Reade acordou e não viu Tasha ao seu lado. Ela deveria estar na cozinha preparando café da manhã. Tasha ficou estranha no chá de bebê e quando chegaram em casa ele prefeferiu não fazer perguntas, Reade não queria pressioná-la, eles haviam acabado de se casar e estava muito cedo para decidirem ter filhos. Na hora certa conversariam sobre isso.

A noite passada foi incrível, eles se amaram de foram maravilhosa, Reade perdeu a conta de quantas vezes Tasha disse que o amava. Ela estava totalmente entregue. Ao adormecer ela se aninhou a ele de uma forma tão intensa como se Reade fosse a última esperança de vida em que ela pudesse se agarrar.

Reade foi até a cozinha e nada de Tasha, talvez tenha ido correr, ela costumava fazer isso aos sábados e, às vezes, iam juntos. Ele preparou o chá e também o café, como Tasha gostava, e ficou esperando que ela chegasse. Ao sentar-se no sofá avistou uma folha de papel amarela dobrada na mesinha de centro, era como os papéis que usavam para anotação no trabalho.

“Reade, me desculpa, mas não posso dar o que você quer. Nunca serei quem você sonhou. Adeus, T.”

Ele sentiu um baque tão grande ao ler essas palavras que deixou a xícara cair no chão se quebrando em pedacinhos. Reade sentiu as lágrimas brotarem em seus olhos e deixou que rolassem. O que houve? Por que Tasha o deixaria? Eles haviam acabado de se casar. Não era possível. Eles fizeram amor de forma tão intensa esta noite. Havia algo errado, isso era inexplicável. Ele a amava e tinha certeza que ela o amava também.

Após alguns minutos absorvendo a situação, Reade conferiu as coisas dela e sentiu falta da bolsa, mochila e algumas roupas e pertences de Tasha. Também não encontrou o passaporte e os documentos dela. Ela realmente o deixara, não era uma brincadeira.

Reade ligou para os irmãos e avós de Tasha, pois talvez ela tivesse entrado em contato com eles, mas não quis deixá-los muito preocupados quando disseram que não tinham notícias dela.

SIOC

— Reade, o que houve? Por que nos chamou aqui em pleno sábado. – A loira estava com roupa de treino. – Tasha está aí também.

— Não. Ela não vem. – Ele conseguiu responder com tristeza.

— Cheguei cedo para a festinha? Que cara é essa, Reade? – Rich parou a brincadeira assim que percebeu o quanto o chefe estava abatido.

— Ei, cara! Está tudo bem? – Weller e Jane haviam acabado de chegar.

— Tasha foi embora. – Reade contou sem fazer cerimônia.

— Como? Por que ela faria isso? – Jane se assentou em uma cadeira e colocou a mão sobre a barriga, assustada.

— Ei, Jane, está tudo bem? – Weller veio para perto dela, pois viu sua aflição.

— Sim, só me assustei com essa notícia.

— Eu não sei bem o que houve, acordei e ela não estava lá, apenas encontrei esse bilhete. Conferi as coisas dela e faltam algumas roupas e pertences pessoais.

— Vocês brigaram? Não se lembra de ter dito algo que ela não gostou? – Patterson já havia ligado os computadores tentando encontrar o paradeiro de Tasha.

— Eu nunca faria nada para magoá-la. Eu a amo! Espera. Ontem ela ficou estranha de repente antes de irmos embora da casa de Weller. Eu perguntei se ela já havia pensado em termos nosso bebê e ela desconversou e pediu para ir embora. Mas depois que chegamos parecia tudo bem novamente. Dormimos juntos e... Não notei nada estranho.

— Nós vamos encontrá-la. – Rich e Patterson estavam tentando rastrear o telefone de Tasha. – Celular desligado.

— Eu tentei ligar várias vezes e só dá caixa postal. Eu sei que preciso da ajuda de vocês. Não quero perdê-la de novo. Eu não sei o que fazer da minha vida sem ela. – Reade desabou na cadeira com as mãos no rosto.

— Nós vamos te ajudar, ela é da nossa família. – Kurt se aproximou colocando a mão no ombro dele. – Nós vamos fazer o impossível para encontrá-la. – Kurt sabia muito bem como era ter a mulher amada desaparecida e não desejava isso pra mais ninguém.

Mais tarde naquele dia em algum lugar do outro lado do continente.

— Tasha, você está bem? Fiquei preocupada quando recebi sua ligação.

— Estou bem. Só precisava dar um tempo na minha vida. – A morena confessou tentando convencer a si mesma.

— E Reade? O que houve com seu casamento?

— Reade... eu não posso mais levar essa vida. Isso não é pra mim, nunca foi. – Ela confessou com muita tristeza, como se uma faca tivesse atravessado em seu peito. – Posso ficar aqui ou não?

— Claro que sim. O tempo que você precisar. E se quiser conversar estarei aqui.