Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 31
Back to Hell




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/772648/chapter/31

2009

Derek Morgan atravessou o corredor do hospital. Ele repetia a mesma rotina quatro vezes na semana quando não estava em um caso.

Penelope estava em coma por dois meses agora. As primeiras semanas desse inferno foram horríveis para toda a equipe. Reid não falava sobre nada, Hotch se fechou completamente e Emily e JJ torciam para que ela voltasse logo.

Dave e ele apenas se sentavam e contavam histórias. Cada um tinha seu livro. Rossi pegou um livro romântico e Derek ficou com "Melancia" de Marian Keyes, um dos preferidos de Penelope.

Ele não sabia quanto tempo ela ficaria assim, aqui. Mas eles não eram cassados e ele queria muito amar Penelope.

Então ele se forçava a pensar positivo. Ele a queria de volta.

Agora...

Derek levou Pen e a as meninas para o carro, com bolsas e malas. Ele falou com Dave que tão prontamente soube da volta iminente de Kevin, organizou com Erin o quarto para todos ficarem. Derek levou Pen e as meninas para dentro, depois que o portão se fechou e ele havia esperado vendo uma ameaça.

Dave abriu a porta e trouxe Pen para seus braços. Ela estava assustada e compreensivelmente. O seu ex, considerado por todos morto, estava lhe enviando flores.

— Estou aqui. – Dave a balançou suavemente. – Todos estamos aqui por você.

— Eu tenho medo, pai. – Penelope confessou. – Por Aurora e por Kirsten.

— Ele não viverá se tocar nelas ou em qualquer de nossa equipe. – Dave limpou uma lágrima. – Estamos todos em alerta e eles chegarão logo mais.

— Todos vão ficar aqui. – Erin disse. – Temos quartos suficientes e grandes. Não subestimemos a ira de Kevin.

— Desculpe estragar sua festa. – Pen abraçou Erin. – Eu soube a boa notícia.

— Sim. – Ela levou Penelope para o sofá. – O médico confirmou que eu não estou doente.

— Fico feliz. – Ela sorriu quando Derek colocou as gêmeas no chão. – Elas estão grandes.

— E lindas. – Erin suspirou. – Você fez de Dave um homem maravilhoso.

— Bem, ele é meu pai. – Ambas as mulheres riram. – Acho que entre mim e você ele se tornou uma pessoa melhor.

— Apesar de ter decorado cada quarto da casa para cada um de vocês. – Erin puxou Pen pelo braço até em cima. – Acha que o de vocês está perfeito?

Pen entrou no espaço decorado por uma cor simples e calmamente tocou a tinta suave.

A cor era uma madrepérola bem trabalhada, com frisos com decoração. Ela se sentia em casa aqui. Um berço de cama estava dois lados. A colcha da cama era rosa suave.

— É simplesmente perfeito. – Pen sorriu para o porta retratos. – Eu nunca agradeci você por ter feito meu pai feliz.

— Não é um sacrifício. – Erin riu. – Acho que você e Morgan querem dormir.

— Definitivamente. – Penelope bocejou. – Sinto muito.

— Não se preocupe. – Erin abriu o armário. - Dave sabe do que você gosta.

Havia algumas camisolas puras e outras nem tanto, provando que seu marido havia comprado para ela.

— São lindas. – Pen sentiu o tecido. – Mas acho que Derek foi o comprador aqui.

Elas riram juntas de novo e Erin saiu em busca de suas "netinhas".  Pen sorriu, sabendo que a ex rainha de gelo finalmente havia encontrado uma razão de viver.

Foram nove meses de medos para todos. Erin poderia morrer a qualquer momento e deus livre se ela morresse mesmo e Dave descobrisse que ela estava sendo envenenada.

A prisão de Barnes foi divulgada em mídia internacional e a mulher foi condenada à prisão por ter deixado que alguns pacientes morressem acreditando que estavam bem.

Toda a equipe estava reunida na parte de baixo da casa. Malas foram colocadas nos quartos e colchonetes foram comprados.

Ninguém ficaria em suas próprias casas enquanto Kevin estivesse à solta. Apenas a lembrança daquele episódio do tribunal era suficiente.

Cinco anos antes...

— Senhor Lynch. – O juiz olhou para o homem a sua frente. – Sua pena é de cinco anos por tentativa de assassinato contra a agente Penelope Garcia e porte ilegal de armas.

— Isso não é justo. – Kevin foi contido antes de chegar a Penelope. – Eu vou sair Penny e quando fizer, eu vou te matar e matar todos os que você ama nessa vida.

Penelope foi protegida por oito olhares de raiva contra Lynch, no entanto, quando ele foi levado para longe, ela se soltou de Derek e correu para fora, com Derek sempre com ela.

— Eu vou te proteger. – Derek a abraçou. – Ele nunca vai te fazer mal.

Agora...

— E quanto a Manny, Rafe, Eddie e Carlos? – A voz de Derek a trouxe de volta. – Temos que avisar a eles também.

— Não. – Pen finalmente falou. – Não podemos arrastar eles de novo para isso.

— Mas Baby Girl. – Derek foi até ela. – Eles não conhecem Kirsten e Aurora ainda.

— Kevin não sabe sobre eles. – Pen parou e analisou as probabilidades. – Mas ele pode ter acesso... Certo ligue para eles e peça se eles podem trazer seus familiares.

— Eu tenho a casa do lado também. – Rossi viu ela recusando. – Não adianta recusar Pen. Podemos manter todos em segurança.

— Que tipo de irmã eles vão achar que eu sou? – Pen se isolou. – Eu sou uma pária completa.

Ela correu pelas escadas e Hotch impediu Derek de seguir ela.

— Ela precisa de tempo. – Hotch falou. – E se ela tentar fugir pelas janelas, vamos saber.

— Você sabe se ela ainda tem o chip em seu estomago? – Rossi viu Derek tentar entender. – O chip de algum tempo atrás quando ela foi levada por Tommy.

— Rossi. – Derek sabia o que ele tentava lhe dizer. – Não isso não...

Derek subiu as escadas correndo, batendo na porta ele arrombou com cuidado e notou a janela aberta.

— Ela se foi. – Derek apenas disse. – Kirsten E Aurora nos bercinhos e uma nota para deixar ela fazer isso.

— Por que isso? – JJ começou a chorar. – Por que ela se colocaria em perigo?

— Ela é mãe agora. – Erin ofereceu. – Eu acho que ela quer proteger suas filhas.

Todos concordaram, mas a situação poderia ficar tenebrosa logo.

Pen conseguiu sair antes de que qualquer um a notasse. Ela pegou uma muda de roupas e foi.

Ela não admitiria que Kirsten e Aurora ou qualquer um dos bebês do time ficassem entre a vingança e Kevin.

Ela não poderia contar a Derek que Kevin a batia todas as vezes que eles se encontravam. Haviam sido surras cada vez piores. Seu corpo estava tentando absorver a adrenalina quando ela sentiu algo bater forte em sua cabeça e logo em seguida ser levantada e arrastada.

— Você facilitou muito Penny. – Kevin a puxou para uma van velha. – Tanto que eu não posso perder isso.

Ele a amarrou no chão e a levou embora, nem um pouco consciente que a equipe monitorava o chip de Garcia que ainda estava em seu intestino. Ele só poderia ser removido com cirurgia.

Derek olhou para o monitor e percebeu que o chip se movimentava mais e mais rápido.

Ele a pegou, só poderia ser. Hotch, Rossi e ele pegaram seus casacos enquanto Reid e JJ ficaram na casa com todo mundo. Emily e Luke foram também, em busca de livrar Penelope de Kevin de uma vez por todas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Winter Blues" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.