Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 32
Titanium.




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2012...

— Elas são tão perfeitas. – Derek beijou a cabeça de Penelope. – Eu nem acredito que aquele maluco quase te matou.

— Mas eu estou aqui. – Ela beijou Derek. – Nem acredito que estaremos tendo gêmeas.

— Você será uma boa mãe, Baby girl. – Ele deu outro beijo. – E eu estarei com você. Para sempre.

— Para sempre. – Ela repetiu e sorriu.

Agora...

Os pingos incessantes de água que a acordaram, lhe mostraram que a equipe não havia conseguido lhe seguir. O chip ainda estava lá o que significava que aqui não tinha sinal dele. 

Ou que ele havia bloqueado os sinais. Suas mãos estavam amarradas por trás e ela se sentiu doente. Ela só queria que ele acabasse de uma vez. Mesmo se ela morresse, Derek cuidaria de suas meninas.

— Finalmente acordou, hein? – Kevin estava a sua frente. – Desculpe pela pá e pelo sangue no seu cabelo.

— Como se você se importasse. – Pen falou com raiva. – Faça o que tem a fazer, Kevin. Me mate, mas deixe quem eu amo em paz.

— Você sempre foi uma pequena lutadora, Penny. – Ele tocou o rosto dela. – Eu não te trouxe aqui para te matar. A sede e a fome podem ser bem cruéis se ficar aqui.

— Por que está fazendo isso? – Pen precisava de respostas. – Você simplesmente tentou me matar quando te expulsar.

— Você estragou tudo o que eu iria fazer dois meses depois, Penny. – Kevin abriu a porta. – E nem se estresse em gritar. Ninguém pode te ouvir daqui.

Ele a olhou e fechou a porta. Penelope continuou amarrada com as mãos para trás. Ela iria morrer aqui.

— Deus Derek. – Penelope começou a chorar. – Onde você está droga.

Derek olhou para o pedaço de deserto onde o último sinal de sua esposa foi perdido. Eles estavam casados há dois anos agora e na semana seguinte seria o aniversário de três.

— Achamos que ele pode estar em um bunker. – Rossi respondeu. – Ele veio até Nevada para matar ela e enterrar? Não acho que ele vá simplesmente atirar na cabeça dela.

— Ele vai matar ela por falta de água. – A voz de Spencer soou pelo celular. – Garcia me ensinou a usar isso.

— Descobriu algo mais? – Derek precisava de esperanças. – Alguma casa ou bunker?

— Apenas um contrato com a empresa local de escavações. – Spencer parecia estar digitando. – Eles já são suspeitos de fazerem trabalhos sujos. O CSI está investigando. Talvez vocês devam falar com eles.

— Não temos tempo. – Derek estava irritado. – Ela está em algum lugar daqui.

— Posso mandar eles para aí. – Reid ofereceu. – Eu posso fazer alguma coisa.

— Mande-os Reid. – Rossi falou. – Eles podem conhecer melhor que nós.

Como na sugestão, duas SUV's com a insígnia do escritório de polícia pararam na mesma altura que as SUV's deles havia estacionado.

Dois homens e duas mulheres desceram. Kits de perícia nas mãos e eles sabiam que eram os peritos.

— Gil Grisson. – Um deles se apresentou. Willows, Sidle e Stokes.

— David Rossi e Derek Morgan. – Rossi pegou o distintivo. – FBI. Os agentes Hotchner, Prentiss e o agente Alvez estão na outra parte.

— Vocês disseram que sua amiga foi levada aqui? – Sara perguntou. – Por que?

— Penelope é minha filha e esposa do agente Morgan. – Ela viu a compreensão em Willows. – Ela também tem duas garotinhas recém-nascidas.

— São gêmeas? – Catherine estava com medo. – Como elas estão?

— Não sei se elas compreendem algo. – Derek suspirou. – Elas têm nove meses ainda.

— Eu entendi. – Catherine pegou seu equipamento. – Nós vamos encontrar Penelope.

Sara apenas olhou em volta. Ela já esteve perdida nesse deserto, mas acabou com ela machucada e desidratada.

— Sou Grisson. – O homem se reapresentou. – Acho que ela poderia estar em um desses bunkers sobre a areia.

— Estamos esperando informações do escritório em Quântico. – Derek suspirou. – O nome dele é Kevin Lynch, tem cabelos castanhos e recentemente fez cirurgia de reconstrução facial.

Uma foto recente pega na câmera da floricultura ajudava na identificação.

— A desaparecida é a analista técnica do FBI Penelope Grace Morgan. – Nick gritou para os ajudantes. – Ela pode estar em um desses bunkers sobre a terra.

— Você acha que ela está viva? – Brass perguntou. – São mais de 24 horas que ele a levou e perdemos o sinal.

— Ela é mãe, Jim. – Catherine respondeu. – Ela saiu em busca de proteção para as bebês. Ela passou oito meses em coma. Seis em uma e mais dois em outra ocasião.

— Ela não desiste fácil. – Brass sorriu. – Precisamos incluir a parte de lá. Há bunkers novos e velhos.

— Mande Nick e Grisson para lá. – Catherine pediu. – E Morgan e Rossi.

Se passaram quatro horas desde a primeira busca e ninguém chegou a nenhum resultado. Na verdade, as coisas ficavam perigosas à medida que a noite avançava.

— Temos que repor a luz. – Nick disse. – Eu acho que conseguimos algo por aqui.

Derek correu para o perito que tinha em suas mãos, um lenço que claramente era de Penelope. Ele havia dado a ela dois meses antes.

— Estamos no caminho certo. – Derek sentiu seu estomago reclamar. – Eu preciso encontrar ela.

— Não vai conseguir se não comer. – Nick deu a Derek um sanduiche. – Coma Derek.

— Obrigado. – Derek deu uma mordida no lanche. – Eu me sinto impotente.

— Se eu tivesse uma esposa como a sua. – Nick sorriu. – Eu também me sentiria. Ela se sacrificou por todos.

— Mas ela tem um chip. – Derek viu a expressão de Nick mudar. – Não há sinal aqui.

— Mas podemos conseguir. – Nick sabia o que precisava fazer. – Grisson, me dê um repetidor de sinal de celular de alcance longo. Derek disse que Penelope tem um chip no corpo.

Grisson e Sara correram para buscar o repetidor no carro. Eles estavam tendo sua menina de volta.

Quando o repetidor começou a operar, Derek suspirou ao ver o sinal do chip na tela.

— Vamos. – Rossi gritou. – Não temos tempo.

Penelope estava apagada há quase meia hora em seu último lugar. Ela desistiu de seus amigos a encontrando, sabendo que com sua morte, eles estariam a salvo.

Kevin continuava a observar de uma sala adjacente, bem isolada no bunker. Ele sabia que era uma questão de tempo, até Penelope Garcia estar morta.

Ele só não contava com a equipe invadindo seu esconderijo.

— Kevin Lynch. – Derek chutou a porta. – FBI.

— Policia de Las Vegas. – Brass gritou. – Kevin Lynch!

— O que é esse lugar? – Rossi viu imagens de Penelope espalhadas pela parede. – Doente maluco.

— O que está querendo fazer, Kevin. – Derek entrou no quarto onde ele estava. – Você não vai conseguir.

— Acho que eu já consegui. – Kevin virou a tela. – Você está atrasado demais.

— Não. – Derek pegou Kevin pelo colarinho e bateu a cabeça dele na parede. – Onde ela está? Onde ela está?

— Quatros quartos daqui. – Kevin falou. – Mesmo que você consiga chegar lá, ela está morta.

Derek perdeu completamente e jogou Kevin no chão com força. O homem fechou os olhos e morreu ali mesmo.

— Derek... – Rossi entrou em seguida. – O que houve?

— Não há tempo. – Ele correu para o quarto número quatro. – Penelope! Penelope!

Chutando a porta, a visão que o recebeu quebrou seu coração. Penelope ali, sem vida. Ele correu até ela. Ela precisava voltar para ele.


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