Steve acordou deitado ao lado de sua namorada Anna. Os dois estavam juntos há algum tempo e Steve estava finalizando os planos para pedir a mão dela.

— Amor? – Anna acordou quando sentiu Steve se levantar. – Ainda é cedo.

— Eu sei, eu não queria te acordar. – Steve a beijou, depois de escovar os dentes. – Mas eu tenho um caso e preciso ir agora.

— Meu herói sem capa vai ficar bem? – Anna se colocou em um cotovelo na cama. – Sem levar tiros e voltar para mim inteiro?

— Não posso prometer nada. – Ele a beijou nos lábios. – Volte a dormir. Eddie.

O cachorro veio e se deitou ao lado de Anna e Steve sorriu.

Sorrindo quando entrou na silverado, Steve alcançou a caixinha do anel e a abriu. Ele mentiu sobre ter um caso, mas seus amigos o cobririam caso Anna se preocupasse com ele, o que era lógico.

Danno acordou e depois de comer um pedaço de bolo de chocolate saiu calmamente de casa. Ele embarcou na silverado e olhou para o amigo. Os dois iriam em busca de um lugar calmo e privado para o pedido.

Ninguém estaria lá durante o pedido como uma privacidade para o casal.

— Então, Steve McGarrett vai pedir Anna em casamento. – Danno falou com orgulho. – Amigo, estou orgulhoso.

— Eu sei e eu agradeço. – Steve tinha um olhar triste no meio de tanta felicidade. – Eu só queria meu pai aqui.

— Eu sei como é, amigo. – Danno o tranquilizou. – Mas pense que ele está de olhou no filho lá do céu.

— Quando foi que você se tornou tão sensível? – Steve brincou.

— Talvez entre ver Grace quase adulta e Charlie indo para o ensino fundamental. – Danno brincou. – Ah, quem eu estou enganando. Wal foi quem me ensinou a ser sensível.

— Então, senhor sensibilidade, onde deveríamos fazer esse pedido de casamento? – Steve perguntou. – Que tal no estande de tiros?

— Só se você quiser ser morto durante o pedido. – Danno pegou um folheto. – Que tal esse?

— É perfeito. – Steve pegou o celular e com um telefonema conseguiu marcar uma hora privada para ele e Anna. E claro, para o pedido de casamento.

Voltando para casa, Steve ouviu a música vinda da cozinha e sabia que sua mulher estava cozinhando. Ele entrou na cozinha e a viu rebolando enquanto mexia o molho de legumes.

— Sabe, se essa comida estiver tão gostosa quanto você, eu com certeza vou adorar provar. – Steve a puxou para seus braços e a beijou. – Olá, mi cariño.

— Hola, mi amor. – Anna retribuiu com seu próprio espanhol. – Eu adoro quando trocamos palavras em espanhol.

— Amor é amor em todas as línguas. – Steve sorriu quando viu a comida. – Precisamos comer rápido. Fiz reservas no observatório para a gente.

— Eu adoro ver as estrelas com você. – Anna terminou a comida e os dois comeram.

Quando eles estavam prontos, Eddie entrou na silverado e os dois apenas encolheram os ombros. O observatório não tinha nada contra cães e Eddie era comportado.

Chegando no lugar, Steve ajudou a futura noiva a descer do carro e Eddie se colocou ao lado dela enquanto ela o segurava pela guia.

— As estrela tem muitos anos e aqui no observatório, podemos estudar cada uma em cada particularidade. – O cientista que os acompanhava disse. – Agora, eu vou deixar esse telescópio com vocês e ir para a outra sala para arrumar a localização do telescópio.

Steve fez um sinal positivo quase imperceptível e ajudou Anna a se posicionar no telescópio.

Por algum motivo ela sentiu ansiedade para olhar.

— Moço, tem certeza que está correta a localização? – Anna perguntou e viu a movimentação do mesmo. – Steve...

Steve sem Anna saber, havia falado com o observatório e preparado o pedido de casamento literalmente nas estrelas. Um sombreado delicado foi feito em uma quantia de estrelas formando “Quer casar comigo” ligando algumas estrelas.

— Então? – Steve viu Anna olhar para ele com um sorriso grande que dizia tudo o que ele precisava.

Ele nem se importava que ela já tinha aceitado o pedido. Ele se ajoelhou abrindo a caixa do anel na frente dela com seu sorriso.

— Anna, desde o primeiro momento com você eu senti que a gente era para ser para sempre. Você é o meu tudo. É meu céu, minhas estrelas. Meus dias difíceis ficam mais fáceis, minhas noites são cheias de luz mesmo que esteja caindo o mundo do lado de fora. – Ele pegou a mão dela e sorriu. – Quer para sempre minha? Ser a minha esposa?

Anna pegou a caixinha e a girou um pouco, fingindo pensar. Seu sorriso, porém, dizia tudo.

— Sim, eu aceito me casar com você. – Anna o beijou e Eddie latiu quando os dois se separam. – E eu aceito ser sua mamãe, Eddie.

— Será que eles aceitam cães como porta alianças? – Steve perguntou enquanto colocava o anel no dedo de sua noiva.

— É claro que sim. – Anna beijou o nariz de Eddie. – E ele é nosso filho, mesmo que tenha quatro patas e um rabo.

— É, tem razão. – Steve sorriu para o cientista, que ficou feliz por ter conseguido proporcionar o pedido de casamento.

Anna olhava para as ruas como se estivessem mais coloridas. Aquela aliança em seu dedo era tudo o que ela queria e Steve havia lhe feito um pedido estelar.

— Acho melhor passar no mercado antes de irmos para casa. – Anna viu Steve olhar para ela. – Eu acho que deveríamos comprar coisas e comemorar. – Ela passou a mão pela coxa dele e o sentiu suspirar. – A sós.

— Você vai ser a minha morte, garota. – Steve a beijou e foi até o supermercado.

Ele comprou morango com chocolate, chantilly, champanhe, e claro, uma caixa de preservativos. Afinal, não era só porque eles estavam limpos que iriam se descuidar assim da saúde.

Chegando em casa, Steve ficou com as compras enquanto observava a bunda de sua noiva balançar subindo as escadas em direção ao quarto do casal.

Dizer que ela provavelmente tramava alguma coisa para os dois era eufemismo. Ele guardou o chantilly e os morangos na geladeira por alguns minutos enquanto encheu um balde de gelo para a champanhe e pegava duas taças.

Anna abriu a gaveta e pegou o embrulho que estava guardando para ocasiões especiais e foi para o banheiro. Steve mal podia esperar por isso.

Ele tinha grande planos para pedir ela em casamento então ela teria uma surpresa para ela. Seu próprio “grande plano”.

Steve subiu com a champanhe e as taças. Ele estranhou que Anna ainda estivesse no banheiro e aproveitou para dar uma conferida em si mesmo no espelho. Foi quando ele ouviu a porta do banheiro e Anna saindo com um lingerie provocante.

— Você me surpreendeu hoje, comandante. – Anna pegou Steve e o beijou. – É hora de mostrar o quanto eu estou grata por isso.

E Steve sabia que agora ele sempre teria surpresas preparadas para ela.

Nem era necessário dizer que aquela noite foi regada a champanhe, morangos com chocolate e chantilly.

Felizmente Eddie ficou no sofá na sala de estar. Pelo menos a pureza do cãozinho seria preservada.