Winter Blues escrita por Any Sciuto


Capítulo 19
You Are Back




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/772648/chapter/19

1981...

David Rossi chegou de outra viagem de trabalho. Seu coração parecia pressentir o pior. Ele parou durante da viagem e tentou falar com Penny, sua linda filha.

— Calma, Rossi. – Gideon tentou acalmar o homem. – Elas podem estar em uma viagem de compras.

— Tem algo errado. – Rossi se sentou em um banco. – Barbara estava estranha, distante.

— Estamos no fim do caso, você pode ligar para elas de novo. – Gideon apontou a cabine telefônica. – Depois temos que dar fim a isso e ajudar a vítima.

Rossi tentou ligar de novo, mas suas moedas foram devolvidas quando as ligações não foram atendidas.

Ele correu para sua casa, a chave caindo de suas mãos enquanto ele projetava um cenário que apenas um agente federal teria.

Abrindo a porta, deixando a mala cair, ele olhou quarto por quarto sem conseguir encontrar Barbara ou Penelope.

No quarto onde ele dormia, havia uma carta.

David,

Eu estou indo embora. Sei que vai me odiar por levar Penelope comigo. Eu apenas não aguento mais suas viagens, seus trabalhos estranhos.

Um de seus amigos, um psicopata veio até esta casa e ameaçou sua filha. Se você tem amor por ela, não nos procure mais.

Penelope estará melhor longe de toda a sua influência.

Adeus,

Barbara.

Deixando a carta cair, ele entrou no quarto de Penelope e encontrou a foto que eles tiraram. Ele a pegou e se deitou na cama que um dia era de sua filha. Gideon o encontrou lá, totalmente sem reação e o ajudou, mais tarde a se mudar.

Eles colocaram todas as roupas que sobraram de Penelope em uma caixa e ele as guardou como uma lembrança.

Agora...

— Dave? – A voz de Morgan o tirou de seu sonho. – Você parece cansado.

— Eu estava apenas relembrando. – Rossi suspirou. – Fazem dois meses e nenhuma mudança.

— Ela e Luke ainda estão em coma. – Derek se sentou. – E não há uma maldita mudança.

— Mas eles nos disseram que eles podem voltar. – Rossi quase implorou. – Ela precisa voltar.

— Sim, Dave. – Derek o confortou. – Mas eles precisam de mais testes.

— Mais testes? – Rossi gritou. – Já fizeram vinte testes malditos não acho que vão conseguir algo novo.

— O que está havendo aqui? – Hotch entrou preocupado. – As pessoas estão começando a reclamar.

— Eu vou tomar um ar. – Rossi pegou o casaco. – Me ligue se algo mudar.

Saindo do quarto, estava sendo difícil para todos. Ele passou pelo quarto de Luke e viu a namorada dele ao lado de sua cama. Ela parecia tão chateada e desesperada.

Emily e a pequena Haley entraram no hospital e foram direto para Pen. Estava chovendo naquele dia e ele nem se importou com nada.

1984...

— Mais alto, mamãe! – Uma pequena Penelope gritou para sua mãe. – Mais alto.

— Tome cuidado Penelope! – Barbara riu. – Essa roupinha ainda é nova e ainda precisa para o casamento de sua mãe.

— Queria que papai estivesse aqui. – Penny ficou triste. – Acha que ele estará nos protegendo do céu?

Ela mal sabia que Rossi as estava vigiando de seu carro, discretamente. Faziam três anos desde que a viu pela última vez. Ela tinha cinco agora.

Um homem apareceu e beijou Barbara nos lábios e depois abraçou Penelope. Ele ficou ali todo o tempo. Ninguém o perturbava.

Eles saíram do parque e ele continuou para não levantar surpresas. Ele sentia falta dela todos os momentos.

Agora...

Era o turno de Morgan no momento. Ele poderia jurar que ontem ele viu um dedo dela se mexer.

— Talvez você esteja imaginando coisas. – Uma enfermeira sorriu. – Ela está em coma por dois meses. A namorada do agente Alvez jura que ela ouviu ele murmurar.

Olhando para as mãos dela ele viu de novo. E de novo. A frequência cardíaca dela estava aumentando e foi quando aconteceu.

— Eu preciso de um médico! – Any gritou da sala. – Ele está acordado.

Derek se levantou, mas parou quando viu que ela também estava acordando.

— Baby Girl? – Derek praticamente torceu. – Você pode fazer isso, eu sei que pode!

Sua frequência cardíaca ficou ainda mais rápida e agora Hotch e Spencer estavam com ele.

Os olhos de Penelope se abriram e fecharam rapidamente e depois ela abriu outra vez e praticamente amordaçou contra o tubo em sua garganta.

A equipe médica mandou todos para fora e eles viram que a namorada de Luke parecia eufórica demais para qualquer coisa.

— Senhorita? – A médica perguntou para a namorada de Luke. – Pode voltar agora. Ele está bem, tiramos o tubo, mas se eu puder te aconselhar a não o deixar falar muito, seria extremamente bom.

— Ele se lembra de algo? – Era a única coisa que ela precisava saber. – Até onde ele sabe?

— Ele se lembra de uma caixa escura, suponho que seja o caixote onde ele enterrado. – A médica suspirou. – Nós contamos sobre você ter perdido o bebê e ele pediu que você entrasse.

— Obrigada. – Ela suspirou. – Muito obrigada mesmo.

Derek sorriu. A garotas merecia um pouco de felicidade. Ele se tornou um irmão mais velho para ela. Suas missões no Brasil temporariamente suspensas enquanto o homem que ela amava estava internado.

Ela contou sobre sua infância complicada, seu pai agressivo e como alguns vizinhos quase separaram sua família.

22 anos e já tinha uma pequena compreensão e já amava forte alguém.

Ele saiu de seu mundo quando a porta de Pen foi aberta e o médico saiu. Ele tinha um sorriso no rosto e parecia ser boas notícias.

— Já pode entrar, agente Morgan. – O médico deu outro sorriso. – Sua esposa está bem. Acho que ela pode dizer que quase morreu duas vezes. Ela quer te ver, então acho que você pode entrar.

Derek entrou no quarto e foi recebido com um sorriso de sua esposa.

— Oi. – Ela teve medo de falar. – Eu não mordo, Hot Stuff.

— Deus, eu senti falta de você, Garcia. – Ele usou seu sobrenome antigo. – Você vai parar de me assustar assim?

— Vou tentar. – Ela riu. – Sério, Derek. Isso foi a última.

— Graças a deus. – Ele a beijou. – Agora, cale a boca do motor, antes que eu peça liberação ao médico para te espancar.

— Oh, você não se atreveria. – Ela sorriu. – Vou ficar quietinha aqui.

— Durma Baby. – Ele beijou sua testa. – Vou chamar seu pai. Ele nunca saiu daqui.

Ela fechou os olhos depois que ele lhe deu outro beijo na cabeça e dormiu. Ela estava felizmente segura e bem.

Passando pelo quarto de Luke, ele viu que ele e a namorada estavam dormindo juntos. A garota passou pelo inferno quando as esperanças foram jogadas ao vento.

Agora, eles poderiam voltar a tentar uma família, assim como ele Pen. Todos sorriram quando Derek finalmente lhes contou a melhor das novidades.

Rossi voltou para o hospital e descobriu que sua filha estava acordada. Ele correu para o quarto dela e a abraçou com força e cuidado.

Agora era hora de revelar algumas coisas sobre o passado. E ele não iria esconder.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Winter Blues" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.