Envolvido pelo vazio que o cercava, uma pequena criatura debatia-se em seu espaço, sendo que a única coisa que ecoava em sua mente era seu nome.

Seu nome era Xubango.

A pequena criatura tentava, a qualquer custo, sentir algo em qualquer parte de suas extremidades, mas suas tentativas em nada resultavam.

Xubango agitava-se em todas as direções de sua forma, sentindo pontadas dolorosas ao tentar atravessar algo que parecia limitar sua expansão e desesperando-se ao perceber que, apesar da dor, não conseguia notar nenhuma outra sensação.

Ele não sabia como conseguia entender as coisas, isso simplesmente acontecia.

A pequena criatura não saberia explicar por quanto tempo permaneceu em sua luta para livrar-se de suas limitações. Seu nome era a única coisa que ecoava em sua mente simples e desesperada, o que tornava seus esforços cada vez mais furiosos.

Por muito tempo isso se repetiu. Mais tempo do que qualquer outra criatura poderia suportar, mas a determinação do pequeno Xubango em descobrir coisas novas o impeliam a continuar. Finalmente, uma sensação lancinante e poderosa foi sentida.

Essa nova sensação o encheu de terror. Uma dor intensa o dominou e imagens surgiram para ele. Xubango, agora, conseguia enxergar e, com isso, notou que ao seu redor existiam outras criaturas.

Uma sensação ainda mais poderosa surgiu dentro dele. Ele não conseguiu entender o que estava acontecendo, mas percebeu que algo estava diferente.

De repente, a criatura não precisava mais se agitar em busca de novas sensações. Tudo o que ele precisava já havia acontecido.