Por nossos filhos - LA escrita por Débora Silva


Capítulo 12
12


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaaa bom dia meus amores!!!! Por nossos filhos sempre ganhou vida nas madrugadas e por isso aqui está mais um capitulo, sei que pode parecer enrolação pra desvendar algumas coisas, mas se for rápido demais a historia não vai ter graça né? Boa leitura a todas e um ótimo dia!!!



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— Me perdoe... - falou respirando fundo. - Mas assim é mais seguro para os dois... - soluçou falando pela primeira vez.

Victoriano sentiu seu corpo todo tremer e a encarou o que era aquilo? Sentiu que o ódio por Amaro somente iria crescer dependendo do que ela dissesse por que ele tinha certeza que ali tinha dedo dele.

— O que está querendo dizer?

Inês o puxou pela camisa deixando seus rostos bem próximos e eles puderam sentir a respiração um do outro e ela disse:

— Me perdoe, mas você não pode ser o pai dele... - aquelas poucos palavras o fez ferver encarando ela.

Que merda era aquela que ela estava dizendo? Como poderia dizer ali em sua cara que ele não podia ser o pai de Emiliano? Como não? Respirou fundo tentando conter a sua ira contra ela e contra as possíveis palavras que viessem a seguir. Inês estava passando por um momento muito difícil e ele sabia que poderia ser só mais uma confusão dela, mas algo dentro dela gritava que não era isso.

Era a verdade pela primeira vez aparecendo ali e ela o encarava com os olhos em cascatas pelas lágrimas, jurou nunca contar, mas ele estava ali ele estava ali num momento de crise, um momento em que ela não sabia nem se conseguiria se reerguer. Inês queria ser livre daquelas amarguras, daquelas crises existências e também queria ser livre pra sentir o amor novamente, mas sabia que não poderia ser assim já que tanto ela quando Victoriano tinham se machucado tanto ao longo daqueles anos.

Mas o destino estava ali para ensinar a eles que só vence um obstáculo se você lutar, se você quiser e eles não tinham se quer tentado, ou melhor, não tinham deixado que eles tentassem ao menos serem feliz. Amaro era o maior culpado de toda aquela dor, toda aquela amargura e também era culpado por muitas outras coisas que ela nunca tinha contado, mas estava ali frente a ele e sentia necessidade contar.

Victoriano estava sem saber como reagir às palavras dela, estava perdido e queria entender o que ela queria dizer, mas tinha também muito medo de perguntar, tinha medo das respostas dolorosas que poderiam rasgar seu coração, mas de uma coisa ele tinha certeza: Não ficaria longe de Emiliano nunca, não o tinha feito até agora não faria com o que ela pudesse dizer.

— Como assim eu não posso ser o pai dele? - por fim quebrou aquele silêncio que os torturava. - Como depois de tanto tempo você vem me dizer isso? - ficou de pé.

— Você precisa entender. - deixava as lágrimas rolarem por seu rosto.

Victoriano andou pelo quarto e foi a porta fechando para que ninguém os ouvisse ou até mesmo que Emiliano entrasse com tudo no quarto. Voltou seus olhos a ela e disse:

— O que eu preciso entender? Você nega a cinco anos que ele é meu e agora vem me dizer que eu não posso ser pai dele? - bufou passando as mãos no cabelo em descontrole.

Inês levantou com dificuldade e gemeu de dor por seus olhos e o corpo todo, ele se preocupou e quis ampará-la, mas não o fez não o fez porque estava bravo e queria entender aquela maldita história.

— Eu fiz para o bem dos dois. - falou se aproximando com ele e respirando fundo pela dor. - Eu fiz e o faria de novo.

— Seja clara com as palavras por que eu não estou entendo nada!!! - falou confuso.

— Eu... Hummm... - segurou o corpo gemendo sem conseguir concluir suas palavras. - Eu sei...

Victoriano naquele momento a amparou em seus braços com calma e ela gemeu mais ainda de dor se contorcendo toda e ele se preocupou de verdade a pegando em seus braços, abriu a porta como pode e saiu com ela balbuciando palavras que ele não entendia e nem queria entender naquele momento, apenas queria que ela ficasse bem e gritou pelo filho no andar debaixo.

— Alejandrooo...

Eles que estavam na cozinha correram de imediato até o berro dele e os olhos de Cassandra se arregalaram ao ver a mãe quase desacordada em seus braços.

— O que aconteceu? - falou aflita.

— Eu não sei, mas acho que a queda foi pior do que imaginei. - falou sofrido. - Eu preciso que me leve ao hospital, meu filho.

Alejandro nem pensou duas vezes e já saiu com ele o seguindo e foram para o carro, Emiliano veio correndo e nervoso e gritou por ele.

— Padrinhooo... - agarrou sua perna.

Ele deixou Inês sentada no banco de trás sendo amparada por Cassandra e o segurou em seus braços.

— Precisa ser forte e ficar com a vovó. - disse tentando passar segurança para ele.

— Eu quero a minha mamãe. - falou sofrido e olhando a mãe no carro.

— O padrinho já volta para assistir o filme e a mamãe também tá bom? - falou afoito, mas tentando passar calma a ele.

— Promete? - o olhou nos olhos querendo chorar assustado com tudo que se passava a seu redor.

— Eu prometo!! - o beijou na testa o colocando no chão, olhou Lupita e ela chamou pelo neto. - Vai lá que já voltamos.

— Cuide de minha filha, Victoriano. - Lupita pediu com o coração disparado de dor por vê-la daquele modo.

Ele apenas assentiu e entrou no banco da frente e eles saíram dali para o hospital... foram duas horas sem notícias dela até que o médico veio e informou que não era nada grave e que já tinha estabilizado a dor que Inês sentia, explicou que era comum devido ao choque e com a crise nervosa que ela tivesse o dobro de dor e eles se tranquilizaram por não ser nada grave. Cassandra, Alejandro e Victoriano entraram no quarto e ela dormia serena com o efeito dos remédios.

Victoriano ainda tinha aquela conversa engasgada em sua garganta e apenas ficou a observá-la da janela do quarto, não se aproximou muito e deixou apenas que Cassandra ficasse ali junto a sua mãe. Ela estava aflita, preocupada e queria apenas que sua mãe ficasse bem e que aceitasse seu casamento com Alejandro porque ela não pensava em desistir.

— Meu amor, ela vai ficar bem. - Alejandro tocou seus ombros.

— Tudo começou quando eu disse que íamos nos casar. - falou sofrida e ele beijou seus cabelos.

— Vai ficar tudo bem e você vai ver que quando ela acordar vai conversar com você e vocês duas vão se acertar. - olhou o pai que parecia perdido. - Vamos tomar um café? - a chamou.

Cassandra assentiu sabendo que teriam uma longa noite com a mãe em observação, levantou e saiu com Alejandro... o quarto ficou em completo silêncio até que ele se aproximou e sentou na cadeira a olhando.

— Tudo teria sido tão mais fácil... - suspirou. - Eu não consigo te esquecer... - segurou e beijou a mão dela.

Inês se moveu na cama e chamou por ele, estava inconsciente mais não deixava de dizer seu nome e ele acariciou seu rosto.

— Descanse... - foi tudo que disse enquanto a tocava para que se acalmasse e ela não mais se moveu, apenas suspirou em seu sono.

(...)

Quando a manhã chegou os três que não saíram do lado dela nem um segundo estavam extremamente cansados e não viam a hora dela ter alta e poder ir para casa, suspiravam cansados e por volta das sete Victoriano os obrigou a ir comer algo e buscar um café para ele. Inês começou a despertar e seus olhos foram diretamente a ele e logo deu uma revisada no quarto.

— Estou no hospital? - ofegou se mexendo na cama.

— Sim. - se aproximou dela. - Fique calma, você já está bem e daqui a pouco vamos pra casa.

Os olhos dela se encheram de lágrimas e Inês o puxou para que se aproximasse mais e disse:

— Vamos embora daqui que se ele souber que eu estou no hospital pode querer me internar de verdade, Victoriano. - os lábios tremeram.

— Inês... - respirou fundo tocando seus cabelos e a olhando nos olhos. - Você precisa me contar essa história direito ou eu não vou poder te ajudar.

As lágrimas rolaram por seu rosto e ela disse:

— Ele disse que se eu contasse do bebê me colocaria em um hospício... - falou com pavor. - Por favor, vamos embora. - o agarrou em um abraço e Victoriano a amparou.

— Você está falando do seu pai? - questionou sem entender toda aquela história direito, cada hora vinha uma informação nova e ela dizia apenas pedaços sem contar a história inteira.

— Sim... - o olhou nos olhos. - Junto com doutor Loreto... 


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