Chatos, ordinários e dramáticos escrita por Kiki


Capítulo 5
O Silêncio


Notas iniciais do capítulo

OOiii
Sumida né?
Muita coisa gente acontecendo...kkkk desculpem
Espero que gostem desse cap, espero que gostem do Will e a sua notável, mas não lastimável, diferença das outras crianças. :)
Bjjss
Boa leitura



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Povos primitivos…Organizações sociais...Magia na antiguidade... blá blá blá.  Louis respirou fundo tentando se manter acordado enquanto o Professor Binns continuava seus monólogos. Era a primeira aula do ano e da vida dele em Hogwarts, estava sendo um saco. Ele olhou para seu lado esquerdo, avistou Roxy e Lily na mesma situação de tentar não fechar olhos. Virou-se para direita e encontrou Hugo debruçado sobre os materiais, dormindo sem culpa. Louis voltou-se para frente tentando prestar atenção na fala do professor. Mas ele não conseguia, sua mente sempre se perdia em pensamentos aleatórios, como por exemplo, a estranheza de poder ver o quadro negro através do professor transparente.

Graças a tudo que existe de sagrado, a aula uma hora acabou. Dado o sinal, os alunos começaram a guardar os materiais apressadamente para irem almoçar.

“Merlim!” Roxy suspirou de alívio quando finalmente estavam fora da sala. “Alguém entendeu alguma coisa?”

As outras crianças riram com a pergunta, pois obviamente a dúvida era de todos.

“Ele introduziu a magia na antiguidade.” respondeu Hugo.

“Você entendeu a aula?” Lily perguntou surpresa.

“Sim, o Professor Binns explicou como as pessoas com habilidades mágicas se encaixavam nas sociedades antigas, tipo os egípcios e os povos nórdicos. Geralmente elas eram um tidas como guias espirituais, pois naquela época a magia era vista de forma sagrada por muitos. Mas não foi nada aprofundado, acredito que ele vai focar em cada sociedade mais pra frente.” Hugo explicou tranquilamente para seus primos.

“Se ferrar, Hugo! Você dormiu a aula inteira!” Louis exclamou indignado dando um soco de leve no amigo.

“Eu li o livro no começo da aula”. Hugo deu ombros sorrindo. “Ele estava reproduzindo o texto do livro, então, pra quê prestar atenção nele se estava apenas repetindo?”

“Ele só repetiu o texto do livro?” Roxy perguntou de boca aberta.

“Sim, vocês não perceberam?” Hugo questionou.

“Eu nem abri meu livro ainda.” Lily revelou com um sorriso nervoso.

Louis riu da confissão da menina, pois ele mal tinha chegado perto dos livros também.

O resto do caminho o assunto acerca da aula de História da Magia morreu e eles começaram a comentar como eram seus respectivos dormitórios. Depois de caminharem pelos corredores de Hogwarts junto com a multidão de alunos de todos os anos que seguiam a mesma direção que eles, chegaram ao Grande Salão. Já dava para sentir o cheiro da comida servida nas mesas, o estômago de Louis revirou de fome.

Inconscientemente, conversando e rindo sem parar, os quatro amigos sentaram na mesa vermelha da Grifinória. E foi quase instantâneo, uma voz interrompeu a conversa deles:

“Hey,! Vocês não podem sentar aqui.” disse um garoto.

Louis procurou a pessoa que havia reclamado. Era Adam Higgs, sabia o nome dele, por algum motivo o guardou durante a seleção das casas. Higgs mantinha um ar quase arrogante enquanto olhava para os dois corvinos.

“Por que não?” Hugo devolveu no mesmo tom, embora um pouco mais desafiador.

“Porque é a mesa da Grifinória.” Higgs respondeu de forma óbvia.

“Oh! Parece que nossos traseiros não são bem vindos aqui, Lou”. ele disse para o amigo, mas não desviou o olhar de Higgs.

“Deixa disso, Hugo. Vamos para nossa mesa.” Louis agarrou as vestes de Hugo e o fez levantar junto com ele.

Felizmente Hugo não foi relutante e logo estava de pé. Antes de irem para a mesa ao lado, Louis virou-se para Higgs e deu um sorriso de desculpa. O menino pareceu levar um choque com essa ação repentina, não devolveu o sorriso, no lugar encheu a boca de suco de abóbora. Louis não entendeu o problema do grifinório e acabou julgando que ele era meio esquisito.

“Tchau, meninas.” Louis se despediu.

“A gente se vê na aula de Criaturas Mágicas.” Lily cantarolou para os dois.

A próxima aula da Corvinal era Feitiços, junto com a Lufa-Lufa, enquanto a última seria com a Grifinória.

Após o almoço os alunos voltaram a ocupar os corredores criando uma bagunça agitada. Louis e Hugo chegaram na sala da Professora Jansen alguns minutos antes da aula iniciar. Aparentemente os alunos do primeiro ano tendiam a chegar cedo, uma vez que, facilmente poderiam se perder na escola. Louis avistou seus companheiros de casa, se destacavam pelo uniforme azul, e intencionou ir na direção deles. Mas foi impedido por Hugo, agarrando seu braço, levando-o para entre os lufanos. Os alunos da casa do texugo olharam para eles com espanto. Afinal, era comum que os primeiros anos se agrupassem pela cor e seus uniformes. Só que Hugo nunca era comum e Louis suspirou por isso.

Os garotos sentaram ao lado de uma menina, que Louis pode ver na cara de Hugo que a escolha dos lugares foi proposital. O amigo já sorria antes de se ajeitarem nas carteira.

“Oi! Meu nome é Hugo.” ele se apresentou à garota.

“Max, Max Green.” ela retribuiu o sorriso, nitidamente surpresa por ele fazer contato. “Ah! Esse é meu primo, Will Wood.”

Louis se inclinou na carteira para ver o garoto. Will acenou para eles simpaticamente.

“Esse é o Louis, meu primo.” Hugo lhe apresentou.

Max sorriu e deu um aceno de cabeça, depois ela se virou para Will mexendo as mãos, mas Louis não conseguiu ver direito o que ela fazia da posição onde estava.

Louis ponderou os motivos de Hugo estar puxando conversa com a menina. Foi inevitável, ele avaliou Max de cima a baixo, reparando em seus cabelos curtos, no nariz com ponta redonda e nas sobrancelhas curvadas. Ela não era tão bonita assim na opinião de Louis, mas parecia ser muito legal. Louis cogitou fazer uma brincadeira com o primo ou qualquer comentário sobre isso, mas logo a Professora Jansen estava diante da sala.

“Muito bem, vamos começar.” ela fez o ambiente silenciar. “Hoje vocês vão aprender um feitiço de iluminação...”

A Professora explicou todo o processo para a execução do feitiço desde a pronúncia correta do latim até a forma correta de segurar a varinha.

“Agora vocês podem começar a praticar, depois passaremos para a parte teórica.”

A mulher, ao encerrar suas instruções, foi até a carteira de Will e fez sinal para ele acompanhá-la. O garoto obedeceu e rapidamente estava sentado na mesa da professora, mais vermelho que um pimentão. E não era para menos, com a classe toda cochichando sobre ele.

Louis não entendeu imediatamente o motivo de tanta agitação. Ele observou Will e pela primeira vez notou a presença de um senhor ao lado de Jansen. O homem começou a gesticular, movimentos marcados e bem ordenados. O garoto confirmava tudo em acenos curtos. Então, Louis compreendeu o que estava acontecendo...

Lumus.” A varinha de Hugo acendeu a ponta chamando a atenção de todos para ele.

O ruivinho sorriu vitorioso e Louis revirou os olhos. Que grande surpresa Hugo ser o primeiro da turma a fazer o feitiço!

Dado isso, houve uma onda de varinhas se acendendo uma atrás da outra na sala, a de Louis entre elas. Após um tempo, quando quase todos conseguiram executar o feitiço, a professora os ensinou a apagar a luz.

A professora começou a segunda parte da aula, a teórica e chata sobre os feitiços. Nesse ponto o senhor que atuou como intérprete para Will deixou a sala e o garoto caminhou até sua carteira cabisbaixo, evitando o olhar dos colegas. Aparentemente o homem tinha dado instruções para ele fazer o feitiço, mas Will não havia conseguido.

Murmúrios encheu a sala e dessa vez Louis pode escutar algo como: “...o mudinho não conseguiu falar.” seguido de risadinhas. O comentário não veio de muito longe, imediatamente Louis se virou encontrando o responsável: Braam Smith, um de seus colegas de dormitório.

“Professora!” Louis levantou a mão.

“...pois assim a real necessidade...E-er, sim, Sr. Weasley.”

“Eu queria saber se a gente pode zombar das dificuldades dos outros?” ele perguntou polidamente.

A professora pareceu confusa com a pergunta. Passou alguns instantes a encará-lo, mas então respondeu:

“Não, Sr. Weasley. Acredito que não.”

“Oh! Eu imaginei, mas é que talvez Smith não saiba já que ele estava rindo do Will.”

Com isso Louis lançou um olhar afiado para o outro garoto que estava de queixo caído algumas carteiras de distância. Hugo soltou uma risada baixinha.

“Isso é verdade Sr. Smith?”

“N-não, senhora.”

A mulher suspirou cansada.

“Quero que todos saibam que não suportarei nenhum tipo de intolerância em minhas aulas. Se ocorrer novamente tirarei pontos de suas casas e terão detenções para cumprir.”

Louis podia imaginar que Smith estaria olhando com fogo para suas costas, mas ele ignorou. Infelizmente Will não pegou o que havia acontecido, assim, ele manteve o corpo encurvado o resto da aula e Max parecia compartilhar do baixo astral do primo.

 


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Notas finais do capítulo

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