When I Saw You. escrita por Honey Moon


Capítulo 18
Aquele da Arvore Sagrada.


Notas iniciais do capítulo

Eu estou SURTANDO com o spin off de Inuyasha que vai ter a supervisão da Rumiko maravilhosaaaaaaaa, então lá vai mais um capitulo!
Boa leitura!



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— Sua respiração está acelerada, então está tentando me seduzir? – Seus dourados estão escuros – É isso que um quase beijo faz, ansiedade – Ele fica tenso sobe minha mão – Desejo ? Talvez ...  – Sorrio e quando o solto ele continua tão perto quando antes. Tento me soltar mas ele ainda me segura.

— E você diz que não é manipuladora? – Ele diz finalmente.

— Não sou, só quis te mostrar que nem tudo é o que parece. Até porque se for, você quer me beijar. – Tento me soltar novamente sem sucesso, o garoto me pressiona contra seu corpo me deixando tensa.

— Tanto quanto você parecia querer que eu a beijasse – Ele dá um sorriso de canto me desarmando. Tenho que parar de derreter toda vez em que vejo um sorriso dele, puta merda.

— E quem disse que eu queria te beijar? – Dou uma risada debochada.

— Bêbados não mentem né? – Ela me solta e dá meia volta voltando para o salão entre os arbustos. Como assim?

— Heey, você está com meus sapatos – Corro até ele e acabo me chocando contra suas costas, estamos perdidos no meio de folhas e galhos quando sinto o garoto ficar frente a frente comigo.

— A partir de agora, vamos ficar sempre a no mínimo um metro de distancia. Entendeu? – Ele abaixa e coloca o salto em meus pés e quando se levanta estamos basicamente da mesma altura. Ele coloca a mão na minha nuca e aproxima seus lábios dos meus, por uma fração de segundo os sinto roçando nos meus me fazendo eu me arrepiar inteira – Melhor dois metros de distancia. – Ele vai embora e eu fico lá. Eu tentei mexer com ele mas parece que quem se ferrou foi eu, pqp.

—-

— Kagome! Onde estava? – Sango me diz preocupada – Parece ... atordoada? – Ela me analisa.

— Estava procurando o meu anel, não o encontrei em lugar nenhum – Me sinto um pouco zonza, acho que corri demais.

— Estava comigo, eu peguei para você experimentar o do Kouga – Ela me entrega e eu o coloco bem na hora em que meu noivo aparece.

— Boa noite – Ele nos cumprimenta formalmente.

— Acho que essa é minha deixa – Ela dá um sorrisinho sem graça para o Sesshoumaru e vai embora.

— Cadê o Inuyasha? – Ele diz e eu tenho certeza que fico da cor de um tomate.

— Porque eu saberia desse idiota? – Dou um tapinha no braço dele e rio.

— Ele é seu segurança e o que deu em você? – Ele me analisa e eu respiro fundo tentando me acalmar – Somos amigos agora? – Ele diz friamente.

— O que faz aqui? Achei que fosse muito ocupado – Um garçom passa servindo espumante e eu pego uma taça.

— Parceiros comerciais. E também – Ele pega minha taça – Sabemos como isso termina.

Eu o beijei quando estava bêbada. Entendi a referencia.

— Você não quer me beijar Sesshoumaru? – Digo sem nem mesmo perceber. Coloco a mão na boca e ele me olha assustado.

— Eu não acho que temos esse tipo de relacionamento – Ele diz pensativo – Está bêbada?

— Acho que nasci bêbada – Quero abrir um buraco e entrar – Desculpe por ter te beijado a força naquele dia.

Ele não diz nada, apenas me olha.

— Agora me devolva o espumante, acabei de levar um fora e mereço isso – Dois foras na verdade.

— Quando tiver 18, vai poder beber. – Ele diz desconversando totalmente.

Eu suspiro e ele me estende a mão.

— O que? – O olho aborrecida.

— Vem, vamos dançar. – Claro, temos que ser vistos juntos. Arrrgh. Hoje não.

— Não estou afim, acho que vou pra casa – Vou procurar o Kouga para me despedir quando vejo Ayame agarrada nele enquanto os convidados os felicitam. Espero a minha vez.

— Kagome-san! – Ela diz sorridente enquanto o moreno apenas diz “Help me” sem voz pra mim.

— Ayame-chan, eu espero que vocês sejam muito felizes. Kouga é péssimo!Sério! Chato, irritado, complicado, boa sorte! Se o magoar, eu te mato. – Digo pra ela que ri, viro para o moreno – Eu já vou. To bem cansada. – Dou um beijo em sua bochecha e sussurro em seu ouvido – Se dê uma chance, não fuja.

— Mas ainda nem jantamos – Ayame diz mas Kouga a corta.

— Deixe-a, me avise quando chegar em casa – Eu apenas concordo com um gesto de cabeça.  

Quando estou saindo da casa do meu amigo, Sesshoumaru me espera já no carro.

— Vou te deixar em casa – Ele está em uma limusine, amostrado. Nem se dá o trabalho de olhar pra mim, mantem sua atenção no celular.

— Eu não to muito afim de ir com você – Dou um sorriso forçado.

— Kagome, entre, precisamos conversar – Ele me olha sério e eu decido entrar. Ele dá as ordens ao motorista que acelera mas antes sobe o vidro entre ele e nos, nos dando privacidade.

— Fala. – Me sento de frente pra ele o encarando.

— Eu peço desculpas se alguma vez dei a entender que estava dando em cima de você. – Ele diz um pouco sem jeito, vê-lo assim me faz querer rir – Não me leve a mal, é que ...

— Não precisa dizer nada, você deixou bem claro que o casamento é por conveniência. Eu vou ficar presa a você mas sem laços afetivos. – O homem que geralmente se mantem imparcial me encara um tanto surpreso - Tudo bem, a pergunta que eu te fiz foi só uma idiotisse minha – Balanço a cabeça envergonhada, na verdade estava pensando no irmão dele quando disse aquilo. Porque ele não quer me beijar, nem o Sesshoumaru e o Kouga provavelmente me beijou por pena porque eu disse que nunca tinha beijado alguém.

Estou tão envergonhada comigo mesma. Preciso passar uns dias sumidas pra tentar apagar toda esse vexame.

— Quando você tiver 18 anos, vai entender melhor – Ele desvia o olhar – Não vai precisar me perguntar isso de novo.

O que ele quis dizer com isso?

— Bom, não falta muito, um pouco mais de um mês e sou de maior. Posso fugir e te deixar sozinho, claro, com os papeis assinados. Não se preocupe. – Quando o carro para eu desço e ele não diz palavra alguma. Eu corro pra dentro de casa. São tantos sentimentos que eu não consigo defini-los.

POV INUYASHA

Aquela garota! EU A ODEIO! ODEIO O QUE ELA FAZ COMIGO! Bebo o Whisky como se fosse água.

— Opa meu amigo, vamos com calma. – Miroku diz – Já conversamos sobre isso.

— Ela quase me beijou, EU QUASE BEIJEI AQUELA MIMADA – Digo entre dentes.

— Kagome? – Ele diz com os olhos arregalados – Seu irmão estava aqui, sabe disso?

— Foda-se ele. – Bebo mais uma dose de uma vez – Ela me provocou!

— Pode não significar nada, ela é só, bonita. Você teve uma noite e tanto com a Kikyou ontem não foi? – O moreno pega um Martíni com o barman – Seus hormônios deveriam estar “estabilizados” – Ele ri.

— Foi ótimo. – Encaro meu copo vazio.

— Mas ...

— Não é mais a mesma coisa. O que eu sinto pela Kikyou mudou. E você não sabe o quão difícil é admitir isso! – Encaro meu amigo que dá um sorriso safado sabendo o que eu estou pensando .

— “Mas ela estava tão gostosa e tão linda e tão sexy, não resisti!“ – O moreno tenta imitar a minha voz e eu dou um soco em seu braço de leve.

— Ai! – Ele reclama - Ela já sabia, aquela garota te tem na palma da mão. Terminar com ela vai ser um desafio e tanto. – Ele bebe seu drink.

— Como vou fazer isso? – Peço mais uma dose ao barman.

— A parte mais difícil, pensar com a cabeça de cima – Sango me diz parando ao meu lado – Aquela vadia só transou com você pra te segurar Inuyasha, porque sabia que iria terminar! A quanto tempo ela não fazia algo assim hein? – Ela revira os olhos – Você caiu como um patinho. – Quando o barman me serve ela pega o meu copo e toma um gole.

— Ela é gostosa demais, somos fracos. Acontece – Miroku me defende e posso ver fogo nos olhos da morena.

— Você é um babaca tarado, mas o seu amigo aqui é só babaca – Ela diz irritada.

— Isso foi um meio elogio? – Digo ofendido.

— Vá e termine. Vai conhecer a verdadeira Kikyou. – Sango é diferente, eu não consigo entender o que ela quer.

Respiro fundo e tomo coragem. Vou terminar com a Kikyou, sem distrações dessa vez.

POV MIROKU

— A maneira que você fala com ele é diferente – Digo a encarando beber o Whisky.

— Tá com ciúme? – Ela ri – Eu costumo admitir quando erro Miroku e eu tinha uma ideia errada sobre o Inuyasha. – Ela dá de ombros – E caso você não tenha percebido, se ele continuar a beber desse jeito, vai estar a um passo de se tornar um alcoólatra logo logo. - Ela fala sério.

— Por isso está bebendo o Whisky dele?

— Não querido, eu adoro um Whisky com idade para beber seu próprio Whisky – Ela sorri – Tem muita coisa que você não sabe sobre mim. E só para deixar claro, eu nunca magoaria a Kagome, caso você esteja pensando que eu estou interessada no Inuyasha.

— Mas isso só quer dizer que você coloca as prioridades dela na sua frente, não que você também não sinta o mesmo – A morena me fita com seus olhos escuros sem dizer uma palavra ela coloca sua mão sobre a minha.

— Ele não faz o meu tipo.

— Hmmmmmmm, então eu sou o seu tipo – Me aproximo dela que ri.

— Você não entendeu. Babacas não fazem o meu tipo – Ela diz isso com um sorriso sarcástico no rosto – Muito menos babacas TARADOS irritantes e narcisistas como você seu monge do Paraguai! – Já consegui irrita-la – Como pode ser um monge?!

No dia em que ela foi exterminar com o pai eu também estava lá, fazendo uma limpeza espiritual na casa já que minha família me criou com a intenção de que eu virasse um monge.

— Ainda não sou um monge oficialmente – Dou um sorriso safado e sussurro em seu ouvido – Gostaria de ter um filho meu? Antes disso acontecer.

Sango fica imediatamente vermelha e me dá um tapa estalado no rosto. Doeu. Ela sai sem dizer nada. Completamente irritada e eu acabo rindo. Essa garota parece ser indecifrável, mas eu adoro desafios.

 

POV SANGO

Droga, droga, droga, droga. Porque o Miroku mexe comigo? Ele é só um tarado. Não vou ser mais um troféu na estante daquele sociopata!

— Meu Deus! Eu tenho te visto muito assim ultimamente – Kouga diz dando um peteleco na minha testa.

— Te juro que o que mais quero é me formar e ir embora daqui. – Desabafo – Você tem sorte, vai poder ir pra longe e esquecer tudo!

— Sango, o que aconteceu? – O moreno diz preocupado.

— Nada, só to estressada demais. Kohaku está com muita coisa pra fazer na escola e estou tendo que acompanhar meu pai nos extermínios. Acho que isso ta mexendo um pouco comigo. – Kouga me abraça carinhosamente.

— Você escuta todo mundo, mas quem é que te escuta hein? Você não é de falar sobre você mas amigos são pra isso, boba. – Ele está certo. São meus melhores amigos ... Porque não consigo falar?

— Kouga ... Eu acho que posso estar sentindo algo por uma pessoa horrível. O que eu faço?

— Se você sente algo por ele, não deve ser tão ruim assim. Você só se aproxima de pessoas boas Sango, você tem uma ótima intuição! Sua percepção é incrível. – Eu o aperto em meus braços.

— Essa é a festa de noivado mais chata que já vi – Ele ri.

— Deve ser porque o noivo está fugindo da noiva a horas, melhor encerrar essa noite. Preciso ir ver a Kah, ela não estava muito bem – Eu balanço a cabeça concordando – Te deixo em casa antes, vamos.

— E vai ir assim, sem mais nem menos? – Digo surpresa e ele dá de ombros.

— Não vou fazer diferença aqui – Ele dá um sorriso de rebelde perfeito.

 

POV KOUGA

— Eu sabia que você nem tinha entrado em casa – Ele me encontra sentada aos pés da arvore sagrada que fica na parte de trás de casa.

— Eu, fugiu da sua própria festa de noivado? – Ela diz chocada.

— Estava um saco! – Me sento ao lado dela que abre a bolsa e me entrega a caixinha branca com o anel.

— Esqueci de te entregar isso, eu ia voltar mas quando sentei aqui. Não consegui levantar. – Ela estava esperando ser purificada. Porque?

— O que fez de errado? – Ela dá um sorriso fraco.

— Tanta coisa ... Kouga, eu beijei o Sesshoumaru quando fiquei bêbada daquela vez e hoje ele deixou bem claro que o nosso relacionamento é puramente profissional. – Meu coração dói e eu engulo seco.

— Está apaixonada por ele? – Ela balança a cabeça negando.

— Não. Mas levei um fora sem intenção, na verdade eu só queria me desculpar por ter agido daquela forma. – Ela hesita mais vira de frente pra mim – Eu não devia ter te obrigado a ter um encontro comigo, você fica visivelmente constrangido quando falo sobre isso. Não vou mais tocar no assunto, me perdoe por ter te beijado, foi um erro e não vai se repetir. – Seus olhos tristes me machucam. Tem mais alguma coisa.

— Kagome, você é a pessoa que eu mais amo nesse mundo. Aquele foi o melhor encontro que já tive. – Ela acha que estou dizendo isso para consolá-la – Ei, garota. – Ela me olha sem graça – Sabia que você era a mulher mais bonita naquele lugar hoje?

Ela ri mas vejo uma lágrima correr por seu rosto. Tudo que eu quero fazer é beija-la, abraça-la, cuidar dela. Nesse lugar onde demos nosso primeiro beijo quando éramos pequenos.

— Lembra do nosso primeiro beijo aqui? – Ela olha pra arvore que balança suas folhas com o vento.

— Estávamos com raiva porque todo mundo já tinha beijado e nós não – Ela ri nostálgica – Naquela época, tudo parecia mais simples ... Se parar pra pensar, temos tantas lembranças nesse lugar – Ela fecha os olhos e respira fundo com um sorriso no rosto.

Quando ela abre os olhos estou a um milímetro de seu rosto, eu a beijo suavemente a surpreendendo.

— Mais uma lembrança. – Digo pra garota corada que parece confusa.

— Não precisa ser só uma lembrança ... Não é? – Ela me encara com seus olhos escuros perfeitamente delineados.


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Notas finais do capítulo

Se cuidem e até a proxima pessoal ♥



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