When I Saw You. escrita por Honey Moon


Capítulo 48
Aquele com a fantasia de líder de torcida.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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POV SESSHOUMARU 


Inuyasha aparece vestido um smoking completamente torto.

— Você não sabe nem mesmo se arrumar?

O garoto revira os olhos sem me dar atenção.

— Ela está atrasada. – Ele diz olhando para o relógio, em seguida ele corre escada a cima.

Faz dois dias que não nos falamos e agora vai ser apenas interpretação. Eu pensei que ela iria querer uma explicação.

— Inuyasha! Você acha que é fácil andar com isso por aí?! – Escuto a voz da garota emburrada.

— Pra que tanto pano nesse troço?! – Ele segura a parte de trás do vestido armado dela, o suspendendo.

Kagome desce devagar cada degrau segurando a parte da frente do vestido.

É vermelho vivo, a parte da saia é coberta de brilhos como se tivessem derrubado glitter sobre ele. O meio casaco me impede de ver a parte de cima.

Seu cabelo está preso em um coque baixo trançado lateral e sua maquiagem bem feita, o batom e do mesmo tom de vermelho do vestido. Ela está simplesmente deslumbrante.

— Olá! Poderia me ajudar?! Isso tudo é culpa da sua mãe! – Ela balança a mão na minha frente me despertando – Tem um motivo para esses vestidos terem sido banidos com o tempo.

— Esse não é aquele vestido ...

— Bla bla bla – Ela bufa suspendendo o vestido e saindo porta afora.

Inuyasha da uma risada.

— Definitivamente, vermelho e a cor das Higurashi’s . – Eu o olho fixamente por um instante e ele sai me ignorando mas com um sorrisinho irritante.

Ao chegarmos ao salão do evento Kagome coloca o anel de noivado. Desde o dia daquela confusão que ela não usa mais aliança, nem como um cordão.

Eu tento ajudá-la a sair do carro mas ela não aceita e sai sozinha. Uma mecha de seu cabelo fugiu do coque e teima em cair sobe seus olhos devido ao esforço de se levantar sozinha do banco do carro.

Inuyasha entra de uma vez enquanto ficamos pra trás.

Kagome tira o casaco mostrando que o vestido é tomara que caia, se adapta perfeitamente ao seu corpo revelando demais suas curvas na minha opinião.

— Até quando você vai fica com raiva? – Eu a seguro pelo braço antes de entrar no salão.

— Eu não estou com raiva. – Ela sorri pra mim estendendo a mão – O mais rápido que entrarmos, iremos sair.

— Podemos conversar quando sair daqui?

— Temos alguma coisa pra conversar?

Garota geniosa do caralho.

Eu seguro sua mão e entramos na festa. Lotada como o esperado.

É uma festa branca e preta, então Kagome fica completamente em evidência.

Ela fica completamente sem graça ao perceber todos de preto e branco.

— O que tá acontecendo aqui? – Ela sussurra pra mim.

— Meus filhos lindos! – Arina vem desfilando em um vestido preto longo com fenda lateral. Seu cabelo preso em um coque alto repuxa todo seu rosto.

Banhada em joias da família. Como sempre.

Ela abraça primeiro Inuyasha, depois a mim.

— Porque a obrigou a usar um vestido vermelho em uma festa Preta e branca? – Eu pergunto ainda abraçando-a.

POV KAGOME

Okaay, isso foi uma trolagem. Sem problemas, posso lidar com isso.

— Arina. – Dou meu melhor sorriso.

— Kagome, ficou linda. Eu sabia que esse vestido tinha nascido pra você no momento em que pus os olhos nele. – Ela sorri pra mim em uma ótima atuação.

Ela fez isso comigo para que todos olhassem pra nós. Assim que sai Inuyasha coloca a mão sobre o meu ombro.

— Vamos beber alguma coisa.

— Como? Esses abutres vão ver cada passo meu. – Faço um bico frustada.

— Então vamos beber quando sair daqui, hoje e a festa a fantasia do 3 ano. – Ele da um sorriso travesso – Vamos invadi-la!

— Seria ótimo, podemos ir agora?! – Pergunto animada.

— Calma aí, vocês não irão a lugar nenhum. – Sesshoumaru diz mau humorado – E você, - Ele se vira pra mim – Lembre-se onde estamos.

Eu o encaro não entendendo o que ele quer dizer.

— Inuyasha é seu cunhado, eu sou seu marido. – Ele segura minha mão me puxando para mais perto. Mesmo com a diferença de altura eu me sinto desconfortável.

— Heey, o que está fazendo?! – digo tentando me soltar.

Ele me olha fixamente. Meu corpo esquenta instantaneamente. O que esse homem tem?

Eu deveria estar chateada, mas na verdade não admito o que estou querendo no momento.

— Sesshoumaru, larga ela, estão todos olhando!  - Inuyasha murmura baixinho.

A festa segue um porre. Estamos aqui a mais de uma hora que parece 2 dias inteiros.

Eu finjo bebericar uma taça de espumante enquanto Inuyasha não sai do bar.

— Que inveja. – Penso alto.

— Ah! minha querida, gostaria de tocar uma música? Fiquei sabendo que tem talento excepcional para o piano. – Arina diz me deixando confusa, tá me zuando?!

Se essa é mais uma tentativa de me deixar mal ela que vai se lascar.

— Tudo bem. – Dou meu melhor sorriso e entrego minha taça para meu marido – Só vai levar uns minutos.

Subo até o palco e me sento ao piano. Não olho as partituras que estão sobre a peça, já sei que essa noite só tem esnobes que não conhecem outra coisa além de música clássica.

Endireito minha postura e começo a tocar “Tchaikovsky - Lago dos cisnes.”

Um silêncio toma todo lugar. Quando a música acaba e eu me viro vejo todos me olhando com aquela expressão de “O que foi isso?!”.

O homem de cabelos platinados surge do meu lado e me estende a mão, ele sorri suavemente e quando eu a seguro ele deposita um leve beijo sobre o dorso.

— Bem meus queridos, espero que tenham notado o quão brilhante minha futura nora é! – Arina diz orgulhosa enquanto eu me levanto com a ajuda do Sesshoumaru – Eu gostaria de deixar bem claro para todos que ocorreu um mal entendido com o nome da nossa família semana passada.

Sesshoumaru ainda segura minha mão mas sua atenção está na mãe que segura o microfone bem no centro do palco.

— Meu filho foi drogado, deram um golpe nele tentando arrancar não só seu dinheiro como a confiança de sua noiva. – Ele não me olha em momento algum e eu tento manter minha postura imparcial.

Como assim drogado?!

— Sesshoumaru é um homem excepcional. Ele tem vários talentos e claro, defeitos também! Mas a moral da nossa família nunca será manchada! - Ela diz com orgulho como se isso fosse mudar o mundo – Eu ensinei tudo que ele sabe e o eduquei para tratar uma mulher como uma rainha. – Arina o olha com carinho.

Eu aperto sua mão e ele me olha hesitante. Seus olhos amarelos estão escuros.

Eu fico na ponta do pé e dou um beijinho em sua bochecha.

— Kagome, minha filha. Você é a mulher mais sortuda do mundo. – Ela diz com a voz embargada – Não caia nas ciladas que essas pessoas pobres de espírito irão tentar montar para separar vocês.

POV INUYASHA

Eu tenho certeza que ela tramou tudo isso.

— Agora eu ofereço a vocês, uma valsa. A mesma que eu e o meu marido dançamos em nosso noivado. – Em seguida os noivos descem indo para o centro do salão.

Uma valsa começa a tocar e por incrível que pareça eu reconheço. Minha mãe tocava no violino.

Os dois parecem incomodados. É como se eles não tivessem sincronia. Eu não consigo conter um risinho. Ainda bem que o vestido dela brilha tanto que rouba a cena.

— Ah Inuyasha, vamos lá! – Arina pega minha mão me puxando para junto do casal. Dançamos muito melhor que eles e olha que eu nem sei dançar.

Ao olhar pra Kagome, vejo que ela está quase da cor do vestido de envergonhada.

Quando a música finalmente acaba, a anfitriã da noite nos puxa para mais fotos. Antes que ela comece um novo discurso eu puxo a garota para fora do salão.

— Meu Deus! O que foi isso?! – Ela diz se abanando.

— Vai se acostumando, as festas dela são constantes e cada vez maiores! – Eu tiro a mexa de cabelo que está em seu olho a colocando atrás de sua orelha.

— Isso só pode ser piada! – Ela me da um tapa suspirando – Podemos ir agora?

— Vamos.

Quando estamos descendo a escada a morena para, mas não se vira.

— Porque não vem também? – O que?

Sesshoumaru está parado nos olhando.

— Há! Até parece que ele iria a uma festa do colégio! – Eu não consigo não debochar.

— Você vem? – Ela se vira o encarando – Bom, você que sabe.

A garota suspende a parte da frente do vestido e desce a escada em direção ao carro.

— Uau! É uma pena não estarmos fantasiados. – Kagome diz se admirando ao entrar no baile.

— Fale por você mesmo! Eu sou James Bond! – Pisco pra ela a puxando para um rodopio.

Sua risada é gostosa de ouvir.

— Sorry, tá mais pra um garçom. – Sango diz batendo nas minhas costas com força até demais.

— Kagome-chan, você está linda! – Uma coisa verde diz e eu descubro que é o Miroku – Onde vocês estavam?

— Nem queira saber. – Digo dando de ombros.

— O Sr. Garanhão está parado bem ali porque? – Sango pergunta pra Kagome que apenas da de ombros.

— Vamos lá Sango! Faça isso por mim – Miroku segura a morena pelos ombros – Eu tive um trabalho danado pra achar essas fantasias!

— E eu não vou cantar e dançar com você no palco de uma festa em que invadimos, idiota! – Ela revira os olhos.

— Ninguém vai te reconhecer, tem uma peruca loira!

— Como assim? – Pergunto pra Sango que está sendo balançada pra lá e pra cá pelo namorado.

— Ele se inscreveu pra competição de fantasia. Só que invés de fazer uma performance solo, ele inventou uma música romântica. – Sango bate nas costas do garoto que está com cara de choro.

— Espera – Kagome analisa a fantasia dele – Zumbi ... Zumbies?! – Ela diz animada.

— Pronto. Eu sabia que você ia surtar! – Sango vira para o moreno – Porque não faz com ela? Tenho certeza que a Kah sabe até a dancinha.

Os dois olham pra garota como se estivessem prestes a chorar.

— Vamos, vou te ajudar a tirar esse vestido. – Ela carrega a Kagome me deixando a sós com meu melhor amigo.

Assim que elas saem de perto sua postura muda.

— O que ele está fazendo aqui? – Ele pergunta sem tirar os olhos do meu meio irmão.

— Provavelmente por conta do anel que a Kagome está usando.

— Eu vi as reportagens, como ele pode ter feito isso? Principalmente depois de tudo que ele fez a Kagome passar. – Miroku diz indignado cruzando os braços.

— Olha quem fala. – O moreno me olha ofendido – Enfim, eu ouvi que ele foi drogado.

— E você acredita? – Ele da uma risada sem graça – Essa desculpa eu nunca usei.

— A forma como ele chegou em casa. Um cara que trai alguém não faria daquele jeito, foi realmente bem estranho.

— Estranho é ver você defender o Sesshoumaru! – Ele me cutuca com o cotovelo.

É, isso é muito fora da realidade.

POV SANGO

— Como você está? – Estou soltando o corpete do vestido e mesmo de costas percebo o quanto ela está tensa.

— Eu não sei. Bem. – Quando eu consigo tirar, ela coloca a parte de cima do uniforme de líder de torcida – Kouga não veio?

— Na verdade, ele disse que daria uma passada aqui. Mas não o vi ainda. – Abro sua saia para que ela possa sair da armação.

— Nossa! Que vestido pesado! – Ela diz suspirando aliviada.

— Mas é maravilhoso. Agora quem escolheu? Você nunca vestiria vermelho por vontade própria. – Digo lhe entregando a saia e as meias até o joelho.

— Eu estava na festa beneficente da mãe do Sesshoumaru. – Quando termino de dobrar a saia ela já está com o figurino pronto. Até já colocou os sapatos.

— Esse vestido e um modelo exclusivo da Versace. Ela tem muito bom gosto.

— Claro, me mandou vestida de vermelho sangue para uma festa preta e branca. – Kagome solta o coque e faz um pequenino no pé da nuca – Cadê a peruca?

Eu a ajudo a colocar a peruca e fica surpreendente perfeita.

— Ela não fez isso pra você se destacar entre os convidados? – pergunto retirando sua make pesada.

— Dane-se ela! Eu não quero ser um brinquedo na mão dela Sango, eu sou só um adereço pra todos eles. E pro Inuyasha, um incômodo, ele deixou isso bem claro em nossa última conversa. – Ela tenta abaixar a saia que ficou curta demais.

— Espera – Olho a etiqueta e vejo que o tarado comprou um número menor – Aquele desgraçado comprou um número menor! – Digo indignada.

A sorte que o busto dela é menor que o meu. Então a parte de cima ficou a conta, mas como seu quadril e pernas são mais torneados ficou bem evidente.

— Tarado! – Kagome diz rindo – Só pra constar, ele comprou pra você docinho!

Pego Miroku pela orelha.

— Seu tarado! Comprou a fantasia menor de propósito! – Eu o acuso e ele geme de dor baixinho.

— Comprei? Aiaiaiaiaiai – Ele tenta não se mexer.

Kagome só ri ao nosso lado.

— Por mim tudo bem, eu adoro uma saia curta – Ela da de ombros e eu o solto pra dar um tapa nela.

— Você está de qual lado aqui?! – Digo indignada.

— Amiga, você esta vestida de amazona. Só o seu decote da um banho na minha saia. – Ela da de ombros e meu namorado balança a cabeça confirmando.

Eu me sinto completamente envergonhada.

— A questão não é essa. É o fetiche de líder de torcida, se toca! – Kouga diz nos chamando a atenção – O cabelo loiro, a roupa pequena.

— Hasegawa desgraçado. – Miroku o olha feio e eu lhe dou uns tapas.

— SEU FILHO DA PUTA TARADO!

POV KOUGA

— Essa saia tá curta demais. – Tento manter meus olhos em seu rosto.

— Ah, já usei menores – Ela não da importância, apenas fica olhando a cena da Sango metendo a porrada no Miroku.

Ela balança ao som da música suavemente e meus olhos acompanham seus movimentos involuntariamente.

— Vem, vamos dançar. – Eu a puxo pra pista de dança já que deve ser uma tortura menor.

Kagome pula ao som da música sem se preocupar com nada e por um instante e como se tivéssemos voltado no tempo. Ela sorri pra mim e me abraça carinhosamente.

— Kouga – Ela diz ao pé do meu ouvido – Você vai estudar fora ano que vem!

— Não, não vou. – Eu a afasto o suficiente pra encara-la. A música alta faz ela gritar.

— Vai sim. Você pode ir embora daqui por mim. – Ela fixa seus olhos escuros nos meus – Eu não posso, mas você sim e vai certo?

Antes que eu possa dizer alguma coisa a professora substituta chama os casais que irão competir no concurso de fantasia e Miroku passa correndo entre as pessoas a puxando pela mão e a levando.

— Argh! – Sango me dá um susto.

— Eu sinto o mesmo por ele nesse momento. – Digo automaticamente.

— Está com ciúme porque ela ter um novo parceiro de canto? – Minha amiga ri empurrando meu ombro com o seu.

— Claro que não! – Ela me encara com seus olhos castanhos refletindo a luz, esperando uma resposta diferente – Estou. Acho que estou sim. – Suspiro rendido.

— Aiai pobre criança, sabe que você é insubstituível não é? – Ela encosta a cabeça no meu ombro carinhosamente. Estava com saudade disso.

Sango sempre foi mais difícil de perdoar um erro.

— Então porque ela quer que eu vá embora ano que vem? – Eu a abraço pela cintura.

— Ela não quer que tenha o mesmo destino que ela está tendo. – Sango se endireita quando o primeiro casal sobe ao palco – Bom, é um palpite. Ela se sente presa. Você ainda está noivo não está? Já conseguiu conversar com seu pai? Já decidiu o que quer fazer?

Eu ainda não resolvi nada sobre a minha vida.

POV SESSHOUMARU

Me sinto um velho parado vendo um monte de adolescentes se atracarem.

Não vejo a Kagome já tem um tempo e só vim para conversar com ela.

Péssima ideia.

— Não creio nisso! Sesshoumaru?! – Escuto uma voz familiar - Estou vendo um fantasma!!! - Seu tom debochado ainda me irrita depois de todos esses anos.

Ao me virar dou de cara com uma pessoa que eu não via a anos.

— Kagura.

— É! Lembrou de mim? Atrasado por alguns anos mas lembrou. – Ela sorri suavemente abrindo o leque cobrindo metade do rosto.

Agora só vejo seus olhos castanhos avermelhados.

— O que está fazendo aqui?

— Essa pergunta e minha. – Seus olhos sempre me chamaram atenção e ela está usando isso agora porque ainda se lembra – Sou professora substituta, por isso a bucha da vez pra olhar as crianças. – A morena pisca pra mim – Mas pelo menos pude colocar uma roupa bonita! – Ela fecha o leque e eu noto seu kimono vermelho, branco e roxo.

Eu volto minha atenção para o palco ao escutar o nome da minha garota irritada.

— Que uniforme é esse?! – Digo mais alto do que pretendia.

Escuto a risada da minha velha amiga.

— Isso vai ser interessante. – Eu a escuto dizer.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima ♥



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