O Colapso de Oak Falls escrita por Lótus Brum


Capítulo 2
Capítulo Dois: A Cor Púrpura


Notas iniciais do capítulo

"— Eles estavam certos... — Simon comentou, com a boca escancarada. Seus óculos tremiam tanto que mal paravam no rosto do garoto, mas definitivamente não era o seu corpo. Havia algum magnetismo escapando daquele local e atraindo o objeto. — Isso com certeza contaminou o solo."



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Simon resmungava enquanto agarrava as mãos de Ralph e Jonathan para subir na árvore. Era péssimo naquilo e só havia sugerido porque era a melhor opção. Os outros dois faziam com tanta naturalidade que pareciam oriundos da floresta, como Tarzan e Mogli. “Tarzan e Mogli, bem pensado”, respondeu para si mesmo com uma anotação mental. Lembraria daquilo para depois. Após algum esforço, arranhões e terra nos olhos, os três garotos encaravam seu objetivo com uma ansiedade latente. Nenhum deles queria admitir, mas o medo se fazia presente entre eles. Se os militares estavam se dirigindo para a cidade apenas para cuidar daquela situação, estavam prestes a se meter com coisa séria.

Ralph cutucou Jonathan na perna, apontando entre as folhas para a direção de uma das guaritas. 

— O Bill já tá posicionado.

— Você quis dizer “desacordado”. — Jonathan corrigiu, debochado.

— Cala a boca e procura o Howard, precisamos entrar logo! — Simon ralhou com o garoto, enquanto conferia a mochila em busca de alguma coisa.

Passaram algum tempo em silêncio enquanto procuravam o outro guarda, que não se encontrava em nenhum lugar que pudessem enxergar. A tensão só aumentava, afinal, não podiam se dar ao luxo de entrar e serem pegos. O plano era perfeito na concepção dos garotos e a troca de guardas não faria sentido algum. E se Howard não estivesse trabalhando, apenas o Bill? Como saberiam? “Impossível”, Jonathan refletiu, por um momento. “Eles sabem como o Bill trabalha, não deixariam ele tomar conta da estação sozinho nem por uma noite. Pensa, Jonathan... Pensa!”.

E como se o destino quisesse pregar uma peça naqueles três, a resposta para seus questionamentos veio logo a seguir. Uma voz masculina começou a se aproximar da árvore. Os garotos congelaram, olhando um para a cara do outro por um momento e imediatamente virando-se para onde vinha a voz. Era Howard, é claro, com o maldito celular no ouvido.

— É, meu docinho, hoje a coisa tá estranha por aqui. A ordem é que a gente só fique na guarita e faça a ronda de hora em hora. Tu acredita que até o exército tá vindo pra cá? A estação tá fechadinha da silva!

Howard já estava praticamente embaixo da árvore em que os garotos se encontravam, mas parecia distraído o suficiente para que não os notasse. Ele ficou calado por alguns segundos, enquanto ouvia a namorada falar.

— E lá vou saber?! Coisa do Governo, eles não me passaram nada e olha que eu sou o chefe da segurança! — seu tom de voz convencido fez os três se entreolharem, segurando o riso. Todos eles sabiam que não havia nenhum chefe por ali e ele estava apenas se gabando. Mas imediatamente, ele parou de caminhar, exatamente embaixo deles. — Peraí, amorzinho!

Howard ficou em silêncio absoluto, olhando para os lados como se procurasse alguma coisa. Nenhum dos meninos movia um músculo sequer, temendo que tivessem feito algum barulho e denunciado a sua posição. As roupas escuras ajudariam muito naquela situação, visto que a noite já não era das mais claras e a árvore era relativamente densa, mas os guardas tinham lanternas e não conseguiriam enganar um feixe de luz bem lançado. Após uns dez segundos na pior situação que poderiam se encontrar, a voz da namorada de Howard se fez presente, cortando o terrível silêncio que se instaurara.

— Alô? — a voz aguda insistiu. — Caiu? Tá aí, Howie? Alô?

Howard deu uma última olhada por cima do ombro e continuou andando, falando com sua amada.

— Tô aqui, meu chuchuzinho, só achei ter ouvido alguma coisa. Você sabe como eu odeio fazer ronda, mas aquele balofo sempre diz que precisa checar as câmeras quando chega a hora e...

Logo Howard se afastou novamente, continuando sua rota. Sua voz foi sumindo até se tornar inaudível.

— Precisamos entrar agora, nem mais um segundo! A gente já não contava com essa ronda e... — Simon olhou no relógio, apertando um botãozinho que iluminou o visor por um segundo e mostrou o horário: 02:34. — Estamos atrasadíssimos!

— Puta merda! — Jonathan xingou, já se adiantando para o próximo galho à sua frente. Parecia ser robusto o suficiente para que os garotos o utilizassem como ponte até o outro lado, então foi na frente para conferir. Ele sequer balançou com o peso do garoto, e como Ralph e Simon tinham uma estatura semelhante à dele, não seria problema. Jonathan abriu a mochila, pegou a lanterna e fechou novamente, conferindo para não deixar cair nada. Prendeu o elástico de segurança do equipamento no pulso e olhou para trás, apenas para confirmar com a cabeça e fazer o sinal para que viessem, enquanto saltava para o outro lado.

Para um garoto de doze anos, sua perícia em não se machucar quando estava aprontando alguma era louvável. Ele caiu no chão de maneira felina, natural, flexionando bem os joelhos e rolando devagar para a frente. Tão logo caiu, apontou a lanterna desligada para uma das câmeras de segurança para confirmar se estava como antes. A displicência dos funcionários do local era, no mínimo, inacreditável. A câmera não só estava virada para o mesmo lado da vez em que colocaram os peixes na estação, como estava cheia de fios e plugs desconectados da fonte de energia. Jonathan balançou a cabeça com um sorriso no rosto, fazendo um sinal de positivo para Simon e Ralph, que logo já estavam ao seu lado dentro do complexo.

— Se meu pai estiver certo, a coisa caiu perto dos tanques, por isso cortaram o abastecimento.

— Faz sentido, é um meteorito, eles precisam analisar o risco de contaminação da água antes de liberar o consumo novamente. — Simon comentou, ajeitando os óculos. — Mas por que o exército? Qualquer equipe de pesquisa poderia fazer isso...

— Acho que nós somos os encarregados de descobrir. — Ralph completou, dando de ombros. — Sem enrolação, vamos logo. — O garoto tomou a frente, avançando sorrateiramente pelos caminhos da estação. Seu pai trabalhara ali antes de ser deportado e Ralph constantemente vinha trabalhar com ele. Curiosamente, ele sempre topava aprontar qualquer coisa que envolvesse a estação, como se fosse uma vingança pessoal contra a companhia que pouco fez para impedir o que aconteceu. O garoto não gostava de falar sobre aquilo e mudava o rumo do assunto quando havia risco de passar por ele, logo, os outros dois amigos também evitavam.

O pavimento do complexo era simples, delineado por um meio-fio baixo que provavelmente só servia para guiar a água durante as chuvas. Na invasão anterior à estação, contaram com um elemento que facilitara mil vezes a travessura: os geradores e tanques de água faziam um barulho infernal enquanto trabalhavam em força máxima. Agora, os motores dos tanques trabalhavam lentamente, apenas movimentando as enormes pás que ficavam no fundo, quase silenciosamente. Se falassem, seriam ouvidos, então só podiam sussurrar ali. Ralph continuava avançando e quando ele ia, os outros o seguiam, pois era sinal de que estavam seguros. Vez ou outra, o garoto tomava a lanterna de Jonathan e apontava o feixe de luz diretamente nas câmeras, obstruindo a visão com o reflexo nas lentes. Bill estava sempre dormindo, a preocupação não era que ele os visse em pleno ato, mas sim nas gravações, então a precaução era bem vinda.

A estação era grande o suficiente para que tivessem que andar, pelo menos, cinco minutos até que alcançassem o seu objetivo. Como precisavam tomar cuidado, o tempo parecia ter aumentado e agora estavam correndo contra o relógio. Simon fazia questão de lembra-los disso o tempo todo, mostrando o visor em seu pulso e afirmando que a troca de turnos ocorreria em breve. Ralph rodava pelos caminhos conhecidos e quando finalmente alcançaram o alvo da travessura anterior, tiveram uma desagradável surpresa.

Não havia nada ali.

Simon e Ralph olharam para Jonathan, que teve um nó na garganta. O garoto inspecionava o local rapidamente, atônito, temendo que tivesse colocado todos eles em uma enrascada sem propósito, apenas com base no que ouvira atrás das portas. “Meu pai não brincaria com algo tão sério...”, pensou, tentando se imaginar no lugar de seu velho. Se um meteorito pudesse comprometer todo o funcionamento de uma estação, onde teria... “É óbvio!”. Jonathan deu um tapa na própria testa e se aproximou de Ralph, sussurrando.

— Está nos dutos!

O outro rapaz parou e pensou, por um instante, com uma expressão de preocupação no rosto.

— Você tem certeza?

— Tenho, eu juro! É a única alternativa possível! Se algo comprometeu todo o funcionamento disso aqui e não está nos tanques, é claro que está na etapa anterior ao tratamento! — Jonathan abaixou o tom de voz imediatamente, olhando para os lados para garantir que não seria ouvido. — Não tem erro dessa vez, pessoal. Meu pai não falou isso na minha frente, já disse, é coisa grande. Já estamos aqui!

Simon estava inquieto, apoiando o corpo ora num joelho, ora noutro. Ralph estava com o cenho franzido, olhando para outra direção. Parecia analisar os caminhos até os dutos enquanto Jonathan convencia o outro amigo.

— Jonathan, eu vou ser bem sincero com você dessa vez, cara: se não encontrarmos nada, e pior, formos pegos, eu nunca mais poderei andar com você. Entende isso, não é? — suor escorria por sua testa. O filho do policial conseguia sentir o peso daquelas palavras. Jonathan colocou as mãos nos ombros do amigo e deu um sorriso para tranquiliza-lo.

— Nós vamos conseguir, Simon. Eu prometo.

Com a confiança recuperada, os dois garotos olharam para Ralph, que acenou com a cabeça.

— Não tenho muito a perder, vamos lá. — O rapaz fez um sinal com a mão e avançaram pela sombra de uma das construções, uma espécie de depósito de ferramentas que ficava próximo dos tanques. Depois de mais um determinado tempo de caminhada, Simon chamou a atenção dos dois e apontou para o relógio. 02:55. Só tinham cinco minutos. Jonathan engoliu em seco, mas Ralph não deu atenção, pois olhava fixamente para outra direção. Quando os dois acompanharam sua visão, os três ficaram de queixo caído.

Havia uma espécie de construção em formato de cubo, não muito grande, próxima da cerca que dava acesso ao Rio Fawkes e de onde vinham os dutos que abasteciam a estação. Três de suas paredes ainda estavam de pé, mas a quarta havia sido reduzida a escombros. O chão ao redor havia absorvido parte do impacto, indicando que o meteorito havia caído em um ângulo agudo e não em uma queda totalmente vertical, terminando sua trajetória dentro da sala dos dutos. Se não tivessem interrompido o abastecimento, a água estaria jorrando até agora e o prejuízo seria colossal. As peças se encaixavam de uma maneira que, em sua cabeça, tornava Jonathan quase um detetive.

De dentro das três paredes e o teto caído, a cena que marcou a vida dos três garotos poderia ser descrita como o que realmente era: algo de outro mundo. Era como nos filmes do Predador, do próprio ET, Arquivo X ou qualquer outro filme de alienígenas já feito. Uma luz púrpura escapava dos escombros através de raios de luz fortíssimos que iluminavam o ambiente por um segundo ou dois antes de apagarem, e depois de mais alguns instantes, retornarem com a mesma intensidade. A luminosidade pulsava de maneira convidativa e sobrenatural. Simon sentia todos os pelos de seu corpo se arrepiarem enquanto encarava aquilo, ao passo que Ralph retirava o boné para olhar melhor. Jonathan se levantou e começou a se esgueirar em direção à luz, com os olhos arregalados.

— Jonathan! — Simon exclamou, em uma espécie de “grito sussurrado”, mas o garoto apenas virou-se para trás e fez sinal para que viessem. — Você tá maluco! A gente já viu o que queria, eu não vou chegar perto dessa coisa! Ralph, você precisa...

Quando o garoto se virou para encarar o outro amigo, ele já estava indo com Jonathan em direção ao local da queda. Sem muita escolha, pressionado pela atitude dos outros garotos, Simon se levantou e correu até eles enquanto balançava a cabeça negativamente e enfatizava a si mesmo o quão ruim era a ideia de se aproximar daquilo. Seus óculos tremiam suavemente, mas não sabia dizer se aquilo tinha relação com o meteorito ou se era ele tremendo. Quando conseguiu chegar onde Ralph estava, também foi seduzido pela visão do desconhecido. Os três garotos eram banhados pela luz que a pedra emitia, e agora podiam ver claramente a fonte daquela luminosidade.

Através do que sobrou do concreto que compunha a construção, um líquido púrpura vazava da pedra, escorrendo tão devagar que parecia estar parado. Apenas quando a luz era emitida podia-se perceber que estava se movendo. Esta, por sinal, se espalhava de maneira gradual pelo líquido, como se enviasse alguma coisa através dele. A luminosidade começava na pedra soterrada e logo avançava através de cada filete daquele composto que escorria pelos escombros, desaparecendo ao entrar novamente embaixo das pedras.

— Eles estavam certos... — Simon comentou, com a boca escancarada. Seus óculos tremiam tanto que mal paravam no rosto do garoto, mas definitivamente não era o seu corpo. Havia algum magnetismo escapando daquele local e atraindo o objeto. — Isso com certeza contaminou o solo.

— Que merda é essa...? — Ralph perguntou para si mesmo, em voz baixa, sem conseguir assimilar o que enxergava.

Jonathan não dizia nada, tamanho era o seu espanto com a situação mais do que inesperada. Aquilo definitivamente era muito maior do que os garotos imaginavam, e se quisesse garantir a sua popularidade para o resto da vida, sabia o que precisava fazer. Foi de joelhos ao chão, abrindo a mochila e agarrando sua garrafa d’água e jogando todo o conteúdo fora. Ralph percebeu imediatamente o que o garoto estava prestes a fazer e agarrou-lhe o braço com tanta força que arrancou uma exclamação de dor de Jonathan.

— Tá maluco, idiota? Quer morrer? — Ralph ralhou com o amigo, extremamente irritado. — Você não sabe que porra é essa, isso veio do espaço! Se aqui na Terra já tem umas pedrinhas do tamanho do seu cérebro que possuem uma radiação mortal, você acha que é seguro enfiar a mão nessa porcaria?!

— Me solta, Ralph! Eu não vou encostar nisso, não sou burro, eu vou pegar com a garrafa e guardar um pouco disso para mostrarmos pros outros!

— Se você morrer de câncer, não me peça para ir ao seu funeral, seu imbecil.

Jonathan soltou seu braço das mãos do amigo e agachou-se nos escombros, colocando a boca do recipiente contra o fluxo do líquido e deixando-o escorrer para dentro. A garrafa começou a receber os pulsos de luz, tornando-se quase uma lamparina. O filho do policial abriu um enorme sorriso e se inclinou para pegar mais, mas sua presunção fez com que tudo o que não podia acontecer, acontecesse.

As pedras sobre o joelho do garoto escorregaram quando ele se forçou mais sobre elas e ele caiu imediatamente sobre o líquido, e pior, sobre os escombros de onde a luz se originava. Com um terrível barulho de algo se rachando, todas as pedras sob o corpo do garoto cederam e o garoto caiu em uma imensa poça do líquido, praticamente dentro do meteorito, muito maior do que imaginavam. Ele gritou, assustado, e os amigos logo avançaram para ajuda-lo, mas suas roupas já estavam ensopadas pelo líquido desconhecido. A luz se estendia até seu corpo agora, antes de desaparecer, e aquilo encheu o garoto do mais puro pavor. O composto não possuía cheiro e era extremamente denso, pegajoso. Em contato com a pele, não provocava nenhuma sensação que o garoto já tivesse experimentado, mas imediatamente foi ao chão para vomitar, tomado de um enjoo repentino.

— Jonathan! — Simon gritou, diversas vezes, enquanto tentava falar com o amigo que não parecia nada bem, mas se achavam que a situação não podia piorar, estavam enganados. Os garotos ouviram os passos cruzando a noite em sua direção, rápidos e nervosos, premeditando o pior cenário possível. Howard, o guarda que fazia a ronda, foi o primeiro a aparecer com a lanterna apontada diretamente para eles.

— Que porra vocês tão fazendo aqui, seus baderneiros?! — ele correu contra as crianças, que tentaram erguer Jonathan sobre os ombros e correr junto com ele, mas não foram rápidos o suficiente. Howard agarrou Simon pelo braço e o puxou para trás, jogando-o ao chão. Ralph largou o filho do policial para ajudar o outro amigo a se livrar do guarda, dando-lhe um chute no joelho e empurrando-o para trás, mas ele se agarrou à perna de Ralph pela barra da calça e o puxou junto. Enquanto o filho do ex-funcionário da estação caía sobre Howard, puderam ouvir mais passos se aproximando. Um braço envolveu seu pescoço, muito mais grosso que o de Howard e claramente mais forte, imobilizando o garoto que sequer conseguiu ver quem o fazia. Simon também se debatia, no chão, mas Howard já estava em cima dele e dobrava suas mãos para as costas.

O Gordo Bill tateou com dificuldade atrás da cintura, onde seus braços mal alcançavam, até achar suas algemas. Prendeu as mãos de um Ralph que proferia todos os palavrões que conhecia em espanhol e deixou-o no chão, levantando-se. Aproximou-se do garoto que irradiava a luz púrpura, empurrando-o com o pé para ver seu rosto. Suas entranhas se contorceram ao perceber o quanto aquela noite seria longa. O garoto coberto pelo fluído do meteoro era Jonathan Hayes, filho do xerife de Oak Falls. Sua boca estava aberta, o rosto estava completamente pálido e o peito se movia para cima e para baixo em uma velocidade assustadora devido à respiração completamente fora de ritmo.

— Howard... — ele estava com os olhos arregalados quando se virou para o colega de trabalho. — Ligue para a delegacia... AGORA.


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