1998...

— A polícia reportou um acidente fatal no sistema. – O jovem assistente de Gideon falou. – Barbara e Emilio Garcia. Mortos no local.

Jason olhou atentamente para a foto dos dois. Isso seria demais para Dave se ele pensasse que Penelope estivesse no meio.

— E quanto a filha dela? – Gideon apenas queria descobrir. – Ela estava com eles?

— Tudo o que sabemos é sobre os pais. – O rapaz saiu.

Gideon pegou seu casaco do FBI e se dirigiu para a sala de Hotch.

— Hotch. – Jason bateu antes de entrar. – Estou indo para a Califórnia.

— Algum problema, Jason? – Hotch olhou por cima de seus relatórios. – O que foi?

— Barbara Garcia está morta. – Ele viu o horror em Hotch. – Não sabemos sobre Penelope, mas se Dave souber que sua filha pode estar no meio disso, eu não gostaria de ver o resultado.

— Eu vou com você. – Hotch deixou o último relatório. – Eu não gostaria de ver Dave em uma fúria.

— Há questões que não foram respondidas. – Jason disse. – Eles acham que o motorista estava bebendo, mas o que Barbara e Emilio faziam naquele lugar? Naquela hora?

— E onde Penelope está? – Hotch entrou com Gideon. – Eu não gosto desse cenário.

— Pelo pouco que sabemos, ela não estava no carro. – Gideon suspirou. – Você liga para ele. Eu não quero a fúria de David Rossi.

Eles pegaram um voo comercial para São Francisco. Chegando até a cena do crime, os corpos ainda estavam presos dentro.

Hotch fechou os olhos e resolveu fazer a ligação. Gideon olhou para uma assustada Penelope, que correu da cena.

Ele seria assombrado por esse olhar.

Agora...

— Bom dia meus amores. – Pen os cumprimentou quando todos começaram um novo caso. – Antes de tudo, quero dizer que estava com saudades de todos. Nossa pobre vítima de hoje, é Melinda Crawford. Ela foi encontrada em um beco em Los Angeles.

— Uau. – Derek disse. – Alguém realmente queria que ela sofresse.

— Isso é um eufemismo. – Reid olhou para as fotos. – Aqui diz que ela tinha etanol em níveis astronômicos no corpo. Há quanto tempo ela estava sumida?

— Foram dois dias. – Penelope respondeu. – A amiga disse que ela tinha uma entrevista de emprego. Assim como a primeira vítima, Karen David.

— Não podemos esperar mais. – Hotch olhou para todos. – Subimos em 30. E Penelope? Queremos você conosco.

— Você estará presa a mim, Baby Girl. – Derek a beijou. – Nós vamos dividir um quarto.

— Vocês poderiam esperar até chegarem ao hotel? – Hotch virou os olhos de brincadeira. – Deus, isso parece sempre tão certo.

— Emily te colocou na casinha do cachorro, é? – Pen brincou. – Pobre Hotch.

Hotch sorriu. Ele havia sentido falta da brincadeira habitual. Só havia sido um ano desde que ambos foram levados e tudo estava lentamente voltando ao seu habitual.

— Vou ligar para Jessica. – Ele saiu. – Eu espero que quando sua filha nascer Morgan, você consiga domar sua esposa. Apesar que não queremos perder a brincadeira.

— E você não vai, Bossman. – Pen riu e voltou para seu marido. – Temos tempo para uma rapidinha?

— Embora eu te ame, Penelope. – Ele fingiu estar chateado. – Eu não acho que o armário de zelador seja o melhor lugar para fazer amor. Não com você grávida.

Pen fez um biquinho fofo e se levantou. Jogando um olhar para ela falou algo que fez Morgan ficar com medo.

— Você está na casa de cão, Derek Morgan. – Pen começou a rir depois. – Sem doce para você hoje.

— Não. – Derek a beijou suavemente. – Eu vou sair da casa de cachorro se eu lhe recompensar essa noite?

Ela apenas assentiu e saiu. Derek esfregou o pescoço. Essa mulher seria sua morte e agora que ela estava esperando um pequeno bebê seria ainda mais. Mas ele não ligava.

Los Angeles...

A notícia se espalhou como vento na cidade. E até o unsub descobriu sobre a iminente chegada do FBI. Era a parte ruim de ser uma agência de elite no FBI. Os assassinos também saberiam que eles estavam chegando perto.

Olhando para a tela de televisão ele viu duas mulheres que ficariam bem em seus perfumes. Penelope Garcia e Jennifer Jareau.

Embora quisesse JJ, ele sabia que ela andava armada. Ele não ficou decepcionado com a última escolha. Penelope parecia ser curvilínea e muito saudável para poder fazer um doce perfume.

Ele colocou seu plano em prática. Ele a queria e queria agora.

Washington...

— Já sabe com quem vai deixar Haley? – Penelope perguntou. – Eu tenho que ir junto.

— Will se ofereceu para cuidar dela. – Emily começou a rir. – Embora eu a deixarei com Jéssica. Jack ama essa pequena garotinha.

— Ele sabe que logo terá uma priminha? – Pen brincou. – Ou quem sabe um menininho.

— Ei, eu adoraria gêmeos. – Derek pegou Penelope e a beijou. – Estamos indo atrás de um doente, anjo. É bom você redobrar o cuidado.

— Já sabemos que ele não escolhe as vítimas por acaso. – Hotch disse. – Não sabemos como ele escolhe elas.

— Ele precisa de um carro. – Reid entrou com eles no elevador. – E um que passe despercebido pela cidade.

— Vamos discutir no avião. – Hotch sorriu. – O agente Alvez estará de volta no próximo caso. Ele solicitou uma transferência para nosso setor.

— Ele e Anna devem estar se conectando. – Pen sorriu. – Eles passaram pelo inferno juntos.

— Esse caso pode ser difícil. – Hotch olhou para Garcia e JJ. – Vocês duas precisam tomar cuidado com esse cara. As vítimas dele são loiras.

Derek apertou a mão de Pen e de JJ ao mesmo tempo. Jennifer era sua amiga e Pen era sua esposa. Ele, assim como o resto da equipe, se comprometeu em proteger as duas. Ainda mais, com Pen grávida.

Chegando ao aeroporto, todos os membros da BAU entraram no jatinho prontos para buscar outro Unsub atrás das grades ou enterrado.

— Eu sugiro que todos durmam. – Hotch falou. – Vamos chegar a Los Angeles a noite, então aproveitem para relaxar.

Ele pegou Emily pela mão e deitou em um banco com ela. Derek puxou Pen para seus braços e deitou-se no sofá largo. Sua mão foi para a barriga dela enquanto a mão dela, foi ao coração de Derek.

Se passaram uma hora. O jato estava em total silencio. Um grito alto foi ouvido e acordou todos.

— Não. – Penelope estava tendo um pesadelo. – Me deixe sair daqui. Me deixe sair daqui.

— Baby Girl. – Derek tentou acalmar Penelope. – Acorde. É um pesadelo.

— Não me deixe sozinha Derek. – Ela deitou sua cabeça no peito dele. – Eu estou com medo.

— Não vou te deixar, baby. – Derek a deitou de volta. – Sinto muito gente.

— Não se desculpe Derek. – Reid se aproximou. – É normal termos pesadelos antes de casos.

Penelope se desculpou e voltou a dormir. Derek, porém, não conseguiu deixar de pensar sobre isso. Ele não gostava de Pen indo com eles.

Ele estava mais do que certo.