Last Chance escrita por Rayanne Reis


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim.
Muito obrigada a todos que estão acompanhando e espero que estejam gostando. Esse capítulo é especialmente para a Teresinha que recomendou a fic. Muito obrigada, fiquei muito feliz :)



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Os Cullen estavam felizes com a chegada de Aurora e a pequena dormia tranquilamente, ora no colo de um e ora no de outro. Todos queiram segurá-la um pouco. Carlisle contava histórias de quando os filhos eram pequenos e arrancava gargalhadas da família.

—Não sabia que estavam dando uma festa. – Charlie resmungou cruzando os braços. Edward levantou num pulo e estendeu a mão para cumprimentá-lo e foi ignorado.

—Sr. e Sra. Swan, é bom revê-los. – Passou as mãos no cabelo escondendo o constrangimento. Ele não se sentia a vontade perto deles e temia que Charlie o agredisse a qualquer momento. Ele era um homem esperto e tinha certeza de que Edward era o culpado pelo que aconteceu a filha.

—Encontramos esse rapaz lá embaixo. – Renée apontou para o homem loiro.

—É o meu cunhado, Jasper. – Sorriu ao ver o amigo. Bem, talvez agora ex-amigo. Os dois eram muito próximos e foi Edward quem o apresentou a Alice. Com o tempo eles foram perdendo o contato e Jasper ainda não o havia perdoado por quase ter feito o casamento ser cancelado.

—Edward! – O cumprimentou com um aceno de cabeça e foi até a esposa.

—Vamos às apresentações. – Pigarreou desconfortável com a situação. – Essa é a minha irmã Alice, meus pais Carlisle e Esme. E esses são os pais da Bella, Charlie e Renée Swan.

—Sentimos muito pelo o que aconteceu a sua filha e estamos orando para que ela melhore logo. Nossa princesinha vai precisar da mãe. – Esme entregou a neta a Renée.

—Ela é tão parecida com a Bella. – Comentou emocionada. – Olha Charlie. – Aproximou do marido, mas ele não dirigiu o olhar à neta. Sabia que ela era inocente e que não deveria culpa-la por nada, mas não conseguia olhar para ela.

—Os cabelos e os olhos são do Edward. – Esme e Renée sorriram uma para a outra.

—Ela é muito linda. – Jasper também estava admirado com a sobrinha. – E essa roupinha de joaninha? Tão fofa.

—Foi o Emmett quem deu e insistiu para que ela usasse, mesmo tendo ficado meio grande. – Alice explicou e o marido revirou os olhos. Aquilo era mesmo a cara de Emmett.

—Será que pode pegar as coisas dela? Vamos levá-la embora. – Charlie avisou e Renée piscou várias vezes. Não foi isso o que eles combinaram. Primeiro veriam como Edward estava se saindo e se ele não estivesse dando conta, eles levariam Aurora para casa deles.

—Ela é minha filha e vai ficar ao meu lado até a Bella acordar. Depois disso, nós dois que somos os pais dela, vamos decidir o que fazer. – Edward entendia que Charlie não confiava nele, mas isso não lhe dava o direito de trata-lo daquela forma e muito menos de tenta tomar a filha dele.

—Você não vai dar conta de cuidar dela. – Charlie cerrou os punhos. Sempre foi uma pessoa calma e odiava discursões, mas ver a filha indefesa naquela cama de hospital o havia mudado completamente. Não teria paz enquanto Bella não acordasse. – Bebês precisam de atenção o tempo todo e você não saberá o que fazer.

—Com todo o respeito, Sr. Swan. – Edward respirou fundo tentando controlar a raiva que estava sentindo. Não queria brigar na frente da filha e pelo bem dela deveria tentar ter uma boa relação com os Swan. – Você não sabe o que está dizendo e do que sou ou não capaz de fazer. Sou um pai de primeira viagem e não entendo muito sobre bebês, mas estou me esforçando muito e garanto que a Aurora será muito bem cuidada. Se precisar, contrato alguém para me ajudar, só não vou é abandoná-la ou deixar que vocês a levem.

—Não era esse o nome que a Bella escolheu.                                 

—Ela vai aprovar a minha escolha. – Edward retrucou.

—Ah, não sabia que você conhecia a minha filha tão bem assim. Passaram alguns dias em momentos depravados e acha que a conhece? Você não sabe nada sobre ela. – Charlie gritou assustando a neta.

—Acho melhor levá-la para um lugar mais calmo. – Alice pegou a sobrinha e a levou para o quartinho dela.

—Charlie, chega! – Renée o repreendeu. – Edward é o pai e é ele quem toma as decisões. Pelo que vejo ele tem ajuda e não tem necessidade de levarmos a Aurora conosco.

—Não confio nele e não vou deixar a minha neta com ele.

—E nós não confiamos em vocês. Como saberemos que vão cuidar da nossa neta? – Carlisle não aceitaria que alguém insultasse o filho dele. – Devemos todos sentar e conversar. Sei que estão passando por um momento difícil e que nós não nos conhecemos, mas somos uma família agora e precisamos nos entender ou a Aurora vai crescer num lar desunido. E creio que ninguém aqui quer isso para ela. Todos querem o bem dela. Vamos sentar, tomar um chá e conversar. – Como no sofá não cabia todos eles, ele foi até a cozinha e voltou com algumas cadeiras.

—Como vai trabalhar e cuidar da menina? – Charlie sentou de má vontade e encarou Edward.

—Pedi uma licença do trabalho. Minha situação financeira é razoavelmente boa e não tem com o que se preocupar. Não vou deixar nada faltar a minha filha.

—Alice e eu vamos nos revezar para ajudar o Edward nesses primeiros meses. E talvez não precise e a Bella acorde logo. – Completou ao ver a expressão de tristeza deles. – Vamos ir com calma e resolveremos as situações à medida que elas forem acontecendo.

—Acho uma boa ideia e eu também ajudarei. – Renée declarou e olhou para o marido para ver se ele ousaria discordar dela.

—Estamos começando a nos entender. – Carlisle declarou sorrindo. Como advogado ele estava acostumado a resolver conflitos. – Por que não falávamos um pouco sobre nós?

—Vou pegar mais chá. – Esme avisou e todos relaxaram um pouco. Querendo ou não, agora eles eram uma família e teriam que se esforçar ao máximo para serem pelo menos educados uns com os outros. Tudo pelo bem de Aurora.

[...]

—Boa tarde, meninas. – Edward as cumprimentou e eles aglomeraram ao lado dele para ver Aurora.

—Ela é cara da Bella.

—Está tão grande.

—Como ela é fofa.

Edward entregou a filha para Irina e ela a exibiu para todos os colegas de trabalho. Eles eram bem gentis e a enchiam de mimos quando ele a levava até o hospital para as consultas.

—Parem de babar na minha sobrinha e me dê ela aqui. – Rosalie exigiu. – Cadê a lindinha da titia?

—Oi Rose. – Edward a cumprimentou. – Tenho que levá-la para a consulta. – Tentou pegar a filha de volta, mas Rosalie começou a andar de um lado para o outro.

—A consulta dela vai atrasar um pouco. Enquanto isso você pode ir visitar a Bella. – Ergueu uma sobrancelha e ele sabia que não teria como escapar dessa vez. Sempre arrumava uma desculpa para não ir ver Bella. Até a mãe e a irmã dele já haviam ido visitá-la.

Ele se negava a vê-la, as imagens dela ensanguentada nos braços dele ainda o assombrava. Ele tinha pesadelos onde ela morria ou que acordava e o chamava de assassino e o proibia de ver a filha. Acordava assustado e só se acalmava depois de passar um bom tempo olhando para a filha. O amor que ele sentia por ela aumentava a cada dia. Já não conseguia imaginar a vida sem ela.

—É melhor ir noutra hora e... – Rosalie o silenciou com o olhar.

—Ela precisa saber que a Aurora está bem.

—Você pode dizer isso a ela. E outra, não tem como saber se ela pode nos ouvir. – O inchaço no cérebro diminuiu, mas ao contrário do que os médicos esperavam Bella não acordou. 

—Não custa nada acreditar que ela pode sim nos ouvir. – Ele queria retrucar e dizer que custava muito para ele. Acreditar que ela estava ouvindo era dar esperanças de que ela acordaria e que tudo entraria nos eixos. Os médicos não sabiam qual era o problema e não tinham como prever o que aconteceria.

—Cuide da Aurora. – Pediu e entregou a bolsa a ela. Rosalie sabia que ele estava sofrendo e não queria ser dura com ele, mas já viu casos de pessoas acordarem após a visita de um ente querido. E ela sabia bem como a amiga o amava.  

Edward entrou no quarto e mesmo sabendo o que encontraria não estava preparada para vê-la tão frágil e cheia de tubos e fios.

—Oi Bella. – Ele se sentia ridículo por falar com uma pessoa que provavelmente não o estava ouvindo. – Desculpa por não ter vindo antes, mas as coisas estão meio complicadas nos últimos três meses. – Puxou uma cadeira e sentou ao lado dela. – Rosalie disse que talvez você esteja escutando e que deveria falar com você... Então aqui estou. A nossa filha é maravilhosa e não sei como agradecê-la por esse presente tão grandioso. Não sei se você já sabe, mas eu mudei o nome dela. Acredito que você não gostaria de chama-la de Felícia, após saber a verdade. Dei a ela o nome de Aurora Marie Swan Cullen. Ela parece que gosta do nome e já vira quando a chamamos, não sei se ela entende ou se só quer ver quem está falando. Fiquei bem assustando quando a levei para casa e até hoje tenho um pouco de medo, mas estamos nos entendendo muito bem. Aprendi a trocar fraldas, fazer a mamadeira, dar banho, montar aquela cadeirinha supercomplicada e a cada dia que passa aprendo uma coisa nova. É uma experiência incrível todos os dias. Às vezes passo horas a vendo dormir, pode parecer algo chato, mas é exatamente o contrário. Vou descrevê-la para você. Ela tem o cabelo meio acobreado e já dá para prender de tanto cabelo que ela tem. – Ele deu uma risadinha, já estava estudando para fazer penteados nela, não queria que a filha andasse despenteada. – Os olhos são verdes e essas são as partes minhas que ela herdou. Os pés são um pouco parecidos também, mas o resto é todo seu. O nariz, o formato do rosto, a boca, orelhas... Ela é uma cópia sua. Ela faz um biquinho igual ao seu, mas você faz quando está chateada e ela é quando está com fome. Primeiro ela faz o biquinho, depois choraminga e se não sou rápido o bastante ela começa a chorar. Ela não é de chorar muito e desde o começo dorme muito bem a noite. Sua mãe contou que você também era assim. Já a minha disse que eu acordava o tempo e que chorava muito, a deixando maluca. Tenho sorte pela Aurora ser tão tranquila e já consigo entender os sinais dela. Quando a fralda está suja ela fica quietinha, como se soubesse que aprontou algo. Ela gosta muito de tomar banho, do quartinho dela e daquele mobile de ursinhos. Quando acorda ela fica agitando os bracinhos tentando pegá-lo, ela só começa a chorar quando percebe que não consegue alcançar. Fiquei preocupado com a alimentação dela, li que o leite materno tem vários benefícios e aqui no hospital eles me dão um pouco, mas não recebem tantas doações assim, então tenho que dar um leite especial para ela. Não se preocupe que ela é muito saudável e está no peso adequado. As vacinas estão em dia e a levo em todas as consultas. Apesar das dificuldades, estou cuidando bem da nossa filha e espero que em breve você possa conhecê-la. – Edward tocou na mão livre de Bella. – Não vim antes por vergonha, sou o culpado por você estar aqui e simplesmente não consigo te ver aqui. Você é tão alegre, bondosa e não merece o que te aconteceu. Eu sinto muito Bella e jamais quis te envolver nessa confusão. Prometo que vou fazê-los pagar pelo que te fizeram. Vou matar todos eles e acredite em mim, Bella, daria a minha vida em troca para trazê-la de volta. Sei que você jamais vai me perdoar. – Passou a outra mão nos olhos, secando as lágrimas. – E nem mereço o seu perdão, mas espero que um dia entenda que sinto muito e que faria de tudo para mudar o que aconteceu. – Edward levantou e deu um beijo na testa dela. – Vou cuidar da nossa filha e amá-la por nós dois. Acorde logo, por favor.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Charlie desconfia de que Edward seja o culpado e por isso não gosta dele de forma alguma, mas pela Aurora eles vão tentar manter a cordialidade.

Na segunda parte do capítulo a Aurora está com três meses. Vou avisando a idade dela para acompanharem quanto tempo a Bella ficará em coma.

Comentem, palpitem, indiquem e recomendem a vontade.

Bjs e até mais.