—Para de mistério e diz o que está escrito aí, Alya!

—Tá, desculpa... – A morena suspirou e começou a ler o texto. – Hawk Moth seria o chefe do reino fictício de Miraculous, segundo a lenda, com o poder de soltar borboletas negras – denominadas akumas – ele tem o pode controlar pessoas e os transformar em lendas, dizem que grandes heróis do passado foram alvo de Hawk, muitas pessoas acreditam ter visto os akumas em terra firme, mas a maioria não se passa de simples borboletas, que levam as pessoas a crer cada vez mais nessa lenda.

—Mas o Hawk Moth não usa esse poder para o bem, usa para o mal!

—Nem sempre a internet está certa em todos os pontos, ela fala que Miraculous não existe, mas você vem de lá, então nunca confie com cem por cento de certeza do que diz aqui. – Alya disse enquanto desligava o celular.

—Queria saber mais sobre o que o povo humano pensa sobre Miraculous, talvez tenha alguma informação que nós não temos ou algo que possa ajudar na guerra...

—Só existe um lugar do mundo em que você pode confiar nas informações e se queremos respostas, o primeiro lugar onde devemos ir é pra lá...

—E onde seria esse lugar?

—Vai ser uma surpresa!

—-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-

Após andar um longo período de tempo dentro do carro no calor de Hossegor, elas chegaram a um prédio branco, com duas colunas em sua frente e com grandes letras escrevendo uma palavra que Marinette não entendia.

Ao entrarem no local, viram enormes estantes com diversos livros, de diversos tamanhos e cores:

—Bem-vinda a biblioteca! – Fala Alya com um tom um pouco alto.

—Shhh!

—Ah esqueci, não pode falar alto aqui. – Agora a de óculos falava em tom baixo.

—Certo..- Marinette também respondeu sussurrando.

—Se tiver alguma coisa sobre esse assunto por aqui deve estar em fantasia.

—Alya, só temos um pequeno problema para procurarmos...

—Qual é?

—Eu não sei ler!

—Tranquilo, pense nisso como uma oportunidade! A gente procura mais sobre o tio aí e eu te ensino a ler.

—O nome dele é Hawk Moth...

—Hawk Moth, tio das brabuletas, sereio mal, tanto faz, o que importa é procurarmos sobre ele.

—O termo não é sereio, é tritão!

—Vamos focar em achar o livro, vem comigo. – A morena se direcionou até uma mulher ruiva, de estatura baixa e que usava óculos também. – Oi, Sabrina.

—Alya! Que surpresa, faz tempo que não vem aqui!

—Sim, achei uma questão que a internet não está me ajudando muito, álias, essa é a Marinette, ela é uma amiga que acabou de se mudar para a cidade!

—Prazer, meu nome é Sabrina! – Disse a ruiva estendendo a mão, que Marinette apertou.

—Marinette.

—Então, o que vocês estão procurando exatamente?

—A gente queria um livro sobre lendas.

—Lendas? Que tipo de lendas?

—A lenda sobre o reino aquático de Miraculous...

—Miraculous? Olha, eu já ouvi falar sobre Atlântida, mas Miraculous.... Vou dar uma olhada, venham comigo.

Elas seguiram a mulher até uma seção com livros de fantasia, onde haviam diferentes livros, de diferentes cores e tamanho, Sabrina analisou bem e pegou um livro enorme:

—Aqui deve ter alguma coisa, são lendas submarinas. Ah, este deve ajudar também. – Disse pegando um livro um pouco velho, tamanho médio, com o título de “Lendas ao redor do mundo”. – Vou ver se nos livrinhos da seção infantil tem alguma coisa, porque muitas lendas são guardadas ali, podem ir olhando esses, eu já volto.

Alya abriu o maior livro, indo direto ao sumário, e naquele livro não estava descrito como Miraculous e sim Miracle, mas era praticamente a mesma coisa:

—Interessante...

—O que?

—O Aqui diz que o rei de Miraculous é uma pessoa bondosa, que dá poderes as pessoas para que elas se sintam mais confiantes e fortes, e diz que esses poderes são diversificados, e também diz que a rainha é a pessoa gentil, usando penas para fazer criaturas que distraiam as pessoas de seus sentimentos ruins e depois que as pessoas já estão mais felizes, ela tira o Amok (Pena) da pessoa, pois sua missão já fora comprida.

— Que estranho, o que os humanos sabem não é o que se passa lá...

—Claro, antes de você me aparecer com a cauda eu nem ia acreditar que esse reino existisse! E tem mais algumas coisas aqui, só que parecem estar em uma escritura antiga, que eu não entendo.

—E-espera, eu conheço esses símbolos! É como escrevemos em Miraculous!

—Consegue traduzir?

—Conseguir eu consigo, mas vai demorar um tempinho.

—Ok.. Tem alguém perto?

—Não.

—Ótimo. – Alya tirou o celular da bolsa e tirou fotos dos símbolos. – Assim a gente leva pra casa e você traduz com mais calma.

— Tem mais alguma coisa na sua escrita aí?

—Infelizmente não!

—E no outro?

—Vamos ver...

Alya pegou o livro médio e leu o sumário, abriu em lendas francesas e não encontrou nada:

—Nada!

—Tem certeza?

—Tenho! Não tem nada da parte que diz sobre a França.

—Mas e se não estiver na parte da França? Minha mãe sempre me disse que Miraculous era bem maior que eu imaginava, ela falava que pegava uma parte de cada oceano, como se um fosse a capital e o resto distritos.

—Ou seja, Miraculous se estende ao redor do mundo?

—Sim! Pode estar em qualquer parte desse livro aí!

—Vou ver se consigo levar para casa para lermos com mais tempo.

Nesse momento Sabrina retornou, mas sem nada nas mãos, infelizmente a ruiva não havia encontrado mais nada, mesmo assim Alya e Marinette agradeceram pela ajuda.

A morena pegou o livro médio e pediu para pegá-lo emprestado, segundo Sabrina, elas podiam, mas tinham que devolver em cerca de uma semana, para elas não havia problemas, então levaram.

Para a infelicidade delas, quando saíram da biblioteca, encontraram uma loira mimada de rabo de cavalo entrando lá:

—Alya! Maria!

—Já disse que meu nome é Marinette!

—Que seja! Que bom encontrar vocês duas aqui!

—O que você quer hein? Estamos com pressa. – Falou Alya lançando um olhar enfurecido para Chloe.

—Ah, é mesmo, não quero perder muito tempo com vocês. Vou dar uma festa hoje à noite e quero vocês duas lá.

—Chloe, acho que está nos confundindo com outras pessoas.

—Não estou! Vai ser no hotel, oito e meia em ponto, não suporto atrasos! Beijinhos!

Chloe saiu sem mais nem menos, agora a pergunta era: Por que aquela abelha havia convidado as pessoas que menos gostava para a festa? Havia algo de podre no reino da Dinamarca, Alya sabia disso, mas quem disse que iria perder a festa, hein?