Mais forte - MyE escrita por Débora Silva


Capítulo 25
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Notas iniciais do capítulo

Boa tarde e uma ótima leitura.



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Manu foi direto para os braços da mãe e a agarrou cheia de ciúmes e ela a abraçou beijando seu rostinho e chamou Estrela para que também viesse, mas ela ficou de pé puxando Estevão para mostrar sua florzinha e ele foi rindo de seu pequeno amor enquanto Maria ninava Manu cheia de dengo até que ela dormiu e ela achou melhor que eles fossem embora mesmo sobre os protestos de Estrela que queria brincar mais e aquele resto de dia se foi...

(...)

Um novo dia chegou e Maria trabalhou a manhã toda depois de uma longa conversa com o pai sem mencionar os beijos trocados por eles, José estava ansioso para estar com elas mais tinha se enrolado com os negócios em sua viagem e não conseguiria alcançar sua filha, Estevão cuidou das meninas a manhã inteira e as levou para almoçar e logo ao parque já que Maria não conseguiria estar com eles. A hora com as meninas parecia ser tão curta que quando ele se deu conta já era três da tarde e ele voltou ao hotel, deu banho nelas que bagunçaram o banheiro todo, ele pediu um lanche que elas comeram e assim que terminaram deitaram para tomar o leite e logo adormeceram com ele admirando o quanto elas eram perfeitas e ele deitou ao lado delas para vigiar se caso elas acordassem.

Maria terminou tudo por volta das quatro e meia e voltou ao hotel, estava cansada mais logo tudo estaria perfeito e pronto para a inauguração que seria em três dias, ela subiu para seu quarto e entrou já tirando os sapatos estranhando aquele silencio todo, apenas se ouvia o som baixo da televisão e ela deixou a bolsa no chão caminhando para o meio do quarto e encontrou os três adormecidos com Estrela em cima dele. Maria sorriu e se aproximou tirando as mamadeiras do meio da cama, cobriu melhor Manu e se aproximou de Estevão o tocando no rosto para que ele não se assustasse ou a filha acordasse, mas ele apenas virou abraçando a filha melhor e a deitando em seus braços para continuar a dormir, pareciam mesmo bem cansados.

Ela foi para o banho e deixou que o cansaço saísse na água e ali se perdeu no tempo se assustando quando a porta abriu rapidamente com ele entrando com a filha nos braços e a colocou sentadinha na privada que reclamou agarrada nele enquanto fazia xixi e ele riu do jeitinho dela a beijando, Estevão levantou e quando virou se assustou com Maria ali o observando com um meio sorriso no rosto e ele respirou fundo para seus olhos não o trair e ele olhar para baixo. 

— Me desculpe! - saiu dali e colocou a filha na cama. 

Maria pegou a outra toalha e secou os cabelo se olhando no espelho e sorriu por vê o quanto ele era carinhoso com a filha, ela não podia negar que duvidava dele sempre e principalmente quando ele estava sozinho com as filhas, mas vê-lo ali cuidando de sua menina a fez sentir um pouco mais de confiança nele. Ela saiu do banheiro e ele estava sentado na cama a espera dela que olhou as filhas ainda adormecidas e ele também as olhou sorrindo.

— Pelo jeito elas acabaram com você!

— Você não faz ideia! - riu ficando de pé. - Eu vou para meu quarto!

— Você quer jantar? Podemos pedir algo para comer aqui mesmo e assim não precisamos deixá-las com alguma estranha ou acordá-las!

Ele a olhou de cima a baixo e quase não conseguia se concentrar com ela vestida somente naquele roupão e cheirando tão bem.

— Eu só preciso de um banho e você pode pedir a comida para nós dois e batata frita para elas! - riu. - Eu prometi! - falou antes que ela negasse. 

— Você vai mimá-las assim! - riu.

— Se eu não prometesse isso a elas, elas não iriam comer o lanche da tarde e quem estaria ferrado era eu! - deu dois passos para frente parando mais perto dela.

— Eu sei o quanto elas podem ser persuasivas quando querem algo. - sorriu lindamente. 

Estevão estava tentando ser forte mais vê-la sorrir daquele modo o desmontou e ele a tocou no rosto.

— Sabe o quanto eu sonhei e imaginei você sorrindo assim na minha frente?

Maria piscou lentamente algumas vezes o ouvindo e deu um passo a frente. 

— Sabe o quanto esperei que você fosse forte o bastante pra me procurar e ficar com a gente? - tocou o peito dele.

— Maria, tem tanta coisa que você ainda não sabe! - suspirou. 

— E por que você não me conta? - se aproximou mais dele sentindo sua respiração. - Por que não confia em mim? 

Estevão não disse nada e apenas a beijou com calma sentindo o gosto de seus lábios e ela o segurou pelo pescoço ficando na ponta dos pés desfrutando dos lábios de seu grande amor. Era o terceiro beijo depois de cinco anos e todos eles pareciam ser o primeiro, eles conseguiam se amar num único beijo e seria assim para sempre.

— Maria... - encostou a testa na dela acariciando suas costas assim que terminou o beijo. - Tudo que fiz foi para proteger você e o nosso filho que eu achei que era um só, mas afortunadamente você me deu duas meninas lindas! - sorriu e se afastou um pouco a olhando nos olhos. - Eu sei que nada justifica a minha covardia em abandonar você gravida e escolher a minha esposa, mas eu precisava preservar você e o filho que ela esperava. Ana Rosa fez da minha vida um verdadeiro inferno, nosso filho teve muitos problemas ao nascer e ela sempre me ameaçava com machucar você e isso eu não poderia permitir já que estava longe e seguindo sua vida!

Maria o ouvia e seu coração batia aceleradamente com aquela confissão, ele era o homem de sua vida e mesmo que suas atitudes não justificassem sua covardia ele tinha feito boa parte para lhe proteger e isso era algo que ela não esperava ouvir de seus lábios. Na verdade Maria sempre esperaria coisas negativas dele como na noite em que trocaram o primeiro beijo e ele confessou que não sabia se voltaria se as coisas fossem diferente, mas ele estava ali e agora seu coração gritava com esperanças que ela não deveria ter mais ela tinha muitas querendo que a história deles fosse diferente do que era.

Não se pode apagar um passado, não se pode apagar todas as ilusões que um dia se teve em construir um futuro com o amor de sua vida, mas nem sempre conseguimos viver o que sonhamos no momento que queremos e sim no momento certo de nossa vida. Não dá pra viver algo grande sendo fraco e precisamos de um longo processo e dolorido para ser mais forte e assim sim poder viver o que se está escrito... Nada em nossa vida acontece sem um por quê e Maria conseguia entender isso naquele momento em que estava presa nos olhos do homem que mais amava.

— Me diga alguma coisa... - tinha o coração no mesmo compasso que o dela com aquele silêncio. - Eu sei que não sou digno de vocês mais eu quero uma chance. Me de uma chance de estar com vocês de verdade, Maria me de uma chance de te conquistar novamente?


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