Exílio do Amor escrita por Funny Hathaway


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁÁ MEUS AMORES

Estou de volta! Finalmente consegui arranjar tempo para escrever. Meu Deus, como eu estava com saudades.

Mil perdões pela ausência. A faculdade voltou e conseguir conciliar estudos, trabalho e tudo mais é realmente um esforço. Bom, mas é a vida, meus caros. Agora estou começando a pegar o ritmo e me acostumar com tudo. Então, teremos capítulos mais regularmente. Não posso prometer dois por semana como era nas férias, maaaas todos os meus momentos disponíveis irão para essa minha querida fic.

Sobre a outra fic que eu havia mencionado, comecei a produzir o primeiro capítulo, mas não sei exatamente quando irei postar e com que frequência. Minha prioridade agora é fazer essa história daqui caminhar. Mas prometo que pelo menos o primeiro capítulo dessa ficção adolescente teremos em breve.

Espero que gostem deste capítulo. Escrevi com muito carinho. Vocês não fazem ideia como poder reencontrar esses personagens me deixou feliz haha. Tudo bem que eles estão todos na minha cabeça, mas né. Só consigo pensar neles no momento que abro o computador e as palavras começam a escorrer.

Agora, como eu fiquei tanto tempo sem postar, meus queridos leitores, bem que os senhores poderiam comentar o que acharam deste tão esperado capítulo, não é mesmo?! Seria tão bom ter a opinião desses meus leitores invisíveis hehe.



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Assim que o barão entrou pela porta de uma das muitas salas privativas do Royale, Elizabeth sentiu o ar deixando seus pulmões em sinal de nervosismo. Ela havia contado cada pequeno detalhe da história que seu pai havia repassado, e ela, sua irmã e os três sócios haviam decidido como lidar o barão. Eles haviam dissecado cada aspecto daquele plano, mas sempre algo dentro da mente dela sempre continuava martelando que havia algo de errado.

Ela se sentia exposta, frágil. Como se o tiro fosse escapar pela culatra a todo momento. Enquanto, tentava se acalmar e respirava fundo, ela se questionava porque havia se metido naquela confusão. Aquele cômodo tinha um aroma peculiar de charutos e conhaque. Bem similar ao cheiro de Duque, mas o perfume do cavalheiro tinha um quesito a mais que o tornava muito mais atraente.

Elizabeth olhou para o objeto de seus pensamentos. Duque estava do outro lado da sala, encarando Thompson com um olhar extremamente ameaçador. O moreno parecia algum tipo de vingador, pronto para fazer justiça. Um tipo de justiça bem dolorida e torturante. Nenhum traço daquele olhar doce que ele dirigia para a moça em alguns momentos específicos.

Para falar a verdade, o humor todo da sala estava um pouco alterado. Todos pareciam tensos, esperando outra manobra do barão. Até June, com seus inocentes olhos cinzentos, tinha suas feições determinadas. Bem, nem todos daquele recinto estavam apreensivos, o chantagista parecia extremamente relaxado. Chegou tirando a cartola, pendurando o casaco com um sorriso no rosto. Na percepção dele, aquele seria um ótimo dia:

—Bem, meus queridos. Finalmente os senhores perceberam que a melhor alternativa é realmente entregar-me o dinheiro e deixar que esse assunto se aquiete. Fico feliz que não foram idiotas de tentar alguma besteira como me desafiar a soltar as informações que eu possuo.

Os olhos do barão estavam agitados, passando por todas as pessoas daquela sala. A postura, antes confiante, começou a parecer preocupada com a falta de resposta dos cinco. Houve um pequeno momento suspenso na sala. Todos ficaram exatamente na mesma posição, sem mover um centímetro que fosse.

—O que aconteceu com os senhores? O gato comeu a língua dos cinco?- Thompson ainda tentava manter o bom humor, ele parecia ainda acreditar que conseguiria o dinheiro. O clima na sala era extremamente hostil, mas o senhor recusava-se a entender as pistas deixadas no ar, logo ele que havia percebido tão pequenas sutilezas dentro do Royale e as havia usado a seu favor.

O silêncio foi quebrado pela risada melódica de Ethan. É claro que o loiro tinha que tratar um momento como aqueles com uma postura carregada de ironia. Elizabeth não o conhecia tão bem assim, mas já sabia que cabia perfeitamente ao jeito dele. O cavalheiro estava sentado no sofá, com uma postura totalmente tranquila. Os olhos cinzentos olhavam diretamente para Thompson e Elizabeth agradeceu aos céus que não era o alvo da ira daqueles olhos de um azul quase cruel. Mas mesmo os olhos demonstrando uma cólera incontrolável, a fala do loiro era tranquila e mansa.

—Meu caro senhor Thompson, mas hoje não será possível que o senhor receba aquela quantia que há um tempo anda querendo. Tente outro dia. Talvez… não sei… quando o inferno esfriar- Ethan endureceu a voz na última frase. O barão arregalou os olhos, surpreso com aquele recusa violenta. Afinal, na mente dele, os cinco ainda estavam à mercê de suas vontades.

—Acho melhor o senhor calcular o tom que usa comigo. São vocês que estão sendo chantageados, não o contrário- o senhor Thompson apontou um dedo para Ethan e ergueu as sobrancelhas. Aquele gesto fez Elizabeth, por algum motivo, lembrar-se de Phillip. Pensou que a maneira como ele falou se assemelhava muito a um pai dando um sermão.

—É aí que o senhor se engana- James entrou na conversa, com um leve sorriso arrogante no rosto- Parece que o senhor anda apontando os erros dos outros e esqueceu de esconder os próprios. Tsc, tsc, tsc. Que feio! Essa é a primeira regra a ser seguida quando se chantageia alguém. Pensei que o senhor sabia muito bem disso. Porque afinal...

James levantou os braços, inclinou a cabeça e deixou o resto da frase no ar. A expressão de seu rosto expressava o gosto da vitória. Elizabeth não se surpreenderia, caso seu cunhado começasse a bater palmas e comemorar enfaticamente.

—Não está compreendendo o que James está dizendo, barão?- Elizabeth voltou o olhar para Duque, que entrou na conversa. Ele estava encostado na lareira do canto da sala, de braços cruzados, os cabelos soltos e um olhar autoritário. A moça teve que se segurar para não encarar o cavalheiro e analisar cada pequeno detalhe daquele rosto cansado, porém finalmente aliviado- Um passarinho nos contou sobre um caso antigo do senhor com a senhora Smith.

Thompson até tentou conter sua reação, porém falhou miseravelmente. Quando o nome de Lady Smith foi trago à tona, os olhos dele se arregalaram ligeiramente e Elizabeth pode vê-lo segurar a respiração por um segundo. Se os cinco não tinham certeza do que Phillip havia lhes contado, essa era a prova final. Duque continuou falando:

—O senhor Smith está na sua cola, barão. Não descobriu nada que o incrimine, mas eu tenho certeza que um pequeno boato que seja será suficiente para confirmar sua certeza e dar um jeito nessa situação, digamos que, desagradável.

—Os senhores não têm prova alguma do que estão falando. É uma mera fofoca, ninguém vai acreditar no que estão falando- a fala do barão não tinha firmeza nenhuma, nem ele acreditava no que estava dizendo.

Elizabeth soltou uma risada irônica. Levantou-se do sofá, onde estava sentada ao lado de Ethan e caminhou em direção a um encurralado cavalheiro. Os olhos da moça estavam fixos no homem. Sorria ligeiramente, parecia uma daquelas vilãs dos romances que ela e June adoravam ler. Uma vilã poderosa e destemida.

—A aristocracia adora uma bela fofoca, e o que eles quiserem se tornará verdade. O senhor sabe muito bem disso, por isso ameaçou a mim e minha irmã. Sabia que vários nobres só estão esperando um mínimo deslize nosso para nos tirar de seu círculo social. Eles nem iriam questionar se as saídas noturnas de June eram verdade. E eu tenho certeza que com o senhor não será diferente. A única diferença é que é um homem nobre, não afetará sua reputação. Mas o senhor Smith é um homem deveras poderoso, uma verdadeira ameaça.

Elizabeth soltou um pequeno grunhido, fingindo que estava pensando seriamente sobre o assunto. Colocou um dedo no queixo e olhou para o teto. A postura da dama transbordava ironia:

—Se eu fosse o senhor, ficaria bem calado e deixaria essa história toda de chantagem para lá. Nós não somos tão indefesos como pensava- Elizabeth sacudiu a cabeça e semicerrou os olhos. Aquele gesto deve ter mexido com os nervos de Thompson que deu um passo brusco para frente, ameaçando atacar Elizabeth. Duque deu dois passos para frente e prostrou atrás da moça, como um anjo protetor. Seu olhar ,de autoritário passou para verdadeiramente ameaçador.

—Caso o senhor encoste um dedo sequer na senhorita Clark, estará em grandes apuros. Nem precisamos alertar o Lorde Smith sobre suas peripécias, eu mesmo me encarrego do senhor.

O barão deu um passo para trás sem dizer mais nada. Elizabeth calou todos os pensamentos que surgiram à mente com aquela fala de Duque e se dirigiu para o amigo de seu pai:

—Não sei exatamente porque June escolheu James para ser seu marido, mas ela o fez. E consequentemente esses três cavalheiros se tornaram parte da minha família agora, senhor Thompson. E eu sou extremamente protetora com relação à minha família. Então, eu aconselho que o senhor dê meia volta, se dê por vencido e considere esse assunto encerrado. Caso contrário, terá sérios problemas.

O chantagista olhou diretamente para Elizabeth por alguns segundos. Os dois ficaram se encarando, numa batalha de forças, mas a dama se recusava a ser derrotada e manteve o olhar duro e a postura firme. Por fim, o barão recuou, caminhou até a porta e saiu sem dizer mais alguma palavra sequer.

Elizabeth respirou aliviada com aquele gesto. Finalmente teria a paz restaurada. Bom, levando em conta a família que tinha, paz era um conceito um pouco exagerado para definir sua vida, mas pelo menos teria sossego das ameaças daquele crápula.

June correu eufórica para os braços de seu noivo. Os dois enlaçaram-se em um abraço, nada precisava ser dito. James fechou os olhos e acolheu a moça. Elizabeth observou os apaixonados com um sorriso no rosto. Pelo menos toda aquela louca jornada havia valido a pena para sua irmã encontrar a felicidade.

A dama desviou o olhar para os outros dois cavalheiros que encaravam a cena. Duque sorria levemente, sem mostrar os dentes e Ethan chacoalhava a cabeça, parecendo indignado:

—São exatamente nesses momentos que uma vozinha na minha cabeça me diz para encontrar uma esposa. Se me derem licença, eu preciso sair daqui antes que seja tarde demais- Ethan se encaminhou para a porta com as duas mãos nos bolsos da calça. Aquele andar calmo e confiante nunca deixava o loiro.

—Onde está indo?- Duque perguntou franzindo o cenho.

—Atrás de uma boa bebida. Para onde mais eu estaria indo, meu caro amigo? Pensei que me conhecesse- Ethan inclinou a cabeça e abriu um sorriso travesso.

—Eu vou sair com o senhor. Meu pai me espera em casa- Elizabeth entrou na conversa, já amarrando a máscara nos olhos para poder andar livremente pelo Royale. Phillip combinou com a filha que conversaria com ela sobre os detalhes da ida para a França. Sem compromissos, simplesmente para que Elizabeth estivesse informada para tomar uma decisão. A moça estava se encaminhando em direção à porta quando Duque a chamou:

—Espere um momento, Elizabeth. Antes de você sair, há algo que eu preciso lhe dar- Duque disse, já tirando algo do bolso. A moça estranhou aquele gesto, olhou meio de lado para a mão do cavalheiro até ver o objeto que Duque segurava: o colar que ela havia visto no dia que viera ao Royale se desculpar pelo seu comportamento. Uma das várias relíquias das viagens de Duque.

—Mas o senhor trouxe esse colar de tão longe! Não posso aceitar um presente desses- Elizabeth sacudiu a cabeça com os olhos arregalados. Duque deu um passo para frente e estendeu o colar, insistindo que Elizabeth aceitasse o presente.

—Eu sei que a senhorita não se importava muito se a sua reputação estava em jogo com as ameaças do barão, mas mesmo assim fez tudo que podia para salvar sua irmã e ao nosso cassino. Não tinha nada a ver com essa história toda e ainda foi carregada para dentro dessa confusão. O mínimo que posso fazer para agradecê-la é ceder umas das minhas preciosidades.

Elizabeth olhou para o colar. As flores de cerejeira dentro do pingente já tinham algumas manchas marrons, indicando a sua idade. No entanto, a dama não se importava com aquilo, na verdade gostava ainda mais do colar. Demonstrava que carregava uma história. Pegou a jóia da mão de Duque e admirou por alguns segundos antes de colocar ao redor do pescoço.

Ela olhou em volta e viu Ethan e James completamente chocados. Parecia que aquele gesto de Duque era realmente importante, dada a reação de seus sócios. Elizabeth olhou para baixo e abriu um sorriso. Deu um passo para frente, colocou os braços em volta do pescoço do cavalheiro e lhe deu um abraço terno.

Duque ficou surpreso com aquele gesto inesperado. Levou um tempo para colocar os braços em volta de Elizabeth, retribuindo o abraço.

—Muito obrigada, Duque- a moça sussurrou. O moreno sentiu um arrepio na espinha com a fala da moça. A vida toda foi acostumado com um tratamento áspero, todo aquele carinho o desarmou completamente. Abriu um sorriso, contente.

Elizabeth sorriu de volta, deu meia volta, passou por Ethan e caminhou para a saída. Os dois sócios continuavam encarando Duque estupefatos. June olhava de um para o outro, não compreendendo muito bem o que estava acontecendo.

—Eu também me esforcei para salvar o Royale. Também mereço uma recompensa- James soltou indignado. Duque lançou um olhar de aviso para o amigo

—Eu concordo- Ethan entrou na conversa- O seu arsenal de conhaques seria um ótimo presente- o loiro ajeitou a postura e fez uma pose que deveria parecer heróica, mas era verdadeiramente cômica.

Duque chacoalhou a cabeça, sabia que aquele presente abriria uma brecha gigantesca para os comentários zombeteiros de seus colegas. Mas não se importava, algo dentro dele dizia que deveria dar aquele colar para Elizabeth. Não sabia explicar exatamente o que era aquilo, só sabia que tinha que obedecer. E ainda mais, aquele colar caiu tão bem em Elizabeth que Duque não conseguia mais imaginar outro lugar que o objeto poderia estar.

—Vamos atrás da sua bebida, meu caro. Deixemos esses dois pombinhos a sós- Duque colocou a mão no ombro de Ethan e caminhou para fora da sala.

—Não pense que esse assunto foi encerrado- Ethan exclamou sobressaltado. O moreno soltou uma risada com a afirmação do amigo. Ele chacoalhou a cabeça e respondeu

—Com vocês dois, eu temo que esse assunto não tenha mais fim!


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Próximo capítulo alguns corações serão partidos. Desculpa o spoiler, mas eu preciso deixar vocês ansiosos pelos próximos!

Até a próxima


Beeeeeeeijos



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