Winter Blues escrita por Any Sciuto
2008...
Penelope chegou em casa pronta para descansar. Esse foi o dia de seu aniversário e ela se perguntava onde afinal Kevin estava. Ele havia sido convidado para a festinha da equipe. Mas ele nunca apareceu.
Colocando a chave, seu braço hesitou. Ela não sabia o porquê isso acontecia. Talvez ele tivesse passado mal ou estivesse preparando uma surpresa de aniversário.
A casa estava com as luzes apagadas, mas o quarto dela estava com luzes acessas. Gemidos baixos eram ouvidos e seu coração não se permitia quebrar.
— Kevin. – Ela soltou sua bolsa no chão. – Gina?
— Penny. – Kevin a olhou com horror. – Você chegou cedo.
— Cheguei cedo? – Penelope gritou. – Essa é a porra da minha casa e você diz isso!
— Penelope. – Gina começou, mas foi interrompida.
— Cale a boca. – Pen pegou um cabo de vassoura. – Os dois para longe daqui.
— Eu sou seu namorado. – Kevin a pegou pelos pulsos. – Eu vou ficar aqui.
— Me solte! – Pen tentou se soltar. – Me solte Kevin.
— Cale a boca. – Ele a jogou na parede. – Cadela desgraçada.
Gina congelou no primeiro soco que Kevin deu a Penelope. Atordoada, ela pegou suas roupas e seu telefone.
— Morgan. – Derek parecia ter acordado.
— Agente Morgan, você precisa correr. – Gina tentou o mais silenciosamente. – Kevin está batendo em Penelope.
Derek fechou o telefone, agarrou os primeiros pares de calça e suas chaves. Ligando a sirene ele correu pela entrada do prédio de Pen e passou por Gina no corredor.
Chutando a porta, Kevin tinha as mãos cheias de sangue e ele nem percebeu quando ele próprio jogou o homem contra a parede. Ele o deixou lá mesmo e correu para Pen.
Sua Baby Girl estava caída contra a parede e sangrando. Ela estava de olhos fechados e reclamou contra o toque de Derek, lhe dizendo que Kevin provavelmente era o causador.
Ele saiu e pediu a Gina que chamasse uma ambulância para Pen, enquanto mantinha Lynch sobre a mira de uma arma. Não importavam as consequências.
Sua Baby Girl estava machucada e ele precisava se concentrar nela. Kevin foi algemado por Hotch e Rossi e JJ correram para a amiga que se recuperou.
Ele foi condenado há cinco anos por agressão física. Por enquanto todos estavam seguros. Não por muito mais tempo. Kevin estaria voltando. E logo.
29 de março de 2013...
02:22 da tarde...
A rotina do casal Morgan com suas duas filhas era divertida. Aurora e Kirsten cresciam como se tomassem mamadeiras de fermento no leite. Foram nove meses de aprendizados, passeios e visitas a BAU. Mateo Spencer e Haley eram ativos e sempre ficavam com eles quando todos saíam para seus compromissos.
Luke deu a Anna seu aval para tentar um filho. JJ e Andrea Joy compartilhavam com Will e Henry uma vida modesta e menos agitada.
Reid e Anne estavam tão felizes com Julieta Diana e o prazer que foi ver sua mãe brincando com a neta.
Rossi e Strauss estavam ainda tentando entender o que estava de errado. Ela devia ter morrido há dois meses, mas aqui estava ela.
Entrando no setor oncológico, dois policiais saíram carregando o médico da chefe e algo acendeu.
— Desculpe. – Rossi mostrou o distintivo. – Qual o problema?
— O Dr Edgar está sendo preso, suspeito de falsificar exames. – Um oficial de justiça disse. – Agente Strauss, temos certeza que você é uma das pacientes.
— Por que ele faria isso? – Erin perguntou. – Por que eu?
— Reconhecem essa mulher? – O homem passou uma foto. – Achamos que ela está por trás de tudo.
— Barnes? – Erin soltou a foto no chão. – É ela que quer me matar?
— Ótimo, agora temos um nome. – O oficial estava feliz. – Se importam em dizer o nome completo dessa mulher?
— Lindas Barnes. – Erin tinha fogo nos olhos. – Oh, meu deus. Achei que eu estava morrendo.
— Bem, se me acompanharem. – O homem apontou para dois médicos. – Eles querem te indicar o que fazer agora.
Rossi e Erin ficaram parados no mesmo lugar. A notícia era boa, mas trágica.
— Dave? – Erin se aproximou do marido. – Qual o problema? Eu estou bem.
— Eu estou feliz por isso. – Rossi a levou para uma poltrona. – Eu pensei que ia te perder, Erin. Penelope ficará tão feliz.
— Eu sei. – Erin o abraçou. – Mas sério, o que está te comendo?
— Linda Barnes. – Rossi falou. – Por que ela iria querer te matar?
— Porque ela quer meu lugar. – Strauss respondeu. – Aquela bandida.
— Vamos meu amor. – Dave a beijou. – Eu quero viver a vida e o primeiro passo é descobrir como tirar os efeitos do que seja que eles te deram.
Erin riu e foi para o abraço de Dave. Eles poderiam ser felizes agora.
Penitenciaria estadual de São Quentin,
Califórnia...
Kevin Lynch era um homem mudado. Cinco anos na prisão por tentativa de assassinato contra a própria namorada e outra de porte de arma, o fizeram ficar preso.
Ele sabia que Pen e Derek agora eram casados. Ele sabia que ela recentemente teve gêmeas com seu marido.
— Boa sorte, senhor Lynch. – Um guarda disse. – Não volte tão cedo.
— Eu vou tentar. – Kevin suspirou. – Posso finalmente ver minha garota.
— Fique longe da agente Garcia. – Seu advogado lhe adiantou. – Queremos evitar a prisão, não retornar.
— Falo de Gina. – Kevin mentiu. – Eu sinto falta dela.
— A senhorita Shepard se casou. – O advogado estava com maus pressentimentos. – E a senhorita Penelope agora também é.
Kevin bufou. Nada iria impedir ele de buscar Pen de novo. Ela se arrependeria do dia que o mandou para San Quentin.
Entrando no ônibus, Kevin foi instruído a buscar lugares longe de Penelope, seu marido e filhas. Ele descobriu que Rossi era pai biológico de Pen e que todos ali tinham suas vidas correndo.
Mas assim que chegou a Virginia, Kevin trocou de cabelo e olhos. Mudando o nome, ele conseguiu uma cirurgia plástica para o dia seguinte.
Ele encontrou alguém disposto a se passar por ele e o médico operou ambos, sob a mira de um capanga com uma arma.
O duble foi morto e jogado na estrada. Ele se preparou para sair dali como Grant Willians. Era hora de pagar de volta. E ele saborearia a sua vingança.
Parando em uma floricultura, o primeiro ato foi comprar um buque de flores e mandar para Penelope.
Ironicamente, a notícia de sua morte forjada era a notícia do momento. Kevin riu e escreveu o cartão para Pen. As flores seriam entregues na hora certa.
Pen terminou de pôr o vestido de festa. Dave e Erin planejaram uma comemoração pela notícia boa que receberam.
A campainha tocou e ela abriu a porta. Dando ao entregador uma gorjeta, ela levou as flores para dentro.
Achando que eram de Derek ela foi direto ao cartão e deu um grito.
Derek desceu de arma nas mãos e viu a esposa chorando, rosas ao seu lado. O cartão no chão só poderia ser a causa de seus medos.
Derek a reuniu em seus braços e a consolou.
”Estou de volta, Penny." Ele sabia que só poderia ser de Kevin, mas aparentemente ele estava morto.... Ou não?
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