POV SESSHOUMARU

Kagome está esparramada no meu lado da cama. Ela dormiu aqui de novo mesmo eu dizendo para não fazer isso.

Levanto devagar para não acorda-la mais não dá muito certo já que a garota segura meu pulso me encarando com seu cabelo completamente bagunçado e seus olhos pequeninos.

— Eu marquei uns exames pra você hoje a tarde, pra vê como está a concussão – Digo baixinho.

— Eu já disse que estou melhor, não precisa se preocupar.

— Eu conheço um ótimo medico, ele vai te atender e sem mais. Isso não é negociável. – Ela bufa irritada, mas não me solta – Eu vou tomar um banho. Levante e vá tomar café, vai ganhar animo instantaneamente.

— Eu não bebo café ... A cama está bem quentinha, porque não deita comigo mais um pouco? – Sua voz sai em um sussurro.

Eu estou em posição de “sentido”, com certeza é a pior hora pra isso acontecer. Me solto dela e vou direto pro banheiro.

Antes que eu consiga entrar vejo ela se levantar cambaleando, apenas um moletom e uma calcinha preta. O que essa garota quer que eu faça? Entra no meu quarto de madrugada e se enfia debaixo das minhas cobertas.

— O que foi? – Ela murmura esfregando os olhos sonolenta.

Eu apenas entro no banheiro, ligando a água gelada para me despertar.

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Quando eu saio do banheiro já vestido vejo a garota cantarolando na pequena cozinha, preparando o café da manhã.

Ela ainda está só de calcinha e moletom e agora está toda suja de farinha de trigo.

— Panquecas? – Digo ao sentir o aroma.

— Sim! Espero que coma carboidratos Sesshoumaru-Sama. – Ela diz debochada.

— Não importa o quanto eu coma, continuo com o corpo perfeito. – Dou meu melhor sorriso e ela revira os olhos.

— Nojento convencido – Ela diz entre dentes. – Eu fiz a calda, quer experimentar? – Ela me estende a colher com o doce.

E me aproximo assoprando. A morena leva a colher na minha boca e o sabor é surpreendente bom. Geleia de morango.

— Uh, sujou aqui – Ela limpa o canto da minha boca lambendo o dedo sujo em seguida. Eu dou um passo em sua direção passando o dedo pela borda da panela suavemente apenas para pegar o suficiente para sujá-la.

— Eu acho que tem um jeito mais prazeroso de experimentar isso. – passo meu dedo por seus lábios e ela me olha um tanto receosa.

Quando ela entreabre os lábios eu concluo ser o convite que eu estava esperando e a beijo suavemente tomando para mim todo doce em seus lábios. Esse simples beijo acende todo meu corpo e a julgar por seu olhar, ela também despertou.

— Gostoso ... – A morena diz com seus olhos fixos nos meus. Como um irmã em direção ao metal eu a abraço pela cintura estreitando o espaço entre nos – Você vai se atrasar para o trabalho ...

— Vai valer pena. – Eu a ergo colocando sentada em cima de bancada, coloco a panela ao seu lado e a puxo para mais um beijo. Seu gosto é maravilhoso e lembra morango com canela. Eu mordo seu lábio inferior e ela geme enrolando suas pernas em minha cintura.

Minhas mãos passeiam por toda sua coxa nua enquanto ela aperta suas pernas em minha cintura para colar nossas partes pulsantes. Kagome vai abrindo cada botão da minha camisa em uma velocidade absurda a jogando no chão e eu tiro seu moletom. Ao ver que ela está sem sutiã um arrepio percorre todo meu corpo. Eu a olho atentamente, memorizando cada detalhezinho de seu corpo.

Ela segura minha cabeça pela nuca me beijando ardentemente. Eu acaricio seus seios delicadamente aplicando a quantidade ideal de força em cada bico a fazendo gemer em minha boca me despertando totalmente. Suas mãos descem rapidamente até a minha calça desabotoando a calça e segurando meu membro completamente duro por baixo da cueca.

— Kagome ... – Interrompo o beijo a encarando, seus olhos escuros têm um brilho maroto e ela não desvia nem mesmo por um milésimo de segundo. Ela começa a mexer deliciosamente pra baixo e pra cima, aplicando a pressão certa para me levar ao êxtase.

— Eu disse que sou virgem, não pura, idiota – Ao ouvir essas palavras a fera dentro de mim se solta e eu faço exatamente a mesma coisa que ela. Alcanço seu centro nervoso por baixo da calcinha que está completamente encharcado e faço círculos a levanto a gemer prazer e se contorcer em meus dedos.

Eu mordisco seu seio e sugo a ponta inchada enquanto ela intensifica os movimentos em meu membro, seus gemidos me deixam cada vez mais perto de chegar ao ápice, mas ainda não é o momento. Tiro sua mão de minha calça e nos dois damos um gritinho de frustração.

Eu a deito sobre o balcão e tiro sua calcinha abrindo suas pernas e abocanhando sua fenda como se eu estivesse faminto a anos. Lambo, chupo e pressiono seu centro nervoso enquanto Kagome diz palavras incompreensíveis. Imito os movimentos sexuais com a minha língua enquanto ela arqueia o quadril contra minha boca. Quando ela está quase lá em enfio um dedo e depois outro fazendo movimentos de vai e vem torturantemente lento. Ela é tão apertada que quase me faz gozar sem nem me tocar.

— Sesshoumaru ... Eu ... Eu nunca ... – Ela geme me deixando completamente maluco, eu quero te-la toda pra mim – Ahhhh!

Kagome goza em meus dedos e minha língua, e eu provo cada gotinha dela. Ela cai exausta sobre o balcão da cozinha e seus olhos estão fixos em mim. Seu desejo não diminuiu um 1% sequer.

— Isso foi ... – Ela começa corada e ofegante, completamente nua na minha frente.

— Maravilhoso. – A morena balança a cabeça concordando. Eu passo a mão pelo seu cabelo curto e a ajudo a descer.

Ela me puxa em direção ao sofá e antes de me empurrar para sentar puxa minha calça e minha cueca de uma vez.

— Minha vez ... – Ela diz com a voz extremamente sexy se abaixando e meu coração acelera loucamente.

— Kagome, não precisa – Ela me corta decidida.

— Eu quero. – Seus olhos encaram meu membro completamente duro, ela o segura gentilmente fazendo leves movimentos antes de sugar a ponta me fazendo jogar minha cabeça pra trás no encosto do sofá. Eu a seguro pelo cabelo a guiando em seus movimentos.

A garota parece ser profissional no que está fazendo, ela mordisca na medida certa, chupa, passa língua pela cabeça como se estivesse saboreando um pirulito e eu não consigo conter os gemidos guturais quando sinto o fundo da sua garganta. Ela segura a base dando a pressão ideal enquanto me suga até eu chegar ao clímax, onde ela engole tudinho me deixando perplexo.

Minha respiração está mais que acelerada e eu me não sei quem está mais surpreso com essa situação inesperada, Kagome ou eu.

Seus olhos escuros estão fixos nos meus e sua respiração está tão agitada como a minha. Nos encaramos uns segundos antes dela se levantar e se trancar em seu quarto e eu no banheiro, tomando mais uma ducha fria.

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As horas no escritório parecem se arrastar, eu não consigo para de pensar no que aconteceu essa manha.

— Sra. Kyoko. – Aperto o botão da secretaria eletrônica a chamando até minha sala – Eu preciso que envie um piano para o meu endereço aqui em Londres.

Ela concorda com um aceno de cabeça.

— Teria algum modelo de preferência?

— O melhor que existe, de preferência branco ou rosa. – Ela faz um leve cumprimento antes de sair e eu a chamo novamente – Ah! Preciso também de um buque de rosas vermelhas com apenas uma margarida branca central. Mande entregar tudo essa tarde.

— Sim, Sr. Sesshoumaru.

POV KOUGA

Espalhei todas as coisas que estavam na arvore em cima da minha cama. Olho uma por uma. Algumas cartas, desenhos de quando eramos crianças e 3 musicas que imagino serem escritas pela Kagome. Uma bolinha de metal que eu ainda não descobri o que é e um cordão de chave e o anel de noivado da minha avó.

Abro as músicas e vejo que uma delas tem escrito Kouga no canto, com uma Lua minguante. "Ilusão."

— Eu conheço essa música. – Cato meu ipood com as músicas antigas e uma das faixa se chama ilusão. Coloco meu fone de ouvido e escuto a música tocar. É a voz dela ... – O que ... Essa música era pra mim? – Ela está datada de 2013.

A próxima é “I Love you”. Um frio passa pela minha espinha ao escutar a primeira estrofe. É a música que eu escutei no hospital.

‘You're so beautiful

Você é tão bonito

But that's not why I love you

Mas não é por isso que eu te amo

I'm not sure you know

Eu não tenho certeza que você sabe

That the reason I love you

Que a razão que eu te amo

Is you, being you, just you

É você, sendo você, só você

Yeah, the reason I love you

Sim, a razão de eu te amar

Is all that we've been through

É por tudo que nós passamos

And that's why I love you

E é por isso que eu te amo’

Na minha cabeça, não era ela cantando. Como isso pode ser possível? Foi tudo manipulado ... 

Minha cabeça começa a dar umas pontadas como se eu estivesse a ponto de lembrar alguma coisa a mais.

“Eu posso lhe dizer que você é uma péssima mãe e que com certeza, entre você e eu. Kouga me escolheria. Sou mais família pra ele que você.”

Suas palavras se repetem na minha cabeça. Eu acordei pela música dela. Tudo volta como um flashback em minha mente em ordem decrescente. A noite do acidente, o baile, o jantar de noivado na minha casa. O nosso encontro. A música. A promessa na árvore sagrada. Nossa infância reconstruída peça por peça.

Minha cabeça lateja e eu devo ter gritado de dor já que a senhora Takeda, tenta entrar no meu quarto trancado.

— Jovem Mestre! Jovem Mestre! – Ela grita batendo na porta.

Eu me levanto um tanto zonzo indo até a porta.

— O que aconteceu?! Você está pálido como uma vela! – Ela coloca a mão sobre a minha testa e eu dou um sorriso de puro alivio ao sentir a parte vazia do meu ser finalmente ser preenchida.

— Eu estou ótimo. Foi só uma dor de cabeça que já passou ... Não se preocupe. – Encosto a cabeça na porta sorrindo e ela desarma um pouco.

— Não tranque a porta por favor!  Só eu estou em casa, não se preocupe. – Ela diz preocupada e eu concordo com um aceno de cabeça.

Volto a encostar a porta e pego a caixinha de musica na cama a abrindo com a chave do colar. A musiquinha começa a ressoar e um arrepio sobe pela minha espinha.

— You are my sunshine. – Murmuro pra mim mesmo – O quanto eu a magoei a ponto dela querer que eu a esquecesse pra sempre? - Eu gostava tanto dela a ponto de entregar o anel de noivado da minha avo. Mas agora, parece que não sinto nada.

Pego o celular ligando para Sango que aparece na minha casa em 10 minutos se jogando em cima de mim, me abraçando forte e chorando compulsivamente.

— Seu idiota! Idiota! Idiota! Porque demorou tanto?! – Ela me aperta tanto que eu mal consigo respirar.

— Sabe, não era uma coisa que dependia totalmente de mim ... – Tento zuar mais ela me belisca no braço esquerdo.

— Você finalmente parou de acreditar naquelas víboras? Elas estavam fazendo “lavagem cerebral” em você! – A morena diz enxugando as lagrimas.

Eu respiro fundo encarando as coisas da minha melhor amiga de infância. Ela era apaixonada por mim e eu nunca percebi. Agora é tarde demais.

Meu coração parece anestesiado. Como se tudo isso tivesse sido um scrip que deu errado e nunca foi lançado.

— Kouga, você está bem? – Sango pergunta colocando a mão sobre a minha.

— Essa música foi a primeira coisa que eu escutei ao acordar ... – Entrego pra ela a letra “Ilove You” – Ayame disse que ela me acordou com a força do amor dela. Como eu pude acreditar que era ela? E que coisa mais idiota, eu acordar porque alguém cantou pra mim ...

— Na verdade, a Kah cantou sem parar pra você. - Ela sorri docemente - Ela disse que ia te ganhar pelo canssaço porque você iria acordar só pra manda-la calar a boca! - Ela da um riso fraco.

— Estou envergonhado. Pelo que eu vi essa garota significava muito pra mim, ela desafiou a minha mãe por mim, ela sempre esteve ao meu lado desde que eu me lembre, ela sempre foi minha melhor amiga. – Minhas palavras saem vazias.

— Ela ainda é Kouga. Ela te ama, como o melhor amigo que você sempre foi. – Ela me fita com seus olhos escuros e eu acho que não tenho mais coração pra ser partido. Talvez quando eu decidi deixar tudo pra trás, também deixei meus sentimentos por Kagome Higurashi – Amizades assim não acabam, não importa o tempo que fiquem separados.

— Você acredita nisso mesmo?

— Acredito. E logo, ela estará aqui pra te dizer ela mesma. – Eu a olho curioso. Estou com medo, medo de vê-la e tudo ruir abaixo.

— E se eu te disser que eu não sinto nada por ela mais, você acredita? - Sango me olha um tanto assustada. 

— Você lembrou de tudo? Desde a infancia? 

— Aparentemente sim, mas não sinto absolutamente nada por ela. Nem mesmo, amizade ... - Evito olhar em seus olhos escuros, não quero que ela me julgue novamente como se eu estivesse fazendo de proposito. Não temos como enganar o próprio coração.

POV KAGOME

A campainha toca e quando vou atender é uma entrega.

— O que é? – pergunto curiosa pelo tamanho da caixa.

— Um piano. – O que?

— Deve ser um engano ... – Nesse momento outro entregador surge com um buque de rosas vermelhas e um cartão.

“Para você finalmente poder me mostrar sua nova música. S.T”

É sério isso? Só vamos ficar aqui por mais 3 dias. Como ele faz essas coisas?

Saio pisando pesado até a cozinha pegando um vazo para colocar as flores. Agora eu vejo que no meio delas tem uma tímida margarida branca. E eu não consigo evitar um sorriso ao tocar meu colar com pingente de margarida sorridente.

— Idiota. – Fecho meus olhos com força morrendo de vergonha do que aconteceu essa manha. Com que cara vou encontrá-lo hoje a noite?

Demora um tempinho até conseguirem montar o piano mas ele é completamente incrível. Como eles colocaram próximo a sacada o piano parece brilhar a luz da lua. Branco com detalhes em dourado envelhecido. Quando os montadores vão embora eu não perco tempo em sentar na sua frente e testar suas teclas perfeitamente afinadas.

— UAU! – Digo maravilhada.

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Não sei quanto tempo fico tocando mais meus dedos já começam a sentir. Pra finalizar tento harmonizar a melodia com a ultima letra que eu havia escrito.

‘All of my life I thought I was right

À minha vida toda, eu pensei que estivesse certa

Looking for something new

Procurando por algo novo

Stuck in my ways like old-fashioned days

Presa em meus caminhos como dias à moda antiga

But all the roads led me to you

Mas todas as estradas me levaram até você’

Minha voz ganha intensidade conforme as notas aumentam.

‘The house that you live in don't make it a home

A casa em que você vive não a torna um lar

But feeling lonely don't mean you're alone

Mas se sentir solitário não significa que você está sozinho

People in life, they will come and they'll leave

As pessoas na vida, elas virão e irão embora

But if I had a choice I know where I would be

Mas se eu tivesse uma escolha, eu sei onde eu estaria’

POV SESSHOUMARU

Eu nunca a ouvi cantar assim. Mesmo descalça de pijama e cabelo bagunçado ela parece brilhar. Sua voz e doce mas firme. Tenho a impressão que qualquer gravadora gostaria de contrata-la. Ela é pura como um anjo.

‘Through the lows and the highs, I will stay by your side

Entre os altos e baixos, eu estarei ao seu lado

There's no need for goodbyes, now I'm seeing the light

Não há motivo para despedidas, agora estou enxergando a luz

When the sky turns to grey and there's nothing to say

Quando o céu se torna cinza e não há nada a dizer

At the end of the day, I choose you

No fim do dia, eu escolho você

Oh, I choose you

Oh, eu escolho você

I choose you

Eu escolho você’

Kagome fica encarando o piano por um minuto antes de levantar e dar de cara comigo.

— AAHHHHHHH! Desde quando você está ai?! – Ela diz com os olhos arregalados me fazendo rir.

— Loreley. – Vem e minha mente a imagem da sereia encantadora a luz da lua.

— Que? – Ela pergunta confusa e eu me sinto diferente.

— Pode cantar pra mim? Quero descobrir se é boa mesmo em alguma coisa. – Digo zombeteiro e ela revira os olhos pra mim.

— Você está com sorte já que me apaixonei por esse piano. – Ela diz animada olhando a peça – Obrigada. Sei que só faltam 3 dias mas, vou aproveitá-lo! – A morena corre até mim me abraçando enterrando o rosto em meu peitoral e meu estomago revira.

Será que quando voltarmos tudo vai continuar assim?