Last Chance escrita por Rayanne Reis


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem?

Espero que estejam gostando da fic.

Vamos ver a reação dos pais do Edward ao conhecer a neta e saber como o Edward se tornou um assassino de aluguel.



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—Mãe? - Edward levou um susto ao ver a mãe segurando Aurora. Ele passou a noite toda cuidando da filha e Alice assumiu o turno da manhã, com a promessa de que o acordaria antes de sair ou dos pais deles chegarem. Como não a viu em lugar nenhum, presumiu que já tivesse saído para o trabalho.

—Edward. - Ela o cumprimentou com frieza.

—Vejo que já conheceu a sua neta. - Colocou as mãos no bolso da calça e olhou para o chão. Ele não esperava que ela o recebesse de braços abertos, mas também não estava preparado para aquele tratamento frio. Esme sempre foi muito amorosa e carinhosa com os filhos.

—Ela é linda. - Não desviou os olhos dela. - Perfeita.

—Parece que não ficou muito feliz com a notícia.

—Oh, não. – Apressou em negar. - Muito pelo contrário. Senti a mesma alegria de quando vocês nasceram. Eu estou muito feliz por ter uma neta.

—O problema está comigo então. - Apontou e Esme assentiu cantarolando para a neta. - Ela deve estar com fome. - Edward estendeu o braço para pegá-la.

—É melhor eu segurá-la, ou vou acabar puxando a sua orelha.

—Me desculpe, mãe. Nunca quis que as coisas fossem assim. Ficar longe de vocês é um sofrimento.

—Edward, eu não consigo entender. – Esme tentava manter a voz calma, não queria assustar a neta. - É perigoso para nós você ficar por perto, mas não é para essa criança?

—Para ela é ainda mais perigoso. A mãe dela só levou um tiro por minha causa. Não planejei isso. Era para ser só diversão entre Bella e eu, mas acabou acontecendo.

—Acabou acontecendo… - Esme repetiu e levantou balançando a neta para que ela se acalmasse. - Chega de mentiras. Quero a verdade e não vou sair daqui até você me contar tudo.

—Eu não posso, mãe. Se te contar a verdade você nunca mais vai sequer olhar para mim. – Ele odiava se sentir como um garotinho, mas a forma que a mãe o olhava era como ele tivesse 10 anos. Sabia que não poderia continuar mentindo para ela.

—Não há nada que você faça que vai me fazer te odiar. Você é o meu filho. Poderia odiar a Aurora?

—Jamais. Mas ela não é e nunca vai ser uma assassina.

—Não foi culpa sua a Carmen ter morrido naquele acidente.

—Talvez, mas não é disso que estava me referindo. - Respirou fundo e decidiu contar a verdade. Já estava farto de mentiras e precisava desabafar com alguém. - Eu sou um assassino de aluguel e não do FBI. - Confessou e Esme voltou a sentar. - Estava em Quântico quando conheci um homem. Ele fazia favores para alguns criminosos, o que incluía assassinar algumas pessoas. Quando recebi a proposta recusei imediatamente, eu jamais seria um monstro. Sabia que durante o meu trabalho no FBI poderia matar algumas pessoas, mas isso seria autodefesa. Assassinato a sangue frio era outra coisa. Então veio o acidente e a morte da Carmen. Eu não sabia mais o que pensar, sempre me culpei pelo que aconteceu e estava desnorteado. Os pais dela já estavam lidando com a perda da filha e não poderiam ter mais preocupações com o tratamento do filho. - O irmão de Carmen tinha 10 anos na época e idolatrava Edward. O garoto gostava de sair com eles e estava dormindo no banco traseiro quando o acidente acontece. Ele ficou paralítico.

—Você pagou o tratamento dele?

—Era o mínimo que podia fazer. - Deu de ombros tentando controlar as lágrimas. - Eu não tinha dinheiro, então lembrei da proposta de emprego que recebi. Seria um trabalho fácil e rápido, atirava muito bem e poderia dar um tiro de longa distância e ninguém me veria.  Receberia 300 mil pelo serviço e dessa vez não pensei duas vezes e aceitei. O cara era um traficante e pensei que estaria fazendo um bem a todos ao eliminá-lo. Seria só um serviço, mas acabei fazendo outros e outros, até o dia em que matei um dos homens mais procurados da Itália. Ele abusou da própria filha e foi ela quem me pediu para matá-lo. Continuei com minha vida e há noves meses estive aqui na cidade, a intenção era visitá-los e me desculpar com a Alice por ter perdido o casamento dela. Mas quando estava indo para casa, percebi que estavam me seguindo e não poderia deixá-los chegar perto de vocês. Então entrei no primeiro bar que encontrei e foi lá que conheci a Bella. Ela estava meio bêbada e tinha acabado de ser largada pelo noivo, completamente vulnerável e fácil de ser manipulada. Não precisei de muitos argumentos para convencê-la a me levar para a Grécia. Combinamos de passar 15 dias juntos e que depois cada um seguiria com sua vida. Não pensei que fosse me apegar tanto a ela. Foram dias incríveis e eu esqueci que era um assassino e consegui ser feliz por uns dias. - Edward olhou para a mãe e ela não esboçou nenhuma reação, apenas olhava fixamente para a neta. - Há uns dois meses ela me ligou e disse que estava grávida. Fiquei muito feliz, e também muito triste. Sendo do jeito que sou não poderia fazer parte da vida minha filha. Não poderia contaminá-la com toda essa maldade, e o que ensinaria a ela? Tentei explicar a Bella, o que não deu muito certo por telefone, então eu vim falar com ela pessoalmente e descobri que ela estava namorando com o filho do homem que matei. Foi ele quem ordenou o ataque e ela foi atingida por minha culpa. Aquele tiro não era nela e sim em mim. A Bella e a Aurora são inocentes e quase morreram por minha causa. É por isso que não posso ficar perto de vocês, mas também não posso abandonar a minha filha. Se a Bella não acordar eu não quero que ela fique sozinha e desprotegida. É inexplicável o amor que sinto por ela e não sei como ficar longe dela. Estou completamente perdido, mãe. Queria que me dissesse o que fazer. Sei que tenho sido o pior filho desse mundo e não mereço o amor de vocês, mas não peço isso por mim e sim pela sua neta. Preciso de ajuda. O que faço?

—Ela precisa trocar a fralda. - Esme avisou e entregou a neta para o filho. Edward a pegou e seguiu até o quarto. Imaginava que a mãe sairia correndo de lá e que nunca mais olharia para ele. Não poderia culpá-la e sabia que ela estava muito decepcionada com ele. Os pais o haviam dado a melhor educação e sempre foram presentes e amorosos, não mereciam aquele desgosto.

—Prontinho meu amorzinho. - Edward a pegou no colo. - Fiz certinho agora, não fiz? - A fralda estava no lugar certo e ele conseguiu vestir o macacão nela. - Sua mãe teria feito bem melhor do que isso, ela sim estava preparada, aposto que tem vários caderninhos por aqui com tudo detalhadamente planejado. Sei que não sou ela e que vou errar bastante, mas você é a minha filha e darei o meu melhor. Provavelmente você vai me odiar, assim como sua avó me odeia, quando souber a verdade sobre mim, mas eu juro, filha, que nunca vou te abandonar. Papai te ama muito. - Deu um beijo no alto da cabeça dela. - Mais do que a minha vida.

—Você perguntou o que poderia ensinar a ela. - Esme entrou de fininho no quarto.  - Vai ensiná-la a ser uma grande mulher, assim como seu pai e eu te ensinamos a ser um grande homem. Não te criamos para ser um assassino, Edward. E eu, de forma alguma aprovo o que está fazendo, quero que pare com isso imediatamente. Se precisar de dinheiro daremos um jeito, mas você não vai mais tirar a vida de ninguém. Estou com muita raiva, deveria ter nos contado a verdade e não nos deixado ser saber se estava vivo ou morto. Quando Alice me contou o que aconteceu com a mãe da sua filha e que estava ao lado dela, meu coração se encheu de dor ao imaginar que poderia ser você no lugar dela. Eu morreria se perdesse você, Edward. Eu te amo incondicionalmente e vou ficar ao seu lado, não importa o que me diga sobre você. Meu filho não é um monstro. Agora quero que venha até aqui e me dê um abraço. - Ele colocou a filha no berço e abraçou a mãe.

—Me perdoa, mãe. - Implorou e ela o encheu de beijos.

—Não suma nunca mais, por favor.

—Eu juro que não vou.

—E sem mentiras.

—Só a verdade agora. Vai contar ao papai? - Perguntou secando as lágrimas que nem percebeu que estava derramando. Ele não era de chorar, mas não conseguia controlar as emoções diante dos últimos acontecimentos.

—Vou deixar para você contar, quando estiver pronto. - Avisou indo até a neta.  - Ela precisa de você, Edward. Alice e eu te daremos todo o apoio, mas ela é sua filha.

—E minha responsabilidade. - Ele completou.

—Fez um belo trabalho.

—Ela é maravilhosa. Não me canso de olhar para ela.

—Quem escolheu o nome?

—Eu. Ela trouxe luz para minha vida.

—Ela vai te mudar completamente. Quando vocês nasceram me senti completa e mais viva. Vocês são tudo para mim, assim como a Aurora é para você. A situação é assustadora, você está com medo, mas não precisa, pois estarei ao seu lado.

—Eu te amo, mãe. - Colocou a mão sobre a dela.

[...]

—Oi pai. - Edward estendeu a mão para cumprimentá-lo. Enquanto a mãe e a irmã o receberam de braços abertos, Carlisle não parecia nenhum pouco satisfeito em ver o filho.

—Garoto. - Apertou a mão dele e foi sentar no sofá. - Que confusão, hein? - Apontou para Aurora que dormia tranquilamente nos braços do pai.

—Minha filha não é uma confusão. - Retrucou sentando de frente para o pai. - Parece que não ficou feliz ao saber dela.

—Ah, não. Uma criança é sempre bem vinda e a sua mãe está muito feliz.

—Mas você não está. - Retrucou ajeitando a chupeta da filha.

—Você desapareceu por mais de um ano, perdeu o casamento da sua irmã e agora volta como se nada tivesse acontecido? Não vê que bagunçou a vida das duas? Sua mãe teve que faltar de serviço só para te ajudar. Você só aparece quando precisa de algo e depois vai embora sem mais e sem menos. Sua mãe passa dias chorando quando vai embora, pois não sabe quando vai te ver de novo. E a Alice quase cancelou o casamento quando soube que você não viria. - Os dois falavam baixo para não acordar o bebê e para que ninguém mais ouvisse.

—Eu nunca quis causar nenhum mal a elas. Só pedi para que a Alice me ensinasse algumas coisas. Não quero atrapalhar a vida de ninguém.

—Até parece que elas não correriam para te ajudar com a criança. Sabe como elas vão ficar quando você for embora? Devastadas! Além de perder você vão perder a bebê.

—Eu não vou embora. Sei que está zangado e tem toda a razão, mas eu não vou abandonar a minha filha e farei de tudo para consertar as coisas por aqui.

—Até parece. - Carlisle deu um tapa no sofá e o barulho acordou Aurora.

—Valeu, pai. - Resmungou, balançando de leve a filha. - Ei, meu amorzinho, está tudo bem.

—O que aconteceu? - Alice apareceu na sala, preocupada com o choro na sobrinha.

—Ela assustou. - Explicou e começou a cantarolar. - Se essa rua se essa rua fosse minha. Eu mandava eu mandava ladrilhar. Com pedrinhas com pedrinhas de diamante.

—Brilhantes. - Carlisle o corrigiu e Edward parou.

—O quê?

—Você cantou errado. É pedrinhas de brilhantes e não de diamante.

—Tem certeza disso?

—É claro. Cantava essa música quando eram crianças.

—Aposto que não se lembra mais da canção.

—É claro. Você é pai há cinco minutos e acha que sabe mais do que eu? Está segurando errado ela. Me dê aqui. - Estendeu a mão e pegou a neta no colo pela primeira vez. - Se essa rua se essa rua fosse minha. Eu mandava eu mandava ladrilhar. Com pedrinhas com pedrinhas de brilhantes. Para o meu para o meu amor passar.

—Ainda leva jeito, papai. - Alice comentou ao ver Aurora voltar a dormir.

—Ela é tão pequenina, e muito bonita também. - Falou emocionado.

—Pelo menos uma vez eu acertei em alguma coisa. - Edward resmungou. - Vou colocá-la no berço.

—Só mais um pouquinho. - Pediu sentando e a acomodando melhor. - Tão perfeita. E você fez muitas coisas certas. Faz parte da vida. Acertamos e erramos o tempo todo. Você não pode mais sumir, garoto. Ela vai precisar de você. A mãe dela pode não acordar.

—Eu sei pai. E espero ser metade do pai que você é.

—Não. Você tem que ser melhor, muito melhor. Ela merece mais do que eu te dei.

—Não foi culpa sua, pai. Vocês foram e são excelentes pais. A culpa não é de vocês. – Os dois trocaram um abraço meio sem jeito.

—Olha quem está todo avô babão. – Esme provocou o marido.

—Certo. Confesso que ela é irresistível e que quero segurá-la para sempre.

—Eu sabia que você não resistiria. Ela lembra as crianças quando eram bebês. – Esme sentou ao lado dele.

—Pena que eles crescem e não podemos mais protegê-los como queremos. – Aurora resmungou no colo do avô. – Opa, acho que ela está com fome.

—Pode deixar que eu resolvo isso num minuto. – Pegou a filha no colo e a levou até a cozinha. – Viu, amorzinho, todo mundo te amou. E é claro que amariam, você é muito especial e veio para alegrar as nossas vidas. Agora vamos comer para você ficar forte. – Ela agitou os bracinhos como que concordando com ele.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Ninguém consegue resistir a Aurora, ela é muito fofa.
Edward precisava de dinheiro para pagar pelo tratamento do ex-cunhado e acabou aceitando o emprego. E depois não conseguiu mais sair dessa vida, até a filha nascer. Ele ainda vai atrás dos Volturi, mas não vai mais matar outras pessoas além dos envolvidos no que aconteceu a Bella.
Jane mandou matar o pai, pois ele abusava dela desde que ela era criança. Mais para frente darei mais detalhes e se foi ela quem dedurou o Edward.

No próximo os Cullen e Swan vão se conhecer e o Edward irá visitar a Bella.

Comentem, palpitem, indiquem e recomendem a vontade.

A fic será postada domingo e quinta, a menos que ocorra algum imprevisto (para atrasar a postagem) ou um incentivo muito grande para adiantar, rsrs.

Bjs e até mais.