Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 23
Wounds of Love.




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2004...

— O que temos aqui? – Hotch abriu o arquivo. – Penelope Garcia?

— Conhece ela, Hotch? – Derek se sentou na frente de seu chefe. – Ela foi pega hackeando algumas empresas de cosméticos. Finalmente chegamos a ela.

— Algum dano físico? – Hotch viu Morgan negando. – Alguma morte?

— Não. – Derek pegou o arquivo. – Apenas danos monetários.

— Menos mal. – Hotch viu Derek curioso. – Você saberá na hora certa, Morgan.

— Vamos prender ela? – Derek estava um pouco receoso. – Eu entendo que você não parece feliz em ter que prender ela.

— Não é isso. – Hotch suspirou. – Ela é filha de um amigo antigo. Não seria melhor dizer a ele antes?

— Não. – Jason entrou. – Apenas a prenda e ofereça um emprego. Estamos autorizados a isso.

Hotch apenas assentiu. Ele e Morgan iriam fazer a prisão de Penelope. Ele havia visto fotos dela com Dave algum tempo atrás e na época que eles foram a CalTech.

Como ela poderia ter mudado daquele jeito, ele não sabia. Algumas perdas podiam fazer isso com você.

Agora...

O jato pousou no aeroporto de Los Angeles. Eles estavam exaustos pela viagem de avião agitada. Tanto JJ quanto Penelope tiveram pesadelos de serem raptadas pelo elemento que vieram caçar.

Will se dispôs a ir ao encontro da esposa e ela não conseguiu dizer não. Ela precisaria dele se algo desse errado.

— Agente Hotchner? – O delegado Arnold os recebeu. – Paul Arnold.

— Aaron Hotchner. – Hotch apertou a mão do homem. – Agentes Rossi e Reid. Aquele casal ali é o agente Derek Morgan e sua esposa Penelope, que também é nossa analista técnica. Essa é Emily, minha esposa e a agente Jareau.

— Obrigado por virem. – O delegado apertou a mão de cada um. – A cidade está com medo. Há uma nova vítima. Ela está no necrotério.

—Mesmo método? – Reid perguntou. – Etanol e um pedaço de pele em falta?

— Sim. – O detetive o olhou. – O nome dela era Sarah Denning. Desaparecida há quatro dias. A amiga disse que ela deveria ir a uma entrevista de emprego.

— Esse cara está no provocando. – Hotch não escapou da ironia. – Ele parece com...

— Ei. – Emily o impediu. – Tudo bem. Já sabemos.

— Sinto muito. – Hotch corou. – Pode mesmo fazer isso?

— Sou sua esposa. – Emily sorriu diabolicamente. – E você adora quando eu te dou bronca a noite.

Rossi deu um leve empurrão em Hotch que corou quatro tons de vermelho.

— Delegado, acho que queremos uma sala para nos instalar. – Hotch retomou. – Eu quero ir ao hotel antes. Estamos todos cansados e eu sei que você está sem entender. Mas a agente Garcia está grávida e precisa dormir.

— Agente Hotchner. – O homem sorriu. – Acredite em mim quando eu digo que é melhor dormirem.

— E se ele matar. – Hotch o olhou antes de entrar no SUV. – Não hesite em nos chamar.

— Sério? – Arnold sorriu. – Obrigado.

Todo mundo fique com alguém. – Hotch ordenou. – Especialmente JJ e Penelope. Vocês duas são o tipo que ele gosta e deus me perdoe se algo acontecer com vocês.

JJ olhou para o terminal e viu Will chegando ao longe. Ela sabia que sempre poderia contar com ele para isso.

— Onde está nosso filho? – JJ perguntou primeiro. – Ele está seguro?

— Ele está com sua mãe. – Will respondeu e a beijou. – Então eu não diria 100% seguro. Já contou a eles?

— Que estou grávida? – JJ balançou a cabeça negativamente. – Eu e Pen estamos de dois meses, então acho que Emily possa estar também.

— A manchete seria engraçada. – Will riu e beijou JJ. – Três agentes federais engravidam ao mesmo tempo. As autoridades alertam para que a água do FBI seja evitada com risco de gravidez.

— Oh céus! – JJ girou nos braços do marido. – Eu te amo.

— Espere até Spencer falar com Anne. – Will ajeitou o cinto de segurança. – Se ele encomendar um baby também.

— Vamos para o hotel. – JJ riu. – E de lá podemos brincar um pouco.

Ela revirou os olhos em desaprovação fingida. Will e ela iriam ter um bebê e Pen e Derek também.

Derek observou Pen dormindo ao seu lado. Ela parecia um anjo ruivo, a luz de Los Angeles.

A ironia era que quando Billy Flynn tentou matar ele quase três anos antes, ele gritou com ela e a fez duvidar de seus sentimentos.

Ele se lembrava da noite que chegou do caso.

Três anos antes...

As cicatrizes emocionais que Derek carregava depois desse caso eram quase as cicatrizes de ter gritado com sua melhor amiga e baby Girl. Eles fizeram as pazes depois, mas sabia que ela ainda receava um encontro formal.

Ele procurou por ela em sua sala e viu que as luzes estavam desligadas. Ele suspirou, achando que ela estaria em casa, com Kevin. Entrando no seu escritório, ele congelou. Lá estava ela, dormindo.

Ele se sentou e suspirou. Lágrimas cobriam os olhos de sua doce menina e ele sabia que era mais do que ele ter gritado.

Kevin e Pen brigavam há dias sobre ela se mudar com ele. E claro, na pauta, a amizade com Morgan era a primeira coisa.

Mas enfim, ele se deitou ao lado dela no sofá, esperando um pouco de descanso das imagens terríveis que ele fora obrigado a ver.

Matt Spicer morto, a irmã dele, estuprada e espancada e logo em seguida morta. A pequena Ellie com o cabelo cortado e sequestrada.

— Estou feliz por você ter chegado Hot Stuff. – Ela sussurrou, meia adormecida. – Está tudo bem.

Pela primeira vez, ele dormiu. Nos braços de sua menina, porque ela conseguia isso.

Agora...

Nada parecia diferente. Ou quase. A aliança em seu dedo gordinho e sua pequena barriga de bebê, começando a se mostrar, mesmo aos dois meses. Ele achou estranho aquilo, como se ela tivesse ao mesmo tempo dois bebês.

E se isso fosse a verdade, ele seria um dos homens mais felizes dessa vida. Quase todos na equipe tinham um bebê e agora, ele teria o dele.

— Baby Girl. – Ele estacionou a SUV enquanto tentava chamar ela. – Hora de acordar, cabeça sonolenta.

— Derek. – Penelope suspirou. – Eu estava tendo um sonho bom.

— Espero que comigo. – Derek abriu a porta da SUV. – Eu posso te carregar ou você caminhar?

— Me carrega? – Ela estava apenas brincando. – Você não sabe o que meu marido fará se ver você me cortejando.

— Homem de sorte. – Ele a pegou nos braços. – Ter uma mulher como você em casa.

— O que eu faria sem meu deus de chocolate? – Ela o beijou. – Agora, me solte.

— Silêncio mulher. – Ele a beijou. – Eu vou te levar para o quarto nos meus braços e não quero ouvir reclamações.

— Ah, eu não ia discutir, não. – Ela sorriu diabolicamente. – É só que nossas bagagens estão lá na SUV ainda.

— Eu vou te colocar na cama. – Ele riu para ela. – E vou buscar seus lingeries.

Pen e Derek foram até o quarto, não notando alguém destravando a SUV com um alarme clone. Ele abriu uma das malas de Penelope e pegou um de seus vestidos. Colocando tudo no lugar ele voltou a se esconder.

Ninguém tinha a menor idéia de que ele era o unsub.


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