Get Mad, Ear. escrita por TMfa


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu não sei vocês, mas eu odeio ler cenas de luta quase tanto quanto eu odeio escrever. Então eu realmente vou deixar tudo sucinto (eu uso muito "realmente", por favor, não reparem). Não vou bagunçar tudo, vai ficar claro o principal, agora a pancadaria sem sentido, eu deixo com a imaginação de vocês, porque eu sei que na minha foi muito loko.



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Levou quatro horas para a 1-A resolver todos os problemas logísticos do ataque. Primeiro, eles precisaram arrumar um jeito de sair da UA sem serem vistos, ou eles teriam que lidar com todos os professores os prendendo. Segundo, havia a questão do transporte, eles não tinham como chegar lá somente com suas pernas, pelo menos não todos. Terceiro, eles precisavam achar o local exato dos vilões só então encontrar uma forma de invadir.

Com 20 alunos de tão variadas peculiaridades, o primeiro problema foi o mais fácil de todos. Shouji, Jirou garantiram o melhor caminho para desviar dos clones de Ectoplasma; Yaomomo criou uma loção capaz de disfarçar o cheiro de todos para fugirem do olfato de Hound Dog, Hakagure cuidou das câmeras de segurança e Todoroki cuidou dos sensores de movimento. Minetta criou uma escada improvisada para que todos pudessem escalar o muro da escola enquanto Kouda garantia que alguns animais os escondessem durante a subida.

O transporte foi um pouco mais complicado. Não é como se eles pudessem roubar um ônibus ou um carro. Até porque nenhum deles sabia dirigir. Por isso eles se dividiram por rotas. Depois de se afastarem meio quilômetro da escola, eles se separaram em grupos e partiram por caminhos diferentes. Todos sabiam o ponto de encontro, então eles seguiram o mais discreto possível.

Com o sol se pondo, Tokoyami e Dark Shadow foram capazes de levantar voo. Midoriya usou as próprias pernas, carregando Uraraka e Minetta consigo. Iida o acompanhou, levando nas costas uma Jirou muito contrariada. Eles haviam argumentado que seriam os primeiros a chegar, e Jirou seria a mais indicada na busca pelo local exato dos vilões. Os demais precisaram usar o transporte público. Todoroki, Ashido e Bakugou conseguiriam se mover com velocidade, contudo, explosões, ácido e trilhas de gelo chamavam atenção demais para que eles realmente pudessem fazer isso.

Quando o primeiro grupo estava próximo da vizinhança, todos decidiram se aproximar com calma e colocar suas roupas de heróis que haviam trazido em mochilas. Acabou que os garotos estavam certos, e Jirou ter vindo com eles foi realmente a melhor escolha. Demorou um pouco para a garota encontrar o lugar certo, a turma já estava quase toda reunida quando aconteceu. E foi preocupante quando o encontraram. Jirou informou para todos que haviam mais de 20 pessoas ali dentro. E não tinha como confundir, o som que Iida a havia mostrado no Heights Aliance estava vindo daquele armazém específico, não havia duvidas. E pelas conversas entrecortadas que ela e Shoji conseguiram ouvir, todos ali dentro eram heróis profissionais.

Por um par de segundos, eles pensaram em recuar e chamar reforço. Contudo, eles tinham uma noção do pensamento dos heróis profissionais sobre eles. E Shouji conseguiu captar um aviso verbal para se apressarem. Seja lá qual for o ataque, seria logo. Eles não tinham tempo a perder.

Após uma minuciosa ronda para avaliar possíveis fraquezas. Midoriya e Yaoyorozu se dividiram para liderar a turma em dois grupos. O primeiro deles seria responsável por causar uma distração, o segundo, por desarmar a máquina. Segundo Iida, se realmente funcionasse em parte como um acelerador de partículas, isso poderia causar uma onda de radiação perigosa.

Por isso, Momo, Iida, Ashido, Jirou seriam incumbidos de incapacitar o aparelho, Uraraka, Shouji, Tokoyami, Kaminari e Ayoami seriam o suporte para caso precisem de back up. Midoriya, Bakugou, Todoroki, Ojiro, Asui, Kouda, Minetta e os outros cuidariam de atrair os heróis para longe e garantir que o vilão fosse preso.

Eles conseguiram invadir com sucesso. Midoriya ficou incrivelmente surpreso ao ver o tamanho da máquina. Era parecido com uma antes parabólica enorme, o círculo montado com oito placas curvas de metal, a base ligada ao que Deku supôs ser o acelerador de partículas, pelo som que fazia, suas dimensões e pelo cuidado extra que todos estavam tendo. Metade do espaço era ocupado por aquilo. Havia também heróis seguindo ordens de um homem ligado por centenas de fios que seguiam em duas direções e um capacete com duas antenas, uma vermelha e uma verde, também conectadas a fios da mesma cor.

— Porra, olha o tamanho disso – Bakugou ofegou tentando não ser tão barulhento quanto queria.

— É maior do que eu pensava – Midoriya confessou – Imagino que vamos ter que ter mais cuidado ainda.

— Vamos logo começar essa bagaça – Bakugou bateu os punhos.

— Temos que esperar o sinal de Kouda – Todoroki lembrou.

Eles esperaram mais um pouco, enquanto observavam a movimentação de cima. Não demorou muito até um pássaro pousar em uma viga perto de onde eles estavam. Era o sinal. Bakugou não esperou por mais ninguém e pulou para o meio dos adversários.

— Podem vir, seus inúteis! – Ele gritou com um sorriso psicótico – Eu vou quebrar a porra dessa máquina!

— Peguem ele!

Midoriya não esperou mais nenhum segundo e seguiu seu amigo de infância enquanto todos os heróis sob controle do vilão avançavam para eles.

— Morram! – Bakugou gritou atacando a todos que conseguia.

Não foi nem um pouco fácil. Esses não eram simples vilões ou pessoas comuns. Eram heróis profissionais, que sabiam como trabalhar juntos. E não qualquer herói. Midoriya reconheceu todos, não havia ninguém abaixo de 40 no Ranking.  Isso estava pior do que eles esperavam. Mesmo com todo esforço, eles não conseguiram impedir que o vilão percebesse o segundo grupo.

Iida estava entrando em um buraco aberto por Ashido em uma placa de metal a qual Jirou havia indicado sem riscos de acertar o núcleo volátil do acelerador de partícula.

— Não, droga! Ainda não! – Ele vociferou correndo até um painel a alguns metros de si – Foda-se, essa carga vai ter que servir!

Desesperado ao ver os estudantes desativando sua máquina antes de completar a energização com o acelerador de partículas, o vilão apertou um grande botão que fez a energia oscilar.

Midoriya hesitou ao perceber a mudança de cenário. Com uma explosão de raios, a antena antes inativa começou a brilhar, energizada. O vilão estava curvado pela dor que todos aqueles fios o causavam. Todos pararam para olhar o que estava acontecendo.

Deku precisou tomar uma decisão rápida. Iida disse que poderia ser perigoso destruir o acelerador de partículas, mas ele não falou nada da antena, certo? Com um pulo instintivo, Midoriya acertou a parte superior da máquina com um soco destruidor. Partindo o metal em milhões de pedacinhos. A energia no topo da antena gerou uma onda de choque curta que o lançou do outro lado do armazém e derrubou boa parte dos outros que tinham os pés firmes no chão.

— Não, não, não... – O vilão ofegou levantando-se. – Tanto trabalho, tanto esforço...

Midoriya levantou-se e rapidamente foi atacado por um herói. Ok, eles ainda estavam no controle mental, e ainda tinham ordens de atacar. Foi um problema, porque, apesar da antena não ter mais nada, o vilão continuava ligado ao acelerador de partículas e com seu traje zumbindo.

— Vocês! – Ele rosnou furiosos – eu nem sei quem são vocês! Eu vou fazer vocês matarem um ao outro, seus desgraçados!

A turma A percebeu logo que aquela energia zumbindo no vilão significava que sua individualidade estava ampliada. Porque todos sentiram um empurrão em suas cabeças, como uma forte enxaqueca pressionando para invadir sua mente.

Midoriya caiu de joelhos e sentiu alguém o imobilizando por trás. Tudo estava ficando embaçado, distante... Não! Ele precisava resistir, com certeza esse era o controle mental pressionando-o.

Deku tentou mover-se, porém, seja lá quem for atrás dele, era muito forte. E Izuku precisou de muita concentração para não ser controlado, despendê-la para ativar o One for All estava fora de cogitação. Não demorou até ele ouvir uma risada debochada aproximando-se dele.

— Hora, vejam só. Temos um bem resistente. Desista garoto, vai ser menos doloroso.

Midoriya abriu os olhos parar ver o homem barbado e de olhos negros sorrindo para ele. O que isso quer dizer? Todos da 1-A já caíram? Ele era o único que restava? Ele precisava salvar seus amigos. Ele não podia.... cair... seu cérebro... estava cada vez mais pressionado, sua mente...

— ainda não? Hm... Talvez eu esteja segurando um verdadeiro Herói.

Midoriya pensou que fosse o fim quando ouviu essas palavras. Engano seu. Sua mente estava muito turvada para ele reconhecer de onde vinha esse som que ele ouvia, mas isso também distraiu o vilão e Izuku sentiu sua mente ficando mais clara antes de sentir uma onda de choque, de novo e de novo.

Esse som... é um... um batimento cardíaco?

— O quê? Não! Não é possível! – Ele ouviu o vilão arfar – Eu estou no controle! Só eu!

— Ninguém. Eu disse, NINGUÉM – Midoriya ouviu a voz de Jirou - NINGUÉM ENTRA NA MINHA CABEÇA.

Midoriya sentiu seu corpo ser jogado para longe antes de recuperar completamente a consciência. Com pressa, ao perceber que o prédio estava ruindo e ele não foi o único lançado para longe, Deku se apressou em levantar os outros, ainda confusos e se libertando da lavagem cerebral. Ele afastou uma viga para muito longe com um chute, impedindo de cair sobre Iida e Kouda.

— Todoroki-kun! Proteja os outros! – Ele gritou ao perceber que Shota já estava de pé.

Sem nenhuma hesitação, Todoroki criou uma coluna de gelo e a estendeu por cima de todos aqueles que estavam caídos, protegendo-os dos destroços. Isso incluía os heróis manipulados e o próprio vilão.

Um pouco antes de começar a checar a todos, Izuku percebeu Bakugou voando no vilão e nocauteando o homem antes de arrancar todos os malditos fios de seu traje.

— Todo mundo está bem?! – Ele gritou para todos ouvirem.

— Não! – Jirou gritou ofegante – Me ajuda, eu não consigo parar! – Ela pediu olhando para suas mãos.

A garota estava vibrando, gerando ondas em um raio de dois metros de si, destruindo o que estivesse no caminho. Suas orelhas estavam sangrando e ela estava chorando de desespero.

— Kyouka-chan! – Momo chamou correndo até ela.

— Não! - Ela gritou recuando um passo – Fica aí, eu não consigo controlar. Eu não sei o que está acontecendo – Ela apertou os ouvidos e fechou os olhos cambaleando com dor – Eu não consigo parar! Para! – Ela gritou com tudo o que tinha, tensionando todos os seus músculos.

O esforço a fez perder a consciência. E Midoriya assistiu sua amiga parar de vibrar enquanto caia para trás. Jirou não chegou a bater no chão. Antes que qualquer um percebesse, Bakugou surgiu ao seu lado e a segurou com firmeza.

— Orelha, ei orelha – Ele chamou sacudindo-a – Porra, acorda, Orelha!

— Ela desmaiou – Momo declarou pondo-se ao lado da amiga, avaliando pupilas e procurando lesões – Temos que levava para um hospital, e rápido. Iida, Midoriya, vocês são os mais rápidos para carregar alguém.

— Porra, Deku, pega logo ela! Bakugou gritou empurrando Jirou apagada no colo de Midoriya – O que está esperando, vai! – Ele ordenou irritado.

Admitindo ou não, Bakugou sabia que Deku era mais rápido. Bakugou não teria como levar alguém inconsciente, sua velocidade dependia de suas mãos, ele não teria como carregar ninguém e se locomover.

Midoriya não esperou um segundo aviso. Ele pulou usando seu máximo para onde sua mente havia gravado a localização do hospital mais próximo. Esse não foi o problema, a maior dificuldade foi explicar exatamente como ela se machucou. Foi a primeira vez que isso aconteceu, ninguém sequer sabia que Jirou podia fazer aquilo, aparentemente, ela também não.

Agora que Jirou estava sob cuidados, ele não podia ficar se lamentando por não ter protegido todos os seus amigos. Ele precisava voltar para o armazém e garantir que todos estivessem bem.


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Notas finais do capítulo

Não, eu não criei um nome para o vilão, pelo menos não desse arco. E sim, Jirou explode coisas agora. Explicações posteriores virão. (Voltando alguns caps, vocês verão Kaminari falando "estou vendo a hora crescer um fone em Bakugou e Jirou começar a explodir coisas" Bem, pouco provável que a primeira ocorra, a segunda, está aí)



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