Can You Keep a Secret? escrita por Any29


Capítulo 14
Quem é ela?




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Só acordo ás duas da tarde. Com a mãe dele fazendo barulhos. Droga, dormi demais...

Me levanto, vou ao banheiro e lavo meu rosto, para acordar cem por cento.

—Boa tarde.—A mãe dele diz ao me ver.

—Oi.—Digo sem graça, com certeza ela acha que somos algo.

—Eu te fiz um café..—Ela começa.

—Obrigada, mas eu preciso ir.

—Certeza? Dei-chan está esperando você acordar...

—Diga a ele que estou bem, e que estou indo pra casa.

...

—Aonde você estava ?—Sai pergunta, me fitando.

Estávamos no parque da cidade, passeando.

—Hm?

—Você não respondeu minhas mensagens...

—É que a bateria acabou, estava na Sakur...

—Mentira! Pois eu perguntei de você e ela disse que não sabia onde estava.

É tão ruim, quando a gente é pego na mentira.

—Eu...

—Você estava com aquele loiro?

—Eu posso..

—INO!

—Sai eu...

—Droga! O que ele tem , que estão sempre juntos?—Ele realmente parecia furioso.

—Ele se acidentou..—Digo , me sentindo culpada.

—E você foi a enfermeira dele?!

—Não!...

—Então me explica por favor, por quê passou a noite com ele?

Eu não sabia como respondê-lo.

—Tá.—Ele revirou os olhos.—Vamos na casa dele.

Como é?

—O quê? Pra quê?—Pergunto.

—Para colocarmos tudo a limpo!

—Mas ele está recém operado...

—Foda-se!

...

Chegamos em meia hora no prédio dele. A cada passo, eu me sentia mais culpada por ter passado o endereço pra dele.

—Alô?—Ouço a mãe dele.

—Oi, sou eu de novo.—Digo sem graça.

—Entra !

A porta de entrada se abre e caminhamos em silêncio até o andar dele.

—É aqui.—Informo, tocando a campainha.

Não demora muito para a mãe dele atender.

—Ino-chan!—Ela se espanta ao ver Sai.—Quem é...?

Sem pedir licença, ele entra no apartamento passando por ela.

—Sai!—Eu o censurei , indo atrás dele.—Me desculpa.—Eu digo para a mãe dele.

Sai abre todas as portas do corredor, até chegar no quarto de Deidara. Ele estava bem furioso.

—Quem é esse moço Ino-Chan?—Ela pergunta vindo atrás de nós.

—Você!—Sai grita irritado, entrando no quarto.

—O que faz aq...—Deidara não pode terminar , pois levou um soco no rosto. Ele cai no chão, gemendo de dor.

—Eu avisei pra ficar longe dela!

—Dei-Chan!—A mãe dele grita, correndo até o filho.

Eu corro até Sai e o contenho.

—O que pensa que está fazendo?—Eu lhe empurro.—Ele está recém operado!

—Vá se foder!—Ele olhava pra mim e pra ele.

—Sai... acalma os nervos...—Eu tentava, não fraquejar na voz.

—Por quê esse moço está agredindo meu filho?

—É um mal entendido..—Eu tentava me explicar.

—Por quê esse desgraçado dormiu com minha namorada!—Ele apontava pra ele.

Todos ficam de olhos arregalados. Como eu queria sumir agora.

—Como assim Dei-Chan?

—Sai! Não foi...

—Tsch... seu bastardo hm.—Foi a vez de Deidara falar.

—Não foi o quê?—Ele me empurra.—Não se deitou naquela cama?

—Você está se exaltando... –Eu não tinha mais cara para olhar nem pra Deidara ou sua mãe.

Eu não reconhecia aquele rapaz , raivoso na minha frente. Numa hora estávamos bem e noutra não estávamos, e eu tinha que por um ponto final nisso.

—Você mentia pra mim Ino.—Parecia que estava se acalmando.

Eu não digo mais nada, apenas pego sua mão e caminho até a saída.

...

—Você é inacreditável!—Digo quando chegamos na rua.

—Eu?!

—Sim ! Você!

—Ah, então você quer que eu fiquei “normal” sabendo que minha namorada está dormindo na casa de outro?

—Não , mas eu quero que acredite em mim, quando falo que NADA aconteceu!—Eu tinha lágrimas nos olhos, lágrimas de ódio.

—Eu não consigo acreditar...—Ele olhava pros lados, detestava me ver chorar.

Ás pessoas nos olhavam. E eu só sabia chorar. Como eu me arrependia de ter ido visitar Deidara.

—Hoje era um dia especial Ino..—Era verdade, fazíamos nove anos de namoro.—Eu.. iria te pedir em casamento.—Ele tira uma caixinha do bolso.

Sinto meu coração palpitar. Eu... iria me casar?

—Sai...—Digo soluçando.

—Ino, acabou.—Ele joga a caixinha nos meus pés.—Se quer ficar com aquele advogado de merda, que fiquei. Já deu pra mim.—Ele me dá ás costas e vai embora.

Eu não sabia como lidar, só chorava. Peguei a caixinha e fui pra casa.

Chegando lá, meus pais se assustaram com minha cara enxada de tanto chorar.

—Filha?—Meu pai via ao meu encontro.—O que aconteceu?

—Eu.. ele... eu... ele...eu...ele...eu—Eu soluçava.

Eu só sabia chorar. Chorei o dia inteiro, a noite inteira e na segunda feira inteira. A culpa me corroía ... se eu não tivesse sido tão... mentirosa, estaria noiva agora. Se eu  não tivesse ido a casa dele, eu estaria noiva agora... era tudo culpa dele!

—Filha.. come algo.—Minha mãe me trouxe uma sopa.—Está tão desnutrida...

Me sento na cama e tomo uma colher da sopa, não estava com fome.

—Brigada.—Digo rouca, me deitando novamente.

—Filha...

—Eu estraguei tudo mãe.

—Hm?

—Eu fui... na casa do meu chefe, ajudar ele já que havia feito uma cirurgia... eu.. só queria ajudar.

Ela se sentou ao meu lado e alisou meu cabelo.

—Filha, se você diz que não fez algo, eu acredito em você.

—Mas ele não acredita em mim.—Lágrimas escorriam... meus olhos ardiam.

—Acho... que você tem que dar tempo ao tempo.—Ela diz.

Eu afundo meu rosto no travesseiro.

—Se ele realmente te ama, vai voltar.

Eu não consegui acreditar nas palavras dela.

—E se não voltar..—Ela parecia séria.—Você precisa aprender a seguir em frente.

Levanto meu rosto e a olho.

—Mas...

—Ino, você precisa amadurecer.

Minha mãe nunca falou comigo desse jeito. É certo dizer que ela era chata e intrometida e tudo mais , mas... ela parecia convicta das suas palavras.  

...

Naquela semana, eu não fui trabalhar. Precisava colocar a cabeça e o coração no lugar certo. Não ousei pegar no meu telefone e conversar com Deidara ou Sai. Eu apenas ficava próxima das minhas amigas, que me davam muito apoio.

—Bom dia.—Minha mãe disse, abrindo a janela do meu quarto.

—Bom dia.—Digo coçando os olhos.

—Como está hoje?—Ela pergunta.

—Bem.—Eu me sento na cama.

—Ótimo.—Ela me dá um beijo na testa.

...

—Demissão? Como assim?—Konan me olhava assustada.

—É...—Eu estava sem graça.—É que meus parentes distantes , vão abrir uma floricultura numa cidade distante. E me convidaram para administrar. Eu agradeço muito por ter me dado essa oportunidade.

Ela parecia triste.  

—Tudo bem, mas vamos sentir sua falta.

Chego em casa, confiante. Estava determinada a me afastar dessa cidade, para seguir em frente. Meus pais me deram esse apoio.

—Se não der certo lá, lembre-se que sempre pode ficar na nossa loja.—Minha mãe disse me abraçando.

—Obrigada.—Eu digo.—Vou fazer minhas malas.

...

Narração normal

Pela quinta vez no dia, Deidara olhava para seu celular. Na esperança da loira respondê-lo ... o que não foi o caso.

—Por quê não me responde hm?—Ele se perguntou.

—Como é?—Sasori perguntou.

Estavam na sala de reunião, esperando os clientes chegarem. Ele já havia tirado seus curativos.

—Nada hm.—Ele guarda o celular no bolso.

—Você parece disperso..

—É hm.—Ele revira os olhos.

Ele percebe que havia uma moça, cuidando do jardim de inverno da sala.

—Quem é essa hm?—Ele pergunta, quando Konan entra na sala.

—É a Emma , nova paisagista da empresa.—Ela se senta numa cadeira.—Já que a senhorita Yamanaka pediu conta.

Ele a olha surpreso.

...


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