Mais forte - MyE escrita por Débora Silva


Capítulo 20
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Notas iniciais do capítulo

Boa leitura meus amores e espero que gostem!!!



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— Não precisa! - falou com calma. - As meninas devem estar precisando de você!

— Elas estão bem, eu liguei e elas não quiseram nem falar comigo! - sorriu. - Quando ficam na casa de Lupita se esquecem do mundo!

— E você morre de ciúmes! - riu.

— Não tenho ciúmes...

Era uma conversa simples, mas que os aproximavam naquele momento e ele gargalhou sentindo dor na cabeça e ela se aproximou preocupada e ele disse que não era nada. Estevão pediu que ela contasse mais das meninas já que não estava todos os dias com elas e ela começou a narrar algumas coisas enquanto esperavam para que ele tivesse alta.

Foi quase uma hora de conversa até que ele recebeu alta e eles saíram do hospital, Maria o levou até o apartamento onde ele estava morando e ele depois de agradecer, desceu do carro e ela foi pra casa. Era pra recomeçar diferente e eles sabiam disso.

(...)

Com o passar dos dias Estevão se recuperou bem e meditou sobre as palavras de Maria e entendendo que estava "jogando" errado e decidiu que faria tudo diferente mesmo não gostando da aproximação de Renato com suas meninas, mas ele era o namorado de Maria e não podia impedir que elas estivessem com ele. Passou a ser mais flexível e sempre que a encontrava quando ia buscar as meninas, ele dava um chocolate a ela ou quando ia ao parque com as meninas mandava uma flor. 

Não tinha segundas intenções, mas queria que a convivência fosse mais fácil pelas filhas, eles estavam em momentos diferentes na vida e ele não queria atrapalhar em nada apenas queria ser o pai de suas meninas. Maria naqueles dias que se passaram trabalhou dobrado já que sua coleção estava preste a ser lançada, mas não deixou de dar atenção a suas meninas e nem a Renato que sempre tinha um comentário sobre Estevão aos quais ela ignorava muitas vezes ou entendia como ciúmes. 

Um ciúme que não se fazia necessário já que eles mal conversavam ou se viam mesmo ele mandando alguns mimos a ela de vez em quando, Maria era uma mulher decidida e não tinha tempo para aqueles jogos de palavras de Renato ou as "investidas" de Estevão. Ela queria ganhar o mundo e dar a suas meninas tudo que ela não teve e era somente nisso que pensava, passou a sair mais com suas amigas o que deixava José um tanto enciumado já que antes ela não fazia. 

Era um pai tão zeloso que não queria que ela sofresse nunca mais, mas não podia controlar tudo e precisava deixar que ela levantasse voo, Estevão era uma presença constante na vida de suas netas e ele mesmo não gostando tinha que engolir e sempre que as meninas chegavam com algo dele para ela, podia ver nitidamente como os olhos brilhavam e um sorriso brotava em seus lábios e ela fazia de tudo para esconder, mas ele entendia que a qualquer momento poderia vê-los ter uma recaída.

Naquela tarde Maria corria na empresa em busca da perfeição de uma peça que parecia não dar certo, tinha gritado pela primeira vez com um de seus funcionários, mas logo se desculpo e tentou manter a calma ou não conseguiria resolver nada. Ela olhou o relógio e seus olhos arregalaram e ela pegou sua bolsa, saiu da sua sala e correu para o elevador, desceu e lembrou-se que o carro não estava ali com ela hoje e ela andou apressada para conseguir um táxi. 

O telefone no ouvido a espera que ele atendesse nem a deixou raciocinar do quanto andava rápido e quando pisou o pé na rua ouviu um grito de "mamãe" e foi o suficiente para que ela virasse pra trás e uma buzina soasse a fazendo largar o telefone. Maria foi puxada com violência para trás e ela gritou fechando os olhos.

— Você ficou maluca Maria? - a voz soou firme, mas para ela parecia tão longe naquele momento. 

Estevão a soltou e tocou seu rosto, ela ainda permanecia de olhos fechados e ele se preocupou e a chamou mais algumas vezes até que ela raciocinou e o olhou nos olhos.

— Você está bem? - a mantinha em seus braços e podia sentir o quanto ela tremia. - Por que estava correndo assim? 

Maria ainda piscou algumas vezes e respirou fundo com os olhos enchendo de lágrimas.

— Meu Deus, Maria... - ele a pegou no colo e a levou para dentro da empresa a sentou num sofá da recepção e pediu água para ela.

As pequenas vieram e Maria deixou as lágrimas rolarem por seu rosto enquanto as abraçava com força, elas riram achando graça daquele carinho todo e alheias ao que se passava, limparam as lágrimas de Maria a beijando muito como gostavam de fazer.

— Mamãe ta emocionada é? - Manu falou toda risonha.

— A gente já chegou mamãe! - Estrela riu. 

Estevão deu o copo de água pra ela que tomou o segurando com as duas mãos. 

— Deixem a mãe de vocês respirar! - ele pediu para as duas que se afastaram e começaram a correr em volta da mesa. - O que aconteceu? - perguntou baixo se aproximando mais dela.

 - Que dia é hoje? - estava atordoada. 

— Quinta! - não entendia o porquê daquele jeito dela. - Por que estava correndo daquele modo?

— Eu, eu estava atrás de um táxi para ir buscá-las... - passou a mão nos cabelos.

— Maria, hoje é o meu dia... - se preocupou. - Você quase foi atropelada!

Um segurança veio e entregou o celular e a bolsa dela que tinham ficado do lado de fora e ele agradeceu voltando seus olhos a ela. 

— Eu só olhei a hora e me apavorei, eu esqueci completamente que era o seu dia! - respirou fundo. 

— Maria, eu nunca te vi assim! - segurou a mão dela. - O que está acontecendo?

— Eu só estou com muito trabalho! - tirou a mão automaticamente. - Tenho que viajar amanhã, papai também pra outro lugar e eu não sei como vou fazer com as duas meninas comigo e tanto trabalho! - desabafou. 

— Maria, eu sei que não tem confiança em mim, mas pode contar comigo nesse momento! - falou com calma. - Cadê a babá que te ajuda?

— Ela tem um problema de família e não vai poder me ajudar nesse momento. - suspirou se recompondo.

— Eu posso ir com você se quiser e te ajudo com as meninas, elas já sentem confiança em mim... - sorriu olhando as filhas. - Assim você trabalha um pouco mais tranquila.

Maria pensou por alguns segundos enquanto o olhava nos olhos e se perguntou se era uma boa o ter tanto tempo por perto, mas logo olhou suas meninas e sabia que teria trabalho dobrado sem o pai e sem a babá. Ela voltou seus olhos para ele que esperava ansioso por uma resposta dela.

— Viajaremos amanhã de tarde!

— Eu prometo que não vou decepcionar dessa vez! - falou com um sorriso. - Meus amores venham aqui!

Ele chamou as meninas e elas vieram correndo e pularam nos braços dele.

— O que foi titio? - Estrela tinha um lindo sorriso.

— Amanhã vamos passear de avião!

— Aviãooooooo... - as duas falaram juntas e ele levantou as rodando no ar. 

Maria amenizou seu coração e sorriu para o modo deles, mas o susto que tinha passado naqueles poucos minutos ainda refletia em seus olhos e no modo como estava ali sentada e tensa. Estevão voltou a sentar com elas e as deixou brincar novamente, segurou a mão dela e disse com calma. 

— Eu te levo pra casa e você descansa... - ela iria retrucar. - Pelo menos por hoje!

Ela respirou fundo e com a ajuda dele, ela levantou e depois de chamar as meninas eles se foram para o carro. Seriam dias intensos e ela sabia bem disso ao aceitar aquela proposta dele...


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