eu tentei inutilmente te esquecer, Edward... Tentei te deixar fora da minha vida, eu pensei que estava conseguindo. Mas você resolveu voltar, talvez eu tivesse conseguido, mas eu seria infeliz, e faria outra pessoa infeliz. Eu nunca deixei de amar você, apesar de você ter me machucado, mas éramos imaturos, crianças... – ela suspirou – O tempo passou, você mudou, eu mudei... Muitas coisas aconteceram e estamos aqui hoje. – desviou o olhar e hesitou – Preciso te contar uma coisa antes de tudo. – me olhou séria e mordeu os lábios, nervosa.

- O que? – indaguei, curioso.

- Depois daquela nossa noite no dia do casamento da Alice e do Jasper... – hesitou sem me encarar – Eu acabei... Hm... Er... – ela estava enrolando.

- Fale Bella. – insisti.

- Eu estou... Grávida. – disse, encarando-me.

Bella POV.

Eu estava totalmente apreensiva. Edward me encarava estupefato, como se estivesse em choque. Seus orbes verdes estavam arregalados, surpresos. Eu fiquei com medo, será que ele iria berrar comigo? Será que ele se irritaria e não aceitaria o nosso filho? Não importa qual seja a decisão dele, eu o criarei, esse bebê é tanto meu quanto dele.

- Edward? – o chamei, minha voz vacilou completamente.

- Vo-você es-está gra-grávida? – gaguejou, piscando freneticamente.

- Sim. – disse, num fio de voz.

- Mas isso é...

- Olha, Edward, eu sei que não foi premeditado. Naquela noite nós dois não estávamos pensando em nada, o desejo foi grande, não estávamos raciocinando e acabou acontecendo. – o interrompi – Eu quero esse filho. – disse convicta – Eu já amo esse bebê, se você não o quiser, bem... – suspirei – Não posso fazer nada, eu só queria que você estivesse ciente de que será pai e...

- Bella, Bella! – interrompeu-me, colocando seu dedo entre meus lábios – Você não me deixou falar. – ele riu e eu suspirei – O fato de você estar grávida é... – suspirou e sorriu largamente – Incrível... Você está esperando um filho meu, uma criança nossa, com características minhas e suas, uma pequena vida que nos unirá pra sempre, um elo que nunca será quebrado. – ele disse isso de uma forma tão intensa que nem percebi quando as lágrimas já estavam jorrando de meus olhos.

Edward sorriu e se levantou de sua cadeira, veio até mim, virou a minha cadeira e se ajoelhou de frente pra mim.

- Eu posso ter feito escolhas erradas no passado Bella, mas o passado já não importa mais. – começou a dizer – Posso ter descoberto que não saberia viver sem ter você comigo, abri mão de te reconquistar na hora certa, deixei você viver, pensei que você conseguiria se reconstruir sozinha, mas o amor que tenho por você não deixou. – ele disse – Eu sempre te amei Bella, eu te amo agora e sempre vou te amar... Deixe-me amar você como se deve e amar o nosso bebê também?

As lágrimas já caíam feito cascatas, eu não disse nada, apenas me joguei nos braços de Edward e ficamos os dois abraços no chão da cozinha, chorando. Eu apenas me afastei um pouco, para encontrar seus lábios e o beijei furiosamente. O beijo foi se tornando mais urgente a cada segundo as mãos de Edward mais impossíveis também, minhas mãos bagunçavam o cabelo desgrenhado dele.

Em questão de segundos a blusa dele que eu estava usando já estava no chão, ele brincava com meus seios com a boca e com as mãos e eu ia ao delírio. Não teve muito tempo para grandes explorações, eu estava com pressa, o desejo por ter Edward dentro de mim era muito grande e eu o queria logo. Edward ia e vinha dentro de mim, eu gemia, arranhava as costas dele, pedia por mais e mais.

E escutá-lo gemer em meu ouvido era excitante demais. Eu cheguei ao orgasmo primeiro dessa vez, Edward estocou algumas vezes depois para chegar ao dele, eu deitei sob ele e assim ficamos no chão da cozinha frio, embora estivéssemos pregados de suor e exalando a sexo. 

- Eu te amo. – sussurrei, encarando-o.

- Eu também te amo. – ele respondeu e sorriu.

Eu podia ficar naquela posição pra sempre que não me importaria. Pela primeira vez em cinco anos, eu me senti inteira novamente, completa, como se tudo finalmente tivesse voltado ao normal.

(...)

Quatro meses depois...

Edward POV.

You Can – David Archuleta

(n/a: escutem, tá? *o*)

O jardim da mansão Cullen já estava totalmente organizado para a cerimônia do meu casamento com a Bella. Eu já estava vestido com meu smoking e estava completamente nervoso. Meu pai estava rindo de mim, dizendo que estava ficando nervoso à toa.

- Não fique nervoso, meu filho. – ele disse – Bella não vai te deixar no altar.

- Concordo plenamente com seu pai. – disse mamãe, chegando – Vocês escolheram um belo dia, uma bela tarde, e tudo vai sair nos conformes. – ela disse sorrindo.

- Mas mãe... – disse reclamando.

- Edward! – me repreendeu com o olhar e eu somente bufei.

Os convidados já estavam todos em seus lugares e o nervosismo aumentou mais ainda quando a organizadora me avisou que já estava na hora. Eu me posicionei ao lado da minha mãe e a música começou. Entrei com a minha mãe ao meu lado, depois Alice e Jasper entraram, eles eram nossos padrinhos – assim como eu e Bella fomos os deles – depois meu pai entrara com Renée – mãe de Bella – e por fim, ela entrava com o pai, Charlie.

Bella estava incrivelmente mais linda do que já era normalmente, o vestido branco feito sob medida, sua barriga de cinco meses e meio de gestação bem acentuada, minha menina já estava bem à vista; − sim, descobrimos na semana passada que teríamos uma bela princesinha – seus cabelos estavam presos num coque e sua franja estava de lado e o véu estava preso no cabelo. (n/a: o véu do meio) Ela estava linda!

Ela sorria largamente pra mim e eu não podia sorrir mais porque não tinha mais espaço. Seu pai me entregou e me recomendou que eu a fizesse feliz, e eu a faria todos os dias de minha vida. O juiz de paz começou a cerimônia e todos os convidados se sentaram. Depois que Bella e eu voltamos a ser um casal, eu pensei que não tinha motivos para não sermos um casal de verdade, pois ela estava grávida, não iria criar um filho fora de uma família de verdade.

Eu sabia que o pai dela não aprovaria, então, quando fomos contar aos pais dela que ela estava grávida e comigo, eu resolvi pedir sua mão. Bella se assustou, pensou que eu estava fazendo obrigado, mas eu expliquei e ela aceitou prontamente. Alice surtou porque teria que ser um casamento às pressas, já que não queria que Bella casasse com um barrigão.

Dissemos o “sim”, trocamos nossos votos, todos se emocionaram, o juiz nos declarou marido e mulher, então eu a beijei apaixonadamente ganhando assobios e aplausos. Separamo-nos e todos os convidados vieram nos cumprimentar. Agora era a hora da festa.

Ficamos esperando mais um pouco, a organizadora disse que tínhamos que entrar somente quando todos os convidados estivessem na outra parte do jardim. Ficamos sozinhos por um momento, Bella tirou o véu e desfez o penteado, soltando os cabelos.

- Por que soltou? – indaguei.

- Ah... Estava me machucando. – ela fez bico e eu ri, aproximei-me dela e a beijei.

- É mesmo senhora Cullen? – brinquei.

- Senhora Cullen? – riu.

- É, você é uma senhora casada agora. – a abracei e beijei seu pescoço, ela se arrepiou – Como se sente? Cansada demais?

- Não, estou bem... Nossa filha também. – ela disse sorrindo e se afastou de mim, colocando a mão na barriga.

Eu sorri e a organizadora chegou, nós fomos caminhando até o outro jardim, que estava muito bonito também, as mesas estava bem organizadas. Ao chegarmos fomos aplaudidos, tivemos nossa primeira dança, eu tirei a cinta-liga de Bella em meio a risos de todo mundo, tivemos nossa primeira dança, cortamos nosso bolo.

Eu e Bella estávamos na pista de dança mais uma vez, ela estava com a cabeça em meu ombro e de olhos fechados. Eu sabia que ela estava morta de cansaço.

- Você já quer ir, amor? – indaguei.

- Hm? – murmurou e se virou para me olhar, completamente sonolenta, sorri.

- Você já quer fugir daqui? – sussurrei e depositei um selinho em seus lábios.

- É uma proposta tentadora. – ela disse e sorriu.

- Então vamos. – eu disse e pisquei, ela riu.

Nós conseguimos despistar o pessoal e saímos de fininho da mansão dos meus pais, apenas mandei uma SMS para minha irmã gêmea e fomos para meu carro. Bella tirou os sapatos e relaxou. Chegamos a minha casa em Santa Monica, quer dizer, nossa casa agora e Bella se surpreendeu ao ver a entrada coberta de pétalas de rosas brancas.

- Só porque iremos viajar amanhã, não quer dizer que não teríamos uma noite de núpcias, não é? – falei e ela me lançou um sorriso maravilhoso.

Antes que ela fosse entrando em casa, eu a peguei no colo e a mesma começou a pestanejar, disse que estava pesada, mas não me importei. Dentro de casa estava a mesma coisa, mas a sala estava preparada para a nossa noite, deixei Bella por um instante e entrei na sala e acendi as velas. Eu pedi que tirassem os móveis e com a ajuda da Alice, pedi que modificassem o ambiente, e ela arrasou.

No chão estava um edredom vermelho sangue e grosso com várias almofadas brancas em cima e velas dando o clima. Bella sorriu e veio até mim. Tinha pétalas de rosas brancas espalhadas por todos os cantos da sala.

- Isso aqui ficou incrível. – ela disse.

- Obrigado. – sorri – Agradeça a sua cunhada.

- Vou me lembrar de agradecer a Alice depois. – ela riu e veio me beijar.

Um beijo cheio de segundas intenções. Tudo ocorreu de forma lenta e prazerosa dessa vez, não precisava ter pressa, nós já éramos um do outro mesmo, ela já era minha esposa e eu já era seu marido, eu a queria pra sempre e assim seria. As peças de roupas eram deixadas em qualquer canto da sala, os gemidos eram abafados com beijos, os suspiros eram altos e o desejo ficava cada vez mais latente.

As roupas íntimas já tinham sido retiradas, eu a penetrei devagar. Ficamos nos movimentando devagar, apenas sentindo toda atração que nossos corpos exerciam um sob o outro. Mas o desejo foi maior, Bella pedia para ir mais rápido e eu atendi seu pedido, mais uma vez atingimos ao clímax juntos.

Nossas respirações estavam ofegantes, batimentos cardíacos descompassadas, corpos suados. Deitei Bella ao meu lado e a abracei, ela se aninhou perfeitamente em meu corpo. Antes de subirmos para o nosso quarto, eu tinha uma surpresa para ela.

- Vamos subir e dormir? – a indaguei.

- Dormir? – perguntou maliciosa.

- Ou então terminar isso em nossa cama. – beijei sua boca deliciosa.

- Acho uma ótima idéia. – ela sorriu e eu me levantei, entreguei um robe de seda a ela e vesti minha cueca.

Começamos a subir as escadas de mãos dadas.

- Amor, quando voltarmos do Caribe, – iríamos passar a lua-de-mel lá – nós poderíamos começar a arrumar o quarto da Deborah − nós já havíamos escolhido o nome dela também, quer dizer, eu escolhi o nome dela: Deborah Carolina Cullen −, não acha? – ela me indagou.

- Hm... Pode ser. – falei – Eu já sei onde seria o quarto dela, o de frente pro nosso. – sorri.

- Perfeito! – ela sorriu e chegamos ao andar de cima.

- Mas antes de irmos pro nosso quarto, olha só o quarto da Deh e as idéias que estava pensando. – parei em frente ao quarto da nossa filha.

Pendurada na porta estava uma plaquinha de cor lilás com o nome dela: Deborah, Bella não entendeu e me olhou confusa, eu somente sorri e abri a porta. Ela entrou e abriu a boca de tamanha surpresa, não disse nada, não conseguiu esboçar nenhuma reação. Eu montei o quarto da nossa princesa sem que ela soubesse, era uma surpresa.

- Então... – falei, Bella estava absorta no ambiente – O que achou?

- Como fez isso? – me indagou, pasma.

- Você estava ocupada com a Alice, vendo as coisas para o nosso casamento e eu resolvi te fazer uma surpresa. – sorri – Gostou? – perguntei apreensivo.

- EU AMEI! – ela se exaltou, jogando-se em meus braços – Ficou perfeito amor, posso ver a nossa pequena nesse berço, parece que foi projetado pra ela... – sorriu boba – Obrigada Edward. – e me beijou – Eu te amo demais. – beijou-me novamente – Não há ninguém melhor do que você!

- Melhor que eu? – ri – Há sim.

- Não mesmo. – riu e voltou a me beijar.

A vida é imprevisível. Em um momento tudo pode estar complicado, de uma maneira que você não sabe como resolver seus problemas, mas em outro, tudo se resolve e você está tão bem que pode gritar pro mundo inteiro ouvir que você está feliz. E era assim que eu me sentia. Eu aprendi com meus erros, sei o que perdi e sei o que passei para ter Bella de volta, mas faria tudo de novo, por ela eu daria a minha vida, por que eu a amo.

FIM.

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