Destino escrita por AelitaLear


Capítulo 8
Mudança de vida


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela longa demora, agora eu prometo dedicar meu tempo somente a essa fic, então acho que vou conseguir postar um cap por semana... se tudo der certo.
E eu acho que essa Fanfic terá só mais dois capítulos.



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Nunca pensei que eu fosse ser uma cantora, muito menos uma cantora de sucesso. Takuto, meu empresário, foi quem me colocou no mercado e me ajudou a subir.

Depois que ele me encontrou, fizemos vários testes para que eu pudesse achar um gênero bom, que minha voz combinava.

Tive que fazer aulas de canto, coisa que eu adorava. Minha voz era bonita, como Takuto mesmo dizia, mas ela era baixa, e faltava afinação, faltava um profissional me ajudando.

E foi assim que aprendi cantar bem. Depois Takuto começou a minha divulgação pessoal. Foi a parte mais difícil da minha vida de cantora.

No princípio, eu tive que fazer muitos shows quase que sem ganhar nada. Mas logo o público se acostumou comigo, e quando me dei conta, eu já estava gravando meu primeiro cd.

Essa foi a minha maior alegria. Além de meu cd ter ficado perfeito, com as músicas mais lindas que compus, ele foi um sucesso, teve Record de vendas...

E logo Takuto estava formando planos para que eu gravasse meu segundo cd. Minha mente trabalhava a mil para que eu conseguisse compor mais músicas.

Mais um cd com sucesso de vendas. Confesso que eu não gostava muito do dinheiro que ganhava, o que me atraia mesmo era o amor que o público tinha por mim.

Eu era um sucesso jovem, todas as meninas e meninos me escutavam, isso era maravilhoso. Minha maior satisfação foi quando escutei em uma loja uma de minhas músicas.

Cartazes e outdores para todos os lugares, estampando meu nome e meu rosto. Mas logo esse sucesso acabou, precisamos inovar para conseguir mais mercado.

Foi ai que descobri que meu grande amigo e produtor Takuto cantava, cantava como ninguém. Sua voz era maravilhosa, era a melhor voz que escutei em toda a minha vida.

Bem, eu não era tão velha assim. Hoje eu estava com meus 19 anos, no auge da idade. Takuto era um pouco mais velho que eu, não me recordo a idade, mas seu talento era maravilhoso.

E fizemos um cd cantando juntos. Novamente o público aceitou e aprovou nossa nova obra. Muitas pessoas imaginavam coisas e me via ao lado de Takuto, nós dois namorando.

Mas tinha algo, uma marca em meu coração que não saia. Eu tentei, juro que tentei me apaixonar por Takuto e amá-lo, viver feliz para sempre com ele...

Mas tinha algo dentro de mim que não permitia. Era uma dor, uma cicatriz dentro do meu coração, que me proibia de amar e olhar para outro homem.

Essa dor já foi mais forte, disso eu sabia. Antes era algo insuportável, agora era difícil eu me lembrar que ela estava lá para me incomodar...

Mas quando ela vinha, não tinha nada que pudesse segurá-la. Muitas vezes eu estava nos meus shows e lágrimas caiam de meu olhos, eu tinha sorte das pessoas acharem que era atuação de minha parte.

Mas não era. Minhas músicas eram compostas para ele, minha vida rodeava em torno dele. Ninguém sabia que eu tinha isso no coração, nem mesmo Takuto, meu melhor amigo.

Se me perguntassem o que eu tinha, sempre arrumava uma desculpa, falava algo que não tinha nada a ver com a dor. E ela estava lá, todos os dias me incomodando.

Eu ainda guardava a carta que ele tinha me entregue, aquelas palavras maravilhosas que passavam por minha mente todo o segundo.

E seu nome, procurava não citar, mas quando eu via nomes parecidos ao dele, não tinha como evitar, minha mente voava e voltava ao que sentia por ele.

Como isso poderia acontecer? Depois de tantos anos meu coração ainda amava aquele homem? Isso era algo ruim, eu até cheguei a pensar que nunca deveria ter conhecido ele...

Mas era inevitável. O destino estava contra mim, ele fez com que eu conhecesse o grande amor de minha vida e o esquecesse logo depois, isso não era justo.

Destino idiota que vem me incomodar.

- Mitsuki, tudo bem com você? – Takuto perguntou quando me viu entrar no seu estúdio de cabeça baixa.

- Claro, estou bem sim. – Sorri para ele.

- Bem, gostaria de falar com você...

Olhei para ele, será que ele tinha planos novos para nosso sucesso? Já estava imaginando novas composições em minha mente.

- Hey, tudo bem Takuto! – Respondi animada. – Fale!

- Bem... – Ele hesitou. – Preferia que fosse em outro lugar... Talvez um restaurante?

- Ah sim claro, vai ser bom.

Fazia tempo que eu não ia almoçar em um restaurante, normalmente comíamos aqui mesmo, que tinha uma pequena praça de alimentação, muito simples e agradável.

- Bem, vamos ao trabalho.

Hoje eu estava aqui para gravar um vídeo clip, eu achei a ideia excelente. Esse seria o meu primeiro vídeo clip oficial junto com Takuto, e garanto que seria especial.

Claro que eles escolheram uma música romântica para isso, todos queriam ver nós dois juntos. E de acordo com o próprio Takuto, seria um bom marketing.

Depois que acabamos as primeiras gravações do vídeo, eu e Takuto fomos almoçar como o combinado. Íamos com seu carro mesmo, apesar de eu sentir paixão por dirigir.

Eu tinha conseguido tantas coisas depois que fui cantora! Além de meu carro, eu tinha um apartamento bonito e espaçoso, fora as minhas roupas e eletrônicos.

Paramos em uma vaga, Takuto como um bom cavalheiro veio abrir a porta para que eu descesse do carro. Caminhamos para o restaurante, que parecia um pouco vazio.

Sentamos numa mesa qualquer, Takuto me passou o cardápio e eu fui escolhendo qual seria meu prato de hoje. Acho que escolheria alguma variedade de peixe.

Fizemos o nosso pedido, agora só nos restava aguardar para que chegasse.

- Bem Takuto, o que você quer falar comigo? – Perguntei depois de alguns minutos em silêncio.

Ele me olhou bem nos olhos, eu podia vê-los brilhar. Ele segurou minha mão, e me assustei com seu toque repentino e carinhoso.

- Sabe Mitsuki... – Ele suspirou. – Faz muito tempo que nós dois nos conhecemos.

- É verdade. – Sorri.

- E só agora consegui coragem para revelar isso.

Olhei para ele sem entender.

- Desde a primeira vez que te vi... Percebi que não era uma garota qualquer.

Claro que não, ele descobriu em mim um dom que eu nem mesma sabia... mas eu era uma garota qualquer, só com um pouco mais de sorte.

- E desde a primeira vez que te vi, eu... – Ouvi o som de sua garganta sendo limpada. – Eu te amo.

Suas palavras me chocaram completamente, ele me amava? Isso não poderia ser verdade, não, não podia.

Da ultima vez que recebi uma declaração dessa, tudo foi por água abaixo, me separei do meu grande amor. Isso iria se repetir se eu deixasse.

Era mais uma vez o Destino tramando contra mim.

E eu não sentia nada por Takuto, não como sinto por...

Eichi.

Seu nome apareceu na minha mente sem eu mesma notar, e junto com seu nome, as lágrimas começaram a surgir em meus olhos e eu comecei a chorar desesperadamente.

Takuto me olhou sem entender, podia ver seu rosto magoado.

- Eu não posso... Isso não é certo... – Murmurei para ele.

- É tão ruim assim eu te amar?

Ele perguntou frustrado e magoado.

- Não é você me amar... eu que não posso te amar.

Levantei daquela mesa deixando Takuto sem palavras. Eu não podia ter um relacionamento com ele, não posso ter um relacionamento com ninguém, essa é a minha sina.

A dor que sentia pela perda do Eichi voltou, como se nunca tivesse passado, como se eu voltasse à época que aconteceu e revisse tudo de novo.

Não pensei duas vezes em pegar um taxi e correr para meu apartamento. Nada mais importava, não queria mais pensar na vida.

Sai do taxi mal agradecendo, não estava com capacidade para isso. Entrei correndo sem olhar as pessoas que estavam em minha volta, fui para o elevador.

Por azar ele estava lotado, não consegui encarar pessoa nenhuma ali. Estava torcendo para que todas elas saíssem logo de lá e me deixasse sozinha e chorando.

Aos poucos fomos subindo, tinha azar pelo meu apartamento ser um dos mais altos. Muitas pessoas saíram de lá, mas ainda ficou um homem.

Esse homem me encarava muito, tentei não olhá-lo, mas quando avistei seu rosto, entendi por que tanta dor ainda estava no meu peito.

Lá estava ele, como nunca pensei que o veria. Sorrindo para mim, com os olhos cheios de lágrimas também.

- Mitsuki. – Sua voz continuava melodiosa. – Nem acredito que encontrei você aqui.


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