Exílio do Amor escrita por Funny Hathaway


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores!!!!

Tudo bem com vocês?

Estou super cansada, então vou direto ao ponto aqui haha

Espero que gostem!!!



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Elizabeth levou alguns segundos para perceber que não estava sonhando. Duque realmente estava embaixo da sua janela, esperando uma reação dela. Seus cabelos soltos e as mangas arregaçadas, igualzinho como ele estava no primeiro dia que os dois se conheceram. Ela teve que segurar um suspiro.

—O que o senhor está fazendo aqui?- ela falou o mais baixo que pode, com receio de ser ouvida em algum outro cômodo da casa.

Duque gesticulou para que ela descesse pelos fundos e Elizabeth saiu pela porta do seu quarto quase flutuando. Desceu as escadas o mais silenciosamente. Mil pensamentos passavam pela sua cabeça naquele momento. Várias emoções batalhavam no seu coração. Aquele homem conseguia afetá-la de uma maneira muito peculiar.

Abriu a porta dos fundos delicadamente. A lua estava particularmente tímida naquele dia, escondida atrás daquele céu nublado londrino, até ela sabia que os dois amantes queriam privacidade naquela noite em particular. Elizabeth se aproximou cautelosamente, sua respiração já acelerando um pouco.

—O que o senhor está fazendo aqui esta hora da noite?- ela não conseguiu conter o pequeno sorriso que surgiu em seu rosto ao dizer aquela frase. Duque sorriu de volta.

—Eu vim pedir desculpas pelo meu comportamento e deixar algumas coisas claras. Acho que a senhorita não gostou nada dos acontecimentos desta noite- havia uma incerteza em seu tom de voz.

Elizabeth levantou suas sobrancelhas, indicando para Duque continuar aquela linha de raciocínio. O moreno deu um passo na direção dela.

—De fato, eu a convidei para dançar porque estava tentando evitar uma conversa com meu irmão- Elizabeth sentia uma certa mágoa em Duque quando o assunto era Adam- Não que tenha funcionado muito bem, porque afinal ele só esperou que a valsa terminasse para tentar me provocar.

—E conseguiu- Elizabeth soltou e Duque deu um riso seco.

—É acho que ele conseguiu mesmo. Mas eu ter tentado evitá-lo não quer dizer que eu não desejava dançar com a senhorita- Duque fez uma pequena pausa, ajeitando o cabelo para trás. Ele parecia nervoso- Na verdade dançar com a senhorita foi o ponto alto da noite.

Elizabeth arregalou os olhos, surpresa com aquela declaração. Nem se alguém tentasse colar seus lábios, ela conseguiria deixar de sorrir.

—Devo dizer que também foi o ponto alto da minha noite. Mesmo o senhor sendo um desengonçado e pisado no meus pés várias vezes. Coitadinhos- Elizabeth fez um ligeiro bico. Era uma completa mentira que Duque não sabia dançar. Ele era um parceiro excelente, ela poderia fechar os olhos e se deixar levar.

Duque riu baixinho. Encarou Elizabeth, seus olhos ligeiramente fechados, analisando a dama.

—Por que eu tenho a impressão que a senhorita gosta de me desafiar?- a voz dele era grave e extremamente sedutora.

E neste momento, com aquele cavalheiro lindo de morrer encarando-a como se ela fosse a única pessoa do mundo todo, Elizabeth se sentiu extremamente poderosa. Duque cheirava a sândalo e charutos, a noite parecia encobrir as atitudes deles. Os dois se aproximavam cada vez mais. Ela permitiu suas vontades tomarem conta. Inclinou seu corpo para frente e sussurrou as palavras:

—Porque é muito divertido-- Elizabeth conseguiu ver as pupilas de Duque dilatarem com aquela fala. Ela sabia exatamente o que ele iria fazer.

O cavalheiro enlaçou a cintura dela, colando seu corpo no dela. Elizabeth perdeu o fôlego ao sentir cada centímetro dele. O tronco dele era firme, pressionando seus seios. Duque colocou uma das mãos nos cabelos dela, enrolando os dedos nos cachos dela. Os lábios dos dois se tocaram e Elizabeth sentiu uma pressão forte no abdômen.

Duque beijava de uma maneira suave, em contraste com seu enlace forte. A boca dele se mexia sob a dela, fazendo o corpo de Elizabeth acordar. Ela levantou os braços, colocando uma mão no seu peito e a outra no seu cabelo, os fios eram tão macios ao seu toque.

Quando Elizabeth abriu a boca, rendendo-se às investidas dele, Duque introduziu a língua para dentro da boca dela. Clark ficou surpresa com aquele elemento estranho, não que deixasse de ser bom. Ela copiou os movimentos de Duque, enlaçando a língua na dele, seu gosto era de conhaque.

Elizabeth perdeu a noção do tempo que havia passado. A única coisa que queria saber era dos braços, do aroma e do beijo dele. Por isso que quando Duque descolou os lábios dos dela, a primeira reação de Elizabeth foi buscar pela boca dele novamente. Mas ele se afastou.

Ela olhou para Duque. Seu cabelo estava desalinhado, sua camisa estava ainda mais amassada e sua respiração estava acelerada. Elizabeth estava em um estado parecido. Os dois ficaram se encarando, o silêncio parecia se prolongar.

Duque observou Elizabeth com cuidado. Não sabia o que se passava pela cabeça dela. Por um impulso a beijara. Tinha ido até lá para esclarecer as coisas com Elizabeth, tentar entender o que sentia, não sair agarrando a moça como um libertino sem controle. Mas quando a moça se aproximou dele e sussurrou que era divertido provocá-lo, Duque perdeu completamente suas direções.

Mas agora que os dois interromperam aquele beijo, a realidade parecia bater com força. Elizabeth olhava para ele com uma mistura de choque e desejo no olhar e Duque não fazia a menor ideia como reagir. Se continuava o beijo, se ia embora ou se pedia desculpas. Provavelmente aquele fora o primeiro beijo da moça.

Antes que Duque pudesse tomar uma atitude, Elizabeth tomou o controle da situação.

—Acho melhor eu voltar para o meu quarto. Talvez alguém sinta a minha falta - Duque duvidava muito, todos estariam dormindo naquela hora da noite- Mas muito obrigada pela.... companhia

Companhia? Era assim que Elizabeth se referia a beijar? As mãos da moça tremiam de leve. Ela virou as costas e entrou de volta para a casa. Duque suspirou pesadamente e encostou a testa na parede de tijolos. O material frio contrastava com sua pele quente. Cerrou a mandíbula, irado consigo mesmo. O gosto dela ainda persistia na boca dele.

 

                                                                    ***

—Você o que?- Natalia gritou surpresa e Elizabeth pulou no sofá, quase derrubando a sua xícara de chá- Você beijou o dono do Royale?

Natalia havia aparecido no dia seguinte ao baile na porta da mansão Clark. Entrou bruscamente, sentou no sofá e exigiu respostas para aquela noite misteriosa.  Elizabeth explicou tudo com detalhes e terminou a história com o encontro secreto da noite passada

—Fale mais alto! Acho que somente metade de Mayfair conseguiu ouvi-la- Elizabeth olhou para os lados, tentando se certificar que ninguém conseguiu escutar sua amiga escandalosa.

—Você não espera que eu fique quieta com uma notícia chocante como essa- a ruiva deu um ligeiro tapa na perna da amiga- Elizabeth tendo encontros noturnos e beijando cavalheiros- Natalia parecia elétrica- Mas me diga: o senhor Irving beija bem?

Elizabeth sentiu imediatamente suas bochechas corarem. Abriu a boca e repreendeu a amiga:

—Natalia!

—O que foi? Duque é bem reservado, toda ala feminina do Royale tem curiosidade sobre suas, digamos, habilidades- a amiga levantou as sobrancelhas, indicando certa malícia na sua fala.

Elizabeth se contorceu constrangida. Duque beijava com uma habilidade impressionante, não que ela tivesse muito para comparar. Mas o único desejo de Elizabeth era continuar beijando aqueles lábios macios.

—Hãm. Vamos dizer que Duque é bem eficiente nesta área.

Natalia curvou o corpo, rindo da fala de Elizabeth. A morena desviou o olhar, embaraçada.

—E depois do beijo? O que aconteceu?- a ruiva perguntou, enxugando as lágrimas do rosto e servindo-se de uma outra xícara de chá

Elizabeth franziu o nariz, lembrando-se daquela cena constrangedora. Fechou os olhos e disse:

—Eu agradeci pela companhia e entrei de volta em casa- Natalia engasgou com o chá, tossindo compulsivamente.

—Tem alguém precisando de uns tapinhas nas costas?- o irmão mais velho de Elizabeth entrou na sala de visitas sorrindo. Quando Thomas avistou Natalia, seu sorriso se fechou instantaneamente. Elizabeth olhou para sua amiga e viu exatamente a mesma reação dela. A morena franziu as sobrancelhas, estranhando aquela situação. Normalmente os dois eram tão mordazes um com o outro, naquele momento eles pareciam simplesmente constrangidos de estarem no mesmo recinto.

—Não é necessário, Thomas. Já estou bem- Natalia parecia tensa, as costas eretas. Elizabeth não ficaria surpresa, caso as madeixas ruivas dela ficassem arrepiadas.

—Que bom! Não quero ninguém morrendo nesta casa. Muito menos você. Te aturar durante a vida já é um martírio, lidar com o seu espírito vagando pela casa é demais- a provocação de Thomas parecia levemente forçada, somente para manter as velhas tradições.

—Se eu fosse você, não me vangloriava tão cedo. Tenho certeza que nós vamos nos encontrar de novo. No inferno- Elizabeth arregalou os olhos e tentou segurar a risada com a fala de Natalia.

Thomas fez uma ligeira careta e saiu pela porta. Natalia retomou o assunto, e as duas continuavam conversando.

—Você realmente agradeceu e foi embora? Qual o seu problema, sua louca?- o olhar de Natalia era de indignação.

—Eu fiquei nervosa. Nenhum cavalheiro despertou essas emoções em mim. Eu me senti completamente desamparada.

A ruiva olhou para Elizabeth com piedade. Havia um certo entendimento da parte dela. As duas continuaram a conversar, mas Elizabeth não conseguia deixar de lado aquele diálogo entre sua amiga e Thommy. Aquilo foi deveras estranho. Passou a tarde olhando de lado para a amiga, desconfiada.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?

Até quarta!!

Beeeeeijos



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