Por nossos filhos - LA escrita por Débora Silva


Capítulo 11
11


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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— A culpa é sua!!! - Amaro quase gritou sem se conter.

Victoriano não o olhou e apenas subiu para o andar de cima e foi direto para o quarto dela, ele sabia perfeitamente onde ficava tudo daquela casa e a deitou na cama tirando suas botas, estava cheia de terra pela queda, mas não era bom mexer com ela naquele momento e ele se virou para sair do quarto.

— Não te quero perto de minha filha!!! - Amaro voltou a afrontá-lo.

Victoriano então o encarou e com todo ódio que tinha daquele homem sentou um soco tão forte em sua fase que ele foi ao chão deixando a todos atônitos...

— Meu Deus, Victoriano, não faça isso!!! - Lupita falou assustada. - As coisas não vão se resolver assim!!!

Victoriano estava com sangue nos olhos e apenas o olhava no chão, ele se levantou com a ajuda de Alejandro e Cassandra. Era dois inimigos declarados ali naquele pequeno espaço.

— Vá embora da minha casa! - gritou com ele.

— Victoriano... - Inês chamou da cama chorando, não estava acordada mais não queria estar longe dele e tinha o sono inquieto.

Victoriano virou no mesmo momento e entrou para dentro do quarto e foi a cama sentando ao lado dela que buscou o corpo dele e o agarrou nervosa e ele beijou seus cabelos se arrumando melhor na cama para ficar junto dela. Emiliano ouviu a barulheira e saiu do quarto dele coçando o olhinho.

— Que balulio em. - bocejou.

— Volte para seu quarto Emiliano. - falou rude com o neto.

Ele arregalou os olhos a tanto tempo não via o avô e agora ele estava ali falando rude com ele que nada entendeu por ser pequeno e também por ter acabado de acordar. Cassandra no mesmo momento pegou o irmão nos braços que quis chorar e o abraçou com todo seu amor reprovando a atitude de seu avô.

— Eu só queria um leitinho... - falou sofrido.

— Vamos com vovó e Cassandra pegar seu leite, meu amor. - sorriu mesmo quase não conseguindo e sinalizou para que Cassandra fosse com ele. Olhou Amaro e disse: - Vá embora e não volte aqui até que nossa filha te chame!!

— Vai deixar esse verme aqui? Esse cara que desgraçou a vida de nossa filha? - estava vermelho de raiva.

— Se ele está aqui é porque fez mais que qualquer um dessa fazenda e salvou nossa filha, você melhor que ninguém sabe como ela fica quando tem essas crises!!! - respirou pesado e olhou os dois na cama. - Ele sempre vai ser o melhor pra nossa filha e você sabe disso!!!

— Nem por cima do meu cadáver!! - tinha tanto ódio.

— É justamente por isso que ela não foi feliz e nem vai ser!!! - falou com rancor e foi a porta a fechando. - Você melhor do que ninguém sabe o que fez!!! - saiu apoiada em sua bengala o deixando ali sozinho.

Amaro olhou a porta fechada e respirou profundamente saindo dali com a certeza que aquele soco teria volta o mais breve possível, desceu e resolveu não passar na cozinha onde estavam todos e apenas se foi da casa. Na cozinha, Lupita, Cassandra e Alejandro tratavam de cuidar do pequeno que ainda estava assustado com o modo de seu avô, mas logo deu um pequeno sorriu para Alejandro que fez brincadeira para que ele se distraísse, não contou como encontrou Inês porque queria esperar o pai e as horas se foram...

(...)

Inês foi despertando aos poucos e as mãos acariciaram o peito de Victoriano inconscientemente ele dormia agarrado nela para que não fugisse, não tinha muito tempo que tinha pegado no sono, mas foi vencido. Ela abriu os olhos de maneira calma e foi percebendo onde estava e logo identificou aquele cheiro que não era estranho para ela e com calma levantou a cabeça para olhá-lo.

Inês respirou fundo, mas com calma dessa vez a crise tinha sido mesmo forte para que ele estivesse ali a seu lado tentou se mover, mas sentiu todo seu corpo doer e gemeu tinha que sair dali com calma para não acordá-lo mais essa tarefa seria difícil já que ele a abraçou mais fazendo com que sentisse a dor um pouco mais aguda. A porta se abriu e por ela passou um "toquinho" de gente que ao ver Victoriano ali deu um grito.

— Padrinhoooooooo. - e Victoriano deu um pulo no mesmo momento em que Inês tentou fazer com que o filho não gritasse.

Victoriano olhou para os lados assustado e logo olhou Inês a soltando e Emiliano foi a cama subindo como conseguiu e montou na barriga de Victoriano que sorriu para seu menino. Inês sentou estava um pouco envergonhada e olhou os dois juntos.

— Trouxe uma balinha? - falou todo empolgado pulando em sua barriga.

— Meu filho, não faça assim. - Inês falou com calma.

Victoriano deu um riso alto e disse:

— Não me da nem um beijo e já quer as minhas balas? - o puxou para ele o agarrando e o enchendo de beijos por todos os lados o fazendo gargalhar.

Inês podia sentir seu coração ferver de emoção com os dois juntos e ao mesmo tempo tinha tanto arrependimento por fazer o que fazia, mas era melhor assim para os dois, levantou sentindo que poderia chorar ali na frente deles e com calma foi para o banheiro.

— Você vai ficar aqui comigo, padrinho? - falou todo amoroso depois de respirarem.

— Vou ficar mais um pouco aqui sim, meu filho. - o beijou era tão lindo. - O que quer fazer? - olhou na direção do banheiro e apenas ouviu o barulho do chuveiro.

— Assistir filme de carro. - falou com os olhos brilhando.

Victoriano sorriu e o beijou mais e mais até que ouviu o barulho do chuveiro desligar e disse a ele.

— Então vá buscar os filmes pra que a gente veja aqui com a mamãe que tal?

Ele nem respondeu apenas saiu pulando da cama e sumiu porta a fora com Victoriano rindo do jeito ele, levantou da cama e a porta se abriu com ela vindo apenas de roupão. Eles se olharam e ela suspirou com os olhos rasos.

— Você está bem? - falou com calma e ela se aproximou da cama e sentou.

— Meus joelhos estão machucados e meu corpo dói. - suspirou.

Ele foi a ela e se abaixou em sua frente e com educação abriu um pouco o roupão olhando os joelhos dela.

— Meu Deus... - tocou de leve. - Onde está a maleta de curativo?

— Nessa gaveta aí mesmo. - falou com calma apontando para a gaveta.

Ele pegou tudo que precisava e com calma cuidou dela, Inês não tirou os olhos dele se quer um minuto e quando ele estava quase terminando, ela deixou que uma lágrima escapasse de seus olhos. Victoriano a olhou terminando o que estava fazendo e tocou seu rosto.

— Você precisa só descansar que vai passar.

Inês ao sentir o toque de sua mão deixou que mais lágrimas rolassem por seu rosto e ele a abraçou com calma para que ela tentasse se acalmar.

— Vai ficar tudo bem!!! - acariciou as costas dela e Inês logo o soltou.

— Me perdoe... - falou respirando fundo. - Mas assim é mais seguro para os dois... - soluçou falando pela primeira vez.

Victoriano sentiu seu corpo todo tremer e a encarou o que era aquilo? Sentiu que o ódio por Amaro somente iria crescer dependendo do que ela dissesse por que ele tinha certeza que ali tinha dedo dele.

— O que está querendo dizer?

Inês o puxou pela camisa deixando seus rostos bem próximos e eles puderam sentir a respiração um do outro e ela disse:

— Me perdoe, mas você não pode ser o pai dele... - aquelas poucos palavras o fez ferver encarando ela.


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