Winter Blues escrita por Any Sciuto
2012...
— Elas são tão perfeitas. – Derek beijou a cabeça de Penelope. – Eu nem acredito que aquele maluco quase te matou.
— Mas eu estou aqui. – Ela beijou Derek. – Nem acredito que estaremos tendo gêmeas.
— Você será uma boa mãe, Baby girl. – Ele deu outro beijo. – E eu estarei com você. Para sempre.
— Para sempre. – Ela repetiu e sorriu.
Agora...
Os pingos incessantes de água que a acordaram, lhe mostraram que a equipe não havia conseguido lhe seguir. O chip ainda estava lá o que significava que aqui não tinha sinal dele.
Ou que ele havia bloqueado os sinais. Suas mãos estavam amarradas por trás e ela se sentiu doente. Ela só queria que ele acabasse de uma vez. Mesmo se ela morresse, Derek cuidaria de suas meninas.
— Finalmente acordou, hein? – Kevin estava a sua frente. – Desculpe pela pá e pelo sangue no seu cabelo.
— Como se você se importasse. – Pen falou com raiva. – Faça o que tem a fazer, Kevin. Me mate, mas deixe quem eu amo em paz.
— Você sempre foi uma pequena lutadora, Penny. – Ele tocou o rosto dela. – Eu não te trouxe aqui para te matar. A sede e a fome podem ser bem cruéis se ficar aqui.
— Por que está fazendo isso? – Pen precisava de respostas. – Você simplesmente tentou me matar quando te expulsar.
— Você estragou tudo o que eu iria fazer dois meses depois, Penny. – Kevin abriu a porta. – E nem se estresse em gritar. Ninguém pode te ouvir daqui.
Ele a olhou e fechou a porta. Penelope continuou amarrada com as mãos para trás. Ela iria morrer aqui.
— Deus Derek. – Penelope começou a chorar. – Onde você está droga.
Derek olhou para o pedaço de deserto onde o último sinal de sua esposa foi perdido. Eles estavam casados há dois anos agora e na semana seguinte seria o aniversário de três.
— Achamos que ele pode estar em um bunker. – Rossi respondeu. – Ele veio até Nevada para matar ela e enterrar? Não acho que ele vá simplesmente atirar na cabeça dela.
— Ele vai matar ela por falta de água. – A voz de Spencer soou pelo celular. – Garcia me ensinou a usar isso.
— Descobriu algo mais? – Derek precisava de esperanças. – Alguma casa ou bunker?
— Apenas um contrato com a empresa local de escavações. – Spencer parecia estar digitando. – Eles já são suspeitos de fazerem trabalhos sujos. O CSI está investigando. Talvez vocês devam falar com eles.
— Não temos tempo. – Derek estava irritado. – Ela está em algum lugar daqui.
— Posso mandar eles para aí. – Reid ofereceu. – Eu posso fazer alguma coisa.
— Mande-os Reid. – Rossi falou. – Eles podem conhecer melhor que nós.
Como na sugestão, duas SUV's com a insígnia do escritório de polícia pararam na mesma altura que as SUV's deles havia estacionado.
Dois homens e duas mulheres desceram. Kits de perícia nas mãos e eles sabiam que eram os peritos.
— Gil Grisson. – Um deles se apresentou. Willows, Sidle e Stokes.
— David Rossi e Derek Morgan. – Rossi pegou o distintivo. – FBI. Os agentes Hotchner, Prentiss e o agente Alvez estão na outra parte.
— Vocês disseram que sua amiga foi levada aqui? – Sara perguntou. – Por que?
— Penelope é minha filha e esposa do agente Morgan. – Ela viu a compreensão em Willows. – Ela também tem duas garotinhas recém-nascidas.
— São gêmeas? – Catherine estava com medo. – Como elas estão?
— Não sei se elas compreendem algo. – Derek suspirou. – Elas têm nove meses ainda.
— Eu entendi. – Catherine pegou seu equipamento. – Nós vamos encontrar Penelope.
Sara apenas olhou em volta. Ela já esteve perdida nesse deserto, mas acabou com ela machucada e desidratada.
— Sou Grisson. – O homem se reapresentou. – Acho que ela poderia estar em um desses bunkers sobre a areia.
— Estamos esperando informações do escritório em Quântico. – Derek suspirou. – O nome dele é Kevin Lynch, tem cabelos castanhos e recentemente fez cirurgia de reconstrução facial.
Uma foto recente pega na câmera da floricultura ajudava na identificação.
— A desaparecida é a analista técnica do FBI Penelope Grace Morgan. – Nick gritou para os ajudantes. – Ela pode estar em um desses bunkers sobre a terra.
— Você acha que ela está viva? – Brass perguntou. – São mais de 24 horas que ele a levou e perdemos o sinal.
— Ela é mãe, Jim. – Catherine respondeu. – Ela saiu em busca de proteção para as bebês. Ela passou oito meses em coma. Seis em uma e mais dois em outra ocasião.
— Ela não desiste fácil. – Brass sorriu. – Precisamos incluir a parte de lá. Há bunkers novos e velhos.
— Mande Nick e Grisson para lá. – Catherine pediu. – E Morgan e Rossi.
Se passaram quatro horas desde a primeira busca e ninguém chegou a nenhum resultado. Na verdade, as coisas ficavam perigosas à medida que a noite avançava.
— Temos que repor a luz. – Nick disse. – Eu acho que conseguimos algo por aqui.
Derek correu para o perito que tinha em suas mãos, um lenço que claramente era de Penelope. Ele havia dado a ela dois meses antes.
— Estamos no caminho certo. – Derek sentiu seu estomago reclamar. – Eu preciso encontrar ela.
— Não vai conseguir se não comer. – Nick deu a Derek um sanduiche. – Coma Derek.
— Obrigado. – Derek deu uma mordida no lanche. – Eu me sinto impotente.
— Se eu tivesse uma esposa como a sua. – Nick sorriu. – Eu também me sentiria. Ela se sacrificou por todos.
— Mas ela tem um chip. – Derek viu a expressão de Nick mudar. – Não há sinal aqui.
— Mas podemos conseguir. – Nick sabia o que precisava fazer. – Grisson, me dê um repetidor de sinal de celular de alcance longo. Derek disse que Penelope tem um chip no corpo.
Grisson e Sara correram para buscar o repetidor no carro. Eles estavam tendo sua menina de volta.
Quando o repetidor começou a operar, Derek suspirou ao ver o sinal do chip na tela.
— Vamos. – Rossi gritou. – Não temos tempo.
Penelope estava apagada há quase meia hora em seu último lugar. Ela desistiu de seus amigos a encontrando, sabendo que com sua morte, eles estariam a salvo.
Kevin continuava a observar de uma sala adjacente, bem isolada no bunker. Ele sabia que era uma questão de tempo, até Penelope Garcia estar morta.
Ele só não contava com a equipe invadindo seu esconderijo.
— Kevin Lynch. – Derek chutou a porta. – FBI.
— Policia de Las Vegas. – Brass gritou. – Kevin Lynch!
— O que é esse lugar? – Rossi viu imagens de Penelope espalhadas pela parede. – Doente maluco.
— O que está querendo fazer, Kevin. – Derek entrou no quarto onde ele estava. – Você não vai conseguir.
— Acho que eu já consegui. – Kevin virou a tela. – Você está atrasado demais.
— Não. – Derek pegou Kevin pelo colarinho e bateu a cabeça dele na parede. – Onde ela está? Onde ela está?
— Quatros quartos daqui. – Kevin falou. – Mesmo que você consiga chegar lá, ela está morta.
Derek perdeu completamente e jogou Kevin no chão com força. O homem fechou os olhos e morreu ali mesmo.
— Derek... – Rossi entrou em seguida. – O que houve?
— Não há tempo. – Ele correu para o quarto número quatro. – Penelope! Penelope!
Chutando a porta, a visão que o recebeu quebrou seu coração. Penelope ali, sem vida. Ele correu até ela. Ela precisava voltar para ele.
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